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Em primeiro plano, abordando o surgimento e crescimento do Estado, é necessário citar as

transformações que ocorreram especialmente na Europa, ao longo dos séculos. No século XIV,
havia 1000 entes políticos; no século XVI havia apenas 50%, chegando na Revolução Francesa
existiam 350 e por último, no começo do século XX havia apenas 25 entes políticos na Europa.

Há três explicações para as fusões que ocorreram ao longo dos séculos. A primeira foi
desenvolvida pelo historiador americano Charles Tilly e é definida como: “os Estados fazem a
guerra; a guerra faz os Estados”, ou seja, o Estado surge do processo de conquista e dominação.

Na segunda explicação, a construção de uma nação é baseada em etapas que visam a


autoperpetuação e auto engrandecimento pelos governantes. Tais governantes atuaram com
certa autonomia em relação às classes dominantes e foram possibilitados de pôr em prática
aquilo que desejavam. O Estado desses governantes era um sistema monocrático, com
instituições estatais que serviam ao desejo do rei.

A terceira explicação tem ligação com cultura, identidade, língua, ideias, tradições nacionais e
crenças. Ernest Renan – importante historiador francês – definiu uma nação como: “uma nação
é uma alma, um princípio espiritual, uma grande solidariedade, uma herança; a existência de
uma nação é um plebiscito diário.”. Não basta ter cultura, língua e ideias em comum no povo,
é necessário ter “um passado herói, de grandes homens, de Glória, eis o capital social sobre o
qual se assenta uma ideia nacional.”, ou seja, é imprescindível ter conquistas em comum no
passado e anseios em comum no presente (ter feito grandes coisas juntas e ainda querer fazer).

Ademais, para explicar o crescimento do estado, é de vital importância abordar as


características do que é o Estado. Primeiramente, o Estado é uma comunidade política que se
desenvolve uma sociedade, ou seja, o Estado cria uma nação. Segundo, ele tem um tamanho
mínimo, de forma que possa resistir às pressões de outros Estados e o necessário para certo grau
de desenvolvimento econômico.

Terceiro, o Estado é estável, hierárquico, unitário e centralizado. Quarto, há uma divisão do


trabalho, na qual as tomadas de decisão, implementação e resolução de conflitos são divididas
entre antes distintos. Por fim, o estado é uma cultura, ou seja, o povo deve ter fé no Estado,
tornando-o uma entidade quase divina.

Uma vez que suas características foram estabelecidas, os Estados-nação começaram a se


desenvolver. Houve fatores que colaboraram com o desenvolvimento e que exigiu do estado
uma posição de poder adaptável. Por exemplo, o sufrágio (que criou uma necessidade de
governos mais representativos), a necessidade de um estado paternal, que assume o dever de
prover serviços públicos para a população.

1°: Segundo Ernest Renan, quais são as características necessárias para um Estado ser
uma nação?

As características necessárias para um estado ser uma nação: cultura, identidade, língua, ideias,
tradições nacionais, crianças e sobretudo ter conquistas em comum no passado e anseios em
comum no presente.

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