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Adolecencia

Pode ser definida como mais um processok dentre tantos outros, que envolve movimentos de
transição do ser humano. Também pode ser compreendida enquanto uma fase, ou um período,
localizado entre a infância e a vida adulta.

Segundo Barbosa, Franceschini e Priore “ a puberdade é definida como um processo fisiológico de


maturação hormonal e crescimento somático que torna o organismo apto a se reproduzir.

“Stanley Hall também foi identificado como o primeiro psicólogo a descrever a adolescência como
um estágio especial do desenvolvimento humano marcado por tormentos e conturbações vinculadas
a emergência da sexualidade, o que antes era ignorado”.

O Estatuto da juventude, instituído a partir da lei 12.852 de 5 de agosto de 2013, define os jovens
como sendo pessoas com faixa etária entre 15 e 29 anos de idade. Assim, a juventude se estende
para além da adolescência, que legalmente se encerra quando completamos 18 anos.

O Desenvolvimento Moral
Em resumo, para Piaget(2001), a moral se desenvolve a partir de uma coordenação de valores que
envolve honestidade, sentido de justiça e reciprocidade. Segundo Bee(1996), baseado nos estudos
de Piaget, Lawrence Kohlberg, na década de 1070, desenvolveu uma pesquisa pioneira sobre o tema
do raciocínio moral, a partir de narrativas hipotéticas, apresentadas às
crianças de diversas idades, cujo pano de fundo era o valor da vida humana.

Estágio do Desenvolvimento Moral de Kohlberg

- No estágio 1. a ação é determinada pela criança como sendo certa ou errada do efeito que ela
proporcionou, mais especificamente se ocasionou um castigo ou não.

-No estágio 2. as ações são compreendidas como boas quando promovem consequências positivas,
ou seja, a criança compreende que deve ajudar o outro porque um dia este outro poderá lhe ajudar.

-NO estágio 3. a criança começa a transitar de um ponto de vista focado nela para um ponto de vista
focado no outro, o bom é o que agrada as pessoas.

- No estágio 4. há uma atenção maior ao cumprimento das regras, independentemente dessas regras
agradarem alguém.

-No estágio 5. as regras e a lei ainda são importantes, pois possibilitam atitudes justas, mas podem
ser modificadas ou ignoradas, dependendo da situação.

No estágio 6, o sujeito assume responsabilidades por suas ações com base nos princípios universais
de justiça e respeito. Kohlberg, questionou-se se este último estágio realmente existe e concluiu que
apenas algumas pessoas são orientadas por este tipo de raciocínio moral, especialmente aqueles que
se dedicam a alguma causa social.

Desta forma, a moralidade não é tomada como sinônimo de caráter, mas como forma de operação,
mas como forma de operação do raciocínio:“a relação proposta por Kohlberg é que quanto mais
elevado o nível de raciocínio demostrado por uma criança, mais forte será seu vínculo com o
comportamento”
Segundo Dias , a acomodação se configura enquanto “processo pelo qual os indivíduos ou grupos
aceitam determinada situação para encerrar um quadro conflitivo, embora não modifiquem suas
atitudes, pensamentos e sentimentos”, desta forma, ela não elimina o problema, apenas o encobre.

A assimilação, por sua vez, faz com que”os indivíduos ou grupos alterem profundamente suas
maneiras de pensar, sentir e agir.
É um processo longo e complexo, que garante uma solução permanente de conflitos” DIAS
Esse processo também pode ser denominado aculturação.

Essa aculturação pode acontecer de forma processual, na medida em que o sujeito passa a viver o
cotidiano desta nova cultura, ou através do poder e da força, a partir da dominação, ou seja, da
imposição de uma forma de pensar sobre outra. A dominação se configura enquanto uma relação
assimétrica de poder no qual um(grupo ou indivíduo)manda e o outro(também grupo ou
indivíduo)obedece.

Segundo Dias “ é importante destacar que não basta a vontade de dominar o outro (ou outros) para
que haja dominação; é necessário que haja disposição de obediência por parte do outro(ou dos
outros).

Estes elementos de dominação, poder, assimilação e acomodação se manifestam em quaisquer


grupos, em quaisquer idades. Mas é na adolescência que eles se tornam particularmente mais
dedicados, pois o adolescente é um sujeito que precisa do grupo para buscar, questionar e consolidar
suas identidades.

Erik Erikson foi um psicanalista dedicado ao estudo do desenvolvimento humano. Através da


análise de grupos indígenas norte-americanos, ele desenvolveu uma teoria denominada teoria do
desenvolvimento psicossocial e a dividiu em oito fases, ou estágios, que se configuram como etapas
de vida em relação como o meio, que produzem crises a serem superadas. Cada fase apresenta uma
crise psicossocial pela presença de sentimentos opostos

Brevemente, como nos aponta veríssimo

-fase 1: Estágio sensorial (até por volta de 18 meses). A crise psicossocial é o confiança versus
desconfiaça.
-fase 2: Desenvolvimento muscular( dos 18 meses aos 3 anos, aproximadamente). A primeira
infância é marcada pelo conflito autonomia versus vergonha e dúvida.

-fase 3: Controle motor(dos 3 anos aos 5 anos). A segunda infância apresenta uma crise psicossocial
que se configura pelo conflito entre iniciativa versus culpa.

Deste modo, o grupo se constrói enquanto espaço de busca tanto de si mesmo como de
homogeneidade - que as transformações psicossociais e corporais desorganizam ao longo da
adolescência. Esta uniformidade possibilita a sensação de segurança e ai surge o espírito de grupo
pelo qual o alolescente mostra-se tão inclinado.

Há um processo de superidentificação em massa, onde “todos se identificam com cada um”


KNOBEL. Este processo, por vezes, permite que o sujeito vivencie a oposição aos valores
familiares(e, podemos complementar, sociais) e, desta forma, transfira para este coletivo a
dependência que mantinha, até então, com os pais ou cuidadores. KNOBEL.
Este fenômeno pode ser representado através das inúmeras tribos urbanas que se destacaram ao
longo da história. O termo ‘tribo urbana’foi cunhado pelo sociólogo francês Michel Maffesoli, e
resgatado por José Guilherme Magnani no cenário brasileiro, a partir de uma perspectiva
antropológica.

Dentre muitas destas tribos, podemos destacar: o movimento Rock n´Rol, o movimento Hippie, o
Hip Hop, o movimento Punk, o Funk brasileiro, a turma do Emo e, mais recentemente, os veganos.

É fundamental compreender que os movimentos junenis dão o tom de uma sociedade, mudando
parâmetros com seu poder questionador. A escola, enquanto compo de excelência de encontros
humanos, tem um papel imprescindível, tanto na manutenção do status quo social como de uma
mudança revolucionária em busca de um mundo efetivamente transformador, configurando-se
enquanto espaço de trabalho, não somente dos conteúdos programáticos, como vimos
anteriormente, mas de conceitos como tolerância e respeito.

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