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EM ADMINISTRAÇÃO
Os estudos críticos emergem no campo da administração no final dos anos 1970 (Benson, 1997,
Deetz e Kersten, 1983) e os estudos pós-modernos no final dos anos 1980 (Alvesson e Deetz,
2010). Têm suas raízes na ruptura com o ideal da modernidade e seus pressupostos: ordem,
progresso, evolução, racionalidade instrumental, harmonia social entre outros. Essa crítica
emerge sobretudo a partir da Crise do Fordismo e seus efeitos (Lipietz, 1981). Como pontos em
comum ambos os discursos fazem uma crítica à modernidade e suas consequências. Porém
apresentam diferenças nas respostas. Os estudos críticos promulgam uma visão desnaturalizada
da administração, e afirmam um novo ideal de desvinculado da ideia de performance (fazendo
um contraponto ao funcionalismo) com foco na emancipação humana (Davel e Alcadipani, 2003).
Já o pós-modernismo enfatiza o uso de conceitos de fragmentação, textualidade e resistência aos
estudos da organização, afirmando uma ausência de futuro imaginável (Alvesson e Deetz, 2010).
Fontes de inspiração: Epistemológicos e teóricos
Os estudos críticos se inspiram no idealismo alemão e sobretudo na dialética (hegeliana
e marxista). Já os estudos pós-modernos se inspiram na hermenêutica fenomenológica e
no estruturalismo francês. Como afirmam Alvesson e Deetz, 2010, os dois discursos
apoiam seus trabalhos em relação a quatro desenvolvimento teóricos da filosofia e das
ciências sociais:
Pressupostos
Pressupostos sobre ciência e a teoria da administração
• Organização como espaço de poder e domínio cultural e
simbólico, simulacro. Natureza Humana Complexa (múltiplas
racioanlisdades. Pluralidade Metodológica.
Pressupostos sobre a sociedade e a mudança social
• Crítica à modernidade
• Ênfase na sociologia da mudança (estudos críticos)
• Desconstrução (no pós-modernismo), dar voz aos esquecidos
Os estudos críticos desvelam fenômenos da alienação e da falsa
consciência, buscando a emancipação humana. Vêem a criação da
realidade influenciada por processos psíquicos e sociais. Dão
grande importância à consciência humana, vendo o indivíduo como
sujeito da história. Os estudos pós-modernos critica as grandes
narrativas e não acreditam na redenção da razão (consciência).
Principais vertentes:
AÇÃO COMUNICATIVA
CRÍTICA IDEOLÓGICA
• Ênfase na teoria da ação
• Dominação e exploração nas organizações comunicativa (Habermas, 1984 e
(Braverman, 1974, Clegg, e Dunkerlery, 1980 1987
Salaman, 1981) • Crítica a colonização e afirmação
• Alienação tanto nos níveis operacionais e do mundo da vida
gerenciais (Wilmott, 1990, Deetz e Mumby, • Reforços aos espaços de
1990) comunicação racional buscando o
• Administração como campo político acordo, com base na
(Alvesson, 1987, Wilmott, 1996) argumentação e na
• Naturalização da ordem social e reificação inersubjetividade
(coisificação das relações sociais) (Benson, • Valorização da racionalidade
1977, Morgan, 1986) comunicativa ou substantiva
• Universalização dos interesses (Ramos, 1989 e Serva, 2002)
administrativos e supressão do conflito • Pragmatismo crítico (Forester,
(Lukács, 1971) 1992 e 1993) (orientação empírica)
• Domínio da racionalidade instrumental
(Habermas, 1987 e Ramos, 1989)
• Hegemonia, consentimento orquestrado e
cultura como instrumento de dominação
(Kunda, 1992, Vallas, 1993 e Deetz, 1995)
PÓS-MODERNISMO E ADMINISTRAÇÃO
“Nas ciências sociais o termo [pós-modernismo] tem sido usado para descrever
um clima social, um período histórico caracterizado por mudanças sociais e
organizacionais e um conjunto de abordagens filosóficas para o estudo da
organização e de outras áreas. Focalizamos esta última designação enfatizando
os textos sociais e politicamente mais relevantes e uso de conceitos de
fragmentação, textualidade [discurso] e resistência nos estudos da organização”
Alvesson e Deetz (2010: 228)
FONTES DE INPIRAÇÃO
(filosofia estruturalista francesa)