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Desidratação

Desidratação é uma doença potencialmente grave que se caracteriza pela baixa concentração não só
de água, mas também de sais minerais e líquidos orgânicos no corpo, a ponto de impedir que ele
realize suas funções normais. A enfermidade pode ser secundária a diarreias agudas e afetar pessoas
de todas as idades, mas é mais perigosa para as crianças (especialmente recém-nascidos e lactentes)
e para os idosos.

CAUSAS DE DESIDRATAÇÃO

A desidratação ocorre se a água eliminada pelo organismo através da respiração, suor, urina, fezes e
lágrimas, não for reposta adequadamente. Isso pode acontecer quando a ingestão de líquidos é
insuficiente, nos quadros de vômitos, diarreias e febre, nos dias de muito calor por causa da
transpiração excessiva, nos portadores de diabetes em função do aumento do número de micções e
pelo descontrole no uso de diuréticos.

SINTOMAS DA DESIDRATAÇÃO

A desidratação pode ser classificada, segundo o grau de gravidade, em leve, moderada e grave. São
sinais clássicos da desidratação leve e moderada a sede exagerada, boca e pele secas, olhos fundos,
ausência ou pequena produção de lágrimas, diminuição da sudorese e, nos bebês, a moleira
afundada. Dor de cabeça, sonolência, tonturas, fraqueza, cansaço e aumento da frequência cardíaca
também podem estar associados aos episódios de desidratação.
Além desses sintomas, que se intensificam com o agravamento do quadro, nos casos de
desidratação grave, podem surgir outros, como queda de pressão arterial, perda de consciência,
convulsões, coma, falência de órgãos e morte.
Diagnóstico de desidratação

O diagnóstico de desidratação baseia-se essencialmente na avaliação clínica, mas pode ser


necessário realizar alguns exames simples de sangue, fezes e urina para identificar a causa e o grau
de gravidade da enfermidade.
Tratamento da desidratação
O leite materno é o recurso ideal para o tratamento da desidratação nos primeiros seis meses de vida
da criança. Depois, independentemente da idade, nos casos de desidratação leve e moderada, beber
muita água filtrada ou fervida em goles pequenos e intervalos curtos pode ser o suficiente para
reidratar o organismo. É importante também manter a pessoa em ambiente com temperatura amena
para evitar a perda de água pelo suor.
Nos casos de desidratação grave, que podem ocorrer de uma hora para outra, a reidratação deve ser
feita com o soro oral distribuído gratuitamente nos postos de saúde e à disposição nas farmácias.
Esse soro pode ser preparado em casa e tem validade de 24 horas depois de diluído em água.
Se houver dificuldade para conseguir o soro para a reidratação nos postos de saúde, é possível
preparar o soro caseiro, nas seguintes proporções: 1 litro de água filtrada ou fervida, uma colher
rasa de chá de sal e duas colheres rasas de sopa de açúcar.

Recomendações
 Beba bastante líquido, pelo menos dois litros por dia;
 Verifique se as crianças e os idosos estão tomando a quantidade de líquido necessária para
manter a boa hidratação do organismo. Nessas faixas de idade, muitas vezes, eles se
esquecem de fazê-lo;
 Use roupas leves e evite a exposição direta ao sol nos dias muito quentes;
 Não pratique exercícios físicos nas horas mais quentes do dia;
 Lave bem as mãos antes das refeições e depois de ter usado o banheiro;
 Certifique-se de que os alimentos que serão ingeridos crus foram corretamente preparados

Tipos de desidratação
Além da sede, outros sintomas podem sinalizar a falta da água e dos principais sais
minerais em nosso corpo. Conheça os tipos de desidratação.

O problema acomete mais crianças e idosos, porém muitos adultos


também sofrem com a desidratação. São três tipos de desidratação:
isotônica, hipertônica e hipotônica.

Você certamente já passou por alguma situação em que teve muita


vontade de beber um copo de água. Pois saiba que neste momento o
seu corpo já estava sinalizando o primeiro — e mais claro — sinal da
desidratação, condição fisiológica caracterizada pela falta de
reposição desse líquido tão valioso.
O problema acomete mais crianças e idosos, porém muitos adultos
também sofrem com a desidratação. Em circunstâncias normais, uma
pessoa chega a perder 2,5 litros de água por dia, seja por
transpiração, expiração do ar, pela urina e até por evacuações ou
perdas fecais (quando o indivíduo evacua involuntariamente). Em
muitos casos, porém, a água e os eletrólitos corpóreos perdidos não
são repostos na medida da perda, o que pode ocasionar problemas
graves e até levar à morte.
Além da sede, outros sintomas podem sinalizar a falta da água e dos
principais sais mineiras em nosso corpo. De acordo com a pediatra
Manuela Torres, nos casos leves a moderados, os principais sintomas
são sede, olhos encovados, boca seca, diminuição de lágrimas e da
urina, sonolência, entre outros. Nos casos mais graves, há
intensificação desses sintomas podendo existir queda da pressão
arterial e alterações importantes do sistema nervoso central, como
confusão mental e delírios.
Dependendo da taxa de perda de água em relação aos eletrólitos, a
desidratação pode ser classificada em três tipos:
Isotônica: É o tipo mais comum da desidratação, principalmente em
crianças, e caracteriza-se por uma perda proporcional de água e sódio
por meio de vômitos e diarreias.
Hipertônica: Segundo tipo mais recorrente. Acontece quando a
proporção de água perdida é maior que a de sódio. Acomete mais
pessoas com diabetes, e representa aproximadamente 10% a 20%
de todos os casos pediátricos de desidratação com diarreia. Febres
prolongadas, sudorese intensa, baixa administração de água,
hiperglicemia, dietas sem reposição correta e diarreias intensas são as
causas desse tipo.
Hipotônica: Bastante incomum em adultos e idosos, mas representa
de 10% a 15% dos casos pediátricos de desidratação com diarreia.
Neste caso, ocorre perda maior de sódio do que de água. As
alterações gastrointestinais ou renais, má nutrição, uso de diuréticos
sem reposição adequada de sais são alguns dos fatores que podem
desencadear a desidratação hipotônica.

“O tratamento para esses tipos de perda vai depender da idade,


intensidade e a causa da desidratação. O uso de soluções de
reidratação oral, com quantidades adequadas de água, sais minerais e
glicose sempre deve ser orientado para pacientes com desidratação
leve ou moderado. Nos casos mais graves, essa reposição deve ser
realizada pela endovenosa”, explica Manuela Torres.
No caso das crianças, que tendem a sofrer mais com diarreias, os pais
devem evitar o uso de líquidos inadequados para a reposição como
refrigerantes e bebidas esportivas. “Nesses casos, recomenda-se
utilizar soluções de reidratação oral, sempre com orientação médica”,
finaliza.

Como preparar soro caseiro em caso de diarreia

A diarreia é caracterizada pelo aumento do número de evacuações e fezes amolecidas ou


líquidas. É importante hidratar-se constantemente durante as crises porque a diarreia é a
segunda maior causa de morte de crianças no mundo, segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS). A cada dia, 15 crianças morrem
vítimas desse quadro no Brasil.

Em 1 litro de água mineral, água filtrada ou fervida (mas já


fria), misture 1 colher de sopa de açúcar (20 g) e 1 colher de
café de sal (3,5 g). Mexa bem e ofereça ao doente em
colheradas ao longo do dia.

FONTE: DR. DRAUZIO VARELA


MINISTÉRIO DA SAÚDE
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