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Reprodução em Cativeiro
Licenciatura em Ensino de Biologia com Habilitações em Gestão Laboratorial
Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2022
Elisa Henriques Curanta
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Reprodução em Cativeiro
Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2022
Índice
Introdução........................................................................................................................................3
Objectivo..........................................................................................................................................3
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Geral:...............................................................................................................................................3
Específicos:......................................................................................................................................3
Mtodologia.......................................................................................................................................3
1. Conceitos básicos.........................................................................................................................4
1.1. Cativeiro...................................................................................................................................4
1.8. Maneio......................................................................................................................................8
1.9. Nutrição....................................................................................................................................9
Conclusão......................................................................................................................................14
Referência Bibliográfica................................................................................................................15
Introdução
Para evitar maiores perdas de biodiversidade, é necessário direccionar esforços para diversas
áreas da conservação, como a reprodução em cativeiro. O maior obstáculo, porém, nessa
abordagem, é a condição de estresse crónico que diversos animais desenvolvem em cativeiro por
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Objectivo
Geral:
Fornecer dados importantes e esclarecedores de toda a panóplia caracterizadora duma
série de acções desenvolvidas sobre a reprodução em cativeiro.
Específicos:
Identificar as consequências de reprodução em cativeiro;
Descrever os objectivos da reprodução de espécies em cativeiro;
Explicar a importância da reprodução em cativeiro.
Mtodologia
Para a elaboração deste trabalho foi necessário o uso de algumas obras (livros) em diversos
formatos que para completar a credibilidade deste trabalho os autores serão citados no
desenvolvimento do trabalho e na respectiva referência bibliográfica.
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1. Conceitos básicos
1.1. Cativeiro
Cativeiro, também conhecido como (Zoocria) é a actividade humana de manter preso, em área
determinada, espécies não domestica, em geral com propósitos de manutenção, crescimento e
reprodução de espécies (Rodrigues 2002).
Os programas reprodutivos de espécies ameaçadas de extinção podem ser realizados por várias
instituições zoológicos, aquários, universidades, centros de pesquisa, preferencialmente
associadas a programas de conservação do governo (Francisco; Silveira, 2015).
Das muitas espécies ameaçadas de extinção no mundo, poucas são as que podem manter-se em
cativeiro. A reprodução ex-situ é uma medida temporária, zoológicos e aquários não possuem
espaço suficiente para a manutenção de populações adequadas. Sua importância está em mantê-
las em períodos críticos, enquanto são reduzidos os riscos à sua vida, constituindo-se como uma
fonte para projectos de reintrodução no habitat natural (Sadava et al., 2009).
Mas há um grande problema, que depende da existência de muitas espécies em cativeiro para que
essa iniciativa possa dar certo. Para tal, deve haver a Endogamia, que ocorre quando animais da
mesma espécie, família ou com genitores comuns, são forçados a se reproduzir entre si.
Na óptica de Benet et all (2002:958) “é muito importante manter os animais em uma reserva
genética, para serem salvos de epidemias e de desastres naturais ou provocados pela acção
humana, para que seja possível salvar espécies selvagens em eminente risco de extinção, através
da reprodução em cativeiro”.
Segundo Althaus et all (2010:52) “A Biodiversidade mundial tem vindo a diminuir a uma rapidez
extremamente elevada e a procriação de recursos naturais pelo homem, tem crescido cada vez
mais de forma descontrolada”.
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Para espécies ameaçadas, a criação em cativeiro pode ser a única estratégia disponível para
impedir a extinção imediata. Portanto, é importante que haja a captura de animais e plantas para
assim, poder conservar e preservar a Biodiversidade. A conservação da biodiversidade, significa
maior segurança para os programas relacionados à conservação biológica, constituindo-se em
uma componente essencial para o desenvolvimento sustentável e manutenção da diversidade.
In-situ é uma expressão do latim que significa ʺno lugar ʺou ʺno local. A conservação in-situ são
estratégias de conservação de ecossistemas e habitats naturais e de manutenção e recuperação de
populações viáveis de espécies em seus meios naturais (Inciso VII,art.2º, SNUC).
Ex-situ é uma expressão do latim que significa fora do lugar A conservação ex-situ é uma
estratégia de preservação e recuperação de espécies vegetais e animais, envolve populações não
naturais, como plantas cultivadas em estufas e sementeiras e animais criados em cativeiros.
Além disso, os criadores podem ser uma alternativa de produção de alimento e de diminuição na
pressão da caça (BDT, 2006).
O objectivo central dos grandes jardins zoológicos e a criação de populações e espécies raras e
ameaçadas. Entretanto, das 274 espécies raras de mamíferos mantidas em zoológicos, somente
10% possuem populações auto-sustentáveis e que conseguem manter sua variabilidade genética
de tamanho suficiente a evitar a depressão endogamica (Primack; Rodrigues, 2002).
Os crioprotetores empregados para animais de produção têm como base o glicerol e a gema de
ovo, que, geralmente, vem sendo usados, de forma efectiva, para espécies silvestres, tais como
impala, girafa, búfalo e outros. No entanto, outros crioprotetores internos podem ser utilizados,
entre os quais, etilenoglicol, propilenoglicol e dimetil sufoxido (Loskutoff, 1998).
1.8. Maneio
Em cativeiro, o estresse crónico é ocasionado principalmente pelo manejo incorrecto dos
animais, sendo seus factores causadores: recintos inadequados (Moreira et al., 2007), alta
densidade populacional e relações sociais inadequada para a espécie, alimentação desequilibrada
e cuidados médicos e sanitários insuficientes (Crosier et al., 2007).
1.9. Nutrição
As deficiências nutricionais podem ser também causadas pelo consumo insuficiente de
alimentos. O estresse crónico pode, ainda, levar um animal a não se alimentar e,
consequentemente, a apresentar sinais de deficiência nutricional. Desse modo, a deficiência
nutricional pode ser tanto factor causador de estresse quanto uma manifestação do próprio
estresse.
Durante a gestação, a fêmea recebe um suporte nutricional diferenciado e, além disso, recebe
tocas, ninhos e substratos mais acolhedores, para manter o filhote o mais confortável possível”,
Manualmente cada espécie recebe cuidados específicos. Todos os nascimentos são monitora dos
presencialmente ou à distância, observando a alimentação, interacção com a mãe e o
desenvolvimento do filhote. Quando isso não acontece, o filhote passa por uma avaliação da
equipe técnica e são criados.
Tais alterações podem ser um problema para programas de conservação que utilizam como
ferramenta a manutenção de animais em cativeiro, além de gerar questionamentos relevantes
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Diversos factores no contexto do cativeiro podem contribuir para as alterações observadas, como
a indução de estado de estresse crônico (Morgan e Tromborg, 2007) e a supressão de indicativos
de variações ambientais sazonais (Dickens e Bentley, 2014), necessárias para a regulação de
actividades básicas de vida.
Os eventos de reprodução trazem consigo muitos custos e riscos. Por isso, é essencial que
funções fisiológicas e comportamentos reprodutivos só sejam desencadeados sob condições onde
há chances reais de sucesso reprodutivo (Adkins-Regan, 2005).
Alguns aspectos ambientais agem como sinais, indicando que as condições estão propícias para a
reprodução. Alguns indicadores ambientais de maior escala, como fotoperíodo, por exemplo,
controlam aspectos que iniciam o processo reprodutivo e possibilitam que outros indicadores
ambientais de menor escala (ex., precipitação e disponibilidade de alimento) regulem a
reprodução de maneira mais precisa e a manutenção de animais em cativeiro tem sido de grande
importância para a conservação de espécies ameaçadas de extinção e também para o
desenvolvimento de pesquisas científicas (Dickens et al., 2009, Dickens e Bentley, 2014).
Tais alterações podem ser um problema para programas de conservação que utilizam como
ferramenta a manutenção de animais em cativeiro, além de gerar questionamentos relevantes
sobre a possibilidade de extrapolação de dados científicos obtidos em cativeiro para as condições
de animais selvagens (Calisi e Bentley, 2009).
Diversos factores no contexto do cativeiro podem contribuir para as alterações observadas, como
a indução de estado de estresse crônico (Morgan e Tromborg, 2007) e a supressão de indicativos
de variações ambientais sazonais (Dickens e Bentley, 2014), necessárias para a regulação de
actividades básicas de vida.
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Os eventos de reprodução trazem consigo muitos custos e riscos. Por isso, é essencial que
funções fisiológicas e comportamentos reprodutivos só sejam desencadeados sob condições onde
há chances reais de sucesso reprodutivo (Adkins-Regan, 2005).
Alguns aspectos ambientais agem como sinais, indicando que as condições estão propícias para a
reprodução. Alguns indicadores ambientais de maior escala, como foto-período, por exemplo,
controlam aspectos que iniciam o processo reprodutivo e possibilitam que outros indicadores
ambientais de menor escala (ex.: precipitação e disponibilidade de alimento) regulem a
reprodução de maneira mais precisa e específica (Wingfield et al., 1992; Wingfield et al., 2000).
O fotoperíodo é tido como o principal factor que dá início aos processos ligados à reprodução
(Dawson et al., 2001), como o desenvolvimento inicial das gônadas e de características sexuais
secundárias, como plumagens nupciais (Dawson et al., 2001).
Na visão de Heywood (2007) “Os cativeiros são administrados de forma que sua função
primária seja proteger uma espécie ou um grupo de espécies da extinção e promover processos
ecológicos e evolutivos naturais com a principal função de manutenção de inúmeras espécies de
animais silvestres para a protecção e conservação destes”.
Conclusão
Após elaboração do trabalho, conclui-se que a reprodução em cativeiro, surgiu a partir de
momento em que a extinção de espécies observada na natureza começou a afectar directamente a
diversidade biológica. Assim, a reprodução em cativeiro tem dois significados: A defesa e
protecção das espécies, para a conservação da Biodiversidade e, uma alternativa para mitigar á
extinção de espécies pela destruição do meio ambiente.
Pode se afirmar ainda que, a reprodução em cativeiro é uma alternativa devido ao facto de que,
em cativeiro, as espécies jamais terão as mesmas condições proporcionadas pelos seus habitats
naturais, uma vez que a presença humana é de facto incontornável, pois os animais em cativeiro
necessitam obviamente de cuidados diários de higiene e alimentação, para além de cuidados
médico-veterinários regulares.
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Calisi, R. M. & Bentley, G. E. 2009. Lab and field experiments: are they the same animal?
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Dickens, M. J. & Bentley, G. E. 2014. Stress, captivity, and reproduction in a wild bird species.
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