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Biologia Celular
Sinalização parácrina
Muitas vezes, as células que estão perto uma da outra se comunicam por meio da
liberação de mensageiros químicos (ligantes que podem difundir-se através do espaço entre as
células). Esse tipo de sinalização, na qual as células se comunicam em distâncias relativamente
curtas, é conhecida como sinalização parácrina.
A sinalização parácrina permite que células coordenem localmente atividades com suas
células vizinhas. Embora elas sejam usadas em muitos tecidos e contextos diferentes, sinais
parácrinos são especialmente importantes durante o desenvolvimento, quando permitem que um
grupo de células comunique a um grupo de células vizinhas, qual identidade devem assumir.
Sinalização sináptica
Sinalização endócrina
Quando células precisam transmitir sinais por longas distâncias, elas muitas vezes usam o
sistema circulatório como uma rede de distribuição para as mensagens que elas enviam.
Na sinalização endócrina de longa distância, os sinais são produzidos por células
especializadas e liberados na corrente sanguínea, que transporta estes sinais para as células
alvo em partes distantes do corpo. Sinais que são produzidos em uma parte do corpo e viajam
através da circulação para atingir alvos distantes, são conhecidos como hormônios.
Em humanos, glândulas endócrinas que liberam hormônios incluem a tireóide, o
hipotálamo, e a pituitária, assim como as gônadas (testículos e ovários) e o pâncreas. Cada
glândula endócrina libera um ou mais tipos de hormônios, muitos dos quais são reguladores
principais do desenvolvimento e da fisiologia.
Por exemplo, a hipófise libera hormônio do crescimento (GH), que promove crescimento,
particularmente do esqueleto e da cartilagem. Como a maioria dos hormônios, o GH afeta muitos
tipos diferentes de células por todo o corpo. No entanto, as células cartilaginosas são um exemplo
de como o GH funciona: ele se liga aos receptores na superfície dessas células estimulando-as a
se dividirem.
Em outra forma de sinalização direta, duas células podem se ligar uma à outra porque
carregam proteínas complementares em suas superfícies. Quando as proteínas se ligam umas às
outras, esta interação muda a forma de uma ou de ambas as proteínas, transmitindo o sinal. Este
tipo de sinalização é especialmente importante no sistema imune, onde células do sistema imune
usam marcadores de superfície celular para reconhecerem células "próprias" (as células do
próprio corpo) e células infectadas por patógenos.
RECEPTORES
Assim como uma jornada de mil quilômetros começa com um único passo, também uma
via de sinalização complexa no interior de uma célula começa com um único evento essencial – a
ligação entre uma molécula sinalizadora, ou ligante, e sua molécula receptora, ou receptor.
Receptores e ligantes possuem várias formas, mas todas têm uma coisa em comum: existem em
pares estreitamente alinhados, com um receptor reconhecendo apenas um (ou poucos) ligantes
específicos, e um ligante se ligando a apenas um (ou poucos) receptores alvos. A ligação de um
ligante a um receptor muda sua forma ou atividade, permitindo-lhe transmitir um sinal ou produzir
diretamente uma mudança dentro da célula
GPCR com sete domínios transmembranares. O N-terminal está fora da célula e o C-terminal
está dentro.
Há muitos tipos de receptores de membrana, mas aqui nós veremos três tipos comuns: canais
iônicos dependentes de ligantes, receptores acoplados à proteína G, e receptores tirosina
quinases.
Ligações que iniciam a via de sinalização
Quando um ligante se acopla à um receptor na superfície celular, o domínio intracelular do
receptor (na parte de dentro da célula) modifica-se de alguma forma. Geralmente, assume uma
nova forma que o tornará ativo como enzima ou deixará que outras moléculas se associem.
A mudança no receptor desencadeia uma série de eventos de sinalização. Por exemplo, o
receptor ativa outra molécula de sinalização dentro da célula que ativará seu próprio alvo. Essa
reação em cadeia pode, eventualmente, levar a mudanças no comportamento ou características
da célula como é mostrado no desenho abaixo.
Diagrama em forma de quadrinhos mostrando como os componentes de uma via hipotética de
sinalização são ativados sequencialmente, onde um elemento liga o próximo para produzir uma
resposta celular.
Por causa do fluxo direcional da informação, o termo a montante é frequentemente usado para
descrever moléculas e eventos que vêm no início da cadeia de transmissão, enquanto a
jusante deve ser usado para descrever aqueles que vêm depois (relativo a uma molécula
particular de interesse). Por exemplo, no diagrama, o receptor é a jusante do ligante, porém a
montante das proteínas no hialoplasma. Muitas vias de transdução de sinal intracelular
amplificam o sinal inicial, para que uma molécula de ligante possa guiar para a ativação de muitas
moléculas de um alvo à jusante.
As moléculas que transmitem um sinal muitas vezes são proteínas. No entanto, moléculas não
proteicas, como íons e fosfolipídios, podem também desempenhar papéis importantes.