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Avaliação e caracterização de insalubridade por exposição a ruído de uma

empresa de prestação de serviço de vigilância em uma indústria de


fertilizantes na região de Maceió

Mayra Milena Marques Viégas1; Fernanda Santana Peiter1; Georgia Nayane Silva Belo
Gois1
1
Engenharia Civil, Universidade Maurício de Nassau, Maceió, Alagoas

Autor correspondente: Mayra Milana Marques Viégas; mayra.viegas05@hotmail.com


Setembro/2021

Resumo

O ruído é um som desagradável e quando o trabalhador está exposto a um nível acima dos
limites toleráveis estabelecidos pelo MTE (Ministério do trabalho e Emprego), a empresa é
obrigada a compensá-lo economicamente. Esse ambiente que expõe o trabalhador a agentes
que agridem a sua saúde, são chamados de ambientes insalubres. O presente trabalho tem
como objetivo avaliar a exposição ocupacional ao ruído para caracterização de insalubridade
dos funcionários de uma empresa de prestação de serviço de vigilância em uma indústria de
fertilizantes na região de Maceió, Alagoas. Identificou-se que os vigilantes da empresa
contratada estavam sob uma exposição aceitável, a presença do agente “ruído contínuo”
estava sob limites toleráveis de exposição diária, por tanto ficando descaracterizada a
condição insalubre, conformes as diretrizes de cálculos da NR-15 e NHO-01, visto que o nível
do ruído Leq é menor que de 80 dB(A) para o regime de revezamento de 12x36, escala de
trabalho dos vigilantes.
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frente as normas especificadas anteriormente, os funcionários não faz jus ao adicional de


insalubridade e nem da periculosidade. sendo necessário o estudo de higiene ocupacional para
identificar quantitativamente o agente e promover a prevenção e proteção da saúde dos
trabalhadores. Através do estudo pode-se observar que o colaborador da empresa está sob
uma situação de exposição inaceitável, obtendo a consideração técnica como critica e nível de
atuação recomendada para ações de controle urgente, conformes as diretrizes de cálculos da
NR-15 e NHO-01, visto que o nível do ruído Leq é de 87,18 dB(A),

As condições de trabalho em muitas empresas e indústrias possibilitam situações de risco à


qualidade de vida dos seus colaboradores, dentre essas situações está à exposição aos altos
níveis de ruído.

Portanto, o presente trabalho tem como objetivo avaliar a higiene ocupacional de um


colaborador no processo de extrusão de plástico em uma empresa de reciclagem, através da
análise da emissão de ruído, com a perspectiva do cálculo de insalubridade. O trabalho foi
realizado em uma empresa de recuperação de plástico do município de Caçador/SC, para os
cálculos de insalubridade seguiu a partir da dose e exposição ao ruído conforme a NR-15 e
NHO-01. Através do estudo pode-se observar que o colaborador da empresa está sob uma
situação de exposição inaceitável, obtendo a consideração técnica como critica e nível de
atuação recomendada para ações de controle urgente, conformes as diretrizes de cálculos da
NR-15 e NHO-01, visto que o nível do ruído Leq é de 87,18 dB(A), buscando atenuar esse
questão o colaborador recebe Equipamento de Proteção Individual (EPI) que atenua o ruído.
Assim, é preciso de um monitoramento continuo da segurança do trabalhador em questão,
visto que se o mesmo não realizar a utilização do EPI o mesmo pode sofrer consequências no
seu processo de audição

O país está passando por uma crise grave, econômica e política e os gestores estão procurando
alternativas para que suas empresas continuem sobrevivendo num ambiente complicado.
Nesse momento, uma das alternativas mais comuns é reduzir custos, então as empresas tentam
encontrar uma maneira pra realizar essas reduções. Por conta disso, o trabalho apresenta uma
alternativa para redução de custos. O ruído é um som desagradável e quando o trabalhador
está exposto a um nível acima dos limites toleráveis estabelecidos pelo Ministério do trabalho
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e Emprego (MTE), e por meio da Norma Regulamentadora (NR) de nº15, a empresa é


obrigada a compensá-lo economicamente. A compensação varia entre percentuais de 10%,
20% ou 40%, a depender da intensidade e tempo de exposição. Esse ambiente que expõe o
trabalhador a agentes que agridem a sua saúde, são chamados de ambientes insalubres. Para
caracterizar um ambiente insalubre é realizada uma perícia técnica. O MTE estabeleceu
alguns critérios para poder estruturar um ambiente saudável e sem nenhum agente insalubre
ou nocivo a saúde do trabalhador e esses critérios se dividem na adoção de medidas de ordem
geral e na utilização de equipamentos de proteção individual. Com a estruturação de
ambientes mais saudáveis pode-se trazer mais qualidade de vida ao trabalhador e economia ao
empregador.

Palavras-chave: Ruído, Insalubre, Trabalhador, Custo, Economia.

Abstract

The country is going through a serious economic and political crisis and managers are looking
for alternatives so that their companies continue to survive in a complicated environment, at
that time one of the most common alternatives is to reduce costs, so the administrator goes
there and tries to find a way to these reductions. The noise is an unpleasant sound and when
the worker is exposed to a level above the tolerable limits established by the MTE (Ministry
of Labor and Employment), by means of the NR (Regulatory Norm) of number 15, the
company is obliged to compensate it economically, the compensation varies between 10%,
20% or 40%, depending on the intensity and time of exposure. This environment that exposes
the worker to agents that attack his health, are called unhealthy environments. To characterize
an unhealthy environment a technical expertise is performed, as well as its decharacterization
as well. The MTE established some criteria to be able to structure a healthy environment and
without any agent unhealthy or harmful to worker's health and these criteria are divided into
the adoption of general measures and the use of personal protective equipment. With the
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structuring of healthier environments can bring more quality of life to the worker and
economy to the employer.

Keywords: Noise, Unhealthy, Worker, Cost, Economy.

1 INTRODUÇÃO

Um risco extremamente comum nos ambientes de trabalho é o ruído e que pode afetar
a saúde dos trabalhadores. Nasce então a importância de conhecer o risco, de que forma ele
agride o corpo do trabalhador para poder traçar um plano de ação para sua neutralização e até
mesmo sua eliminação.

A ciência é a arte de reconhecer, avaliar e controlar os riscos profissionais


capazes de ocasionar alterações na saúde do trabalhador ou afetar seu
conforto e eficiência. Por ser um campo de especialização multiprofissional, os
profissionais devem trabalhar em equipe e com espírito de cooperação visando
a objetivos comuns. É a arte de conservar a saúde dos trabalhadores
(VIEIRA,1994, p.25).

No Brasil é utilizada a Norma de Higiene Ocupacional (NHO01), da Fundacentro e a


Norma Regulamentadora (NR) de nº 15, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para
quantificar e qualificar o ruído além de estabelecer limites de exposição a esse agente.
Quando a exposição do trabalhador excede os limites fixados, a situação é caracterizada como
condição insalubre e a empresa é obrigada a pagar o adicional de insalubridade.
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Nesse sentido a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) art.189 é dado os seguintes
termos:
Serão considerados atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua
natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a
agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da
natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus
efeitos.

É necessário primeiramente identificar, depois quantificar, para daí sim, poder dizer o
que pode ser feito para que o risco seja atenuado, para que a insalubridade seja eliminada ou
neutralizada.

1.1 Figuras e tabelas

A Tabela 1 mostra a relação entre a pressão sonora em N/m² e o nível de pressão


sonora medido em (Db), e também apresenta exemplos de possíveis causas de geração desses
níveis.

Tabela 1 – Pressão Correspondente ao Nível de Pressão Sonora e Possíveis Fontes Geradoras


Nível de Pressão sonora em
Exemplos de fontes
pressão N/m²
sonora em Db
0 0,00002 Limiar de audibilidade – sussurro
6 0,00004 Deserto ou região polar (Sem vento)
18 0,00016 Movimento de folhagem
24 0,00032 Estúdio de rádio e TV
30 0,00063 Quarto de dormir
Teatro vazio
42 0,00251 Sala de aula
48 0,00501 Restaurante tranquilo
66 0,03981 Rua com barulho médio
72 0,07943 Pessoa falando a 1 metro
78 0,15849 Escritório barulhento
84 0,31623 Dentro de cabine de caminhão com vidros abertos
90 0,63096 Banda ou orquestra sinfônica
96 1,25893 Industria barulhenta
100 1,99526 Sala de compressores
110 6,30957 Próximo de um britador
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120 19,95262 Avião a pistão a 3 m – limiar da dor


140 199,52623 Avião a jato a 1 m – Perigo de ruptura do tímpano

Fonte: Bistafa (2006) apud Saliba (2011, p.17)

A Tabela 2 mostra a relação os limites de tolerância para ruído contínuo ou


intermitente.

Tabela 2 – Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente


NÍVEL DE RUÍDO DB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA
PERMISSÍVEL
85 8horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos

Fonte: NR nº15, Anexo I.

2 METODOLOGIA

O presente estudo ira aborda como se dá a neutralização ou eliminação da


insalubridade por exposição ao fator de risco físico ruído continuo, objetivando estruturar
ambientes de trabalho mais saudáveis e consequentemente reduzindo custos. Trata-se de uma
pesquisa com abordagem qualitativa, do tipo descritiva.
Tendo uma finalidade de descrever as características da população e suas relações
variáveis referente a algum fenômeno ou situação, servindo como pilar para explicar sobre o
assunto abordado, para que esses resultados possam vir a ser utilizado como fator da
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população, já que é realizada com dados brutos, mas que não se importa com quantidade e
sim com a qualidade da pesquisa, visto que é um estudo qualitativo (VERGARA et al., 2000).
A fundamentação teórica foi feita através de uma revisão de livros, trabalhos
acadêmicos e normas que abordassem o tema em questão para construir um matéria de
discussão, foram feitas buscas na área de segurança e medicina do trabalho como também
gestão de finanças.
Em continuidade ao que expressa Vergara et al. (2006) quando se é proposto a
realização de uma pesquisa descritiva, o objeto desta é a descrição da situação ou fato
abordado de maneira simples.
A metodologia fornece ao leitor os detalhes de como o estudo foi conduzido. Nesta
etapa, é importante descrever os matérias e métodos com detalhes suficientes para que outro
pesquisador possa reproduzir seu experimento.
As alíneas e subalíneas seguem a ABNT NBR 6024 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DE NORMAS TÉCNICAS, 2012ª):
a) os diversos assuntos que não possuam título próprio dentro de uma mesma seção,
devem ser subdivididos em alíneas;
b) o texto que antecede as alíneas termina em dois pontos;
c) as alíneas devem ser indicadas alfabeticamente, em letra minúscula,
d) seguida de parêntese;
e) as letras indicativas das alíneas devem apresentar recuo em relação à margem
esquerda;
f) o texto das alíneas deve começar por letra minúscula e terminar em ponto-e-vírgula,
exceto a última alínea que termina em ponto final;
g) o texto das alíneas deve terminar em dois pontos, se houver subalínea;
h) a segunda e as seguintes linhas do texto das alíneas começam sob a primeira letra do
texto da própria alínea.
Nota: esta sequência de a a g são exemplos de alíneas.

2.1 Equações

As equações e fórmulas aparecem destacadas no texto, de modo a facilitar sua leitura,


assim como exemplificado na Equação 1 a seguir:
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2
a + b+c=0 (1)

2.2 Citações

As citações devem elaboradas segundo a norma ABNT NBR 10520 e as referências


devem seguir a norma ABNT NBR 6023.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

De acordo com o disposto na CLT, para que aconteça a cessação da insalubridade, o


empregador deve implantar medidas que estruture o ambiente do trabalho sobre os limites de
tolerância fixados, e também há a exigência do fornecimento e utilização de equipamentos de
proteção para seus empregados amenizem a intensidade do agente insalubre a limites de
tolerância. Obviamente, que seria de mais valor e mais saudável para todos os envolvidos com
a insalubridade, que fosse direito adquirido a sua eliminação, sabendo de todos os males que a
exposição pode gerar.
O estudo a seguir diz o seguinte:

A eliminação da insalubridade ou diminuição de seus efeitos sobre a pessoa humana é


uma preocupação constante da medicina do trabalho, como o é da lei. As normas de proteção
ao ambiente ou ao trabalhador, individualmente, dirigem-se e procuram não só os aero
dispersoides, como diz a norma, mas todos os agentes. Os órgãos administrativos receberam
uma faculdade legal importantíssima: a de determinar às empresas que introduzam as medidas
adequadas para eliminar ou mitigar os efeitos do mal (CARRION, 2013, p. 191-192).

Nesse sentido, é importante sempre que a primeira ideia seja a de eliminar a


insalubridade, não conseguindo, que seja tentada a neutralização e sendo mais uma vez
fracassada a chance, que seja tentada a redução de nocividade para a saúde humana. É que
observamos da leitura a seguir:

O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará


com a eliminação do risco à saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e das normas
expedidas pelo Ministério do Trabalho (CLT, art.194).
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Existe mais de uma maneira para se diminuir, neutralizar ou até mesmo eliminar a
insalubridade, sabendo que hoje as empresas estão adquirindo mecanismo para transformar o
trabalho insalubre um pouco menos prejudicial, porque elas já possuem o entendimento de
que estruturar ambientes mais saudáveis, pode contribuir também para redução de custos
desnecessários. Seguindo esse raciocínio, é importante a leitura da CLT decreto 5452/43 art.
191, quando ele determina o seguinte:

I – com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites
de tolerância;
II – com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador EPI, que
diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância.

Parágrafo único. Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho, comprovada a


insalubridade, notificar as empresas, estipulando prazos para sua eliminação ou neutralização,
na forma deste artigo.
Quando as empresas se esforçam para tentar manter seus ambientes com seus limites
de tolerâncias dos seus agentes insalubres dentro dos limites estabelecidos, pode-se ter a
chance de deixar de ser um ambiente nocivo a saúde de todos, e logo mais o pagamento de
adicionais que acrescentam o salário dos obreiros se torna impróprio. Ou pode surgir a adoção
de medidas de controle como o uso de EPI, que protegem o trabalhador e assim também pode
se fazer a cessação do adicional devido.
O Tribunal Superior do Trabalho também se pronunciou a respeito do assunto através
da Súmula nº 289, a mesma nos mostra:

O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do


pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que conduzam à
diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as relativas ao uso efetivo do
equipamento pelo empregado.

Ainda com o mesmo raciocínio, temos o texto da Súmula nº 80 do TST nº11 que diz o
seguinte:
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“A eliminação da insalubridade, pelo fornecimento de aparelhos de protetores


aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo, exclui a percepção do adicional
respectivo”.

O que segue o mesmo entendimento ao lermos as palavras de Martins (2011), se


ocorrer a eliminação do agente causador da atividade insalubre, poderá ocorrer a
reclassificação do grau de insalubridade, surgindo a necessidade de se refazer as análises
qualitativas e quantitativas para ocorrer a nova definição do percentual pago anteriormente.
Ainda, seguindo as palavras de Martins (2011) e da literatura da Súmula nº 289 do
TST, não é suficiente o fornecimento do EPI por parte do empregador; há ainda a obrigação
legal da fiscalização dos órgãos competentes por fazê-las, tendo em vista que o empregado
não faz uso dos equipamento fornecidos pelo empregador, o adicional continua sendo pago
pelas empresas, já que a mesma não garante o uso contínuo do EPI por parte do obreiro.
Assim, para que o empregador seja eximido de pagar o respectivo adicional, deverá ser
eliminada a insalubridade ou reduzida aos níveis de tolerância constantes na NR 15 da
Portaria n° 3.214/78.
Pode acontecer também, conforme escreve Monteiro (2012), se o (EPI) estiver sendo
usado sem obedecer o período de troca obrigatória, que garanta sua eficácia durante um
determinado período, ocorre também a continuação do pagamento do adicional de
insalubridade, porque passado o prazo de validade de troca, o (EPI) não garante mais um
desempenho adequado. Se tratando de fiscalização pela empresa, o empregado quando deixa
de usar o equipamento de proteção ocorre a possibilidade de punição imediata, sendo a
primeira punição uma advertência verbal, e se o problema persistir o empregado pode até ser
demitido por justa causa.
Vale lembrar que apenas o fornecimento do aparelho dos equipamento de proteção por
parte do empregador não o desobriga do pagamento de compensação salarial aos seus
obreiros, cabendo-lhe tomar as providências para alcançar níveis de nocividade mais baixos,
como garantir o uso efetivo dos equipamentos por parte dos empregados, conforme a Súmula
nº 289 do (TST).
O mais ideal seria que o empregador encontrasse maneiras de conseguir eliminar as
condições insalubres, e acabar de vez com pagamento, porém caso isso não seja possível, este
tem a obrigação de pagar o adicional de insalubridade para os trabalhadores. Outros casos,
encontramos empregadores que pensam que somente o pagamento do adicional de
insalubridade está fazendo um bom trabalho, não existindo mais despesas em questão. Mas,
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os valores gastos em um processo por danos morais são bastante comuns e também bastante
onerosos.
Um pensamento muito útil que vale trazer ao trabalho são os ensinamentos de Paulo
Roberto de Oliveira. Na sua obra, o autor fala sobre a questão da insalubridade com um olhar
empresarial. Através de muitos exemplos, ele consegue mostrar claramente que o controle da
insalubridade, e suas maneiras de eliminação, além de poder estabelecer melhorias nas
condições de trabalho, também pode trazer resultar em significativas reduções de custos para
as empresas.
Ainda seguindo o raciocínio de Monteiro (2012) sobre eliminação, que sem dúvida é a
melhor e mais correta das ações, pois consiste em garantir a não mais existência de uma fator
de risco no ambiente de trabalho, eliminando qualquer possibilidade da ocorrência do
acidente, da doença ou da lesão. A substituição ou redução é implantar ações que possam
diminuir ao máximo a possibilidade da ocorrência, caso venha a ocorrer, venha a ser o menos
grave possível, isso se dá pela substituição de uma máquina que gere muito barulho por uma
mais silenciosa, um procedimento de trabalho que não envolvam situações de riscos, agora se
não for possível a aplicação dessa regra, partimos então para próxima opção.
Controles de engenharia, é de certa forma uma ação corretiva mas tendo uma intenção
preventiva, é fazer adequações no ambiente de trabalho que sejam permanentes, garantindo
que máquinas ofereçam maior segurança ao trabalhador; um exemplo é instalação de proteção
em máquinas e equipamentos, implantação e enclausuramentos. Não podemos esquecer que
não basta apenas implantar é imprescindível que haja uma manutenção constante para garantir
a eficácia das medidas.
Controles administrativos, envolve na maior parte do tempo a gestão de pessoas,
programas, processos e procedimentos. Outra forma é controlar os risco através de programas,
para o controle do risco ruído nós encontramos o Programa de Controle Auditivo (PCA), o
que também não podemos esquecer é a importância dos cursos e treinamentos e suas
reciclagens, e claro, um ambiente de trabalho bem sinalizado e com seus riscos mapeados
para prevenir menos acidentes e doenças do trabalho.
Se você tentou todas as formas já explicadas anteriormente e mesmo assim o
risco ainda se faz presente, é importante que só nesse caso as empresas partam para entrega de
EPI, o mais importante do que a simples entrega é que os equipamentos sejam testados,
selecionados, as pessoas sejam treinadas quanto ao uso correto, guarda e conservação, e claro,
que haja uma constante fiscalização por parte do empregador.
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4 CONCLUSÕES

Nesse trabalho abordamos sobre a redução de custos por meio da neutralização ou


eliminação da insalubridade, o investimento em segurança do trabalho se faz necessário, não
somente para gerar mais qualidade de vida para o trabalhador com estruturação de ambientes
mais saudáveis, mais também para evitar gastos desnecessários com pagamentos de
adicionais, acidentes de trabalho e doenças ocupacionais.

Ambientes saudáveis são fundamentais para a manutenção da dignidade humana, viabilizando


a produtividade, qualidade e sobrevivência no mundo empresarial. É fundamental que exista a
constante reflexão e análise sobre a saúde das pessoas que as contratam e mantêm em seu
quadro funcional (GOMES, 2017, p.134).

O adicional de insalubridade deveria servir como um estimulante para que o empregador


investisse nos meios protetivos necessários, até chegar ao ponto de eliminar a exposição aos
ambientes insalutíferos, e assim cessar o pagamento do adicional. Os erros vem ocorrendo, e
há apenas uma preocupação por parte do Estado, sindicatos, empregadores em pagar o
adicional de insalubridade, não se importando com as consequências que esta prática pode
trazer.
O ideal seria que o empregador encontrasse maneiras de conseguir eliminar as condições
insalubres, e acabar de vez com pagamento, porém caso isso não seja possível, este tem a
obrigação de pagar o adicional de insalubridade para os trabalhadores. Não podemos esquecer
que não basta apenas implantar é imprescindível que haja uma manutenção constante para
garantir a eficácia das medidas.

AGRADECIMENTOS
Agradecimentos aos apoiadores do trabalho.

REFERÊNCIAS

NELSON, D. L. Princípios de bioquímica de Lehninger. 6ª edição. Porto Alegre: Artmed,


2014.

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