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CAP\TULO 3

DO D~CRETO ~
TE~NQ_
DE DEUS

fosçii,\L\,)~01:.
Texto histórico
3. l God from all
eternity did, by th
( Versão moderna
wise and holy counse e m os t 3._l D ~de to da a
l of hi s ow n will, fre eternidade e pelo
and unchangeably or ely, bi o e s~ to consel mui sá-
da in whatsoever co ho de su a pr óp ri a
to pass: yet so as th m es D eu s ortle no u, liv vontade,
ereby ne ith er is G re e inalteravelmen
author of sin, no r od th e qu an to ac ntece.ª te, tudo
is violence offere Isso, po ré m , de m
will of the creatures, d to th e ne m D eu s e auto odo que
no r is th e lib er ty r do pecado,b ne m
contingency of se or ta da é a vo nt e violen-
cond causes ta ke da criatura, ne m é
but rather establishe n away, lib er da de ou a ~ tirada a
d. ntin_gência das ca
cu nd ár ia s, antes es us as se-
3.2 Although G od tabelecidas.<
kn ow s w ha ts oe ve
or can come to pass r may, 3.2 Mesmo sabend
up on all su pp os ed o tu do quanto po
ditions, yet ha s he co n- há de ac on de ou
no t de cr ee d an yt te ce r em todas as circ
cause he foresaw it hi ng be - imagináveis,d Deu un stân cias
as future, or as th at s não decreta coisa
would come to pa ss w hi ch m a po r havê-la algu-
up on su ch co nd iti previsto como fu
on s. co m o coisa que ha tu ra , ou
via de acontecer em
e tais condições.' tais

Provas na Escritura
3.1 ªE f 1.11; R m
11 .3 3; H b 6. 17 ;
Mt 17.12; At 4.27 R m 9.15-18; bTg
-28; Jo 19.11; P v 1.13-17; llo 1.5; <A
16 t 2.23;
3.2 dAt 15.18; lS m .3 3.
23.11-12; Mt 11.2
1-23; 'R m 9.11-13, 16 18
- ·

Um plano eterno, sá
bio e santo
Esse capítulo fala so
bre o conselhO Ou pl" ano eterno de Deus· Aqui apren-
demos as coisas qu d
e Deus posi.fiv amente or ena,, ou decreta. Nos últimos
capítulos, especific b
amente O 5 e 6, desc . emos O que Deus "permite".
o nr
ESTUDOS DA CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER
GS I GUIA DE

eus ordena, ou ordenou, "tudo quanto possa ou há d


Nosso D . e aconte
" Tudo O que acontece no tempo e na eternidade está de acordo ~
cer .
- d- daquele que ,ez,, am bos. Tudo existe
. com a
«e
vonta e para o prazer de D
eus. E};'
- -da - quando tudo corre de acordo com seu plano - e
~~ra . . .
EsSe plano- do eter~o Deus foi estabelecido desde a eternidade D
- _ • esde
. -;cio O p_lano ou conselho de Deus para o ordenamento de~od
o im _ , , . ,, . . as as
coisas é "muito sabio e santo . O que mais podena ser, já q u ~
- uele que O planejou? A~ rdenação de todas as coisas por Deus é 'b·e
aq . -,- _ sa 1a
e santa porque, co~o Paulo diz em sua carta aos,~f esios,~
as coisas conforme o consel~o da sua vontade (Ef 1.11). Deusiiaõi-
influenciado por ninguém. Ele _d~cide todas as coisas livrem:nte (veja
a discussão de Paulo sobre a ele1çao em Romanos 9, especialmente seus
comentários nos versos 15 e 18). A ordenação_i,e ~odas as coisas por
Deus é sábia e santa porque o próprio Deus é o mais sábio e santo.As
profundidades da riqueza, tanto da sabedoria como do conheciniê'õto de
Deus são verdadeiramente insondáveis (Rm 11.33).
O plano de Deus é ete:_nO_: Assim, também, o plano_de Deus é imutá-
vel, como afirma a carta aos H_:~reus (!'fb 6,! ~). Deus formou seu _e!an~
na eternidade; ele é perfei!º· O próprio Deus não muda. É quase desne-
cessário dizer, Deus não permite que ninguém mais mude seu conselho
sem seu consentimento ou contra sua vontade.

Três qualificadores
Deus ordenou tudo quanto acontece, mas essa afirmação compreen-
sível requer três limites qualificadores para que não vagueemos em dire-
ções que se mostrariam perigosas. O primeiro limite exclui a ideia de que
Deus pudesse de alguma forma ser o "autor do pecado". Ele é o autor da
vida, como Pedro pregou no Penteco stes (At 3.15), e o autor da salvação
e da fé, como nos diz o escritor de Hebreus (Hb 2.10; 12.2). Apesar do _
fato de que ele "ordenou livre e inalteravelmente tÜdo quanto acontece':
incluindo grandes calamidades (Is 45.7), ele não é a causa do pecado. Os
teólogos de Westminster ~a verd-ade escreveram um documento especial
exatamente solfe esse tema, porque um pregador no seu dia de pregação
tinha incorrido em erro nesse ponto. 1
Certamente essas são águas profundas, e nós admitimos que teolo-
gicamente ficamos só na superfície. Afinal, Jesus disse a Pilatos que 0

Van Dixh
1
· oorn, org., 'lhe Minutes a11d Papers of tlie \\'estmin;tcr Assem11
1 )', rn1· J,
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Documento 80.
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DO DECRETO ETERNO DE DEUS \
69
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( ,"" M\.. !'.'-\- í\ '\ 1 ,·
_;;,.._ tPria poder para crucificá-lo se do alto
ado r i ~ não lhe tivesse
00vern l!Tn
19 _ll) . Sabemos tambem ' , seg d E
un o a scritura, que foi
º dado '~
sido do Deust rfno env- iar - S 1 d
um ava _or que morre ~ia . .-:=-:---_:__:e .:~
em uma cruz. Isso
plan
_.. _o uer-d·-1zer
- ,-contudo, que Deus foi o autor do ato
_ - .maligno_ de_ Pila
~ pado pelo que Pilatos e seus soldados
. _tos .
ct foitaoAdã
c o fez no · · T fizeram quanto O Tõi
1, e
Jardim. emos que nos 1emb rar que não
pelo qude ue "Deus não pode ser tentado apenas
pel o mal", como também é
e' verd
· da e qe Deus "a ningue' m tenta" (Tg 1.13 )
rda qu .
ve , e dad e que a dec lara - d
çao e que Deus ordena todas as coisas mas
Ever =:___:.- , -- - -- --
--.-d--na O pecado, deixa muitas pergun tas sem resposta. No ent,anto
1áoO f-~ -
n- forçamos os limites do que compreend- - - -
emos sobre Deus e seus'
qcarn. hos é importante sempre lembrar o
líl , , , que de fato sabemos o que
realmente sab ~ ~e 51ue ~eu s e santo: Tem .~
os~~ nos l:m bra r da afirma-
. ·om aáura do apostolo Joao, que escreveu que
Deus e luz, e não há nele
ça va nenhumà' (lJo 1.5). Dentre os seguid
tre ores de Jesus, dificilmente
fláve"ria ãlguém mais · qua1·ificad d' ·
o para izer isso do que alguém que foi
testemunha da transfiguração de Jesus, e aqu
ele que um dia receberia
uma revelação de Deus numa ilha solitária.
-i'l í Õf..f. l\1)~- 1.!- NQvAN°to \Jo»-\-A..D'~
o segundo limite é quase tão !mportante ~u_anto o.t)prim 1
eiro. A ques- ~cÃa
tão é que precisamos nos le~ bra r de que o
fato de Deus ordenar tudo O
que acontece não violenta a_~ontade dos sere "" - - '
s human---9s. Invertendo Pro-
vérbios 16.33: "do SENHOR procede tod a dec
isão", mas "a -sortP----Q,~U'.'I a
no regaço". Deus é sobêrano, mas num s~~tido
muito real s~ ivr~s e
nós somos totalmente responsáveis por nos
sas ações.
Essa verdade pode ser inferida quando- ouv
i mÕs Jesus conversando
acerca de comÕ as pessoas fizeram o que qui
sêram com João Bãtistà (Mt
17.12). Nós a ouvimos novamente quãlldo
-prestamosatenção ao após-
tolo Pedro pregando em Pentecostes, diante
de um a grande multidão
cheia de pessoas que aprovaram a crucifi
cação de Jesus. Pense bem,
como o apóstolo se pôs de pé e reconheceu
que Jesus foi "entregue" a eles
"pelo determinado desígnio e presciência
de Deus". Ainda assim, Pedro
disse com igual autoridade que eles era m
"iníquos" que mataram Jesus
"crucificando-o" (At 2.23; cf. At 4.27-28).
Nós não somos marionetes .
A verdade honesta é que pecamos livrem
ente - pecamos por vontade
própria, e sabemos disso. Isso tam bém- me
rece um lugar de destaque em
llÕssãaõutrina dos decretos divinos.
-q_ terceiro limite protetivo é que o plano
de Deus ainda emprega
~sa s secund árias reais. Em outras palavr
as, Deus decide o fim ctes ~e
~ 1c10, mas o meio ainda importa. Ain
da importa porque Deus nao

nst» e
l)J"
OI =,,:;;,

70
I GUIA DE ESTUDOS DA CON FISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER

somente decide o que vai acontecer no fim, mas como vai


Pense- em- como - eIe deci'd'm sa Ivar os pecadores. Quancfõ 1acontec ...r:- er.
. . al d e1 e uecícfl;
assim fazer, ele decidm s var os peca ores por meio de Jesus~
Após essa decisão ter sido tomada, Jesus Cristo. realmente pr~cisou . -~
- - al - E nas
cer e sofrer para nossa s vaçao. sses acontecimentos entre- O Pano 1 - ---~-
- ---:-- --;, de/ nossa sa_lvaçao - de
D~ ~ermda no t~mp~ e e~aço são cr~
realidade e a necessidade de tais eventos nao sao removida~ A
e l , d• . 'd ecreto
de Deus, nem de 1orm~ guma ed ,1mmm a a realidade des~
--=-_:.,-.-:-:,: -;;,,~ «« . ,, ~
intermediários ou causas secun anas .
o que é importante lembrar agora é que a liberdade dessas caus ,
real. Acontinge•nc1a i ade desses eventos não é afastada se
· ou possi'bil'd - ~
questãoíctêntica àquela que foi anteriormente tratada. Tod; s~ s~~~a
d - - os
_-mesmo aqueles que ~ os como causas se~un árias - também são
parte do decreto de Deus. Log~, o decreto de Deus estabelece essa~ au-
sas e eventos também. -

ODeus que é livre


· O segundo parágrafo do capítulo 3 não se ocupa em desenvolver
uma análise de nossa liberdade (assunto de um capítulo posterior).
O capítulo mais uma vez retoma a discussão sobre Deus. Aqui somos
lembrados que Deus sabe de todas as coisas. Ele vê, com uma visão
límpida de todàs-as coisas que estão sÕbre ou -ába1xo da superfície da
vida, e tudo o que está por vir. De fato, Deus conhece todas as coisas
"desde séculos" (At 15.lSf° - · - - -
Contudo, Deus não só sabe tudo o que acontece e acontecerá. Ele tam-
bém sabe tudo que podia ter acontecido (Õque costiima ser chamado
de "conhecimento intermediário"). Vemos isso claramente na narra-
tiva bíblica. Tomemos Davi como exemplo. Certa vez ele fez uma série
de perguntas ao Senhor, primeiro sobre Saul, e depois sobre algumas
pessoas da cidade. Davi perguntou se elas o entregariam a Saul caso o
rei o exigisse. Essa linha de questionamento não foi muito difícil para
Deus, porque, ainda que seja difícil demais de compreendermos, não
há nenhum cenârio que Deus âfiiêlanão-conheça (lSm 23.11 -12; veja
também Mt 11.21 -23). - -
Contudo, embora Deus saiba "tudo quanto pode ou há de acontecer
em todas as círcunstânciasl magináveis': isso_não influencii as~ s~es
?U o plano dele. O que tiver de acontecer acontecerá porque ele assun
decide. Falando de outra forma, Deus não "decreta coisa alguma por
havê-la previsto como futura'~Por exemplo, ele não salva você porq~
DO DECRETO ETERNO DE DEUS I 71

. cê iria responder positivamente ao evangelho. Nós O amam


sa
biaquevo . ., d' _
-1 "nos amou primeiro , como 1z Joao (lJo 4.19 C\\i'i os
J. Deus também
orque e e - 1
P~~ go simp esmente porque ela cr~navia-.....-
de acontecer sobre
óão dec10t: ltllA •• - D ºb d
. is condições': Embora eus sai a to as as possíveis condicionais
tais e ta - ,, l
, e as nao o m fluenc1am.
- . . El
d possível "se ... entao e toma suas decisões'
~da ndente disso. O conhecim ento de Deus não o amarra. Nós servi-
10 epe _ - - - - - - -- - --_:_..:
Deus que é totalmente livre.
rnos ao . . ,
---oâecreto de Deus tem sido o assunto de mumerav eis debates na
. tória da igreja. A realidade é que os partidos envolvidos nessa dis-
h1s . , . d
puta geralmente estão mais prox1mos uns os outros do que admitem.
A verdade é que aqueles que contestam o senhorio absoluto de Deus
dei.xam seus argumentos do lado de fora quando entram no quarto
para orar. A_t~iste ve~dade é que aqueles que defend_em a doutrina da
soberania d1vma mmtas vezes reclamam que as c01sas não ocorrem
do jeito que eles queriam, esquecen do-se de que sua murmura ção é
contra Deus.
Pode ser difícil aceitarmo s que Deus possa dizer: "Amei Jacó, porém
me aborreci de Esaú", ainda "que não eram os gêmeos nascidos, nem
tinham praticado o bem ou o mal". Pode ser que até fiquemos surpre-
sos que Deus diga em sua Palavra: "Terei misericór dia de quem me
aprouver ter misericór dia e compade cer-me-ei de quem me aprouver
ter compaixão': Talvez nos pergunte mos, como Paulo naquela época já
esperava que o fizessem seus leitores: "De que se queixa ele ainda? Pois
quem jamais resistiu à sua vontade? " Mas deixemos esses pensamen -
tos imprudentes de lado, e vamos nos pergunta r duas questões tam-
bém encontradas no tratado teológico de Paulo aos romanos: "Quem és
tu, ó homem, para discutires com Deus?" e "Porvent ura, pode o objeto
perguntar a quem o fez: Por que me fizeste assim?" (Rm 9.11-20). Con-
fiemo-nos então àquele cujo conselho é o mais sábio e o mais santo -
aquele que tudo faz bem.

Texto histórico Versão moderna


3.3 By the decree of God, for 3.3 Pelo decreto de Deus e para ª manifes-
the manifesta-
tion of his glory, some men and angels are tação da sua glória, alguns homens e alguns
predestinated unto everlasting life, and oth- anjosf são predestinados para a vida eterna e
ers foreordained to everlasting death. outros preordenados para a morte etema.s
72 I GUIA OE ESTUDOS DA CONF ISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER

3.4 These angels and men thus predestin at- 3.4 Esses homens e esses .
ed and foreordained, are parlicularly, and . d
destina an1os, assirn
os e preordenados - . . Pre.

unchangeably designed, and their numbcr 1mutavelmente designados ' sao 1nd1vid
, Uai e
is so ccrtain, and definite, that it cannot be • . · O seu nurn
tao certo e definido que não d ero é
aumentado nem diminuído.h P e ser nern
0
either increased, or diminished.
3.511,ose of mankind that are predestin atcd 3.5 Segundo o seu eterno e imut ,
, ·t
unto lifc. God, bcfore the foundation of the pos1 o, e segundo o santo conselhave1pro·
world was \aid, according to his eternal and , · de sua O
nep1ac1to vontade antes q , e be·
immutable purpose, and the secret cou nsel . ' ue ,osse
mun do cnado, Deus escolheu e C . 0
..
and good pleasure of bis will, has chosen, para a g1ona eterna,' os homens quem _ nsto'
in Christ, unto everlastin g glory, out of his .
destmados para a vida. Para louvosao pre.
. O d
mere free grace and lave, without any fore- r a sua
glonosa graçak, ele os escolheu de su
sight of faith, or good works, or persever- . a mera
e lIVfe graça e amor, e não por previsão de fé
ance in either of them, or any other thing in ou de boas obras e perseverança nelas, ou de
the creature, as conditions, or causes mov- qualquer, outra coisa na criatura que a is
ing him thereunto: and ali, to the praise of ~o
movesse , como condição ou causa.
his glorious grace.

Provas na Escritura
3.3 f}Tm 5.21; Mt 25.41; sRm 9.22-23; Ef 1.5-6; Pv 16.4.
3.4 h2Tm 2.19; Jo 13.18.
3.5 iEf 1.4,9,11; Rm 8.30; 2Tm 1.9; l Ts 5.9; ~Rm 9. 11,13, 16; Ef l.4,9; 1Ef 1.6,12.

Destinos de vida e morte


Todo leitor sério da Bíblia pode ver que Deus tem um plano para
cada pessoa que ele fez. Como nos lembra o parágrafo 3, isso também se
aplica a cada anjo. A Bíblia trata desse assunto com menor frequência,
mas não com menor clareza. Alguns anjos ele considera como seus elei-
tos, ou escolhidos (1 Tm 5.21 ). Outros ele amaldiçoou, reservando-lhes o
fogo eterno, em vez de uma casa no céu (Mt 25.41).
No que diz respeito a homens e anjos, Deus predestina alguns para
a vida eterna, enquanto outros são "preordenados para a morte eterna".
Com alguns, Deus demonstra paciência: "a fim de que também desse a
conhecer as riquezas da sua glória em vasos de misericórdia" (Rm 9.23).
Esses são predestinados, como disse Paulo aos Efésios: "para a adoção
de filhos, por meio de Jesus Cristo" (Ef 1.5-6). Para outros, aqueles que
morrem em seus pecados, Deus reservou algum propósito - de fato, "O
SENHOR fez todas as coisas para determinados fins e até o perverso, para
o dia da calamidade" (Pv 16.4).
Às vezes nos perguntamos por que Deus destina alguns para O céu
e outros para o inferno. Por que alguns contemplam a Deus em sua

DO DECRETO ETERNO DE DEUS I 73

. . órdia e outros, enfim, somente em sua ira? Talvez nunca seJ·amos


rn1senc
de dar uma resposta boa o sufi ciente
.
para essas perguntas. Talvez
capazes b d
. emos reconhecer que ao a or ar esse assunto estamos plantando
prec1s , . d.
rena infertil. A 1scussa_o sobre predestmaç
. _
ao acontece desde 0
ern ter dos apóstol , , ·11 b d
os. Entretanto, e utl em rar e três coisas.
ternp0 , e . . _
_ ;, Primeira, todos nos temos 1e1to por ~erecer a pumça o do pecado.
sêãiílarmos atentam~nte para nossos co.rações maus, saberemos O que
nos espera no dia do Julgamento. Nunca iremos compreender a punição
divina até que tenhamos uma compreensão de nossa própria deprava-
ção. Compreensão das sérias implicações dessa dep_ravação e também de
um retrato exato da total pureza de Deus. Poucos sao os que questionam
os decretos de Deus e têm paciência para investigar o caráter da santi-
dade dele ou a natureza de nosso pecado.
Segunda, o que é de se admirar não é o juízo de Deus, mas que no
final das contas descobrimos que nosso Mestre tenha, desde a eterni-
dade, planejado para nós sua imerecida misericórdia. Lembre-se da con-
clusão de uma das parábolãs de Jesus, em que o dono da vinha é acusado
de injustiça. Ele responde com uma pergunta que expõe como os críticos
tinham inveja da generosidade dele. Certamente não seria errado colo-
car a pergunta na boca do próprio Deus: "Porventura, não me é lícito
fazer o que quero do que é meu? Ou são maus os teus olhos porque eu
sou bom?" (Mt 20.15; veja também Rm 9.14-15).
Terceira, temos de prestar atenção à primeira linha nesse terceiro
parágrafo do capítulo 3 da Confissão. Elano~ bra que quando Deus
determina o destino de suas-criatur as, ele o faz - como faz todas as coisas
- para sua própria glória, porque - -
ele é ~eus (Rm 9.23).

Um número certo
Como era de se esperar daquele que tudo faz bem, Deus não muda
seu plano no decorrer do tempo. Há um certo número de anjos e
homens, predestinados e preordenados, para a vida e a morte eterna.
Uma vez decidido, esse número é imune à adição ou subtração mate-
~tica. Paulo relembra Timóteo que "O Senhor conhece os que lhe per-
tencem" e, podemos acrescentar, os que não lhe pertencem (2Tm 2.19).
P~o, é claro, está ecoando o que disse o próprio Jesus, quando afirma,
"
e~conheço aqueles que escolhi" (Jo 13.18). _ _ . . em
Pode parecer que até essas breves afirmaçoes estao inclinadas
direção a um lado da história dando mais ênfase à eleição do que ª
reprovação. Isso está correto. ÀAssembleia de Westminster selecionou
74 I GUIA DE ESTUDOS DA CONFISSÃO DE FÉ DEWESTMIN STER

Passagens da Escritura para ,dar suporte à teologia dessas afi rmaçõe


ênfase dessas passagens esta na segurança que O plano d D s. A
ovo de Deus. Contudo, essa seleção de versos, e essa ênc e eus d'
P • _ a ao
arbitrárias. Esses versos ref1 etem a enfase dominante da pr1ase, nao .
, . sao
- d , . d opna
tura, que celebra a seleçao o propno povo e Deus maiscro-=-----"'" Escn11

- . s ao que suãp--
teriçâo de um povo rebelde que ele nao plane1a salvar. o~
_.:...-~ ~-:.- d;----: -- t . . al d , ;.-··•_
vprinc1paf
nesta seção, segum o o pon o prmc1r a propria Bíblia, é que Deus
nunca demonstra seu amor por alguem apenas para abandoná-l .
tarde. Nossa salvaçao- , 0 mais
e segura.
f

Um conselho secreto ~, , ( ~vlrfA0F,'


No quinto parágra~o desse ca?ítulo, nossa atenção fica firme~ente
focada naqueles que sao predestmados para a vida. Num conjuntÕcfe
passagens tirado do primeiro~ ªP~ítulo de Efésios aprendemos que o
plano de Deus para nossa salvação foi traçado "antes da fundãçaüa
mundo". Isso foi feito "segundo o seu beneplácito", que aÕmesmo tempo0
éªeterno e imutável propósito" (Ef 1.4,9,11). É claro que esse conselho é
secreto. Não podemos penetrar a satisfação soberana de Deus ao tomar
suas decisões, mas confiamos que ela { boa_:_

Somente em Cristo
O que de fato sabemos é que o plano de Deus para nós está firme-
mente enraizado ªem Cristo''. Deus realminte escolhe cada um de nós,
não em uma massa, mas individualmente, pessoalmente. Deus esco-
lheu todos nós como seus filhos em Cristo - ele é o escolhido de Deus,
o predestinado, e nós somos salvos quando estamos unidos a ele. De
uma forma ou de outra, é isso o que Paulo diz aos efésios, a Timóteo e
aos tessalonicenses. Ele "nos predestinou [... ] por meio de Jesus Cristo"
(Ef 1.5), o propósito dele para nós é proposto "em Cristo" (Ef 1.9), sua
graça é dada a nós "em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos" (2T~
1.9). Em suma, "Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançarª
salvação mediante nosso Senhor Jesus Cristo" (1 Ts 5.9). Tudo isso não
é feito somente para a glória de Deus, mas para a nossa glória também:
"E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamo~,
a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glon·
ficou" (Rm 8.30). Deus já tinha nossa coroa em vista muito antes de____
nossa criação.
DO DECRETO ETERNO DE DEUS 1 75

. alidade de graça, não previsão de fé


Ltber
-ruaõfssÕ~- nui da absoluta graça de Deus, "I·1vre m1sencórdia':
· · uma
ue é tingida, saturada com o amor dele. É claro que O Senhor
gr,açadq as coisas. Mas ele nao~ . f
examina o uturo para encontrar fagu-
de fé que ele possa trans1ormar em chama. Imaginar
·
ve to as e
que possamos
lhas algo que eara, D lh
fazer 1 com que , eus nos esco a e, constrmr
.
uma 1eachada,
na esperança de que Deus v~ acrescentar u~a estrutura real para sus-
tá-la. Ele não nos predestina para a salvaçao porque ele prevê nossas
ten b' .,
boas obras, ou porque sa 1a que 1namos perseverar na vida cristã. Não
há nada em nós que o motive a nos escolher. Ele não impõe condições
que ele necessitasse prever antes de nos escolher. Todas essas noções
precisam ser descontruídas antes que possamos avançar na escola da
graça. Não há nenhuma causa humana que mova Deus em favor de
nossa salvação.
Podemos estar certos disso por causa do que ele nos disse nos clás-
sicos capí~o~ sobre os decr! tos div!!1os, Romanos 9 e Efésios 1. Em
Romanos Paulo explica que, não importa o que fizessem Jacó ou Esaú,
nada teria levado Deus a eleger Jacó e não Esau~Deus queriã que seu pro--
pósito prevalecesse por causa de seu chamado, não por causa das obras
futuras deles (Rm 9.11). Por que Deus amou Jacó? Não foi por causa do
esforço ou vontade humana~más por causa da própria misericórdia de
Deus (Rm 9.13,16). Em Efésios, uma tese parecida é defendida, mas de
um ângulo diferente. Ali somos informados que fomos escolhidos para
que pudéssemos nos tornar santos e inculpáveis, não porque natural-
mente o seríamos. Ali também somos lembrados novamente de que há
um mistério para a vontade deD eus -~ m fato que deveríamos levar a
sério humildemente (Ef 1.4,9; veja também 2_:!9),
P~r fim, a última palavra sobre o assunto da eleição tem de ser sobre
~róprio Deus. Paulo nos lembra que a doutrina da eleição divina é toda
e~"para louvor da glória de sua graça" (Ef 1.6). Deus nos escolheu "a fim
~~ermos para louvor da sua glória" (Ef 1.12; veja também lPe 2.9). Por
1~ sempre que somos
chamados para apresentar a preciosa verdade da
P~estinação, vamos fazê-lo de forma a elevar Deus em nossas mentes.
~esmo tempo, sejamos cuidadosos em nos humilhar à vista dele.
76 / GUIA DE ESTUDOS DA CONFISSÃO DE FÉ DE WE
STMINSTER

Texto histórico
Versão ltlod
3.6 As God has appointed the elect unto erna
3 .6 Com o Deus de 1·
glory; so has he, by the eternal and m ost , .· . s inou 0
a g 1o , ta, assim tamb , s eleito
free purpose of his will, foreordained ali the livre propósito d em , pelo eternos Para
mcans thereunto. \Vherefore they who are d e sua vontad e rn .
to os os meios que e d e, Preord llt
elected, being fallcn in Adam, are redeemed p on uze enau
ortanto, os que s~ I . rn a esse fi
by Christ,are etfe..:tually caJled unto faith in ao e eito n, 111
ca Íd os em Adão - s, achand ·
Christ, by his Spirit worki ng in due season, - ' sao remido º·se
e sao eficazm ente cham d s Por Crist
are justitied, adopted, sanc tified, and kept . pelo seu Esp ' . a os para a fé o•
e nsto,
by his power through faith unto salvation. into que o em
po ~evido. Eles são justificad pera no tefll.
Neither are any o ther redeemed by C hrist, santificadosº e guardad os, adotado
etfectua lly called, justified, adopted, sancti - . os pelo s,
por meio da fé salvadora P Al , seu Poder
fied and saved; but the elect only. - ha' n enhum o utro q · em
n ao . d 0 s eleitos•
.
e nsto, ue SeJa rern·d '
eficazmente chamado . i_ o Por
adotado, santificad o e salvo.q ' Justificado,

Provas na Escritura
3.6 m1Pe 1.2; Ef 1.4-5; Ef 2.10; 2Ts 2.13; "1Ts 5.9-10· Tt 2 14· ºRm
'
2.13; PlPe 1.5; qJo 6.64-65; Jo 17.9; Jo 10.26; Jo 8.47; Rm · '
8.28-39; lJo
8 3O· Ef l
~-l;. ·s;2Ts
Destinados para a glória
A frase de abertura desse sexto parágrafo nos diz duas coisas. Pri-
meira, Deus tem um povo, os eleitos, e ele determinou que eles serão glo-
rificados - ou seja, ele "destinou os eleitos para a glória: O decreto dele
tem em vista a escatologia, o fim. Segundã, Deus não só determina que
seus eleitos o encontrarão na glória; mas, "pelo eterno e mui livre pro-
pósito da sua vontade': ele também decidiu como seu povo, que é total-
mente indigno de confiança, manterá o compromisso de se encontrar
com ele na glória. Quando Deus destina os eleitos para a glória, tanto os
fins como os meios são importantes.
· Assim, quando pensamos em eleição, temos que falar mais do que de
vida eterna. Precisamos também discutir a forma de viver, porque não
atingiremos Õ fim da jornada alegremente de alguma forma qualquer que
nos agrade. Por exemplo, Pedro diz ques omos escolhidos, mas ele liga
- -
esse fato a outro: todos os escolhidos de Deus devem experimentar a «san-
tificação do Espírito" (I Pe 1.2; cf. 2Ts 2.13). ~omõs escolhidos e predes~
nados, Paulo diz, mas essa eleição estará atada a uma vida de boa~ ob: -
e santidade cada vez maior dentro do contexto de nossa .Y1.da na am a
de Deus (Ef 1.4-5; 2.10). Deus decide nos salvar e-sant1•ficar, mas não sem
sofrimento e aprendizado, não sem pregaçao - e oraçao.
- Tal z não importe
ve . as
o como você vá a sua igreja no domingo - sem duVI a a m, ·d h' uitas maneir
DO DECRETO ETERNO DE DEUS 1
77

, Mas é muito importante o como chegamos ao céu; pois


egar la. , , . . h
de eh lano de redenção, que e o umco camm o para a glória.
oeus tel11 um p
Cristo" e "em c·t"
ris o
''Po~ess a seção, temos uma indicação da maneira pela qual
No resta
S
seus eleitos para g1ona,
,. . d
os meios e re dençao
-
que são mais
Dus traz o ,
e letamente tratados nos cap1tulos 6 ao 17 dessa Confissão de Fé.
co!ll~ , .a da redenção, há duas pessoas que desem~ nham um papel
Nah1ston _ _--:;:; . . , d- -
roenÍinente. O nme1ro e A ao, em quem nos achamos horrivel-
rnais 'dos tanto os ele1tos
~ · como os nao - e1e1·t os. O segundo e' Cristo
mente Cal ' . _ - -.
--elo de quem os eleitos de Deus sao mara~lhosamente redimi-'
por rn- - - -pensamos
uando - acerca dos me10s
. que Deus ordenou para nossa
dos. Q l
edenção, a coisa mais importante a se embrar é a pessoa e obra de
;esus Cristo, que é o caminho, a verdade e a vida. Deus nos destinou
ara "para alcançar a salvação mediante nosso Senhor Jesus Cristo" (1Ts
t9-10). De fato, é desses ) or meio 4e", "com" e "em Cristo" que fluem
tõdas as bênçãos salvadoras.
- Precisamos também compreender q_ue os cristãos não foram redimi-
dos-na eternidade quando Deus nos escolheu.
--- - - - -Há - --uma- diferença
--2c_entre
__
Deus escolher nos redimir e a realização de fato dessa obra. Nossa reden-
~o foi realizada no tempo e no espaço pelo nosso Senhor Jesus Cristo.
Eie o fez 2.000 anos atrás quando derramou seu sangue e deu sua vida
em nosso lugar. É ele quem "a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-
-nos de toda iniquidade", conforme Paulo disse certa vez a Tito (Tt 2.14).

Aobra do Espírito Santo


Enquanto estivermos fora de Cristo não há esperança de salvação
para nós. Precisamos ser efetivamente chamados para Cristo "pelo seu
~spírito que opera no tempo devido". Não deveríamos ficar surpresos
ao aprender que esse chamãéio seráeficaz - seria impossível não ouvir,
ignorar ou resistir ao chamado do Espírito para vir a Cristo. Deus sem-
pre torna eficaz e bem-sucedido o seu chamado para salvação. Quando
ele nos chama, ele também nos concede confiança nele. A fé em Cristo é
mais um dom gratuito de Deus. A confiança no evangelho não significa
que nós desenvolvemos uma fé religiosa que irá agradar a Deus. Significa
que O Espírito opera a fé em nós. _É por meio da fé operada pelo Espírito
que somos J·ustificados em Cristo adotados em Cristo e santificados em
e --- , ----~ -.
~ Na verdade, s~s-mantidos ~ lo EspTritõ"Santo e guarâaaos
P~ _Q__oder de Deus, mediante a fé, para a s~vaç~o" (lPe 1.5). ·
78 1 GUIA DE ESTUDOS DA CONFISSÃO DE FÉ DE
WESTM
INSTER

Aideia do amor divino que elege não é uma estrut


d
trata construi'da por arqm.tetos teolog1
' . ura
cos do início d outrinari ,.
, l . d . a ab
um componente g onoso, parte o sistema de salv a era m0 d s.
. a ~ erna f
mesmo e revelado na Escritu ra. Afinal, em Romanos çao, com pl ·t
, , . eto em .
que predestinou, a esses tambem chamou; e aos que nos e dito s,
chamou que "aos
bém justificou,, (Rm 8.30). Pedro escreveu que som
os "elei , ªesses tarn.
· de Deus Pai,·
presciência t·fi - d
em san 1 caçao o Espírito" (lPe tos,) segundoa
12
é que Deus «nos predestinou para ele, para a adoção
de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade
de filh ·
Averdade
" (Ef ~Ss). por llleio
1
Uma bendita esperança, uma realidade solene
A escolha de Deus, que predestina, é boas-novas
, _ para
são caidos em Adao. Porque Deus ordena cada pass aque1es q
o de nossa al ~e
podemos ter aque1a «ben d't 1 a esperança» da "manifestação da s , vaça
. J ,, 1 . o
nosso grande Deus e Sa1va dor ensto esus . Porque g
, . d Deus nos dona do
Salvador, nos deu o seufE i sp1ntdo, nos eu o d~~ da fé salvadora,eupode um
mos ter esperança e con ança e que seremos gua -
rdados pelo poder d
Deus, mediante a fé, para a salvação" (lPe 1.5). Essa
s são boas e dar~
notícias, mas ain,?a ~á uma o~tra r:alid~de que dim
inui a nossa alegria.
Averdade e que alem dos eleitos nao ha nenhum outr
o que seja remido
por C!!,sto, eficazmente chamado, justificado, ado
tado, santificadõ e
salvo". Deus não irá salvar a todos.
--
Essa dura realidade é especialmente enfatizada nos
escritos do após-
tolo João. Ele mostra como Cristo, nosso mediado
r, intercede por seu
povo, mas não por todas as pessoas (Jo 17 .9). Quando
Jesus questionou
Judas, ele lembrou a seu povo que há alguns que na
verdade nunca vêm
a ele. De fato, aJ>rópria habilidade de vir a ele é um
dom concedido pelo
Pai (Jo ~:§4-65). O fato é que alguns não ;eguirão
o Past~r_p_orque eles
não são suas ovelhas (Jo 10.26). Eles não o ouvem
porque eles não são
de Deus (Jo 8.47). Às vezes eles vão até mesm_? deix
ar a~a , mas eles 0
farão porque nunca foram parte dela (lJo 2.19).
,
Como Paulo registra no final de Romanos 8, um fato
maravilho~oe
~e Deus opera todas as coisas para nosso bem. UII_!_
fato sério é gue ISSO
só se aplica àqueles que o amam. Temos confiança
que se Deus nos deu
seu próprio Filho, então ele dará as melhores resposta
s para cada uma de
nossas orações e também tudo o que re almente prec·
isamos· Nós somods
confortados em saber que o acusador não pode nos
condenar quan
Cristo intercede por nós. No entanto, todas essas b• - são apenas
°
ençaos
para os eleitos de Deus (Rm 8.28 -39, esp. 33).

,.,,,
DO DECRETO ETERNO DE DEUS I 79

, ·da deveríamos pensar claramente sobre a eleição; afinal el


Sel11 dUVl ' . . ' a
a doutrina claramente ensmada na Escritura. Precisamos pensar
euJ1l eito dessas realidades. No entanto, nosso pensamento deveria
beill a, resp . d- d E . D
. 0 possível, segmr o pa rao a scntura. , evemos perceber,
ao máXUU
ue a ~ e1e1çao, ·- d
~u pre fiest·1dnaçao,
- '
e repeti:-;
.d;---::f--:~ ..:..:::.:..=
a e undamental-
11
~ --encionada na Escritura a m e dar a Deus a glória na salvação
mentem . , .----:-. - -
~vo _ enfatizando que nos o amamos porque ele primeiro nos
._!__

de seu o ob~O énos manter humildes na vida cristã.-


aro~ - - --
Temos de perceber que a eleição também é mencionada na Escri-
turápãrãdar segurança ª-º~ cr~stãos. El~ ~os ajuda~_comE_ree'nderqü.e
rfeUs que não muda de 1de1a nun~a ira mudar ~e opinião a nosso
(esp°eito, pecadores que somos. O dec~eto de ~eus é que-nad~" poderá
ip'arar-nos do amor de Deus, que esta :m
~nsto Jesus, nosso Senhor"
(RÍn 8.39). Somente Deus sabe as razoes, os detalhes e as glórias de
seu plano divino. O nosso dever é ?ºs concentrar_n~s _?leios o~dinâ-
nÕs de nossa salvação; nos regozijar na graça de Deus, sua iniciativa e
- - -- - - ---
amor perseverante.

Texto histórico Versão moderna


3.7 lhe rest of mankind God was pleased, 3.7 Pelo inescrutável conselho de sua pró-
according to the unsearchable counsel of pria vontade, Deus concede ou recusa mi-
his own will, whereby he extends, or with- sericórdia, como lhe apraz, para a glória de
holds mercy, as he pleases, for the glory of seu soberano poder sobre as suas criaturas.
his sovereign power over his creatures, to O restante dos homens, para louvor de sua
pass by; and, to ordain them to dishonour gloriosa justiça, Deus quis não contemplar,
and wrath, for their sin, to the praise of his e ordená-los para a desonra e ira por causa
~orious justice. de seus pecados.'
3.8 The doctrine of this high mystery of 3.8 A doutrina desse alto mistério da pre-
predestination is to be handled with special destinação deve ser tratada com especial
P~dence and care, that men attending the prudência e cuidado,' a fim de que os ho-
~ili of God revealed in his Word, and yield- mens, atendendo à vontade revelada em sua
tng obedience thereunto, may, from the Palavra e prestando obediência a ela, pos-
certainty of their effectual vocation, be as- sam, pela evidência de sua vocação eficaz,
sured of their eternal election. So shall this certificar-se de sua eterna eleição. 1 Assim,
doetnne·
afford matter of praise, reverence, a todos os que sinceramente obedecem.ao
and admiration of God, and of humility, evangelho, essa doutrina fornece motivo
diligence, and abundant consolation to ali de louvor, reverência e admiraçãoª Deus,"
that s"mcere1y obey the gospel. bem como de humildade, diligência e abun-
dante consolação.w
SO I GUIA DE ESTU DOS DA CON FISSÃO
DE FÉ DE WE STMIN STER

Provas na Escritura
3.7 'Mt l l.25-26; Rm 9.17-18,2 1-22; 2Tm 2.19-20; Jd 4; l Pe
2_8_
3_8 ;Rn1 9.20; Rm 11.33; Dt 29 .29; 12Pe 1.1 O; uEf 1.6; Rm
lPe 1.10; Rm 8.33; Lc 10.20 . 11, 33; wRm
11
.S-6,20;

Não contemplados
- 0 parágrafo 7 resume e reafir
ma alguma das sérias realidad
dadas no início do capítulo. Em es
bora Deus eleja alguns para
"suprema riqueza da sua graçar ( f ) abor.
E
:r.:..:: :...__.!,.--:-~-d:-:dr:,»,iIM ::- 2.7 , mo str
agradou a ele faz ~ go d' ' ar
ao "resta.=.
nte da humam a e . as mesm a
o antes de sermos infor her
-d
ente
que Deus tinha planeJa ·d
o_p~ra o res to da hu~am·d. ad,e, ma
que isso é o que Deus dec1dm fazer. Talvez nao seJ somos lembraos 0
dos
Deus faz o que agrada a ele some a obvio para tod
nte. Por isso, somos lembrado os que
mente que esse ato de escolher alg s
uns e não outros está de acordo nova.
'
0 inescrutavel conselho de sua prop ' na. vontade,,. "e
om
Pode ser difícil para nós, mas de
vemos nos lembrar que o Filho
Deus realmente deu graças ao seu de
Pai por ter ocultado essas impo
verdades "aos sábios e instruído rtantes
\ de seu Pai (Mt 11.25-26). A rea
s", e o fez porque "assim foi do
agrado»
lidade é que numa grande cas
vasos são destinados para honr a alguns
a, alguns para desonra (2Tm
O mesmo ocorre no mundo de 2.19-20).
Deus. Algu mas pessoas são de
para a condenação, diz Judas, e signadas
ele s são "homens ímpios, que
mam em libertinagem a graça transfor-
de nosso Deus e negam o nosso
Soberano e Senhor, Jesus Cristã)' único
(Jd 4) .
Enfim, não há como saber quem
são todas essas pessoas nesta vid
pois sempre temos esperança. Nó a,
s sabemos que o Senhor intenta
muitos dos piores pecadores. To salvar
davia, sabemos também, como
Pedro, que há pessoas que estão nos diz
destinadasa trõ pe çar na rocha
salvação (lPe 2.8). de nossa
Incrédulos e crentes confusos co
nsideram que isso é megaloman
reformada, mas se trata simple ia
smente do ensino da Escritura.
Paulo deixa claro em Romanos Co~o
9,-estejam em vista pessoas ou
inteiras, Deus "concede ou rec naçoes
usa misericórdia, para a glória
soberano poder" (ve ja Rm 9.17 -18 do__!U
,21-22) . É escolha dele salva
pecadores e "não contemplar" r alguns
outros - na verdade, "para a gló
ria do
,O ,
. , ~ paragrafos 6 e 7, quando
lidos juntos, esclarecem que até
hipotetico do século 17 estão exc mesmo form as suti.s de universalismo
luídas do capítulo 3 considerad
o como um todo.
DO DECRETO ETERNO DE DEUS i 81

r sobre as suas criaturas, ordená-los para a desonra


d
usoberan° Pº de seus pecados.,, Isso e' JUS
· t·iça, p01s
· o peca do sem
se causa os
irª por .
e ·d ...,.erece a ira.
du\Tl a
H•

lto mistério _ . ,.
~ final desta discussao, como no m1c10, que a predes-
Ep. rec1so
, ' · d'f'
discussão teologica 1 1c1·1 . Apesar d'isso, nunca po demos
~ to Mas sempre há a1guns que vão longe demais. Por isso
•t r O assun • . . .
evi ª bl . de Westminster afirmou que a doutnna precisa ser d1scu-
Assem eia e fi
ª. cuidado. Como nos lembra o parágra10 nal nesse capítulo,
uda com "alto mistério'" e Cid eve ser trata
- d o com --
,
esse e um especial pruQ.encia e
- - :1...- - -=- - --.---~.----
~ ""l'astores e ovelhas precisam lemurar que Deus revela essa dou-
cuio'1uo . -=.:_----::---:--" ""' .-
'frinãããeTeição, em primeir~ lugar, para nos ens1:1~r acerca dele mesmo. _
õsfilhos não devem responder a se~~ pais; muito menos nós devemos
dfsêutir com Deus (Rm 9.20). Precisamen~e aqui é que somos chamados
ãponderar sobre a "profundidade da ~iqu: za, _tª:1!º da sabedoria como
do conhecimento de Deus" (Rm 1~.33).
Considere também como Deus não simplesmente torna a salvação
uma possibilidade para todas as pessoas (como nossos irmãos arminia-
nos ensinam), mas a realidade para seu povo escolhido (como nossos
pais reformados ensinaram). Ou seja, Deus não construiu uma meia
ponte larga até o céu. Não, em Jesus Cristo ele construiu uma ponte
segura completa até o céu. Louvado seja Deus que "aos que predestinou,
aesses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e
aos que justificou, a esses também glorificou" (Rm 8.30). A nossa obri-
g_ação é refletir sobre a doutrina da eleição como se fosse mais um item
"para louvor da glória de sua graç~JE,f l.6)e nos juntar ao apóstolo
Paulo na exclamação: "Quão insondáveis são os seus juízos, e quão ines-
crutáveis, os seus caminhos" (Rm 11.33). A nossa tarefa como homens
e mulheres é atender "à vontade de Deus revelada em sua Palavrà'. Afi-
nal, como afirma Deuteronômio 29.29: ''As coisas encobertas pertencem
ao SENHOR, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a
nossos filhos". Se você gostaria de "confirmar" a sua "vocação e eleição",
como estimula Pedro (2Pe 1.10), então confie em Jesus Cristo. Submeta-
·se em obediência à Palavra de Deus (Rm 11.33).
!?, totalmente apropriado terminar esta reflexão sobre a eleição com
uma consideração de nossa própria eleição pela graça de Deus. Afinal,
pod~ríamos facilmente vagar na incredulidade, se não fora pela miseri-
cord10sa intrusão dele em nossa vida (e.g., Rm 11.5-20) . A doutrina da
82 j GUIA DE ESTUDOS DA CONFISSÃO DE FÉ DE WESTM
--~
INSTER

eleição prova ser um material inestimável de doxologi


bramos que ning uém pode inten tar "acusação cont ra ª qul~do
nos le
que vá ser ouVI. da na corte do reino
. de os e eito d
Deus (Rm 8. ) p s e De11s~ lll-
33
que nos alegramos que nosso nom e esta, arrolado nos •céus»
« or essa
rélZào é
Quan do nos lembramos disso, então, com o essa Confis - (Lc
l0.20)
.
doutrina 1ornece mot·1vo d e 1ouvo r, reverenc
«e ,. ia
. e admi sao afirrna .
raçã , essa
como de humildade, diligência e abun dant e consolação aº/ feus,
bem
sinceramente obedecem ao Evan gelh d: 0
os os que

lb:-m,

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