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Caderno do Estudante
Uma parceria entre a
SEEDUC/RJ e o Instituto
Ayrton Senna
Projeto de Vida
Projeção de futuro e desenvolvimento juvenil
em várias dimensões
p. 2
Introdução
p. 3
Ficha 1
p. 4
Ficha 2
p. 6
Ficha 3
p. 8
Ficha 4
p. 11
Ficha 5
p. 16
Ficha 6
p. 18
Sumário
Ficha 7
p. 20
Ficha 8
p. 25
Ficha 9
p. 30
Ficha 10
p. 33
Ficha 11
p. 35
Ficha 12
p. 38
Ficha 13
p. 42
Ficha 14
p. 43
Ficha 15
p. 47
Ficha 16
Bom trabalho!
Relação orientador-aluno
Emico Okumo, professora do Instituto de Física da USP, tem a seguinte opinião sobre
a relação entre orientador e orientando*:
“Há que haver entre o orientador e orientando uma empatia, uma comunhão de ideias
com relação à vida acadêmica, um respeito mútuo, uma colaboração de ambas as
partes, uma concepção de ética e honestidade e um compromisso.
A orientação não é simples, pois cada estudante é diferente do outro: uns odeiam ser
cobrados, outros até gostam disso, uns têm mais facilidade e são mais organizados do
que outros em tudo, até em redigir; a taxa de produção de um pode ser maior do que
do outro, uns têm receio do orientador. Assim, o orientador tem que também se
adaptar ao orientando, captando sutilezas, motivando e cativando, mas chamando a
atenção quando necessário.
Sinto que todos necessitam de afeição, receber elogios e jogar conversas fora na hora
do café. Aqueles que não conseguem largar livros ou o trabalho de pesquisa
necessitam de aconselhamento para praticar esporte, ver espetáculos, ler outro tipo de
livro ou mesmo dormir. Outros não conseguem se concentrar num assunto e se
interessam por tudo e são muito dispersivos. No fundo, o orientador é mais um
facilitador do que qualquer outra coisa, pois quem tem que se dedicar e trabalhar é o
estudante”.
Veja também o que Lydia Masako Ferreira, Fabianne Furtado e Tiago Santos Silveira,
professores da Universidade Federal de São Paulo, pensam sobre o assunto**:
* Trecho editado a partir de post do blog “Ciência Prática”, disponível em: http://bit.ly/orientadoraluno1.
**Trechos editados do artigo “Relação orientador-orientando. Conhecimento multiplicador”. Disponível em
http://bit.ly/orientadoraluno2.
Parabéns! Vocês são jovens que estão construindo suas histórias de vida
considerando a importância da escola para a conquista de seus projetos de vida!
No ano anterior, vocês vivenciaram como a escola pode ser um lugar de aprender
para valer quando todos se unem a favor dos mesmos objetivos. Nas aulas de Projeto
de Vida, por exemplo, descobriram muito sobre si mesmos e sobre seus colegas e
professores. Descobriram que sem autoconhecimento, autoconfiança, determinação e
colaboração fica muito difícil chegar a algum lugar.
E tem uma galera nova chegando à escola: as turmas do 1º ano do Ensino Médio. São
jovens que trazem dúvidas, anseios e muitos questionamentos sobre o que é estudar
em uma escola com novos componentes curriculares que dela fazem parte. Vocês se
lembram de como eram quando chegaram à escola no início do ano anterior, não é
mesmo?
Por isso, o desafio agora é elaborar um trote protagonista para as turmas do 1º ano!
Mas vocês sabem o que é um trote? Vejam o que o dicionário tem a dizer:
O trote em escolas e faculdades
consiste em uma “brincadeira”
bem irresponsável, em que os
estudantes mais antigos, os
veteranos, recebem os mais
novos, os calouros, com atitudes
desrespeitosas. Para acabar com
essa prática, muitos estudantes
passaram a promover o trote
solidário, em que planejam
atividades bacanas para
receberem os novos colegas,
fazendo do momento de chegada
deles uma ocasião de alegria!
Fonte: Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa
Não está com nada esse tipo de trote violento ou que coloca as pessoas em situação
de humilhação. Vocês já conheceram alguns exemplos de trote solidário e
protagonista, e agora é o momento de idealizar o de vocês. Para fazerem um trote
agradável, acolhedor e protagonista, pensem, discutam e elaborem uma proposta.
Antes, porém, escolham um líder para gerir o tempo de vocês e apresentar a proposta
ao restante da turma: vocês terão 20 minutos para elaborar a proposta.
A ação proposta deve ser simples, para que possa ser realizada já na próxima
semana e para que não demande muitos recursos nem tenha um planejamento
complicado.
Agora vocês podem elaborar uma proposta de Trote Protagonista! Anotem as ideias
em um papel para que, na etapa seguinte deste encontro, o líder do time apresente ao
restante da turma as sugestões de vocês.
Quais ações simples podemos fazer para apresentar a escola e o trabalho que é
desenvolvido no Ensino Médio para as novas turmas do 1º ano?
Colhendo rastros
Ao longo da vida deixamos rastros por toda parte. Uma caminhada na areia da praia e
lá estão nossas pegadas, únicas, que logo se vão com as ondas do mar. Transitamos
pela cidade, somos vistos por muita gente. Vimos tantas outras. Navegamos pelas
redes sociais, compartilhamos pensamentos, curtimos postagens dos amigos. Mas o
que guardamos das experiências que vivenciamos a cada dia? Como fazer para que
nossos sentimentos, ideias, conhecimentos, sonhos permaneçam em nossa memória?
Como cada um é uma pessoa única em seu modo de pensar, sentir e de ser, cada
Álbum deverá ter uma “cara”. Para tanto, vocês devem customizar a capa de seus
cadernos que serão transformados nesse instrumento de registro, pensando que eles
acompanharão vocês durante o ano. Para se alimentarem de ideias e possibilidades,
bit.ly/livrosdeartista
bit.ly/livrosdeartista2
bit.ly/livrosdeartista3
Pronto! O Álbum da Cartografia Pessoal está criado e vocês já têm o que precisam
para guardar aquilo que de mais significativo acontecer nas atividades de Projeto de
Vida!
Eu me amo!
Na década de 1980, quando você ainda nem era nascido, as bandas de rock nacional
viraram uma febre no país. Grupos como Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho,
Titãs, Capital Inicial e muitas outras fizeram centenas de shows, principalmente nas
Regiões Sul e Sudeste, e gravaram LPs que batiam recorde de vendas (para quem
não sabe, naquela época não existia CD e nem MP3! A mídia utilizada era o LP,
abreviação para long play, também conhecidos como “bolachão”, por conta do formato
redondo e grande). É provável que você conheça algum ou alguns dos sucessos
dessas bandas, pois muitas delas existem até hoje.
Uma das bandas que estouraram naquele tempo chama-se Ultraje a Rigor (acesse
http://www.ultraje.com se quiserem conhecer mais sobre a banda). Antes da fama,
seus componentes tocavam cover de rock dos anos 1960, Beatles, punk e new wave.
Algum tempo depois, a Ultraje gravou uma música que virou sucesso: “Eu me amo”,
composição do vocalista e guitarrista Roger. Você já ouviu ou conhece a letra dessa
canção? Se tiver um computador ou smartphone conectado à internet, ouça a música
pelo link bit.ly/eumeamo e confira a letra:
Eu Me Amo
Ultraje a Rigor
Pensando no trecho da música Eu me amo, “já não sabia mais o que fazer / pra
eu gostar de mim, me aceitar assim”, responda:
Agora, pense no trecho da música: “daqui pra frente nova vida eu terei / sempre
a meu lado bem feliz eu serei” e responda:
4) O que você acha que, se acontecesse na sua vida, lhe daria mais confiança
para caminhar e buscar realizar sonhos?
(30 segundos)
a) Passar de ano e aprender muito sobre os conhecimentos da escola.
b) Fazer novas amizades, e, quem sabe, começar um namoro.
c) Estar próximo da família, usufruindo dessa importante relação.
d) Todas as opções acima e mais uma coisa: ...
Afinal, o que você mais ama em você e não quer perder por nada na vida?
(1 minuto)
Nossa música
O próximo passo para a dupla é o desafio de contar uma história em um refrão de
música. Essa história vai ser elaborada a partir as respostas que vocês deram no
Quiz da Autoconfiança. Para isso, releiam os registros que fizeram no caderno e
inventem essa história, que pode ser uma mistura de realidade e ficção. Dessa
história, imaginem um refrão de uma música, que conte uma síntese ou um aspecto
essencial, a parte principal da história. Ah, o ritmo é da escolha de vocês: pode ser
rap, funk, rock, samba...
Preparem-se: vai chegar um momento em que vocês vão poder improvisar esse refrão
e contar um pouco da história que criaram! Registrem em seu caderno o refrão que
vocês criaram! Vocês dois também podem registrar, no caderno, seus pensamentos a
respeito desse tema tão importante para a vida.
A família, quem diria, está em alta entre os jovens brasileiros. Uma série de pesquisas
vem confirmando o fato. Um dos primeiros levantamentos a mostrar o quadro foi o
coordenado pelo Instituto da Cidadania, de São Paulo. Realizado no fim de 2003, o
estudo ouviu 3.501 jovens de 15 a 24 anos, de 198 municípios, em áreas urbanas e
rurais de todo o País. Entre várias revelações, a pesquisa mostrou que, para 72% dos
entrevistados, a família é o espaço mais importante para seu amadurecimento,
deixando para trás outras instituições consagradas como a “rua” (13%), a escola (7%),
o trabalho (5%) e a igreja (3%). Outro dado relevante diz respeito às pessoas mais
ouvidas quando os jovens precisam conversar sobre assuntos importantes: primeiro
vem a mãe, com 63% da preferência, seguida do pai (13%), cônjuge (5%), professor
(2%), padre ou pastor (2%).
Esses resultados, aparentemente surpreendentes num momento em que o modelo
familiar tradicional (pai, mãe e filho vivendo juntos) encontra-se em profunda
transformação, não foram novidade para a psicanalista e analista institucional paulista
Maria Ângela Santa Cruz, coordenadora do curso “Adolescência e Juventude na
Contemporaneidade – suas Instituições e sua Clínica”, do Instituto Sedes Sapientiae,
em São Paulo. “A família é um forte referencial para os jovens, e sua importância não
se mede pela calmaria ou falta de conflito.
Contraditoriamente, ela [a família] não tem a exata dimensão de sua própria
importância e dos efeitos que exerce sobre o jovem, em função da forma como o
enxerga e lida com ele”, diz Maria Ângela. “Nos últimos tempos, a família passou a ser
o locus da afetividade; o local onde as relações são baseadas no código dos afetos.”
É o que confirma a pesquisa nacional do instituto Datafolha, realizada em 2007: a
família é a instituição mais importante para 69% dos entrevistados, que afirmam
manter ótima/boa relação com a mãe (91%) e com o pai (76%), e também com os
irmãos.
Longe ou perto demais
Que o diga a universitária cearense Mayara Dayse Sousa Barreto, de 21 anos. Há dois
anos, ela se mudou de Canindé, no interior do Ceará, onde morava com os pais, para
estudar em Fortaleza. “Tenho muita saudade dos meus pais. Sinto falta do carinho
deles”, conta. Desde que mudou para a capital cearense, onde faz o segundo ano do
curso de Pedagogia da Universidade Federal do Ceará (UFC), Mayara vive com seus
1Matéria publicada na Revista Onda Jovem, ano 4, n. 10, março-maio de 2008. Foi editada para este
material. Disponível em: http://bit.ly/jovensdefamilia.
Vocês vão se dividir em quartetos, trios ou duplas. Atenção: é importante que haja
pelo menos um quarteto, um trio e uma dupla, pois, ao final da atividade, vocês vão
comparar essas maneiras de agrupamento para estudar.
Lembrem-se: na hora de escolher, cada um decide se prefere estudar algo que está
com dificuldade (e, por isso, precisa da ajuda dos colegas para aprender mais) ou um
conhecimento que já está entendendo bastante (e, então, está disposto a dar uma
força para os demais).
Ah, uma informação importante: vocês terão 50 minutos para experimentar essa
maneira de estudar! Então, não percam tempo!
Algumas dicas...
É bem provável que os 50 minutos não tenham sido suficientes para os estudos, mas,
com certeza, deu um gostinho do tanto que estudar em duplas, trios ou quartetos pode
ser produtivo e motivante. Que tal pensar sobre isso? Vamos à roda de conversa, com
toda a turma!
Lista de gestos simples, que podemos praticar e divulgar na próxima semana, pra
melhorar isso:
Lista de gestos simples, que podemos praticar e divulgar na próxima semana, pra
melhorar isso:
Lista de gestos simples, que podemos praticar e divulgar na próxima semana, pra
melhorar isso:
3) Escolha um colega para discutir. Não seja monótono, procure alguém com quem
você convive pouco, para aproveitar a oportunidade de conhecer melhor e se
aproximar desse colega. A ideia é que cada um leia como preencheu os sete
significados e que vocês parem em cada competência – uma por uma – e vejam o que
há em comum e o que há de diferente na forma como vocês dois entendem a
competência. Discutam um pouco cada uma, expliquem suas escolhas. Anote no seu
quadro tudo o que o colega disser que você achar que enriquece sua compreensão.
Duração da tarefa 3: 10 minutos.
4) Leia a matéria “Jovem se forma em direito e continua sendo engraxate, em Goiás”
(publicada pelo site Globo.com em 26/4/2013, disponível em http://glo.bo/11J9L4X).
5) Use as informações da matéria para preencher a quarta coluna do quadro. Nela,
você deverá indicar se e como Joaquim demonstra cada uma das oito competências
nas atitudes para correr atrás de seus sonhos profissionais.
Duração das tarefas 4 e 5: 30 minutos.
6) Repita o procedimento 3. Discuta com o colega de dupla e altere algo em seu
preenchimento, caso ele traga algum elemento novo ou mostre um outro jeito de ver
determinada questão.
Duração da tarefa 6: 10 minutos.
Ele pagou faculdade com o que ganha limpando sapatos, até R$ 2 mil por mês. Objetivo
é passar no exame da OAB e, no futuro, ser promotor de Justiça.
Com o dinheiro que ganhou limpando sapatos de profissionais como juízes, desembargadores
e advogados, o engraxate Joaquim Pereira, de 24 anos, acaba de se formar em direito em uma
instituição particular de Goiânia. Mesmo com o diploma em mãos, ele não abandonou o ofício
que aprendeu quando era criança e que lhe rende cerca de R$ 2 mil por mês.
Agora, o objetivo é se preparar para passar no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB) e, depois, continuar estudando para ser promotor de Justiça. “Não quero ser qualquer
profissional”, ressalta. Até lá, o jovem comunicativo e bem-humorado continuará cativando seus
clientes como engraxate nas ruas do centro da capital. Sem deixar a vaidade de lado, já que
uma das suas peculiaridades é trabalhar sempre bem vestido, com calça, camisa e sapatos
impecáveis.
Ao deixar a cidade de Monte Alegre de Goiás, na região nordeste do Estado, em 2006, o jovem
não se imaginava formado. Joaquim lembra que quando saiu da sua cidade natal para morar na
capital tinha a esperança de que logo seria contratado em uma empresa e se tornaria um
profissional de destaque. Mas viu que não era bem assim. Ele demorou três meses para
conseguir emprego em uma fábrica de enxovais. Quando recebeu o primeiro salário mínimo,
concluiu que não era o suficiente para se manter em Goiânia. Na época, ele morava com o
irmão. “Vim pra trabalhar. Depois, vi que precisava estudar para crescer, para ter um emprego
melhor”, conta.
Entre as coisas que tinha trazido do interior estava a caixa de engraxate, pois sabia que talvez
precisasse usá-la. Em Monte Alegre de Goiás, ele apreendeu a profissão observando. Aos 11
anos começou a limpar sapatos quando queria comprar uma roupa ou um tênis. Apesar de
trabalhar esporadicamente, ganhou experiência.
Devido à insatisfação com o emprego, ele decidiu, em um sábado, ir para as ruas de Goiânia e
ver como se sairia de engraxate. “Ganhei R$ 20 e atendi umas dez pessoas. Mesmo não sendo
muito, fiz as contas e vi que podia render”, afirma. Segundo ele, na segunda-feira, três meses
após ser admitido na fábrica, pediu demissão. “Indagaram porque eu retrairia tanto. Pensaram
que eu estava revoltado”, lembra. O jovem comenta ainda que não foi uma decisão fácil, pois
teve medo de ser rejeitado. “Tive medo da reação dos meus amigos e dos colegas”, diz.
No primeiro semestre que trabalhou como engraxate, Joaquim terminou o ensino médio em
uma escola pública de Goiânia e começou um curso de webdesigner, mas não gostou.
Enquanto isso, a profissão de engraxate deslanchava.
Samba da vitória
As pessoas para quem engraxou sem cobrar nada nas primeiras vezes se tornaram seus
clientes. A simpatia e a abordagem especial atraíram muitos outros e fez com que ele ficasse
conhecido nos locais onde trabalha, como na Praça Cívica, onde está o Centro Administrativo
do Governo de Goiás. O “samba da vitória”, som que ele faz com um pano ao polir os sapatos,
virou sua marca registrada. Joaquim conquistou uma clientela fixa. De R$ 20 por dia, ele
passou a faturar até R$ 100.
O que é o trabalho?
Essa é uma pergunta difícil de responder. Certamente, não há um conceito ou
significado universal para o trabalho. Apesar disso, podemos buscar nas diferentes
noções e representações desse termo algumas pistas para começar nossa conversa,
que acontecerá ao longo de todo o ano, caminhando em diversas direções. Podemos
pensar, por exemplo, nos vários modos de organização do trabalho, que vão do
trabalho informal, passando pela divisão de trabalho na sociedade industrializada e
chegando aos modos mais atuais, como o coworking. Outra chave possível de
discussão do trabalho é a partir das profissões: aquelas mais tradicionais, como as
relacionadas à medicina e ao direito; aquelas que já não existem mais; e as novas
profissões, especialmente aquelas relacionadas às tecnologias digitais.
Hoje, para iniciar as discussões do bimestre, a proposta é conversar sobre o trabalho
numa perspectiva ampla, para descobrir o que o trabalho significa para nós e que
papel ele ocupa no projeto de vida de cada um. Afinal de contas, trabalhar é bom ou
ruim? É uma obrigação, uma necessidade, um direito ou um prazer? Ou será que ele
pode ser tudo isso ao mesmo tempo?
O portal Dicionário Etimológico apresenta a origem da palavra trabalho da seguinte
maneira:
A palavra "trabalho" tem sua origem no vocábulo latino "TRIPALIUM":
denominação de um instrumento de tortura formado por três (tri) paus (paliu).
Desse modo, originalmente, "trabalhar" significava ser torturado no tripaliu.
Quem eram os torturados? Os escravos e os pobres que não podiam pagar os
impostos. Assim, quem "trabalhava", naquele tempo, eram as pessoas
destituídas de posses. A partir daí, essa ideia de trabalhar como ser torturado
passou a dar entendimento não só ao fato de tortura em si, mas também, por
extensão, às atividades físicas produtivas realizadas pelos trabalhadores em
geral: camponeses, artesãos, agricultores, pedreiros etc. Tal sentido foi de uso
comum na Antiguidade e, com esse significado, atravessou quase toda a Idade
Média. Só no século XIV começou a ter o sentido genérico que hoje lhe
atribuímos, qual seja, o de "aplicação das forças e faculdades (talentos,
habilidades) humanas para alcançar um determinado fim". Com a
especialização das atividades humanas, imposta pela evolução cultural
(especialmente a Revolução Industrial) da humanidade, a palavra “trabalho”
tem hoje uma série de diferentes significados.
Já o Michaelis – Dicionário de Português Online – apresenta uma série de definições
para trabalho, entre elas:
Adaptado a partir do texto disponível em: www.dicionarioetimologico.com.br/trabalho. Acesso em
novembro de 2014.
Tempos Modernos
Tempos Modernos é um longa-metragem do ator, diretor e humorista inglês Charlie
Chaplin, que viveu de 1889 a 1977. Nesse filme, lançado em 1936, Chaplin encarna o
seu famoso personagem "O Vagabundo" (The Tramp), que vive o dia a dia das
fábricas num mundo moderno e industrializado. Desde que foi lançado, o filme é
considerado uma das grandes obras do cinema, por abordar de uma forma ao mesmo
tempo crítica e divertida a sociedade da época.
Em uma das cenas do filme, que veremos logo mais, O Vagabundo está em seu
posto, na linha de montagem de uma fábrica, apertando parafusos. Ao seu lado,
outros colegas executam funções semelhantes. O dono da fábrica, que assiste a tudo
isso sentado em sua confortável cadeira, pede que as máquinas sejam aceleradas, de
modo que a velocidade da produção também cresça... Até o momento em que O
Vagabundo, já enlouquecido, não consegue mais acompanhar esse ritmo frenético e é
“engolido” pelas máquinas.
Agora, assistiremos à cena acima descrita. Antes, porém, leia as perguntas abaixo e
pense sobre elas durante o filme (se for conveniente, anote suas observações em seu
Adaptado a partir do texto disponível em: http://bit.ly/michaelistrabalho. Acesso em novembro de
2014.
Selecionamos abaixo algumas imagens retiradas da matéria. Elas irão fomentar nosso
debate. As primeiras são três ilustrações acompanhadas de dados sobre pesquisas
relacionadas às causas da desmotivação no trabalho. Em seguida, estão três
fotografias de pessoas que saíram de empregos de sucesso – mas sem sentido para
elas – e buscaram investir no próprio sonho.
Agora é a vez de vocês, ainda reunidos em trios, exporem o entendimento que têm
acerca do trabalho. Aqui, as respostas de vocês devem abarcar tanto as discussões
levadas a cabo hoje quanto as experiências e os exemplos que vocês veem entre
seus parentes e conhecidos, na mídia e em outros espaços de interação.
As perguntas abaixo guiarão a discussão de vocês, que será mediada pelo professor.
Mas elas são apenas para início de conversa: caso alguém queira sugerir outra
pergunta ou levantar um ponto específico, pode ficar à vontade. Não se esqueçam de
registrar os aspectos mais importantes no Álbum de Cartografia Pessoal!
E aí, a conversa deu pano pra manga? A discussão de hoje foi só mais uma dentro da
constelação de temáticas que envolvem o mundo do trabalho – e ela pode se
desdobrar em muitas outras, que também serão trabalhadas em Projeto de Vida nos
próximos meses.
Pela primeira vez, começamos a entender quais são os fatores que levam ao sucesso.
Descubra por que algumas pessoas se dão bem na vida - e veja o que você pode
fazer para chegar lá.
A maior de todas as crianças prodígios foi Wolfgang Amadeus Mozart. Aos 3 anos, o
austríaco começou a tocar piano, aos 5 já compunha, aos 6 se apresentava para o rei
da Bavária de olhos vendados, aos 12 terminou sua primeira ópera. Há séculos, ele
vem sendo citado como prova absoluta de que talento é uma coisa que vem de
nascença para alguns escolhidos. Mas parece que não é bem assim. A vocação de
Mozart não apareceu do nada. Seu pai era professor de música e desde cedo dedicou
sua vida a educar o filho. Quando criança, Mozart passava boa parte dos dias na
frente do piano. As primeiras peças que compôs não eram obras-primas – pelo
contrário, contêm muitas repetições e melodias que já existiam. Os críticos de música,
aliás, consideram que a primeira obra realmente genial que o austríaco escreveu foi
um concerto de 1777, quando o músico já tinha 21 anos de idade. Ou seja, apesar de
ter começado muito cedo, Mozart só compôs algo digno de gênio depois de 15 anos
de treino.
O mesmo pode ser observado com talentos das mais diversas áreas. Ronaldo, o
Fenômeno, tinha de ser arrancado dos campos de futebol quando criança porque não
3Texto editado a partir da matéria de Karin Hueck publicada na revista Super Interessante em julho de
2010., disponível em: http://bit.ly/seg-sucesso.
Isso faz todo sentido, se considerarmos a nova maneira como os cientistas têm
enxergado a influência dos genes na formação de talentos. Aquilo que costumamos
chamar de "talento natural para liderança" ou "aptidão nata para os esportes" parece
não ter nenhuma relação com o nosso DNA. "Não há nenhuma evidência de que
exista uma causa genética para o sucesso ou o talento de alguém", diz Anders
Ericsson, professor de psicologia da Universidade da Flórida que há 20 anos estuda
por que algumas pessoas são mais bem-sucedidas do que outras.
99% transpiração
Se treino é responsável por boa parte do sucesso das pessoas que chegaram ao
ponto mais alto do pódio, é preciso entender o que as levou a se esforçar tanto. Quem
passa 10 mil horas da vida se dedicando a qualquer coisa que seja tem pelo menos
uma característica muito ressaltada: o autocontrole. É ele que permite que a pessoa
não se lembre que seria muito mais legal dormir ou estar no bar do que trabalhando.
A questão é entender por que algumas pessoas abrem mão do prazer imediato em
troca do trabalho duro, e por que outras preferem sempre sair mais cedo do escritório.
O processo mental, na verdade, é muito simples: para ter autocontrole, é preciso não
ficar pensando na tentação e focar naquilo que é realmente importante no momento –
por exemplo, terminar o serviço. É possível que esses traços tenham uma origem
genética, mas é mais provável que a diferença esteja em outro ponto importante para
entender o sucesso: motivação. Quem está motivado para ganhar uma medalha
olímpica ou fazer um bom trabalho também abre mão da soneca da tarde com mais
facilidade.
Dinheiro também não é a solução para todos os problemas. Nem sempre ele funciona
como um bom motivador. (Não deixe seu chefe ler isso, se você estiver querendo um
aumento.) Num estudo da Universidade Clark, nos EUA, que testava a capacidade de
Ter habilidade social também é fator determinante para ser bem-sucedido. E é esse o
elemento que foge das estatísticas da ciência. Em áreas em que os mais talentosos
são sempre recompensados, como nos esportes ou na música, a regra das 10 mil
horas e a importância da persistência fazem sempre sentido. Mas, em ambientes onde
a competição é velada, como nos escritórios, o talento pode facilmente ficar em
segundo plano – e perder importância para o tête-à-tête, as famosas afinidades. "A
personalidade de uma pessoa afeta não só a escolha do trabalho mas, mais
importante, quão bem-sucedida ela vai ser na carreira", diz Timothy Judge,
especialista em carreira e personalidade da Universidade da Flórida. Timothy revisou 3
estudos longitudinais de personalidade que acompanharam a carreira de mais de 500
pessoas e chegou a conclusões interessantes. Pessoas autoconscientes, racionais e
que pensam antes de agir costumam ganhar mais e subir mais cargos. Já quem é
extrovertido e emocionalmente estável é mais feliz. Para o pesquisador, depois de
anos observando as pesquisas, subir de status pode ser importante, mas o fator mais
determinante para o sucesso ainda é sentir-se realizado. "Se a pessoa está infeliz no
trabalho, tem de descobrir o que está atrapalhando. Senão o sucesso não vem
mesmo."
Os modelos de sucesso veiculados pela mídia são distorcidos e não informam para a
tomada de decisões na vida real
Jairo Bouer
O Brasil é hoje um dos países em que crianças e jovens passam mais tempo na frente
da televisão. Segundo o Ibope, em setembro de 2004, entre os telespectadores de 4 a
17 anos, o tempo gasto com TV foi, em média, de 4 horas e 25 minutos por dia. De
acordo com a pesquisa Perfil da Juventude Brasileira, feita pelo Instituto da Cidadania
com jovens de 15 a 24 anos, 91% dos entrevistados assistem a TV de segunda a
sexta-feira (a taxa é de 87% nos fins de semana).
Em comparação, 49% desses jovens dizem que leem jornais (51% não têm esse
costume) e 67% leem alguma revista (31% dizem que não têm esse hábito). Com
tanta televisão ligada, é inegável que esse meio de comunicação mexa com o
imaginário dos jovens, interferindo em padrões de comportamento, noções de sucesso
e conceitos de felicidade. De fato, a TV parece ter um peso importante nas
construções emocionais e afetivas que vão influenciar na elaboração do projeto de
vida dos jovens.
Mas também não podemos responsabilizar a mídia, isoladamente, por tudo que é
veiculado. O objetivo dos meios de comunicação é atender aos anseios expressos
pela sociedade, respondendo às expectativas de seu público e, com isso, aumentando
sua audiência. Ou seja, existe uma relação de mão-dupla: os meios oferecem
programas, personagens, temas e debates, testam a resposta do telespectador e,
sendo aceitas, mantêm suas pautas. No caso de resposta negativa, as pautas e os
programas são substituídos.
Capa de revista
*Trechos retirados livremente do texto “Sonhos de uma noite de TV”, de Jairo Bauer, publicado na revista
Onda Jovem em 2005 e disponível em http://bit.ly/sonhotv.
A começar pelos padrões estéticos. Personagens (em sua função ficcional ou não)
desejáveis são os que têm corpos magros, sem flacidez e bronzeados. Pele lisa,
cabelos sedosos, mantendo asséptica distância da oleosidade e das espinhas típicas
da juventude. Claro, tudo seguindo o velho padrão europeu de traços finos – se tiver
cabelos e olhos claros, melhor. Gordinhos raramente são desejáveis. Funcionam para
situações cômicas, mas não para cenas tórridas de amor. Não se levam em conta
aspectos relacionados à saúde, mas ao julgamento "feio" ou "bonito". À estética, tudo.
À saúde, quase nada.
Fazer autorretratos sempre foi uma prática comum para muitos artistas. O pintor
Rembrandt, por exemplo, pintou quase 100 autorretratos, registrando boa parte de
sua existência com os pincéis. A artista mexicana Frida Kahlo também usou os
autorretratos para se expressar, bem como o holandês Van Gogh ou a americana
Cindy Sherman... São tantos artistas que nem
dá para listar!
Imagem: bit.ly/selfieobama1
Na primeira imagem, a famosa pintura de Leonardo da Vinci, “Monalisa”, faz biquinho para o
retrato. A segunda imagem traz a pintura chamada “Mulher com brinco de pérola”, do pintor
holandês Vermeer em mais um selfie em frente ao espelho.
Existem muitos outros tipos de selfies rodando pela rede: selfies com cenários, selfies
bem humorados, selfies em que a pessoa quer exibir o corpo ou roupas, selfies de
pessoas dormindo (como se faz um selfie se a pessoa está realmente dormindo?
Mistério...!).
Quantos selfies você já fez até hoje aproximadamente? Qual é o que mais gostou?
Por quê?
Desafio!
O desafio da vez não poderia ser outro: produzir um selfie! Vocês já sabem que
retratos de grupos também são chamados de selfies e é isso que vocês deverão fazer.
Mas, não poderá ser um selfie qualquer! Não basta juntar a galera e apertar o botão
da câmera. Vocês terão que montar um selfie que tenha a ver com a identidade
de cada um.
Então, planejem como será o selfie do grupo e mãos à obra. O resultado poderá ser
exibido no blog da escola, no grupo do Facebook da turma, nas redes sociais de
vocês...
Nosso tema de hoje é o respeito aos direitos humanos. Não vamos explicar o tema a
vocês, alunos. Trouxemos apenas algumas imagens4, para que debatam (as imagens
estão nas próximas páginas). Para isso, a turma deverá dividir-se em trios. A tarefa de
cada trio é indicar, abaixo das imagens, que situações de desrespeito aos direitos
estão sendo criticadas. Também pedimos que vocês produzam, no quadro ao lado de
cada imagem, uma outra (pode ser desenho, colagem, história em quadrinhos ou
charge) ou um breve texto que faça uma crítica relacionada à mesma questão.
Em seguida, vocês vão se organizar da forma que julgarem mais adequada para
produzir uma pequena revista artesanal, de oito páginas (contando com a capa), sobre
o tema: Mais respeito!. Cada página deverá ter o tamanho de meia folha A4.
Sugerimos, também, o seguinte conteúdo por página:
- Capa.
- Páginas 6 e 7: Enquete (entre os alunos da turma). Um aluno vai recolher uma frase
de cada colega que responda à pergunta: “para você, o que é respeito?”.
- Página 8: Nome das pessoas que realizaram essa minipublicação, indicando quem
fez o quê.
Vocês terão 35 minutos para criar a revista artesanal. Em seguida, para finalizar,
reúnam-se novamente em roda e discutam o que aprenderam com as atividades
desse encontro.
Gosta de fazer...
Lugares prediletos
ATAQUE DE NANOMENSAGENS!
Durante semestre, vocês têm se empenhado para crescerem como pessoas, para se
superarem como estudantes e para aprenderem a ser protagonistas dentro e fora da
escola. Agora, é hora de contar para toda a escola (e, por que não, para o mundo?)
tudo o que têm aprendido.
“Nano” é um prefixo que vem do grego e significa ‘muito pequeno’. Tudo a ver com
o tamanho reduzido das mensagens compartilhadas atualmente nas redes sociais,
não é mesmo? Por exemplo, o uso do Twitter tem estimulado as pessoas a
compartilharem ideias, sentimentos e conteúdos com pequenas mensagens que
têm até 140 caracteres.
Ideias fortes: Apesar de a mensagem ser curta, a força das ideias ultrapassa
sua pequenez na forma e vira um gigante de significados para quem lê!
Para começar, cada um de vocês deve elaborar, pelo menos, três nanomensagens.
Elas deverão trazer informações sobre os diversos aprendizados que tiveram
participando das aulas de Projeto de Vida desde o 1º ano, como pessoas e como
estudantes.
Agora, antes de mais nada, é preciso que o time tenha iniciativa para realizar dois
ataques de nanomensagens na escola: um para toda a comunidade escolar e
outro dirigido para um público especial, os gestores e professores!
Pensem em algumas ideias sobre o que podem fazer para que esses ataques
aconteçam de maneira bem criativa e rápida. Vale pensar em como espalhar as
mensagens pela escola, o que pode ser feito para que elas realmente chamem a
atenção e todos as queiram ler. O líder registra as ideias do time em uma folha de
papel.
Disponível em http://bit.ly/fluxograma_.
Acesso em 02/05/2015.
O seu projeto de vida deve ser um fluxograma que se desdobra ao longo de cinco
anos, numa tentativa de prever em que lugar você estará no futuro.
Antes de pegar a caneta e começar a desenhar, aqui vão algumas perguntas para ajudar
na construção do gráfico: