Você está na página 1de 11

Principais conceitos

de Vigotski
Profª Pollyanna Ferraz
Lev Semionovich Vigotski (1986 - 1934)
Vigotski nasceu em uma cidade pequena chamada
Orsha, na antiga União Soviética, em 5 novembro de
1896. Era de uma família judaica que possuía uma boa
condição financeira. Seu pai era chefe de departamento
em um banco da cidade, o que era considerado um
cargo importante naquela época. Além de sua mãe e seu
pai, Vigotski também viveu com seus oito irmãos.
Na época em que Vigotski viveu, a antiga União
Soviética passou por um momento bastante
conturbado, marcado por diversos conflitos políticos e
econômicos, como a Primeira Guerra Mundial e a
Revolução Russa de 1917.
Formação
Vigotski mudou-se para Moscou, onde ingressou na Universidade de Moscou e
realizou seus estudos em Direito. Ele possuía uma formação bastante ampla
que o permitiu pensar sobre diversos assuntos, como Literatura, Filosofia,
Psicologia, entre outras áreas.

Apresentava um interesse e um gosto bastante peculiar


pela literatura aprofundou seus estudos na arte, relacionando esta área do saber
com a psicologia, o que resultou na publicação do seu livro intitulado Psicologia
da Arte em 1925, o qual foi produto de sua tese de doutoramento.

Graduou-se em Medicina, seu interesse em Medicina estava associado à


manutenção do grupo de pesquisa (troika) de neuropsicologia com Alexander
Luria e Alexei Nikolaievich Leontiev.
Morte
Sofria de tuberculose e viveu diversas crises da doença durante sua vida, sendo
constante a presença do medo de morrer. Nos momentos de crises, sua maior
preocupação era escrever e sistematizar seus estudos que estavam em
crescimento constante devido à sua jovem idade.
Em sua última crise, Vigotski escreveu e sistematizou um de seus livros mais
conhecidos, Pensamento e Fala. Como estava bastante doente, ditou a uma
datilógrafa o final do livro de acordo com o que seria a ordem dos capítulos.
Vigotski morreu em 1934, com apenas 37 anos.
Apesar de seu esforço em tentar publicar o máximo possível antes de
sua morte, Vigotski deixou muitas coisas pendentes, como textos avulsos,
anotações em papéis e trocas de cartas com seus alunos. Uma de suas filhas,
chamada Gita L’vovna Vygodskaja, que dedicou sua vida a organizar e publicar
os escritos do pai; ela veio a falecer recentemente no ano de 2010 (PRESTES,
2010).
Uma nova Psicologia
Naquela época existiam duas importantes correntes psicológicas: a
reflexiologia e a psicanálise, as quais possuíam como objeto de
investigação, respectivamente: o comportamento reflexiológico e o
inconsciente.
Na concepção de Vigotski, era necessário ampliar as concepções
psicológicas de sua época, propôs o que chamou de uma "nova
psicologia", que seria pautada nos fundamentos filosóficos de Karl Marx.
Para ele o psiquismo humano se constitui a partir das possibilidades
concretas de desenvolvimento disponíveis ao sujeito (por isso o termo
materialismo) e dialético, que significa apreender determinado fenômeno
sempre em movimento, acessando suas contradições e relações
interdependentes. Tal concepção deram origem à sua teoria, conhecida no
Brasil e no mundo por Psicologia Histórico-Cultural.
“Psiquismo humano é constituído nas relações históricas e
culturais nas quais o sujeito está inserido”
(PRESTES, 2010)
Funções psicológicas superiores
Para ele o sujeito nasce, é dotado de funções psicológicas elementares,
como atenção, memória, pensamento, emoção, percepção, imaginação,
etc. Elas são inatas ao sujeito.

Ao longo do desenvolvimento humano, o sujeito interage e participa de


contextos sociais, apropriando-se de conhecimentos, crenças e valores
que permitem que as funções psicológicas elementares desenvolvam
características superiores. Ou seja, na medida em que se apropria da
cultura, elas adquirem qualidades de funções psicológicas superiores.

O desenvolvimento nessa perspectiva não ocorre em um contínuo


crescente, mas em momentos de avanço e recuo, é o chamado
desenvolvimento em espiral.
As funções psicológicas superiores serão desenvolvidas a partir de um
contexto rico em estímulos e conhecimentos. Nessa perspectiva, quanto
mais elementos o sujeito conhece, maior será sua capacidade de
perceber a realidade, pensar sobre fenômenos abstratos, ampliando
assim sua consciência.

Para Vigotski (2010), o social é fonte de desenvolvimento, no que se


refere ao fato de o contexto histórico e cultural, no qual o sujeito está
inserido, oferecer a ele recursos e subsídios para se desenvolver de modo
singular e único.
Contato

E-mail professor
pollyanna.ferraz@anhanguera.com
Redes Sociais

Você também pode gostar