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PREFÁCIO

A metodologia do HorseMove foi desenvolvida com objetivo de disponibilizar, a todos os


interessados e amantes da Ciência Equina Esportiva, soluções práticas e simples às
desordens músculo-esqueléticas de cavalos atletas. Assim, devido à carência de
informação técnico-científica na área e, principalmente para melhorar a qualidade de vida
de nossos queridos cavalos, no esporte equestre, esta publicação foi criada!

O livro começa demonstrando os benefícios do programa de Alongamento, em seguida


explora-se os aspectos relevantes da fisiologia muscular e as lesões nos tendões e
ligamentos, finalizando com os exercícios de Alongamento aplicados para prevenção da
tendinite e desmite em cavalos. Estes assuntos técnicos estão redigidos de forma simples
para facilitar o entendimento do leitor, contendo a explicação de execução para cada
exercício de alongamento, bem como os músculos que estão sendo alongados.

O Programa de Alongamento Preventivo aqui demonstrado se ajusta facilmente a rotina


diária de treinos, além de poder fazer parte do programa complementar de treinamento
do cavalo. Estes exercícios são realizados do chão, não havendo necessidade de sofisticada
habilidade prévia para executá-los.

A aplicação dos conhecimentos técnicos desta publicação promoverá redução na


incidência de lesões nos tendões e ligamentos em cavalos e, consequentemente, causará
melhorias na performance, diminuição da dor muscular, maiores elasticidade e
flexibilidade, redução da rigidez muscular, além de promover o relaxamento físico e
mental de seu cavalo!

Desta forma, o GUIA PRÁTICO – HorseMove Método, “ALONGAMENTO


PREVENTIVO: TENDÃO & LIGAMENTO”, é o único publicado no Brasil sobre o tema,
contendo ilustração de todos exercícios e com a descrição, passo a passo, à execução dos
mesmos. Então tenham uma boa leitura e aproveitem!

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SOBRE A AUTORA
Kátia de Oliveira graduou-se Zootecnista na Faculdade de Medicina Veterinária e
Zootecnia da Universidade Estadual Paulista – UNESP/Campus de Botucatu em 1993.
Tornou-se Doutora pela mesma instituição em 2004, no qual iniciou a sua linha de
pesquisa na área da Ciência Equina Esportiva, com a publicação de vários artigos
científicos na área.

Em 1994 iniciou sua atividade como docente, primeiramente, na Universidade de Marília –


UNIMAR e, e posteriormente, na Faculdade de Ciências Agrárias e Tecnológicas da
UNESP/Campus de Dracena, onde exerce ainda sua função como Professora Assistente
Doutora da disciplina de Equideocultura.

A Professora Kátia possui quinze anos de experiência na preparação física muscular e


biomecânica de cavalos atletas, dos quais pode citar: Treinamento em avaliação
biomecânica, certificado pelo Centaure Metrix, França; Treinamento em terapia física
manual (massagem, alongamento e Pilates em cavalos), certificado pela Horse Inside Out,
Inglaterra e Certificada pela Horses Inside Out no CPD para Terapeutas, na Faculdade de
Derby, Inglaterra, habilitando-se em Avaliação Musculoesquelética e Mobilização
Articular, Palpação e Técnicas Avançadas em Tecidos Moles, Avaliação do Movimento e
da Postura.

Recentemente, a Profa. Dra. Kátia esteve realizando capacitação na área de Dissecação


Anatômica da Coluna, Cabeça e Segmentos Apendiculares de Equinos, na Hartpury
College, Gloucester, Inglaterra.

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Índice

1. Introdução.......................................................................................................................................5

2. Benefícios do Programa de Alongamento para Cavalos.........................................................7

3. Fisiologia Muscular.......................................................................................................................0

4. Lesões nos Tendões e Ligamentos............................................................................................12

5 Programa de Alongamento Preventivo.....................................................................................15

5.1. Como Alongar......................................................................................................................16

5.2. Exercícios de Alongamento Preventivo............................................................................17

6. Contraindicações e Cuidados....................................................................................................24

Fonte de Figura.......................................................................................................................25

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Introdução
Um cavalo elástico pode se mover com facilidade, de maneira flexível e com grande

amplitude de movimento, além de estar menos propenso às distensões. Cavalos flexíveis e

confortáveis são fáceis de montar e treinar. Lembre-se que, o cavalo tem que estar gostoso

de montar, se isto não acontece com seu companheiro, algo está errado! Assim, a sensação

boa de montar é consequência do bem-estar do cavalo com seu próprio corpo, ou seja,

deriva-se da facilidade em realizar os movimentos, que contribuem à concentração,

cooperação e equitabilidade do cavalo.

A combinação de força, coordenação e elasticidade resulta em uma movimentação

pelo cavalo com relaxamento, ritmo, contato, impulsão, retidão, reunião, equilíbrio e

flexão. Isto é real e verdadeiro a todas modalidades equestres. Quanto mais elástico e

confortável o cavalo, mais feliz ele estará, tornando-se muito cooperativo às ajudas do

cavaleiro, além de melhorar a qualidade de vida dele.

Portanto, o principal objetivo do programa de alongamento é alcançar o melhor

desempenho esportivo, melhorar a habilidade atlética, MANTER O CAVALO LIVRE DE

LESÕES e feliz. Assim, a manutenção de uma musculatura saudável são importantes

fatores na redução de prejuízos aos tendões e ligamentos. Para tornar os músculos mais

elásticos e, reduzir a tensão sobre as articulações, tendões, músculos e ligamentos, é

necessário instituir um programa de alongamento periódico aos cavalos atletas, que possa

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fazer parte da rotina complementar de treinamento dos mesmos.

A realização de forma regular do programa de Alongamento Preventivo promoverá

uma série de mudanças no corpo do cavalo, como adaptação dos ligamentos, tendões,

fáscia, pele e tecido cicatricial. Contudo, é bom atentar para que NUNCA ALONGUE seu

cavalo sem antes realizar um aquecimento aos músculos. Lembre que tecidos conectivos

(ligamento e tendão) possuem menor fluxo sanguíneo, podendo estar mais susceptível a

lesão. Tomada estas atitudes, será aproveitado todos os benefícios do alongamento, além

de passar momentos prazerosos com seu cavalo, aumentando a conexão entre vocês!

Então vamos lá, boa leitura e mãos à obra!!!

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Benefícios do Programa
de Alongamento para
Cavalos
O alongamento é um exercício simples e eficaz, para melhorar o desempenho

esportivo, diminuindo a dor muscular. Conforme os músculos são alongados,

automaticamente, tornam-se mais elásticos, pois o alongamento é um aspecto importante

do elongamento das fibras musculares, que pode reduzir lesões, por diminuir a tensão

sobre as articulações, tendões, músculos e ligamentos.

É de conhecimento que os tendões são menos elásticos e, portanto, são dependentes

da elasticidade do corpo, ou seja, do músculo em si. Incrementos realizados no

alongamento muscular resultam em ganhos na flexibilidade, amplitude de movimento e

no tempo de resposta reflexa. Assim, a melhora na velocidade do tempo de reação,

aumenta a coordenação motora.

Além dos benefícios citados acima, um programa regular de alongamento

promoverá:

- melhoria à postura;

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- desenvolvimento da consciência corporal;

- aumento de força;

- incremento na circulação sanguínea;

- redução da dor, tensão e endurecimento muscular;

- redução da fadiga;

- alívio do estresse;

- promoção do relaxamento físico e mental.

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Fisiologia do Músculo
Para obter-se ganhos na elasticidade, os músculos e a fáscia são os objetivos

principais do programa de alongamento. Apesar de que os ossos, articulações, ligamentos,

tendões e a pele contribuam para a elasticidade geral.

Os músculos são formados por minúsculas células cilíndricas denominadas de

fibras musculares, que se estendem paralelamente umas às outras. Dentro de cada fibra

muscular existem milhares de filamentos chamados de miofibrilas, com capacidade de

contrair, relaxar e alongar.

As miofibrilas são formadas por filamentos finos e grossos, esses filamentos são

formados por proteínas contráteis. Cada miofibrila é composta por unidades menores

denominadas de sarcômeros. O sarcômero, por sua vez, é formado por filamentos finos e

grossos que se sobrepõem, denominados de miofilamentos. Estas estruturas estão

formados por proteínas contráteis conhecidas como actina e miosina, respectivamente

(Figura 1).

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Figura 1 – Composição do tecido muscular(1).

Os músculos esqueléticos possuem a característica de serem altamente elásticos, e

por esta razão, é que devem ser alongados. Estes também contêm grande capacidade

contrátil, sendo que, a contração muscular ocorre após impulso neuromotor, quando então

há sobreposição dos filamentos, actina e miosina. Enquanto que no músculo relaxado, o

mesmo é proveniente da cessação deste impulso nervoso.

No aparecimento de contratura muscular, as fibras musculares permanecem

contraídas, resultando em espasmo, no qual, neste momento, o processo de relaxamento

do músculo fica interrompido. Nesta situação, há o aparecimento de dor e,

consequentemente, problemas na biomecânica do cavalo.

Ainda, a musculatura está equipada com terminações nervosas, que são

verdadeiros sensores, que previnem o superalongamento das fibras musculares, durante

movimentos regulares. Isto é um mecanismo reflexo de segurança para se evitar as

distensões nos músculos. Contudo, nas contrações musculares violentas ou abruptas, o

músculo opositor a esta ação (antagonista), é superalongado, causando espasmos e uma

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resposta inflamatória.

Infelizmente, o tecido de cicatrização formado após inflamação reduz a força e

elasticidade dos músculos. Um treinamento pesado ou intenso frequentemente desenvolve

suave inflamação dentro das fibras musculares. Este é um processo normal que estimula a

formação de novas fibras no músculo. Contudo, torna-se importante manter qualquer tipo

de inflamação sob controle, para impedir a formação de tecido cicatricial.

Em contrapartida, o processo de alongamento dos músculos, promove uma série de

mudanças no corpo, mais especificamente, no interior do músculo. A principal adaptação

muscular, é o aumento no número de sarcômero presente no músculo alongado. Também

outros tecidos começam a modificar-se devido ao alongamento, incluindo os ligamentos,

tendões, fáscia, pele e tecido cicatricial.

No músculo alongado há diminuição na sobreposição dos filamentos finos e

grossos. Assim, todos os sarcômeros encontram-se totalmente alongados e com a fibra

muscular em sua posição máxima de repouso. A partir deste ponto, a continuação desta

posição, promove o alongamento dos tecidos conjuntivos (tendões) e a fáscia muscular.

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Lesões nos Tendões e
Ligamentos
O tendão é uma porção do músculo que se conecta com os ossos. É constituído por

tecido conectivo, denso, branco e fibroso, sendo muito semelhante ao ligamento. A origem

do tendão liga-se a parte menos móvel do osso, enquanto que a inserção do tendão está

conectada a parte mais móvel, assim, em uma contração a inserção é trazida próxima a

origem do tendão.

Estruturalmente, os tendões podem ser curtos ou longos, como no caso dos

músculos, flexor e extensor, que ocorrem na parte inferior dos membros. Os tendões são

menos elásticos do que as fibras musculares, porém apresentam mais elasticidade quando

comparado aos ligamentos. São estruturas que estocam energia elástica e contribuem aos

movimentos progressivos. Atua como um cordão elástico, que se for repentinamente

superesticado, pode distender e, em último caso, causar rompimento total do tendão.

O ligamento é uma tira de tecido conectivo que conecta um osso a outro, controlando a

articulação. Como o ligamento possui limitado suplemento sanguíneo, consequentemente, se o

mesmo lesionar, cicatrizará lentamente e, algumas vezes, incorretamente. Grande parte dos

ligamentos estão localizados ao redor das articulações, fornecendo suporte extra ou

prevenindo excessivo ou anormal amplitude de movimento (hiperextensão, hiperflexão ou

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hiperrotação), assim previne movimentos anormais de torção nas articulações da coluna,

pélvis, coxofemoral, joelho e membros inferiores.

Ainda, o ligamento possui pouca força de contração e, portanto, deve trabalhar em

conjunto com a ação muscular. F requentemente, o ligamento suspensório, localizado entre

o tendão flexor profundo e osso da canela (Figura 2), é confundido com osso. Contudo,

estas estruturas são mais fortes do que os tendões, por serem constituídos por colágeno.

Figura 2 – Ligamento suspensório do membro torácico,


localizado entre o tendão flexor e o osso da canela (metacarpo)

Com relação a lesão e recuperação, o ligamento pode ser considerado da mesma

categoria do tendão. Lesões no ligamento recebem o nome de desmite e acontecem,

geralmente, como resultado de hiperextensão da articulação do boleto. Portanto, a

realização periódica de alongamento, promove o elongamento do tendão (prevenindo a

tendinite), que por sua vez, diminui a pressão do mesmo sobre o ligamento suspensório,

reduzindo a incidência de desmite.

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Deve-se ressaltar que, pelo fato da porção inferior dos membros dos cavalos serem

constituídos apenas por tendões e ligamentos, que possuem menor vascularização do que os

músculos, encontra-se mais susceptível ao desenvolvimento de lesões. Por este motivo, o Guia

Prático - HorseMove de Alongamento Preventivo, possui foco específico na realização de

exercícios de alongamentos aos membros torácicos e pélvicos.

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Programa de
Alongamento Preventivo
Para alcançar bons resultados com o alongamento deve-se respeitar as estruturas

trabalhadas, como o alinhamento natural do corpo do cavalo. Sempre mobilize os

membros em sua amplitude natural de movimento e nunca faça torção ou força anormal.

NUNCA TENTE ALONGAR MÚSCULOS FRIOS, sem prévio aquecimento, como

uma caminhada ao passo por 10 minutos, bem como NUNCA ALONGUE UMA

ESTRUTURA QUE ESTEJA INFLAMADA, com dor e/ou inchada. Qualquer dúvida

neste sentido, procure ajuda do profissional, que seja o responsável técnico pelo cavalo!

Ainda, o programa de alongamento lhe fornecerá informação útil sobre a simetria

da musculatura do cavalo. Ambos membros anteriores e posteriores alongam-se

similarmente? As amplitudes de movimento são as mesmas? O cavalo está confortável

durante toda sessão? Todas estas manifestações são importantes revelações sobre como o

cavalo realmente está no momento!

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5.1. Como Alongar

Comece a alongar o cavalo lentamente, principalmente àqueles que nunca foram

alongados antes. Este animal pode resistir ao seu manuseio, imaginando o que você quer

dele. Os cavalos jovens também podem se sentirem desconfortáveis com o desequilíbrio

provocado pelos exercícios. Proceda gentilmente e conforte o cavalo conversando com ele,

conforme for conduzindo o alongamento.

Geralmente, após duas ou três tentativas, o cavalo entenderá e estará

completamente colaborativo às suas requisições. Agora, se isto não acontecer, é devido,

provavelmente, a um desconforto exposto pelo alongamento, indicando uma área com

potencial problema! Nesta situação, procure ajuda do profissional, que seja o responsável

técnico pelo cavalo.

Sempre inicie a sessão com alongamento fácil, ou seja, alongar apenas 75 – 80% do

total da capacidade do músculo. Neste caso, o membro será sustentado na posição

desejada por 10 – 15 segundos. Em seguida, após o relaxamento do cavalo na fase anterior

(alongamento fácil), pode-se realizar o alongamento profundo, progredindo com um

pequeno tracionamento do membro por mais 5 segundos. Durante o alongamento

profundo ocorrerá o elongamento muscular e tendíneo.

Frequentemente durante o alongamento profundo e, às vezes, no início do

alongamento fácil, o cavalo espontaneamente irá alongar-se totalmente por poucos

segundos (3 – 5 segundos). Este alongamento espontâneo significa que o cavalo sente

prazer no exercício, que necessita intensificar a execução do mesmo, ocorrendo,

consequentemente, uma liberação muscular espontânea. Após esta liberação não há

necessidade de manter o alongamento por mais tempo.

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De maneira geral seja paciente e inclua o programa de alongamento como atividade

complementar ao treinamento diário do cavalo. Os resultados benéficos do alongamento

somente ocorrerão se realizado regularmente e consistentemente!

5.2. Exercícios de Alongamento Preventivo

Os principais objetivos do programa de alongamento preventivo para tendinite e

desmite são a manutenção da musculatura saudável do segmento apendicular (membros

anterior e posterior), para reduzir o risco de lesão da porção inferior dos membros. Para

isto, os exercícios de alongamento selecionados neste guia prático, objetivam promover o

alongamento dos músculos e tendões, dos membros torácicos e pélvicos, em todas as

direções exigidas durante o movimento do cavalo, sendo que isto ocorre independente da

modalidade equestre.

Desta forma, o Programa de Alongamento Preventivo – HorseMove foi composto

por exercícios que causam o alongamento dos segmentos apendiculares quando em

protração (para frente), retração (para trás), rotação, deslocamento lateral (para fora) e

deslocamento medial (para dentro). Assim, a realização regular deste programa atuará de

maneira preventiva à incidência de tendinite e desmite do segmento apendicular inferior

em cavalos atletas.

Ainda, o alongamento também melhora a circulação sanguínea e de fluídos

linfáticos, permitindo mais oxigênio e nutrientes para enriquecer os músculos e para

remoção mais eficiente de subprodutos tóxicos do metabolismo.

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Os alongamentos devem ser feitos em séries de 2 – 3 repetições, sustentados por 15

segundos, por no mínimo três vezes na semana, podendo ser executado diariamente.

LEMBRE-SE que, para alongar os tendões é necessário realizar o alongamento profundo

dos músculos (veja no item 5.1.), após o alongamento fácil. Este é um aspecto

IMPORTANTE para o sucesso deste programa na prevenção de desmopatias (tendinite e

desmite).

a) Protração do membro torácico: objetiva alongar os músculos ligados a espádua,

como os adutores, trapézio e serrátil torácico. O membro torácico é tracionado em

sentido cranial, segurando o mesmo pelo casco (Figura 3).

Figura 3 - Protração do membro torácico.

b) Retração do membro torácico: objetiva alongar os músculos ligados a espádua,

como o subclávio, trapézio e serrátil cervical. O membro torácico é tracionado em

sentido caudal, mantendo o carpo semi-flexionado (Figura 4).

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Figura 4 - Retração do membro torácico.

c) Rotação do membro torácico: auxilia na liberação dos músculos profundos do

cinturão torácico como os peitorais, serratus ventral cervical e torácico, subclávio,

fáscia intercostal, bem como relaxa os ligamentos do ombro. Flexione o membro

torácico, conforme figura 5, e inicie movimento circular, movendo o membro para

dentro, para frente, para fora e para trás. Repetir este procedimento de 3 – 5 vezes

para cada sentido horário e anti-horário. É interessante a realização deste exercício

antes das protrações lateral e medial do membro torácico.

Figura 5 – Rotação do membro torácico, movendo o membro para dentro, para frente, para
fora e para trás, da esquerda para direita.

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d) Protração lateral do membro torácico: objetiva alongar os músculos adutores e a

musculatura do lado de dentro do membro torácico. Desloque o membro torácico,

em protração, lateralmente a um ângulo de 40º, conforme figura 6.

Figura 6 – Protração lateral do membro torácico.

e) Protração medial do membro torácico: objetiva alongar os músculos abdutores e

do cinturão torácico, bem como a musculatura do lado de fora do membro torácico.

Desloque o membro torácico, em protração, medialmente a um ângulo de 40º,

conforme figura 7.

Figura 7 – Protração medial do membro torácico.

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f) Protração do membro pélvico: objetiva alongar os músculos da parte posterior

da garupa como, glúteo superficial, bíceps femoral, semitendinoso e

semimembranoso. O membro pélvico é tracionado em sentido cranial, em direção

ao membro torácico (Figura 8).

Figura 8 - Protração do membro pélvico.

g) Retração do membro pélvico: objetiva alongar os músculos posicionados na

região anterior do membro traseiro, como tensor da fáscia lata e abdominais. O

membro pélvico é tracionado em sentido caudal, segurando o mesmo pelo boleto

(Figura 9).

Figura 9 - Retração do membro pélvico.

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h) Rotação do membro pélvico: auxilia na liberação dos músculos relacionados à
articulação coxofemoral como o glúteos superficial e médio, glúteo femoral e
quadríceps. Flexione o membro pélvico, conforme figura 10, e inicie movimento
circular, movendo o membro para dentro, para frente, para fora e para trás. Repetir
este procedimento de 3 – 5 vezes para cada sentido horário e anti-horário. É
interessante a realização deste exercício antes das protrações lateral e medial do
membro pélvico.

Figura 10 – Rotação do membro pélvico.

i) Protração lateral do membro pélvico: objetiva alongar os músculos adutores e a

musculatura do lado de dentro do membro pélvico. Desloque o membro pélvico,

em protração, lateralmente a um ângulo de 45º, conforme figura 11.

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Figura 11 – Protração lateral do membro pélvico.

j) Protração medial do membro pélvico: objetiva alongar os músculos abdutores

como os glúteos e bíceps femoral, bem como os músculos localizados na parte de

fora do membro traseiro. O membro pélvico é direcionado medialmente (cruzando

o membro, por baixo do corpo do cavalo, para o outro lado), a um ângulo de 45º,

como mostrado na figura 12.

Figura 12 – Protração medial do membro pélvico.

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Contraindicações &
Cuidados
O uso do programa de Alongamento Preventivo - HorseMove, descrito neste livro,

é bem seguro para equinos. Contudo deve-se alertar para que, se o cavalo apresenta

ataxia, lesão musculoesquelética ou distúrbio neurológico este programa de exercício não

deve ser executado.

Os exercícios de alongamento, aqui apresentados, quando realizados com técnica e

corretamente, trazem benefícios ao bem-estar do cavalo, bem como podem melhorar ao

desempenho esportivo. Ainda, este programa de Alongamento deve ser feito em local

fechado ou ao ar livre, em ambiente tranquilo, com piso plano e não escorregadio, sendo

SEMPRE executado com os músculos aquecidos.

Durante a execução dos exercícios, se mantenha em posição segura em relação ao

cavalo, nunca se colocando diretamente atrás dos membros pélvicos dos animais. Esteja

integralmente atento aos sinais corporais do seu cavalo e aproveite bons momentos de

cumplicidade entre vocês!

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Fonte de Figura

(1)https://www.google.com.br/search?
tbm=isch&sa=1&ei=cceqWomJFoOUwASkw4rIBA&q=imagen+fibra+muscular&oq=imagen+fibra+muscular&gs_l=psy-
ab.3..0i8i30k1l2.1702568.1711551.0.1714126.32.28.0.0.0.0.183.2647.2j22.

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