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“Não é a situação em si

que determina o que a


pessoa sente, mas como
ela interpreta uma
situação” (BECK, 1964;
ELLIS, 1962).

Disciplina Psicologia da
Personalidade.
Profª. Esp. Adriana Timoteo do
Vale.
Nascimento: 18 de julho de 1921, Procidente, Rhode Island, EUA
Falecimento: 1 de novembro de 2021, Filadélfia, Pensilvânia, EUA (100 As contribuições de
ANOS). Beck para a Psicologia.


Beck é conhecido como pai
Cônjuge: Phyllis W. Beck (de 1950 a 2021) da TCC e inventor das Escalas de
Beck, incluindo a
Filha: Judith Beck Escala de Depressão de Beck
Pais: Elizabeth Temkin, Harry Beck  (BDI) e 
Escala de Ansiedade de Beck
 (BAI).
Foi um psiquiatra norte-americano 
Beck é foi o Presidente
e professor emérito do departamento de do Beck Institute for
Cognitive Therapy and
psiquiatria na Universidade da Pensilvânia. Research e Presidente
Honorário do Academy
of Cognitive Therapy.
1960: Aaron Beck era psicanalista e acreditava que, para a
Psicanálise ser aceita pela comunidade médica, suas teorias 1960: surge a Terapia Cognitiva
precisavam ter demonstração de validação empírica.

1960/1970: dedicou-se a uma série de experimentos com o


Adaptação da TC C a
fim de comprovar a validação da Psicanálise; deparando-se populações, problemas e
com resultados que levaram-no a buscar outras explicações transtornos diversos
para a depressão .

Alterou-se o foco, as técnicas e


Identificou cognições negativas e distorcidas como característica a duração do tratamento;
primária da depressão e desenvolveu um tratamento de curta porém, os pressupostos
duração, que tinha como um de seus objetivos principais testar a teóricos permaneceram
constantes
realidade do pensamento depressivo do paciente.
Terapia de solução de Terapia de aceitação e
Terapia racional- Terapia comportamental
problemas (D’Zurilla e compromisso (Hayes,
emotiva (Ellis, dialética (Linehan,
Nezu, 2006) Follette e Linehan,
1962) 1993)
2004)

Terapia de Sistema de psicoterapia Ativação


processamento de análise cognitivo- comportamental
Terapia de exposição (Lewinsohn, Sullivan e
(Foa e Rothabum, 1998) cognitivo (Resick e comportamental
Schnicke, 1993) (McCullough, 1999) Grosscup, 1980; Martell,
Addis e Jacobson, 2001)

Modificação cognitivo-
comportamental Dentre outras...
(Meichenbaum, 1977)
ANÁLISE DO
TCC
COMPORTAMENTO
 Estuda estímulo/resposta.  Estuda o que está entre o
estímulo e a resposta, ou
seja, o centro da atenção
são as cognições.
Direciona
da para:
Solução de
problemas
atuais;
Modificação
de
pensamento
se
comportam
entos
De curta Voltada para o disfuncionai
Estruturada
presente s.
duração

BECK, 1964
“Embora a terapia deva se adequar a cada indivíduo, existem determinados princípios
que estão presentes na terapia cognitivo-comportamental para todos os pacientes”
(BECK, 2013, p.26).

1-Baseia-se em uma formulação em contínuo desenvolvimento dos problemas,


e em uma conceituação individual em termos cognitivos.

2-Requer uma aliança terapêutica sólida.

3-Enfatiza a colaboração e participação ativa.

4-É orientada para os objetivos e focada nos problemas.

5-Enfatiza inicialmente o presente.

6-É educativa, tem como objetivo ensinar o paciente a ser seu próprio terapeuta e enfatiza a prevenção de recaída.

7-Visa ser limitada no tempo.

8-As sessões são estruturadas.

9-Ensina os pacientes a identificar, avaliar e responder aos seus pensamentos e crenças disfuncionais.

10- Usa uma variedade de técnicas para mudar o pensamento, o humor e o comportamento.
Tornar crenças
nuclear e regras
consciente

Levar o paciente
a questionar a
validade das
crenças

Modificar
interpretações,
sentimentos e
comportamentos,
aliviando sintomas
A mudança emocional e
A cognição afeta A cognição pode ser comportamental desejada
o monitorada e alterada pode ser efetuada por
comportamento meio da mudança cognitiva

O pensamento Se o paciente aprende a


avaliar os pensamentos Obtém melhora em
disfuncional influencia
o humor e o de forma mais realista e seu estado emocional
comportamento adaptativa e no comportamento
Reações:
Pensamentos Emocional
Situação
Automáticos Comportamental
Fisiológica

Crença nuclear
Crenças intermediárias
São dogmas, verdades absolutas e inquestionáveis, que servem de base para
Crenças todas as interpretações que o indivíduo realiza e todos os significados que ele
Nucleares atribui aos eventos da sua vida. Em geral, são inconscientes, e interferem
diretamente nos pensamentos, sentimentos e condutas do indivíduo.

São regras, atitudes ou pressupostos, seguindo o que diz a crença nuclear. Se


Crenças uma pessoa acredita ser indigna de amor ou inferior, desenvolve regras
Intermediarias para viver com menos sofrimento, num mundo onde imagina que os outros
não irão ama-la ou serão superiores a ela. Essas regras normalmente são
inconscientes e seguidas de forma automática pelo paciente. São
interpretações imediatas, instantâneas e involuntárias relacionadas.

Pensamentos Diretamente a eventos do momento, dando significado aos mesmos.


Ocorrem de forma rápida e simultânea, sendo considerados pré-conscientes.
Automáticos Ou seja, embora não percebidos na consciência de imediato, são identificados
e acessados por meio de técnicas cognitivas relativamente simples e diretas.
Exemplos
:
Eu sou Eu sou
desamparado impotente

Eu sou Eu sou
incompetente vulnerável

Eu sou Eu não sou


capaz de ser
inferior
amado

Eu não tenho Eu serei


valor rejeitado
Crenças Crenças
Situação
Nucleares Intermediárias

Reação
(emocional, Pensamentos
comportamental
, fisiológica) Automáticos
1.Sintetiza a experiência do paciente, a teoria e
a pesquisa em TCC.
2.Normaliza os problemas apresentados e é
validante.
3. Promove o engajamento do paciente.
4.Torna inúmeros problemas complexos mais
manejáveis.
5.Orienta a escolha, o foco e a sequência das
intervenções.
6.Identifica os pontos fortes do paciente e
sugere formas de desenvolver a resiliência.
7.Sugere intervenções mais simples e com maior
custo-benefício.
8. Antecipa e aborda os problemas na terapia.
9.Ajuda a entender a não resposta em terapia e
sugere rotas alternativas para a mudança.
10. Possibilita uma supervisão de alta qualidade.
Visão de
si

Visão do futuro

Visão do
mundo
Visão de si:
derrotado; incapaz
de ser amado.

Visão do
mundo:
exigente; cruel.

Visão do futuro:
desanimador.
As sessões são estruturadas, porém, o tratamento não é mecânico ou impessoal!
(Re)estabelecimento da aliança terapêutica;

Checagem do humor;
Acolhida de sintomas e experiências enfrentadas pelo paciente durante a semana que passou;
Ligação com a sessão anterior; Revisão dos exercícios de casa passados na sessão anterior;

Elaboração de lista de problemas que mais deseja ajuda para resolver (estabelecimento de agenda);
Coleta de dados e conceituação cognitiva da(s) demanda(s) que será(ão) abordada(s);
Planejamento colaborativo de estratégias/plano de ação;

Sumarização da sessão;
Reforço da importância de realização os exercícios de casa;
Feedback.
“O essencial da terapia cognitivo-comportamental não é meramente o emprego de
técnicas cognitivas e comportamentais. Entre outros atributos, requer uma escolha
criteriosa e a utilização efetiva de uma ampla variedade de técnicas baseadas na
conceituação do nosso paciente” (BECK, 2013, p.36).z

 Questionamento Socrático/Levantamento de Evidências;


 Registro de Pensamentos Disfuncionais;
 Auto-revelação;
 Reforço de novas crenças/pensamentos;
Cognitiva  Desenvolvimento de metáforas;
 Técnicas para Evocação de Pensamentos Automáticos;

s  Seta Descendente;
 Identificação e Questionamentos de Distorções
Cognitivas;
 Outras.

 Role-play;
 Psicoeducação;
 Cartão de enfrentamento;
 Exposição gradual;
Comportamentais  Relaxamento muscular
progressivo;
 Respiração diafragmática;
 Outras.
 Estabelecer aliança terapêutica embasada na colaboração;
 Avaliar sintomas e facilitar sua remissão;
 Facilitar a modificação de crenças disfuncionais e padrões de
comportamento;
 Auxiliar o paciente na criação de plano para que se
sinta melhor e aja de maneira mais funcional;
 Auxiliar o paciente no desenvolvimento da autoeficácia;
 Facilitar a prevenção da recaída.
(BECK, 2013,
p.24)

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