Você está na página 1de 8

^8.

t
H ffiep*§§§ef;§ ffi rrr
-

'v/ocês já imasinaram uma situação


0§TR3r ponmffi

,: alguém tenha plenos poderes, com ne_


I T
atribuicões e competência das três diferen-
tes instâncias, de modo que todas essas ins_
t
. -ra restrição ou controle do exercício do tâncias tenham relativa autonomia, com o
::r? Em alsum momento na história polí_ intuito de evitar desmandos, erros adminis-
. a humanidade presenciou essa situa_ trativos ou abuso do poder.
, cor exemplo, durante o perÍodo absolu_ Esse modelo nasceu da necessidade de
,: Ao longo da história moderna foi cons_ regular os poderes do Estado, bem como do
la uma forma de controle do poder, a anseio dos cidadãos em aprofundar as re_
.- temos hoje em diversos países do §ras democráticas.
- Co: um modelo
tripartite conhecido Para uma melhor compreensão desse
' : divisão dos Três poderes.
tema, o presente capítulo abordará, dentre
Esse processo de fracionamento dos po-
outras coisas, as seguintes questões: a) a
. :s do Estado diz respeito à divisão entre §ênese dos conceitos; b) suas aplicaçôes; e
't rcas políticas que o governam, estando
c) o modelo adotado no Brasil, com vistas à
.:nizada a partir do poder Executivo, Judi_ apreensão desse modelo em nossa reali_
. 3 e Legislativo, sob a seguinte configu- dade.
. ; c: proporcionalidades nas
f unçôes,

ConnprrÊucl* Genm 1 / ConnpErÊNcm Esprcíncn: 6


0lÁlÍt&ftffm0
HnerunR»rs: El\ll1 3CHS60l; r EM I 3CHS603
GÍIffifi

Apresentar aspectos teórícos e conceituais variados necessáríos


à análise dos proces§os
políticos esociais que conformam historicamente
o Estads, visando colabor,ar
exercício da cidadania' Para tantg pauta-se em procedirnentos ó;;;
epístemologicos e
cientÍfrcos ancorados em conceítqs potÍticos bàsicos qu*
posicíonamento crítico diante das conformaçôes
,liu* promover um
do Estado.
f
I

üuesfmes
atta

â O que você entende por Três poderes?


§ Para a democracia, é importante a separação entre os
Três poderes?
Ê No Brasil, há harmonia e independência entre os Três poderes?

55 J
I

l.r
Í.
', ) i,:il"'Íf F;'I.:.; i-:{-} ru§*il}#,â-* *{'}S ííqâi§} ffi.#ffiffiffifu'*§

flnnforme iá estudado e realçado neste livro, houve momentos na história política em


com poderes totais, confi§urando o modo
u;r;; a"J"r^" era exercido por um soberano
:: via de re$ra, eram aristocracias com fortes tendências
3c\erno denominado "absolutista"' precisamente' por meio do usO da força e de
:: autoritarismo, umA vez qUe se ConStituíram,
i. e rras, por meio do uso da força' tiveram sua
os Estados absolutistas, marcadamente construídos
]êneseenquantoEstados.naçãoaolong|odosséculosXVl,xvll,XVItl'Nelesoreisoberanodeti.
dentro do próprio aparelho estatal'
rha a capacidade de exercer poderes ilimitados e irrestritos
o Rei Luiz XlV, o..Rei So|,,, se definia da
Para termos uma ideia dessa situação' por exemplo,
se§uinte maneira: o "Estado sou eu"'
lsso porque há hoje o consenso de
Tal exemplo é inaceitável em um contexto democrático. por prestação
q ue oS poderes devem ser: a) compartilhados;
b) exercidoS com zelo; c) marcados
decontas;ed)reglidosporumordenamentojurídico.oformatoquetemos,hoje,decontrole
para isso, ocorrido inúmeras revolt.l.
anos, tendo,
do poder é resultado de al$umas centenasde
institucionais'
ções, revoltas, golpes e mudanças
UmdosprimeirosfatosmarcantesderupturadesseprocessofoiaRevoluçãoGloriosa
(1688-1689),quelimitouopoderabsolutistanalnglaterraeimpulsionouocompartilhamentc
doespaçopolíticodosoberanocomoparlamento.ARevoluçãoGloriosaserviudeinspiração
porÍtico em outros países até, fina*-
para o desenvorvimento do compartirhamento do espaço
do poder do Estado em três: Judiciário, Legislativc
mente, curminar na materiarizaçâo da divisão
eExecutivo'EsseformatodegestãodosexercíciosdopoderdoEstadoficouconhecidocomo
que é cada uma dessas instâncias no âmbito nacio
divisão dos Três poderes. cabe aclarar o
uma delas:
nal/tederal e, por isso, passamo§ a explicar cada

a) Judtctárlo: ente institucional a quem cabe


a aplicação das íeis' Lo§o' podemos dizer
que é a parte do Estado que visa o cumprimento
da justiça, bem como o controle da
estâo funcionando, consequente
maneira comoas outras competências cote§iadas
mente, re§,utando-as nas suas atribuíçôes'
b)Le§tslatlvo:instânciaquepossuicomoprincípio§eradoroatodele§islar,melhor
dito,elaboraroordenamentojurídicoparaobomexercíciote§atdasinstituiçôesdo
país. Em at$unspaíses, está dividido em um
sistema bicameral: Câmara dos Dep+
tados e Senado;
c)Executlvo:instânciade§estãoondeencontra-seoindivíduoeleitoparaocar§om*
ximo(emal§unspaíses'opresidente)ecomummandatoportempodeterminada"
com o intuito de execut ar a gestão da
nação mediante a sua plataforma política' a
num determinado pleito potítico eteitorat
em âmbito nacional'
quat fora escolhida

Tais instâncias poderão apresentar ligeiras


mudanças dependendo de cada país' mas ern
Seucernefuncionamcomaestruturaapresentada'Umdos,.paisteóricos''dessemodelofoio
como Montesquieu, que escreveu
pensador iluminista Charles.Louis de Secondat, conhecido
estruturação, o espírito das leis' Esse livro fo*
um livro de fundamental importância para essa
crássicas da Grécia AntiÊra e com o modelo
escrito no sécuro XVilr e diarogava com as obras
adctado a partir do século XVll pela ln$laterra'
Nessaobra'alémdeenfatizaradivisãotripartitedoEstadoempartesigluaisparaoborn
:.:afilentodasua§estão,aindaapresentouasseguintesformasdegoverno:
56
a) Monarqula: que seria uma forma
de
cia o seu poder a partir do princípio soverno nas mãos de umasó pessoa e que exer-
da honra;
b) Despo*smo: como uma forma de._1!o;vernar.re§ida
c) Repúhrca: instrumerto au'gJri)no peto princípio do medo;
e
basead, i" e na virtude.
"rLurania
A República era, para Montesquieu,
,'r-acabada do Es.tado. A a expressão mais
etimoiogia da palavra ,r"rr_
.a" provém do latim res publica E uceorlrrrunn
1cãisa pública), ou seja,
tovo e que tem por finalidade
ser
:do necessitaria ser zetado peros
=r público". O bem público é um bem ;il?,J;:""t;;?':;
-:soas jurídicas de Díreito público, que pertence às
ou seja, à União, ao
. :,ito Federal, aos
municípios, às autarquías e
:s públicas. Ao mesmo tempo que às f unda-
não é de um indivÊ
, pertence a todos os cidadãos.
0s princípios republicanos passaram
'te a marcarforte_
' revoruções e revortas insurgentes nos sécuros XV*
, '( com vistas à construção
de iepúblicas baseadas na
são dos três poderes. Atuarmente,
.'de quantidade de países observamos uma )
que adotam esse modelo,
: r m o a República
Federativa do Brasil. No caso
:sse rnodelo é definido pela do Bra_ _'.5.-11ene
HÀ, E{,1 rlM Esr,rno, rr.rorvrouos
ouE 5E
Constituição Federal, em 3"lll,i:liy i*. NA5iluLí\ To, prLAs RTQULZAsi
olr
artiso 1o, onde conta que PhL/\s HONIiÁS; MÁS, (,)AIFUNDTSSEM
SE ELES SE
COM
Õ pov,O E só TlrtssEtul DtREiTo  uM
voTo, coM(] os
OUTI]OS, Á L'BEÊDÂDE COMUM
sEfiiA .§tJA PfiÓPRIA
ESCRA\1DÁO, E EIES NÁO
IÊRIA,\I NENHUM INTEFIʧSE
A Repúbtica Federativa do BrasÍ], EÀl DEFEI]DÊ_L& JÁ
QUE A IV1ÂIaRIA DA5 RE50LUÇÕE5
for_ 56RtA coNTRÀfttA a tms.
peta
ryada união indissotúvei d;
H;_
dos e. MunicÍpios e do Distriiii"aTrJt,
LEclsLAÇÀo, p§ÊTANro,
Sua pAÊTlctpÁÇAO NÂ
tlB/EpF{lpoÊclôtJAt
sER
À5
ourn*s vANTÂcÉNs eur possuE[,l tJo grrooo; e i ã
consfifuÀse em Estado o"^o"r"íiá' Ç.UE ocClRREnÁ 5E ELÊ.§

Direito [...]. â'á TENHÂ ú


FôRMABEM
DIRETO NE iMPEDIE (}5
UT\T] cORPo QUE

EMPÊEENDIT.dEiVTOS
DÜ POIIO, IÀL CÔfulO ü PÔVO
TEfu,! O DIREITO DE
$aFEOtnos nrle:],
lontudo' precisamos fazer algumas
da
considerações
'.:a obra e do momento histórico ffiH}:,sylrHfí"ir,,fiíffiLt^H:xu
- a borado' Primeiro' devemos colocarem que o modelo
roe.

en'l destaque a grande repercussão


' :irculos eruditos do final do século xvlll, consequentemente, que o tivro causou
lo e políticos da Revolução Francesa vindo
a infruenciar nos rurnos
' (1789) e das demais revoruções
considerar a obra em face do sécuro XrX. Tam-
da época em que foi escrita,
-:essidade da divisâo dos poderes, uma vez que mesmo enfatizando
Montesquieu defendia que os
votos deveriam ter varor
r i:::"J:l,flHT:"T;[j origem e a importância de cada cidadão/indivíduo,
sendo assim,
É necessário ponderarmos
as condições potÍticas e sociais
:Jos' tratando-se de um universo em que tais conceitos foram
com poucos homens tivres e
:'r' eram poucos indivíduos que instiuídos,
tinham o direito de reatmente quarificar segundo Montes-
' buir para a consolidação o debate porítico e
do Estado repubticano. A despeito
';:::jlJiT;iffi::';:'J::::;out'as das críticas, argumas consi-
aperreiçoadas, até que rossem
construídos os mo-

57
$

LtlTüRn GÍlftlPtlHItTf,R w
ffiiFr}Ft

-M,
**..d

o eun É srnnnaçÃo ENTRE PoDERES?


Caio dos Santos Tavares e Fabiana Á/ves de Oliveira Gomes

Em Montesquieu (2000), que fundamentou a ideia de separação entre os poderes, temos a con-
cepção de que o Estado possuiu trêsfunçôes: a) elaborara lei; b) executara lei; e c) julgara conduta
dos indivíduos de uma forma objetiva e imparcial. Dessa forma, o Estado é separado e cada poder
possui seu papel (IVIONTESQUIEU, 2OO0).
Montesquieu definiu uma forma de organização do Estado quê se caracteriza pela distribuiçâo,
separacão, independência e harmonia entre os poderes (MORAES,2OOO). Nesse sentido, não temos
a concentraÇào de poder em uma pessoa, pelo contrário, elese encontra de uma forma diluída entre
Executil'o, Leglslativ'o e Judiciá rio
Além disso. essas funQões não devem estar concentradas em apenas um poder. Esse princípio
da distribuição está relacionado a descentralização do poder em vários indivíduos, tornando mais
inclusiva e participativa as tomadas de decisões. Nesse caso, minimizando as chances de ocorrer
imposição de uma pessoa sobre o que deve ser seguido por todos (MONTESQUIEU, 2OOO).
Os poderes precisam ter autonomia para exercer suas funçôes. Assim, cada poder (Executivo,
Legislativo e Judiciário) não precisa pedir autorização para executarsuas açôes, pois não existe uma
ideia de hierarquia, onde um poder seja mais importante do que o outro (MONTESQUIEU, 2OOO).
Ainda para Montesquieu, d fundamental que os poderes tenham independência, para que cada
um "sistema defreios e contrapesos" que seria uma forma de "equilibrar" os poderes mediante uma
possa deter eventuais abusos dos demais. Nesse sentido, para evitar algum excesso como esse, te-
mos a f iscalização recíproca das partes. Além disso, um poder d capaz de intervir na atuação do outro.
desde que se observem as leis que todos devem seguir dentro de um paÍs, que nada mais é do que
aquilo que ouvimos nos jornais de "ordenamento jurídico" (BAFFA, 2016).
O intuito dessa separação d limitar as ações do Estado sobre os indivíduos, garantindo que ne-
nhum representante público possa ameaçar os direitos individuais, Para exemplif icar essa ideia, ima-
gine que o prefeito de sua cidade (Poder Executivo) entre na sua casâ e prenda seus pais, pois eles
são críticos de sua gestão. Porém, nem mesmo a autoridade do cargo pode fazer com que sejam
cometidas quaisquer formas de abuso, pois a lei determina que os outros poderes (Legislativo e JudÍ-
ciário) estejam atentos para evitar algum tipo de violência.
t...I

Fonte: TAVARES, Caio dosSantos; GOMES, Fabiana Alves de Oliveira. O que é separação entre os poderes? /nr
BODART, Cristiano das Neves. Conceitos e cateEiorias fundamentais do ensino de Ciência Política. Maceió: Edi-
tora Café com SocioloÉia,2A2t. pp. L37-t41,.

: ,,...:;i.+ {:*q: í:}{"}q..§{fÊ" f-§* ffr;,*:tçt


f\ construçâo do poder no Brasil nasce como reflexo de todas as conjunturas políticas e
I{frirtóricas apresentadas anteriormente e que moldaram o formato político internacis-
nal predominante. Convém realçar que da passagem do Brasil Colônia para Brasil lmpério, corr-
f orme a Constituição de L824, resguardou ao soberano um quarto Poder Moderador que, err

linhas gerais, seria o seguinter

Foder Moderador * o poder real, neutro, inviolável, inconfundível com o pod*


ministerial, responsável perante a nação. Esse Poder Moderador, essêncla c:
primado da Coroa, será a pedra que autorizará o imperador a reinar, giovernar :
administrar, por via própria, sem a cobertura ministerial (FAORO, 2072, p. 262

3Êí
":-Ie' após o fim do lmpério Brasileiro
e com a extinção das ditaouras
XX, o Brasir passou a ter :*e -:*,:
..rr:;r;:.r''" o rnodero e a estrutura porítica
,' qre ::- -..
-à'l Federal de 1988 proporcionou
' " - cje escolher seus representantes. Aao povo a reconquista do direito
partir
pler: ::
i ": rcs Três poderes de dessa constítuição se consolidcr_ i:
forma equânime, propor"ionur
. -: :'3deres do Estadoseriam compartilhados equidistante,
" os cidadâos ou seja, e a
: ' 3:ar e ser votado em pteitos de e que todos possuiriam
Yv mandatos 'rrq,vqtvt eÍerlvos
eretiv para as funções estabeleci-
- -'stituição.
_ :r.n a Constituiçâo de
19gg:

parág:rafo único.
Todo o ooler emana do povo,,que
sentanÚes e/ertos ou diretamente, o exerce por meio de repre_
nos t"rmá"-àesta constituição
Art. são po_
i":";1i,":,iã.o,
independe,ntes e harmônico"
ãrtr" si, o Le§istarivo, o 2o:
Executivo

' ' :: : ao Judiciário Federar brasireiron cabe argumas informações:


que, no campo do Judiciário,
,',-:::X::izar o suiÀ^, Tribunat Federat (srF)
éo
'. -;1, ereição dos inte§rantes do
sTF, funciona de acordocor,,
os se§uintes proce-
; São indicados peto presidente
da Repubtica; e
_- b. Sancionados meàiante
peto Senado.
:: "àoátin,
ce jurisúas do srF é chamado
de ministros, sendo em número
de 77.
I " ;, ' desli§amento dos iuristas se dá após apos .ní"aorir, sendo computsória aos
-::
; â mais alta corteiurídÍca da país,
responsávelpe/assenúenças
:s: também' possui o atrlbuto de inspecionar em últimas ins_
: -- -1o os atos deliberativos e controrar os chefes
do Lesistativo - quando as açôes potíticasdo Executivo,
:-.,ry1 em falha que viota
a Constituição. do executivo

: c Federal brasileiro possui a


,
função de esta_
-
; : ",ento jurídico. Seu corpo
polÍtico é dividido H strcesrÃoDEMústcn
" -: Deputados e Senado,
escolhidos
r ::as e com regras claras * de acordopor meio Peca lnoRÂo
com os lrure RpRrre ; GleRreL, o pEir:if,oF
S -,premo Tribunal
Eteitorat (STE) e das demais LorllposrcÁo: GABÊ,E1, c r.:,,i iDoF
: : 3s representantes
eleitos para
_: iiferentes regiões do Brasil o Legislativo
e respeitam a
: : e populacional, sendo
permitidas sucessivas
Ái) _. :_ l)
';Federal brasileiro possui
a atribuição de exe_
ÁTE i't a iI --t -

. ::.acionatizar a máquina voTA El./ cu.ri:, uo . ,,.,


púbtica. SáSrnOoln"_ :,Er.r

.: 34 da Constituição Federal de 19gg, ELEIÇÀo, .,,oCE CoBRÁ


. _: rca exerce atribuições
o presi_
de chefe de Estado e
. ^. que é eleito para um mandato
DE SÊÁCC Lhu.aÊ Lr-) /
QUE";I t:CTOU PttA
de quatro
: _ te ser reeleito uma única vez _ BôTou LÁ r.ro Srr,tlnol
conforme

qq
*" -:: :e E.nenda Constitucional no 16, de 4 de junho de 1997.
-:=
',: 3'as a rnanutenção do Estado se dá de forma complementar entre os três poderes e
- :- --- oe es possui autorização legal de atuar ignorando
as competências de cada um. Há e
-:::ss oade de articulações dessas instâncias para qualificar os governos e o Estado. Nesse
:
sentido, podemos mencionar o seguinte exemplo: a :
- PÂRA 5ITUAR presidente do país cria decretos-leis, os quais passa-
pelo crivo e são sancionados (ou não) pelo; b) Lesislati,,:
que também propôe leis que serão verificadas pelo; c) ---
diciário, para observar se não há ruptura com a Constit- -
;*. 4s
á+ 4tF.
çâo ou com outras leis em visor. No caso de rupturas :
,f * I Judiciário as declara ilegais e de validade nula. Ou se.a
cada poder possui as suas atribuições, mas dentro dcs
limites estabelecidos pela própria Constituição Federa
Esse modelo funciona como um mecanismo de freios :
contrapesos para o bom exercício dos atributos consti:--
cionais e para o bom regimento/andamento do mode :
de República.
Devido a essas "dependências" entre as instâncias :
chefe do Executivo precisa continuamente construir a.:.-
culações políticas com o Legislativo para poder goverÍ,e"
justamente com o intuito de não criar uma paralisia de: -
sória: situações em que o presidente tenta gerir a r*
quina pública, mas o Legislativo não endossa e rà:
aprova suas proposições - em geral, isso ocorre quan::
t
a maior parte do corpo do Legislativo se coloca como oc:-
sição ao governo. Os apoiadores do presidente na Câmara dos Deputados e no Senado sà:
chamados de "base sovernista".
O presidente deve atuar de acordo com o ordenamento jurídico e a partir dele. Haver,::
desvios de conduta, o presidente poderá sofrer impeachment, conforme indica a Le
1.479/54. No caso de crimes comuns, o jul§amento do pedido de afastamento se dá pelo §-;
No caso de crime de responsabilidade, quem julsa é o Legislativo Federal.

.l TNF0RM§-SE
O BusrrrÁ P:: :
_ '1,r ISPCSr-itVO DÂ Pa--_-
t. -: . -tjt Ll Ql_jt

R**nrnn us
qu#st$es iniriu§s

Como se confisurarn os Três Poderes nas repúblicas?


Para a democracia, é importante a separaÇão entre os Três Poderes?
No Brasil, há harmonia entre os Três Poderes?

60
Je res e
', ,la a A{/Ê/yc/Ãpo/,/TlaEtovD///yo
AeoRa
/
É HoRÁ DE llEFLErn SOBRÊ os cillJTÊilDos EsruIlADOs E Á RÊLAÇÀo coM A suÁ MDA
colDiAtuÁ. Ts_lrr-5; _.. _
slol\ilEl'JTO jMPüÊTÁi{T§ D§ ÊEFLEXÁó QUF SUPERÊ ô EsruDü DOs .?NTÊúDos
aa rM s, E eu6 LsE pERMgA pEÀ:sÁÊ _<.-i::
El,l RELAÇA? AS suAS EXPERIÉNC|AS DE vtDA. Asstu, DE*{REVA IAAA ctRCUNSTANttA eLtE vocE pREsENCtolJ ar
\.,,.
:-:
.
f,)UE ESTEJA RELACIONADA A ÂLGUMAS DAS QUESTOES TRABALHADAS NESTE CAPITULO.
=:.:

Êt
g rTrrnffrr§
=

i^--

Com vistas à exemplificação, podemos elaborar um quadro explicativo síntese da divisâo


.,atê _ dos Três Poderes na esfera federal no Brasil e convidamos vocês alunos a trabalharem
com este exercício completando as informações conforme o modelo:

: \l sào? QUEM são? QUEM são?


Supremo Tribunal Federal (STF): colegi-
adolinstância superior do campo jurí-
dico.
. TTRIBU QualATR|BUlçÃO? Qual ATRIBUIçÃO?
-:- Cria, elabora, dialoga e delibera so-
ct, - - bre as leis, cumpre com rigor a fis-
calização do Governo Federal, igual-
mente aprova as contas do governo
., s,3- e as leis orçamentárias.

é o processo ELETIVO? Gomo é o proeesso ELETIVO? Como é o processo ELETIVO?


:ente: indivíduo que foi
a partir da votação ampla,
?i e com voto secÍeto por
s- a a urna eletrônica. Pode
. :itO ra um mandato
:- 0u como funciona? A ARTICU LAçÃO cómã f uncion-?- A ARTICULAçÃO como funciona?
Possui a atribuição de julgar caso haja
crimes sobre a responsabilidade da pre-
sidência da República, assim como de-
&fsE mais cargos públicos do Legislativo.
t-llEh

ENEM (2013) Para que não haja abuso, é preciso organizar as coisas de maneira que o
poder seja contido pelo poder. Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou o mesmo
coÍpo dos principaisn ou dos nobresn ou do povo, exercesse esses três poderes: o de fazer
leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgiar os crimes ou as divergências dos
indivíduos. Assim, criam-se os poderes Leglslativo, Executivo e Judiciário, atuando de
forma independente para a efetivação da liberdade, sendo que esta não existe se uma
mesma pessoa ou grupo exercer os referidos poderes concomitantemente.

MONTESQUIEU, B. Do espírito das /ers. São Pauto Abril Culturat, 7979 (adaptado).

6L
l:)t;(
(]%,..
t4) nÍü'j
i : " sâo e a lndependência entre os poderes são
'' " e' cerdade em L)m Estado.lsso pode ocorrer condições necessárias parague possa
apenas sob um modelo políttco em que ha,6.
a) Exercício de tutda sobre a,DdadesTzrtd/a.te,?/Íba§,
b)I consa{ração do poder potítico pera
autorídade rerigiosa.
c) concentração do poder nas mãos de elites técnico-científicas.
d) Estabelecimento de timites aos atores púbticos e às \nstituições
do governo.
e) Reunião das funções de legislar, julgar e executar
nas mãos de um governante
eleito.

3 ENEM (2oL2) ' um Estado é uma multidão de seres humanos submetida a leis de direito,
Todo Estado encerra três poderes dentro de si, isto é, a vontade
unida em geral consiste
de três pessoa§: o poder soberano (soberania) na pessoa
do lesislador; o poder executivo
na pessoa do governante (em consonância com a lei) e o poder judiciário
(para outorgar
a cada um o que é seu de acordo com a lei) na pessoa do juiz.

KANT, r. A metafísica dos costurnes. Bauru: EDtpRo,2oo3

De acordo com o texto, em um Estado de direito


a) a vontade do governante deve ser obedecida, pois é ele que tem o verdadeiro poder,
b) a lei do legÍslador deve ser obedecida, pois ela é a representação da vontade
seral.
c) o Poder Judiciário, na pessoa do juiz, é soberano, pois é ele que outorga a cada um
o que é seu,
d) o Poder Executivo deve submeter-se ao Judiciário, pois depende dele para validar
suas determinações.
e) o Poder Legislativo deve submeter-se ao Executivo, na pessoa do governante, pois
ele que é soberano.

rGE§ plnn 0/[


- Pn0rffis0ul

BoBBIo, Norberto. Democracia e §egredo. organização Marco Ravelli;


tradução Marco Aurélic
Nosueira. 1o ed. São paulo: Editora Unesp, ZO1S.
cuRsos da Escola virtual de Govern o: https://www.escolavirtuat.§ ov.br/
FIGUEIREDo, Arglelina; LlMONGl, Fernando. Executivo e Legislativo
na nova ordem constitucio
nal. Rio de Janeiro: FGV, tggg.
vIANNA' Luiz werneck. A democracia e os três poderes no Brasil. Belo
Horizonte: Editora da
UFMG/luperj, 2OO2.

62

Você também pode gostar