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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO

Audiência II
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AUDIÊNCIA II

4. Trâmite da Audiência

O art. 849 da CLT estabelece que a audiência no procedimento ordinário é contínua,


salvo por motivo de força maior, quando a sua continuação poderá ser designada para uma
nova data. Isso que significa que, em regra, a audiência deveria ser una.
Já o art. 852-C determina que “as demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão instruídas
e julgadas em audiência única, sob a direção de juiz presidente ou substituto, que poderá ser
convocado para atuar simultaneamente com o titular”.

• Procedimento Ordinário: somatória dos valores dos pedidos ultrapassa 40 salários


mínimos. É contínuo, a audiência é para ser una, porém, por determinação do juiz,
pode ser fracionada, dividida em inicial, instrução e julgamento.
• Procedimento Sumaríssimo: somatório dos valores dos pedidos não ultrapassa 40
salários mínimos. É una, tudo ocorrerá em uma única data, até a sentença.

Procedimento Ordinário

• Inicial
– pregão: chamar as partes em alto e bom som para que elas entrem na sala de
audiência.
– 1ª tentativa de conciliação: o juiz emprega todos os meios de persuasão que puder
para obter a conciliação, melhor forma de solução dos pedidos. É a solução dada pelas
próprias partes. elas fazem concessões recíprocas para chegar a um denominador
comum. Isso é feito antes de as cartas estarem na mesa. Nenhuma prova foi feita ainda.
5m

O PULO DO GATO
O que mais cai em prova é quantas tentativas de conciliação há e se vem primeiro a apre-
sentação da defesa ou a tentativa de conciliação.
ANOTAÇÕES

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– apresentação da contestação: oral, prazo de . Não se nega a ninguém o direito de


20m
apresentar defesa escrita, até a audiência. Com a contestação vem os fatos impe-
ditivos, modificativos, instintivos do direito do autor, documentos. A outra parte tem
que ter o direito de se manifestar, é o que se chama de réplica.
– réplica: prazo de 15 dias entre uma audiência e outra. É a expressão do princípio do
contraditório.
Há o direito de informação, aos documentos que traz o empregador, fatos impediti-
vos, modificativos, instintivos do direito do autor. Há o direito de reação. Tudo isso é
antes da sentença para que se possa influenciar a decisão do juiz.
Ex.: o médico deu um atestado médico de 3 dias. O médico começa a pintar os 3
dias no documento. O empregador é paranoico e começa a desconfiar. O empre-
gado pede um novo atestado. O médico se sente ofendido, porque o seu atestado é
oficial e vale, estando claro que são 3 dias de atestado. O empregador pega o ates-
tado médico e demite o empregado por justa causa, por ato de improbidade por fal-
sificar o atestado médico. O empregador não obedece ao princípio do contraditório.
Deve-se acionar o médico para que ele faça novo atestado, já que se corre o risco
de perder o emprego, antes da decisão do empregador de demissão por falsificar
atestado médico.
10m
– as partes saem intimadas para comparecer na audiência de instrução.

• Instrução
– pregão: chamar as partes em alto e bom som para que elas entrem na sala de audiência.
– depoimento das partes: primeiro, da parte reclamante e depois da do reclamado. O
juiz pode inverter a ordem segundo o ônus da prova.
– oitiva de testemunhas: primeiro, da parte reclamante e depois da do reclamado; peri-
tos e assistentes técnicos.
– razões finais: reiterar as nulidades, obrigatoriamente; fazer balanço do juiz. Era ônus
do reclamante trazer as provas e se desincumbiu, logo o pedido tem que ser julgado
procedente. Em contrapartida, era ônus do reclamado trazer provas. Ele não se
desincumbiu e o pedido tem que ser julgado procedente.
15m
– as partes tem direito de apresentar as razões finais de forma oral no prazo de 10
min, improrrogáveis. O juiz pode conceder prazo para que as partes apresentem as
razões finais por escrito. É direito apresentar ou não apresentar as razões finais.
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– 2ª tentativa conciliatória.
– as partes saem da audiência de instrução intimadas para comparecer a audiência
de julgamento.

• Julgamento
– pregão: chamar as partes em alto e bom som para que elas entrem na sala de audiência.
– sentença é publicada.

O PULO DO GATO
A ordem em que se acontecem os fatos na audiência será cobrada pelo examinador.

Ex.: a empregadora tinha muitos empregados domésticos. Uma empregada doméstica


ajuizou uma ação trabalhista. A empregadora ficou muito brava e disse que a empregada
nunca receberia nenhum centavo. Na primeira tentativa conciliadora, a empregadora disse
que não faria nenhum acordo. Na audiência inicial, a emprega foi embora achando que não
daria em nada.
Ex.2: um juiz deu um fora em um advogado em audiência de um requerimento. O pre-
posto disse na empresa o que havia acontecido. O escritório afastou a advogada de qualquer
audiência da empresa.
20m
O cliente e o preposto não entendem a ordem da audiência. Por isso, é preciso expli-
car cada passo do que vai acontecer na audiência. A mesma coisa é preciso ser feita com
o preposto.
A primeira audiência é rápida.
Ex.3: audiência trabalhista para pedir a rescisão direta do contrato de trabalho e algumas
outras verbas. A empregada disse que era obrigada a vender celulares falsificados como se
fossem verdadeiros, descumprindo o contato de trabalho. Na fase de instrução, a primeira
testemunha disse que sabia que os celulares eram falsificados, por vinha uma lista em turco
e tudo que era turco era do Paraguai.
25m
O advogado da reclamante não quis mais fazer perguntas, o juiz estava satisfeito e o
advogado da outra parte não queria mais fazer perguntas. O advogado chamou outra teste-
munha. O juiz não quis fazer perguntas. O juiz da reclamante perguntou onde a testemunhas
buscava os celulares e pela descrição da testemunha era uma loja oficial da Claro.
30m
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Como o processo estava ruindo, o advogado da reclamante partiu para o acordo. A recla-
mante deu um beliscão no advogado, por estar tentando acordo. Ele pediu para o juiz para
conversar com a cliente. O advogado explicou que as testemunhas não convenceram o juiz
sobre a falsificação dos celulares. Por isso, eles fizeram um acordo. Uma coisa é a primeira
tentativa de acordo, quando os celulares ainda são falsificados. A segunda tentativa concilia-
tória é o ímpeto de fazer acordo é após as razões finais e antes da sentença. Vem primeiro
a tentativa conciliatória.
35m

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Aryanna Linhares.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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