1ª QUESTÃO: máximo 12 linhas

Por que, de uma perspectiva crítica, o presidencialismo pode ser

considerado uma espécie de ditadura a prazo
fixo? Fundamente a resposta a partir do cotejo entre os sistemas de
governo presidencialista e parlamentarista.  
O presidencialismo, sistema de governo na Constituição da Filadélfia em 1787 –
Estados Unidos –, tem como característica primordial, o Presidente é chefe de Estado e
chefe de governo, com prazo determinado, tem poder de veto e é eleito pelo povo. O
Presidente da República pode agir contra a vontade do povo ou do congresso, sem que
haja razões ou meios para afastá-lo da presidência, exceto pelo impeachment, mas que
só pode ser utilizado caso ele cometa um crime. Assim, pode ser considerado uma
ditadura a prazo pois é perfeitamente possível que o chefe da nação cause prejuízos ao
Estado, como ao adotar uma política inadequada, sem praticar atos criminosos, não
havendo maneiras para impedir a política desastrosa.

Já no parlamentarista, o chefe do governo é uma pessoa e o chefe de Estado é outra

pessoa, e possuem funções distintas. Nesse sistema, o poder executivo é limitado pelo
parlamento e, assim, precisa do mesmo governar.

O chefe de governo é representado pela figura do primeiro-ministro (indicado e

nomeado pelos parlamentares) e tem função de coordenar e administrar os negócios do
governo. Já o chefe de Estado, pode ser tanto um presidente (no caso de república) ou
um rei (no caso de monarquia), em ambos os casos, o chefe é meramente um
representante, que cuida das questões diplomáticas com os outros países e age como
moderador nas relações partidárias. O premiê pode ser destituído a qualquer momento,
desde que haja desconfiança ou algum impasse referente as suas políticas.

2ª QUESTÃO: máximo 12 linhas

Em relação ao Estado Federal, explique as suas principais vantagens e
desvantagens quando comparado ao Estado Unitário.

O Estado Federal é um Estado soberano constituído de estados federados (são os

estados-membros), os quais possuem apenas autonomia, com poder constituinte próprio.
Nesse modelo, além da constituição federal, os estados que fazem parte também têm sua
própria constituição, ocorrendo uma descentralização do poder federal, reconhecendo
autonomia dos estados membros, mas subordinando a mesma à constituição federal,
estabelecendo princípios.
Pode-se reconhecer como vantagens, que no Estado Federal as atribuições da União e as
das unidades federadas são fixadas na Constituição (o que permite maior proximidade
dos governantes e governados), por meio de uma distribuição de competências, cada
esfera de competência possui renda própria (arrecadação de impostos estaduais, por
exemplo) e dificulta a concentração de poder, favorecendo a democracia.

As desvantagens que seriam suprimidas pelo Estado unitário (estado único e

constituição única) são que possibilita um governo central mais forte, facilita a
aplicação de ações, permite uma melhor distribuição de recursos e mitiga os conflitos
jurídicos e políticos existentes com as esferas autônomas.

3ª QUESTÃO: máximo 12 linhas

Em que sentido pode-se falar em uma crise do Estado na época
contemporânea? Quais os seus principais impactos sobre a soberania e o
território estatais.

Pode-se falar em crise do Estado no sentido de existir na contemporaneidade uma crise

de Soberania. Com o aumento dos países nos Organismos Internacionais, o papel
político dos Estados-nações frente ao cenário internacional de Direitos Humanos, a
globalização econômica, interesses globais como camada de ozônio, água, recursos
naturais, tudo isto revela uma possível necessidade de dependência e integração entre
países.

Os Estados hoje em dia interferem em outros diretamente, como no conflito Rússia

contra Ucrânia; além de aplicarem restrições econômicas que afetam o desenvolvimento
interno ou mesmo restrições à mecanismos de integração, (União Europeia,
MERCOSUL, NAFTA). Tudo tende a fragilizar a soberania enquanto elemento do
Estado (no sentido clássico pois os territórios passam a sofrer interferência direta de
organismos internacionais e de outros países em seu próprio território.