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O livro “Os 5 Desafios das Equipes” conta a história de uma CEO, Kathryn Petersen,
que assume a equipe executiva da Decision Tec. O que ela não esperava era o nível
de disfunção em que se encontravam seus executivos. Seu desafio era unir uma
equipe tão cheia de conflito e vícios, que ameaçava pôr um fim na empresa.
Ao longo do livro, são abordadas as cinco disfunções ou desafios que são a base das
ameaças das equipes de trabalho. “Nós não estamos funcionando como equipe. Na
verdade somos bem disfuncionais”, é a frase dita pela protagonista da nossa história e
que resume sua análise a respeito da diretoria da Decision Tec. As cinco disfunções,
desenhadas numa pirâmide de cinco níveis, são: (1) “Ausência de confiança” entre os
integrantes da equipe. “A confiança é a base do verdadeiro trabalho em equipe”; No
topo do triangulo está (2) “falta de atenção aos resultados”. Os resultados devem ser
uma conquista da equipe como um todo e não de um indivíduo apenas; acima da base
está o (3) “medo do conflito”, que gera uma harmonia artificial, e faz com que as
pessoas fiquem frustradas porque engolem tudo e ficarem remoendo; (4) “falta de
comprometimento” é a próxima disfunção, que é o resultado das pessoas não
externarem suas opiniões e de não se sentirem ouvidas. Isso faz com que
simplesmente elas não embarquem na visão; o quinto desafio ou disfunção é (5)
“evitar responsabilidade”, para evitar o desconforto interpessoal porque não quer
passar pelo desgaste de chamar colegas à responsabilidade.
Lencioni dedica uma parte do livro para falar sobre “compreender e superar as cinco
disfunções”, como se segue: (1) Para “ausência de confiança”, os colegas precisam se
sentir à vontade para se mostrar vulneráveis diante dos outros. Cada membro da
equipe deve se tornar vulnerável diante dos outros; (2) para superar a disfunção
“medo do conflito”, o autor sugere que identifiquemos o que é um conflito ideológico
produtivo das brigas destrutivas e políticas interpessoais. As equipes que se envolvem
em conflito produtivo sabem que o único meio é encontrar a melhor solução possível
no menor período de tempo; (3) Para a terceira disfunção, “falta de
comprometimento”, devem ser resolvidas as duas maiores causas dessa disfunção, que
são o desejo do consenso e a necessidade da certeza. Ainda que não exista consenso
total, as pessoas só precisam saber que suas opiniões foram ouvidas e consideradas.
Grandes equipes se unem em torno de decisões claras; (4) para vencer “evitar a
responsabilidade”, os membros da equipe devem demonstrar respeito mútuo e
alimentarem uma expectativa quanto ao desempenho de cada um. Calar-se deteriora a
equipe, surtindo exatamente o efeito que se queria evitar; (5) para a “falta de atenção
aos resultados”, a equipe deve concentrar-se em resultados, em status da equipe e
individual. Muitas equipes não têm foco nos resultados.
O livro é um brilhante manual para equipes executivas. Qualquer equipe está sujeita a
embates e conflitos uma vez que cada integrante tem seus vícios, experiências
pessoais, ideologias e aspirações. O líder deve trabalhar num ponto de convergência
levando em conta universos tão diferentes, além de catalisar os potenciais
apresentados em cada integrante da equipe. O trabalho que a protagonista Kathryn
Petersen desenvolve é no mínimo perturbador quando confrontado com as atitudes
que temos desenvolvido em nosso dia a dia. Uma boa equipe precisa de um líder
corajoso, que saiba se posicionar com firmeza diante de seus integrantes, fazendo-os
enxergar suas deficiências e indicando-lhe os melhores caminhos para superá-las. O
líder, conforme mostrado no livro comentado, deve ser incisivo, firme, transparente e
disposto a investir na equipe de trabalho como prioridade. O desempenho na forma de
resultado financeiro é uma consequência do comportamento da equipe.
1. Falta de Confiança - difícil para uma pessoa admitir suas fraquezas publicamente,
ainda mais com pessoas com as quais precise conviver e cooperar sem escolha, como
no trabalho. A auto-defesa humana nos faz assim.
5. Falta de Foco nos Resultados - muita gente se distrai das metas. Por metas
pessoais, de carreira ou financeiras, e perde-se o foco do resultado do grupo.
Antídoto: com confiança mútua, conflitos geridos com construtividade, compromisso
com o grupo e responsabilização por seus atos, os resultados podem ser alcançados.
As metas precisam ser autoexplicativas e simples de guardar. A relação entre as ações
e tarefas diárias com as metas também devem ser óbvias e transparentes a todos. Só
assim há espaço para o compromisso, responsabilidade de cada um com o resultado
do grupo.
O autor enfatiza que "nem todo grupo é um Time". Para ser um Time, o grupo deve
possuir em comum: Metas, Recompensas e Responsabilidades. Seus membros devem
priorizar os benefícios Coletivos em detrimento dos Individuais.
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