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ATIVIDADE 2.

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Aluno (a) Jônatas Sena Ferreira
Disciplina Educação Especial, Inclusiva e o Atendimento Educacional Especializado

A SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS PELO OLHAR DO PROFESSOR QUE


ALI TRABALHA
O texto que se segue foi fomentado a partir da leitura do artigo “Atendimento Educacional
Especializado: Aspectos da Formação do Professor”, de autoria de Mara Silvia Pasian, Enicéia
Gonçalves Mendes e Fabiana Cia. O artigo em questão, evidenciou os aspectos com o olhar do
professor da Sala de Recursos Multifuncionais (SRM) sobre o cotidiano e os desafios impostos no
processo de assistência dos estudantes com deficiência. A seguir, segue uma dissertação sobre alguns
desses aspectos que se correlacionam com a função que exerço, professor da sala comum.
No que diz respeito ao aspecto sobre a preparação parar atuar com as diversidades com os
alunos com deficiência, era esperado que poucos se sentissem plenamente aptos para a diversidade
(7,5%). Cabe ressaltar que para além da diversidade das deficiências, existe a diversidade do ser
humano que não se limita ou é apenas definido pela sua deficiência, ou seja, cada ser humano tem o
seu próprio estilo de aprendizagem, independente da sua deficiência (CUSTÓDIO, 2015). Logo, o
professor da sala comum, compartilha da mesma “dor” do professor SRM, uma vez que assim como
os professores da sala comum tem que lidar com salas de aula com um alto número de estudantes,
muitas vezes a escola conta com apenas um único professor da SRM para atender um diverso público
de alunos com deficiências diferentes.
Outro ponto de congruência entre o professor da sala comum e da SRM, é que ambos
concordam que é importante serem no mínimo graduados, apenas o notório saber não é o suficiente
para atender as demandas que surgem, pois o espaço escolar está sendo transformado pelos estudantes
que recebem, logo é primordial, uma formação teórica adequada para acompanhar as transformações.
Por mais que a prática docente se aperfeiçoa na prática, é por meio da formação teórica que o
professor seja da SRM, seja da sala comum, entenderá como investigar e melhorar sua práxis
(VERAS et al, 2018).
Um aspecto preocupante, é que mais da metade dos professores da SRM não receberam
formação mínima o suficiente para lidar com as complexidades envolvendo os estudantes com
deficiência, ou seja, o curso exigido que deveria justamente melhor preparar o profissional para essa
atuação, aborda a formação superficialmente e com isso, temos um grande problema: Se o professor
da sala comum já considera que não recebeu a formação adequada e “empurra” todo o processo de
ensino-aprendizagem para o professor da SRM, quem de fato irá solucionar as demandas de
aprendizagem dos estudantes? O mais sensato, seria ambos os profissionais buscarem formações
continuadas (Pós-graduações, módulos de formação, cursos livres e semelhantes) e juntos atuarem no
atendimento aos estudantes com deficiência (TEIXEIRA, 2021).
Com isso, o outro aspecto já deve ser considerado, apenas 23,5% dos professores da SRM são
valorizados pelos profissionais da escola, ou seja, é preciso que o professor da sala comum também
entenda a atuação do professor da SRM e que juntos são responsáveis pelos estudantes assistidos.
Logo isso exige formação continuada para atuar com público-alvo, demanda planejamento coletivo e
colaborativo e empatia para lidar e amenizar as dificuldades de cada profissional (TEIXEIRA, 2021).
Confesso que me sensibilizo com o entendimento dos aspectos pesquisados pelas autoras, e
irei me aproximar da única professora da SRM da escola em que atuo, sei que a minha escola colabora
com 45 estudantes com deficiência, e destes, 30 estão em minhas salas de aula. No momento,
realizamos trabalhos especializados com estes estudantes, mas atuamos de forma segregada, irei
propor projetos de intervenção de forma colaborada e mais uma vez, sou muito grato pelas
oportunidades de aprendizagem que está pós-graduação está me possibilitando.

REFERÊNCIAS
CUSTÓDIO, Vanessa Jardim Fagundes Detalhe tão pequeno: A mitigação da deficiência auditiva
por meio das estratégias, estilos de aprendizagem e autonomia/ Vanessa Jardim Fagundes Custódio.
Brasília, 2015. 196 f.
TEIXEIRA, Andrise. O Trabalho Colaborativo entre o professor de Educação Especial que atua na
Sala de Recursos Multifuncionais e o do ensino comum em escolas públicas. 2021.
VERAS, Daniele Siqueira; DOS SANTOS BRAYNER, Izabelly Correia. Atuação docente: ensino
de Libras no ensino superior. Trama, v. 14, n. 32, p. 121-129, 2018.

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