Você está na página 1de 11

1

CARÊNCIA DE NUTRIENTES

DESIDRATAÇÃO

A desidratação é um distúrbio decorrente da perda de água e eletrólitos freqüente nas crianças


com diarréia e/ou vômitos. Um complexo sistema hidroregular e neuroendócrino tenta manter o
equilíbrio (homeostase) entre a ingestão e a eliminação de água e sais. As decorrentes podem ocorrer
nos compartimentos:
 Extravascular (vascular e intersticial);
 Intracelular;
A perda do líquido vascular prejudica diretamente duas funções vitais: a circulação e a diurese.
O déficit de líquido intracelular põe em perigo a própria estrutura das células. Diante de uma
desidratação, o sistema hidrorregulador tenta limitar as perdas do líquido intersticial mantendo, dentro
do possível, a integridade dos outros dois. Isto é possível, pois estes outros dois compartimentos
possuem taxas elevadas de proteínas, com seu conhecido papel de retenção de água – pressão
coloidosmótica.

TIPOS DE DESIDRATAÇÃO AGUDA

 Desidratação Isotônica;
 Desidratação Hipotônica;
 Desidratação Hipertônica;

Desidratação Isotônica

É a forma mais comum (70-90% dos casos), tendo como etiologia principal à diarréia e os
vômitos. É caracterizada por perdas proporcionais de água e eletrólitos.

Quadro clínico

Na desidratação hipotônica perde-se água e eletrólitos em proporções quase iguais, não


havendo grandes diferenças de osmolaridade entre os meios intra e extra celulares. Isto é, não há
passagem significativa de líquidos de um compartimento para o outro. As manifestações clínicas
variam de acordo com a intensidade das perdas hídricas.
São sinais de espoliação do líquido intersticial: perda de peso, depressão da fontanela, olhos
encovados, mucosas secas, diminuição da elasticidade cutânea, do turgor e do tônus muscular.

 alterações do estado geral.


Os sinais de espoliação do líquido vascular caracterizam-se por:

 inquietude.
 ansiedade.
 prostração;
 palidez;
 colapso circulatório: extremidades frias e cianóticas, pulso rápido e fraco, diminuição da
área cardíaca, oligúria ou anúria.
Com base na intensidade dos sinais clínicos, a desidratação pode ser classificada, quanto à
gravidade em três graus:
Primeiro Grau ou Leve: sinais discretos de espoliação do líquido intersticial: 3 a 5% de perda
de peso;
Segundo Grau ou Moderada: sinais mais evidentes: 6 a 9% de perda de peso;
Terceiro Grau ou Grave: sinais muito evidentes de espoliação (intersticial e vascular), sinais de
choque: maior ou igual a 10% da perda de peso.

Inhumas-GO, 24 de maio de 2015.


Aluna: Valdilha Ribeiro Castro Turma: 5º Período de Enfermagem
Professora: Elma Matéria: Educação Alimentar
2
CARÊNCIA DE NUTRIENTES

Desidratação Hipotônica

É a forma mais grave de desidratação e corresponde a 8-20% dos casos. Caracteriza-se por uma
perda de eletrólitos superior a de água.
Tem como principais causas: a diarréia e os vômitos em crianças com desnutrição grave,
respirações com soluções hipotônicas e perdas excessivas de suco gástrico. A desidratação hipotônica

 sódio plasmático abaixo de 130mEq/L;


apresenta os seguintes achados:

 osmolaridade plasmática menor do que 280mOsm/L;


 maior perda de eletrólitos do que de água;
 diminuição de sódio no LEC;
 entrada de água para o LIC.

Quadro Clínico

Como a perda de eletrólitos é maior do que a de água, o meio extracelular se encontra


hipotônico em relação ao intracelular. Com isto há passagem de líquido para o interior das células,
sendo assim, as perdas são para o meio externo e para o meio intracelular. O edema de células do
sistema nervoso central se manifesta como agitação, convulsão e coma.
Além disto, a criança apresenta sinais nítidos de espoliação do líquido vascular choque e anúria
associados a sinais intensos de espoliação do líquido intersticial (turgor pastoso).
Observe: ausência de sede, mucosas úmidas e presença de sinais neurológicos.

DESIDRATAÇÃO HIPERTÔNICA

É uma outra forma perigosa de desidratação corresponde a 2-10% dos casos. Observa-se perda
de água maior do que a de eletrólitos.
As principais causas são: reposição com soluções hipertônicas, diabetes insipidus e uso de
diuréticos osmóticos.

 sódio plasmático acima de 150mEq/I;


Os principais achados são:

 osmolaridade plasmática maior do que 310mOsm/L;


 maior perda de água do que de eletrólitos;
 maior concentração de sais no LEC;
 saída de água do LIC;
 desidratação intracelular.

Quadro clínico

Nesta situação o líquido extracelular apresenta osmolaridade superior a do líquido intracelular.


Com isto há passagem de água do meio intracelular para o meio extracelular. A desidratação
intracelular é manifesta como febre alta, sede intensa, irritabilidade, meningismo, convulsões e
coma.
Apresenta-se em recém nascidos ou lactentes jovens (2-3 meses), com sede intensa e poucos
sinais clássicos de desidratação.
Se após essa etapa, a criança continuar desidratada, administrar mais 25 a 50 ml/kg de peso em
duas horas.
Deve-se assegurar um acesso venoso adequado (agulhas calibrosas, dois acessos venosos
simultâneos), que garantam a infusão do volume total prescrito, no máximo, em quatro horas.

Inhumas-GO, 24 de maio de 2015.


Aluna: Valdilha Ribeiro Castro Turma: 5º Período de Enfermagem
Professora: Elma Matéria: Educação Alimentar
3
CARÊNCIA DE NUTRIENTES

A fase de expansão (rápida) termina quando há melhora clínica da criança, com


desaparecimento dos sinais de desidratação.
Nesta fase, é muito importante a reavaliação da criança, pelo menos a cada hora, pelo
profissional de saúde.

SAIS MINERAIS

Os minerais são nutrientes com função plástica e reguladora do organismo. Eles são tão
importantes quanto às vitaminas e, sem eles, o nosso organismo não realiza, de forma eficaz, as funções
metabólicas. Dos 28 minerais existentes, apenas 12 são essenciais e podem ser divididos em dois
grupos, de acordo com a sua necessidade diária:

 Macrominerais: são aqueles cuja necessidade diária é maior que 100 mg. Suas funções principais
estão ligadas à estrutura e formação dos ossos, regulação dos flúidos corporais e secreções
digestivas. Ex: cálcio, fósforo, magnésio, cloreto, sódio e potássio.
 Microminerais ou elementos traço: são aqueles que possuem necessidade inferior a 100 mg por
dia, como é o caso do ferro, zinco, selênio, cobre, iodo e manganês. As funções destes minerais
estão relacionadas à reações bioquímicas, ao sistema imunológico e ação antioxidante.

FALTA DE SAIS MINERAIS

ANEMIA FERROPRIVA

A anemia é definida pela baixa em quantidade ou em tamanho dos glóbulos vermelhos


saudáveis. A produção de glóbulos vermelhos depende em parte do ferro sanguíneo, responsável
também pela produção dahemoglobina e pelo transporte de oxigênio para os tecidos. Em certas
condições, o organismo não dispõe de ferro em quantidade suficiente e isso produz uma anemia por
deficiência de ferro, por isso dita ferropriva, ferropênica ou sideropênica.

Causa

Os glóbulos vermelhos, também conhecidos como hemácias ou eritrócitos, são produzidos


pela medula óssea e duram na circulação por três a quatro meses e então são eliminados e substituídos
por novos. Como o ferro é um componente importante na formação das hemácias, ele tem que ser
permanentemente suprido pela dieta, embora a maior parte das necessidades de ferro seja suprida pela
reutilização do ferro dos antigos glóbulos vermelhos.
A anemia ferropriva é o tipo mais comum entre as anemias, sendo responsável por 90% delas.
Quando ocorre uma deficiência de ferro no organismo, há falta de matéria-prima para a formação
da hemoglobina doseritrócitos. A incapacidade de produzir hemácias provoca a anemia. A deficiência
de ferro no organismo pode ocorrer por perdas decorrentes de sangramentos, em virtude de o
organismo, em certas condições, necessitar de mais ferro do que o normal
(crescimento, gravidez, amamentação, etc.), de má absorção (geralmente noduodeno ou jejuno), de
ingestão deficiente, da infestação por parasitas que expoliam o ferro ou da hematúria(perda
de sangue pela urina).

Principais sinais e sintomas

Na maioria das vezes, os sintomas são leves no início e acentuam-se aos poucos. Se
a anemia for muito branda, é possível que nem cause sintomas. Quando eles existem podem começar
sendo: mau humor, fraqueza ou cansaço, dores de cabeça, dificuldades de concentração ou raciocínio.
Inhumas-GO, 24 de maio de 2015.
Aluna: Valdilha Ribeiro Castro Turma: 5º Período de Enfermagem
Professora: Elma Matéria: Educação Alimentar
4
CARÊNCIA DE NUTRIENTES

À medida que a anemia progride, pode aparecer: coloração azulada no branco


dos olhos, unhas frágeis, tontura ao levantar-se, palidez, falta de ar,língua dolorida, infecções mais
frequentes, mãos e pés frios, batimentos cardíacos mais acelerados, falta de apetite e desejos incomuns
de ingerir certas substâncias não-nutritivas. As anemias ferroprivas podem afetar também o
desenvolvimento físico e mental das crianças, acarretando diminuição da capacidade cognitiva e do
rendimento escolar. As condições que causam deficiência de ferro podem manifestar-se por fezes
escuras, cor de canela, sangramento menstrual intenso, dores no abdome, perda de peso, por exemplo.

Tratamento

O principal tratamento é restabelecer uma alimentação rica em ferro e tomar suplementos de


ferro, habitualmente, sais ferrosos, como sulfato, gluconato, fumarato ou succinato. No entanto, deve-
se primeiro investigar as causas da anemia. Mulheres grávidas ou amamentando precisam ingerir doses
extras de ferro, porque geralmente sua dieta normal não cobre as suas necessidades. Alguns alimentos
ricos em ferro são: carne de frango e peru, lentilhas, ervilhas e feijões, peixes, carnes
vermelhas, fígado (a fonte mais rica em ferro), amendoim, soja, pão integral, aveia, passas, ameixas,
damasco, espinafre, couve e outras verduras, especialmente as verde escuras. Casos graves, que
estejam a requerer uma recuperação rápida, podem ser tratados com injeções intramusculares ou
intravenosas de ferro.

BOCIO ENDÊMICO

O bócio é definido como qualquer aumento do volume tireoidiano, podendo ser classificado da

 difuso ou nodular;
seguinte forma:

 atóxico (simples – função tireoidiana normal) ou tóxico (hipertireoidismo*);


 benigno ou maligno;
 endêmico (quando afeta mais de 5% da população) ou esporádico;

Bócio coloide é o termo aplicado ao bócio atóxico difuso, uma vez que, nessa condição, há
folículos aumentados e repletos de coloide.
Bócio subesternal ou retroesternal é o termo utilizado para definir bócios que apresentam
crescimento para dentro da cavidade torácica. Eles podem ocasionar a obstrução de estruturas
adjacentes.

Causa

A deficiência de iodo na dieta é a principal causa do bócio endêmico, que ocorre nas áreas
iodoprivas.

Principais sinais e sintomas

O bócio geralmente é diagnosticado no exame físico de rotina ou quando o indivíduo ou seus


familiares percebem um aumento de volume no pescoço. O paciente também pode relatar uma
sensação de pressão ou desconforto. Se a função tireoidiana está preservada, a maioria dos casos de
bócio é assintomático.
Na realização de exame da tireoide, pode-se constatar os seguintes aspectos conforme o tipo de
bócio:

Inhumas-GO, 24 de maio de 2015.


Aluna: Valdilha Ribeiro Castro Turma: 5º Período de Enfermagem
Professora: Elma Matéria: Educação Alimentar
5
CARÊNCIA DE NUTRIENTES

Bócio difuso: aumento simétrico, indolor, geralmente com textura suave e sem nódulos
palpáveis.
Bócio multinodular atóxico: arquitetura tireoidiana distorcida e múltiplos nódulos de
tamanhos variados à palpação.
Bócio subesternal: dificuldade em palpar a borda inferior da tireoide.

Tratamento

O tratamento de bócio objetiva excluir disfunção tireoidiana e doenças malignas. Pacientes


assintomáticos podem ser observados conservadoramente com avaliações clínicas periódicas. É
possível utilizar a ultrassonografia para monitorar o tamanho do aumento da tireoide. Pacientes com
sintomas de compressão traqueal, obstrução da entrada do tórax, suspeita de malignidade e com
interesses estéticos podem realizar cirurgia. Já os pacientes com deficiência de iodo devem receber
suplementação com administrações intramusculares e orais. Além disso, medidas muito utilizadas em
países desenvolvidos são os programas de prevenção, com adição de iodo a alimentos, tais como sal,
pão ou água.
Outra opção de tratamento é a terapia com iodo radioativo, a qual tem demonstrado redução do
tamanho do bócio em uma média de 50% em um período de 12 a 24 meses. O tratamento com
levotiroxina para suprimir os níveis de TSH não é recomendado, uma vez que é efetivo para diminuição
de bócios em apenas uma minoria dos pacientes e introduz risco de tireotoxicose.
O manejo do bócio multinodular tóxico é discutido no Capítulo Hipertireoidismo.

Carie Dentária

A cárie dentária é uma doença infecciosa transmissível, de origem bacteriana, que se caracteriza
pela destruição localizada dos tecidos dentários, formando uma cavidade no dente, a qual, se não
tratada, pode progredir até destruí-lo totalmente. Acomete grande parte da humanidade, com certo
predomínio em algumas áreas, dependendo da alimentação, utilização do flúor, higienização dos
dentes e de fatores genéticos.

Causa

As cáries dentárias constituem uma doença infecciosa oportunista crônica, de causas


multifatoriais e são efetivadas especialmente pelos ácidos lático (principalmente), acético, butírico,
propiônico e outros, produzidos pela fermentação ocasionada pelas bactérias que vivem na boca, de
resíduos alimentares carbohidratados, contidos na dieta. A queda do pH causada por esses ácidos
ocasiona dissolução do esmalte dos dentes e transporta o cálcio e o fosfato para o meio ambiente bucal,
retirando-os dos dentes e favorecendo o aparecimento das cáries. Quando não se escova corretamente
os dentes, acumulam-se sobre eles restos de alimentos, que, junto com as bactérias, aderem-se a eles
formando uma placa, na qual as bactérias transformam o açúcar contido nesses resíduos em ácidos
corrosivos, originando as cáries propriamente ditas. A principal dessas bactérias é o Streptococcus
mutans. A mistura dos ácidos que elas ajudam a formar, dos resíduos de comida e da saliva forma
a placa bacteriana, uma substância pegajosa que adere ao dente e, se não removida, se mineraliza e
forma o tártaro (ou cálculo dental) e, então, as cáries não só aparecem, como se proliferam.
Os alimentos pegajosos também aderem com facilidade à superfície dos dentes e por isso são
mais prejudiciais do que os não pegajosos. As pessoas com a síndrome de xerostomia (boca seca ou
falta de saliva) têm maior propensão para cáries porque ficam privadas da proteção que a saliva confere
ao ambiente bucal.
Sinais e Sintomas

Inhumas-GO, 24 de maio de 2015.


Aluna: Valdilha Ribeiro Castro Turma: 5º Período de Enfermagem
Professora: Elma Matéria: Educação Alimentar
6
CARÊNCIA DE NUTRIENTES

Durante muito tempo as cáries evoluem assintomaticamente. Normalmente elas só provocam


dor de dentequando crescem muito e afetam os nervos (principalmente após ingerir alimentos ou
bebidas doces, quentes ou frios); mau hálito e/ou fraturas no dente. Se não forem tratadas,
as cáries poderão dar origem a um abscessoósseo ou mesmo à perda do dente. Os sinais mais
chamativos das cáries são pontos escuros ou orifícios visíveis nos dentes, geralmente também de cor
escura.

Tratamento

O tratamento das cáries depende de sua localização e extensão e pode ser feito por vários meios:
 Obturações: o material deteriorado é removido dos dentes pelo dentista, com uma broca
apropriada, criando uma cavidade asséptica que é preenchida por uma liga de prata, ouro, por
porcelana ou resina composta.
 Coroas: chama-se “coroa” quando se substitui toda a parte superior do dente, se ela estiver
muito deteriorada, por uma peça equivalente de prata, ouro, porcelana ou porcelana ligada a
uma estrutura metálica resistente.
 Tratamento de canal: faz-se o tratamento de canal se o nervo de um dente morrer devido a uma
cárie (oulesão). O centro do dente é removido e as raízes dele são preenchidas com um material
de vedação. Se necessário, coloca-se uma coroa sobre as raízes do dente.

Glicídeo

Os tão famosos carboidratos também podem ser chamados de glicídios. As moléculas orgânicas
dão aquele gás e energia para fazer as atividades diárias. Encontradas em pães, massas, arroz e
outros alimentos, essas substâncias são consideradas vilões da dieta.

Doença causadas por excesso ou falta de glícídeo

Carência:



Emagrecimento;


Depressão;


Alteração metabólica;
Apatia.

Excesso:

 Aumento de massa gorda;


 Stress Oxidativo;
 Diabetes.

Lipídeos

Os lipídeos, mais conhecidos como gorduras, são um grupo de heterogêneos de compostos


que incluem os óleos e gorduras normais, ceras e componentes correlatos encontrados em alimentos e
corpo humano.

Proteinas:
Inhumas-GO, 24 de maio de 2015.
Aluna: Valdilha Ribeiro Castro Turma: 5º Período de Enfermagem
Professora: Elma Matéria: Educação Alimentar
7
CARÊNCIA DE NUTRIENTES

Uma dieta pobre em proteína provoca a atrofia e a redução dos neurônios do gânglio celíaco,
uma parte do sistema nervoso simpático fundamental. É ele que inerva os neurônios da parede do
intestino delgado, porção que realiza os movimentos peristálticos e o controle da absorção de
nutrientes.

DOENÇAS CAUSADAS PELA FALTA DE PROTEÍNA

A doença causada pela deficiência protéica, devido à desnutrição nos países do terceiro mundo
é chamado kwashiorkor. Esta doença é encontrada principalmente em crianças. O desmame dos
alimentos é visto como falta proteínas ou tem uma má qualidade de proteína. Segundo a infopedia: “O
kwashiorkor é uma doença que pode ser enquadrada no grupo das síndromas de má nutrição. A sua
origem deve-se a uma dieta desequilibrada, pobre em prótidos, muito embora possa existir uma
ingestão diária suficiente de calorias, provenientes de outras fontes alimentares, como, por exemplo,
os glícidos.”
Tratamento das vítimas de kwashiorkor tem falha na produção de anticorpos tais como os que
combatem a difteria e a febre tifoide. Comumente, a doença pode ser combatida com
uma dieta equilibrada, rica em proteínas e vitaminas, como grãos, laticínios, legumes e sementes
oleaginosas como nozes e amêndoas; entretanto, o índice de mortalidade pode ser maior que 60% e,
por outras vias, pode gerar um impacto a longo prazo no desenvolvimento físico da criança e, nos
casos mais severos, o retardamento mental.
Marasmo é outra condição de um desperdício de distância do corpo tecidos a partir da falta de
proteína na dieta. Deficiência protéica também inibe o crescimento e desenvolvimento adequado de
crianças. "Marasmo é a desnutrição proteicocalórica do tipo seco, é uma desnutrição por falta de e em
um paciente muito magro. Esta condição é resultado da fome por escassez de alimentos. Em seu
tratamento deve-se prover uma dieta com proteínas de alto valor biológico e calorias adequadas para
que aproveite o presente na proteína.” O marasmo é causaso pela falta de alimentos ricos em, sais
minerais e vitaminas. O indivído que adquire essa doença apresenta diversos sintomas, dentre eles:
baixa estatura, fica muito magra, com frequência adquire outras doenças, fica com a pele ressecada e
descamante, tem os músculos reduzidos e está sempre com fome. A doença tem esse nome porque o
enfermo não possuir disposição para realizar suas atividades.
Por tanto, a deficiência de proteínas pode provoca vários problemas como perda de peso,
fraqueza, diminuição do tecido muscular e edema. Outras síndromes incluem anormalmente baixos de
pressão arterial, frequência cardíaca anormalmente baixa, anemia, pigmentação da pele, taxa de
metabolismo diminui. A falta de proteínas provoca atrofiamento (falta de desenvolvimento) dos
músculos, aumento do ventre (através da retenção de líquidos), diminuição na resistência às doenças
e atraso.

VITAMINA C

A vitamina C é um nutriente essencial necessário para várias reações metabólicas. Os seres


humanos não fabricam vitamina C, a qual é obtida pela alimentação e suplementos vitamínicos. A falta
de vitamina C no organismo causa escorbuto. Vitamina C também é um antioxidante, o que significa
que tem capacidade de proteger o organismo dos danos provocados pelo estresse oxidativo. As
necessidades diárias de vitamina C são atualmente tema de debate.

ESCORBUTO

Inhumas-GO, 24 de maio de 2015.


Aluna: Valdilha Ribeiro Castro Turma: 5º Período de Enfermagem
Professora: Elma Matéria: Educação Alimentar
8
CARÊNCIA DE NUTRIENTES

O escorbuto é resultante da falta de vitamina C. Sem a vitamina C o colágeno sintetizado é


muito instável para desempenhar sua função. Escorbuto ocasiona a formação de feridas na pele,
gengiva esponjosa e sangramento das membranas mucosas. As feridas são mais abundantes nas coxas
e pernas. No estágio avançado do escorbuto há feridas supuradas abertas, perda dos dentes, e
eventualmente morte.

RAQUITISMO

Raquitismo é uma condição que afeta o desenvolvimento dos ossos em crianças. Isso faz com
que os ossos se tornem suaves e fracos, o que pode levar a deformidades ósseas.
Raquitismo em adultos é conhecido como osteomalacia ou ossos moles.
A causa mais comum de raquitismo é a falta de vitamina D e cálcio. A vitamina D é obtida em grande
parte a partir da exposição da pele à luz solar, mas também é encontrado em alguns alimentos, tais
como óleo de peixe e ovos. Já o cálcio é encontrado em alimentos como leite e seus derivados.
Em casos raros, a criança pode nascer com uma forma genética de raquitismo. Pode também
desenvolver-se a partir de outra condição que afeta o modo como as vitaminas e os minerais são
absorvidos pelo organismo.

Sintomas de raquitismo

Sinais e sintomas de raquitismo podem incluir:


 Atraso no crescimento
 Dor na coluna vertebral, pélvis e pernas
 Fraqueza muscular.

Pelo fato do raquitismo suavizar as placas de crescimento nas extremidades dos ossos de uma
criança, pode causar deformidades esqueléticas, tais como:
 Pernas arqueadas
 Pulsos e tornozelos engrossados
 Projeção do esterno.

OSTEOMALÁCIA

Osteomalacia é o enfraquecimento e desmineralização de ossos maduros, geralmente devido


a uma deficiência de vitamina D (na criança essa mesma situação causa raquitismo).
O crescimento do osso normal requer um aporte adequado de cálcio efósforo através da alimentação,
mas o organismo não consegue absorver estes minerais sem que haja uma quantidade suficiente
devitamina D. O organismo obtém esta vitamina de certos alimentos e precisa de luz solar sobre a pele
para processá-la adequadamente.

Causa

A osteomalacia é geralmente causada por qualquer dos seguintes fatores, isoladamente ou em


conjunto: insuficiente aporte de vitamina D na dieta (por falta de manteiga, margarina enriquecida,
peixe, ovos, ou óleo de fígado de peixe), exposição ao sol insuficiente ou insuficiente absorção de
vitamine D ao nível do intestino, que pode ser devida a uma doença, como a doença celíaca, ou a
ressecções cirúrgicas de grande parte do intestino. Entre as causas raras, contam-se a insuficiência
renal, aacidose (acidez aumentada dos fluídos orgânicos) e certas doenças metabólicas hereditárias.

Inhumas-GO, 24 de maio de 2015.


Aluna: Valdilha Ribeiro Castro Turma: 5º Período de Enfermagem
Professora: Elma Matéria: Educação Alimentar
9
CARÊNCIA DE NUTRIENTES

A osteomalacia é rara nos países desenvolvidos. As pessoas mais frequentemente afetadas são as que
têm habitualmente uma alimentação pobre ou desequilibrada, os idosos e deficientes que não saem de
casa todos os dias.

Sinais e Sintomas

A osteomalacia causa dores nos ossos (osteopenia), principalmente na coluna vertebral e ossos
da pernas e pélvis, fraqueza muscular e, se o teor de cálcio no sangue for muito
baixo, tetania (espasmos musculares) nas mãos, pés e garganta. Quanto mais tempo nessa condição,
mais frágeis os ossos se tornam.

Tratamento

O tratamento caso não envolva problema hormonal ou transtornos digestivas consiste apenas
na administração de uma dieta rica em vitamina D e na administração regular de um suplemento de
vitamina D e cálcio. Estes suplementos habitualmente tomam-se por ingestão de preparados
farmacêuticos; mas se estes não são absorvidos pelo intestino, então administram-se por via
parentérica (injecções). O acompanhamento é feito através de exames de sangue mensais e pode durar
6 meses.

VITAMINA K

Vitamina K (o K é de "Koagulations-Vitamin", vitamina de coagulação em alemão) denota um


grupo de vitaminas que são necessárias para a modificação de certas proteínas e requeridas para a
coagulação sanguínea. Vitamina K2 é normalmente produzida por bactérias nos intestinos e sua
deficiência é extremamente rara, a menos que os intestinos estejam fortemente prejudicados ou
incapazes de absorver a molécula.

Falta de Vitamina K

A deficiência de vitamina K pode ocorrer devido a problemas intestinais (como os que ocorrem
com a obstrução do duto da bile), ingestão terapêutica ou acidental de antagonistas da vitamina K, ou
bem raramente por falta de vitamina K na nutrição. Deficiência de vitamina K pode ocasionar risco de
sangramento descontrolado, calcificação da cartilagem, má formação grave de osso em
desenvolvimento ou depósito de sais de cálcio insolúveis nas paredes das artérias.
A vitamina K tem importância desempenhando papel na regulação de três processos

 Coagulação sanguínea;
fisiológicos:

 Metabolismo ósseo;
 Biologia vascular.

Fontes de Vitamina K

Fontes de vitamina K incluem vegetais verdes folhosos (como espinafre e alface), repolho,
brócolis, couve-flor, germe de trigo, carne de órgãos, cereais, banana, abacate, kiwi, laticínios, ovos e
soja.

Vitamina B

Inhumas-GO, 24 de maio de 2015.


Aluna: Valdilha Ribeiro Castro Turma: 5º Período de Enfermagem
Professora: Elma Matéria: Educação Alimentar
10
CARÊNCIA DE NUTRIENTES

As vitaminas do complexo B são oito vitaminas solúveis em água que desempenha papeis
importantes no metabolismo celular. No passado achava-se que as vitaminas do complexo B eram um
única vitamina. Posteriormente, pesquisas mostraram que são vitaminas quimicamente distintas que
freqüentemente coexistem nos mesmos alimentos.
Suplementos que contêm todas as oito vitaminas são geralmente referidos como complexo B.
Suplementos de vitamina B individuais são referidos pelo nome específico de cada vitamina (B1, B2,
B3, B5, B6, B7, B9, B12).

Falta de Vitamina B

Deficiência de vitamina B1 causa beribéri. Sintomas dessa doença do sistema nervoso central
incluem perda de peso, distúrbios emocionais, percepção sensorial prejudicada, fraqueza e dor nos
membros, períodos de batimento cardíaco irregular e edema. Em casos avançados pode ocorrer
insuficiência cardíaca e morte. A deficiência crônica de vitamina B1 também causa a síndrome de
Korsakoff, uma psicose irreversível caracterizada por amnésia e confabulação.
Deficiência de vitamina B3 ou falta de triptofano (aminoácido precursor da serotonina) causa
pelagra. Os sintomas incluem agressão, dermatite, insônia, fraqueza, confusão mental e diarréia. Em
casos avançados, pelagra pode ocasionar demência e morte.
A anemia perniciosa é causada pela ausência do fator intrínseco (uma proteína especial)
necessário na absorção de vitamina B12 pelo trato gastrointestinal. Essa deficiência pode ser motivada
por inúmeras causas distintas, como:
 Defeito na absorção pelo trato gastrointestinal, causado por gastrite atópica enfraquecimento
do revestimento interno do estômago
 Fatores hereditários e histórico familiar para anemia perniciosa
 Doença celíaca
 Acidúria metilmalônica, uma doença hereditária que atinge o metabolismo e que provoca o
acúmulo de ácidos no organismo
 Homocistinúria, um distúrbio genético que afeta os olhos, a coagulação sanguínea e até mesmo
os ossos
 Cirurgia bariátrica
 Tratamento da tuberculose com base no ácido para-aminosalicílico
 Má nutrição na infância.

Além disso, mulheres grávidas que não se alimentarem corretamente durante os meses de
gestação podem dar à luz a filhos com anemia perniciosa congênita. Os bebês com este tipo de anemia
perniciosa não produzem o fator intrínseco ou, então, não são capazes de absorver a vitamina B12
corretamente.
Há a suspeita, ainda, de que a ausência do fator intrínseco possa estar relacionada a uma doença
autoimune, na qual os anticorpos que deveriam proteger nosso corpo de agentes invasores acabam por
destruindo células e tecidos saudáveis do organismo por engano.
Falta de vitamina B7 tipicamente não causa sintomas em adultos, porém em crianças pode
acarretar prejuízo no crescimento e desordens neurológicas.

Espinha Bífida

Espinha é uma má formação congênita relativamente comum caracterizada por um fechamento


incompleto do tubo neural. Algumas vértebras que recobrem a medula espinhal não são totalmente
formadas, permanecendo abertas e sem se fundirem. Se a abertura é suficientemente grande, isto
permite que parte da medula espinal se projete na abertura nos ossos. Pode conter fluidos em torno da
medula espinhal, mas não em todos os casos. Outros problemas no tubo neural incluem anencefalia,
Inhumas-GO, 24 de maio de 2015.
Aluna: Valdilha Ribeiro Castro Turma: 5º Período de Enfermagem
Professora: Elma Matéria: Educação Alimentar
11
CARÊNCIA DE NUTRIENTES

uma condição em que parte do tubo neural e do cérebro não se fecham, e encefalocele, quando ocorre
a herniação do cérebro.

BIBLIOGRAFIA:

 http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-52732002000200011&script=sci_arttext
 Nutrição e doença. Carlos Eduardo Leite;
 A Revolução Das Vitaminas, Michael Janson, MD;
 http://www.surgicalcosmetic.org.br/detalhe-artigo/201/Influencia-da-suplementacao-de-
nutrientes-no-metabolismo;

Inhumas-GO, 24 de maio de 2015.


Aluna: Valdilha Ribeiro Castro Turma: 5º Período de Enfermagem
Professora: Elma Matéria: Educação Alimentar

Você também pode gostar