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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO

Audiência III
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AUDIÊNCIA III

Conforme art. 852-C a audiência é una. Tudo deve ocorrer em uma única data. A primeira
coisa que ocorre é o pregão, no dia da audiência, as partes são chamadas para a sala de
audiência. Há a primeira tentativa conciliatória. O juiz pode incentivar a conciliação a qual-
quer outro momento da audiência. Após, há a apresentação da defesa.
Quando o reclamado apresenta a defesa, há fatos modificativos, impeditivos, instintivos
do direito do autor, são novos fatos. Junto, vêm documentos. A outra parte tem que ter o
direito de se manifestar contra esses novos fatos e documentos. Por isso, a manifestação
tem que ocorrer na audiência una. A lei não dispõe sobre o prazo dessa manifestação. O
prazo é definido pelo juiz.
Ex.: um empregado ajuizou 6 reclamações trabalhistas contra a empresa. Na 6ª reclama-
ção, já não havia muito o que pedir. Era uma reclamação de sumaríssimo, o pedido era de
férias. A empresa tinha um setor que avaliava o cargo do empregado, o tempo que trabalhou
e as condenações comuns. A empresa não fazia acordos e não fez na primeira tentativa con-
ciliatória. O advogado da parte pediu prazo para que ele pudesse se manifestar. A juíza falou
que era procedimento sumaríssimo e a manifestação é oral quanto aos documentos.
5m
O advogado começou a falar sobre o Presidente. Do nada, começou a apresentar a sua defesa.
Tinha sido a primeira audiência do advogado e ele havia esquecido que a audiência era una no
procedimento sumaríssimo e ele deveria se manifestar de forma oral no curso da audiência.
10m
Depois, vem o depoimento das partes, primeiro do reclamante e depois do reclamado. O
juiz pode inverter a ordem. Posteriormente, há a oitiva de testemunhas do reclamante e do
reclamado, peritos e técnicos. Há prova pericial no procedimento sumaríssimo. Na sequên-
cia, há as razões finais. O juiz pode fazer a 2ª tentativa conciliatória, mas não é obrigada, pois
pode fazer quaisquer outras tentativas a qualquer momento. A sentença é proferida de forma
oral e em audiência. O art. 852-I, da CLT, dispõe que as partes saem intimadas da sentença
na própria audiência.
Ex.: o advogado ajuizou a reclamação. O reclamado apresentou a contestação, mas a
contestação era enorme e tinha um grande volume de documentos. Como o procedimento
era sumaríssimo e a audiência era una, ele teria que se manifestar na audiência de forma
oral. Ele pediu prazo ao juiz para se manifestar devido à quantidade de documentos. O juiz
não quis, alegando que a audiência era una no procedimento sumaríssimo. O advogado con-
testou que o juiz também teria que apresentar a sentença de forma oral no final da audiência.
ANOTAÇÕES

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O juiz entendeu que ele também não conseguiria se manifestar de forma oral contra todos os
documentos e concedeu o prazo de 15 dias para a manifestação.
15m
Quando o volume de documentos é excessivo de forma que a parte se manifeste quanto
aos documentos, ela pode pedir ao juiz prazo para se manifestar. É um caso em que a audi-
ência é interrompida.
Iniciada a sessão, o juiz fará a primeira tentativa conciliatória (art. 846, CLT). Se não for
possível a conciliação, ocorrerá a leitura da petição inicial, quando esta não for dispensada
por ambas as partes (é costume a dispensa dessa leitura), e, depois, a apresentação da
defesa, em (art. 847, CLT). É de praxe a apresentação de defesa escrita. A defesa pode ser
20m
enviada eletronicamente, por escrito, antes da sessão, caso não o seja, deverá ser apresen-
tada na própria audiência (art. 847, CLT).
Após a apresentação da defesa, ocorrerá a réplica em 15 dias, nos moldes dos arts. 350
e 437, § 1º, do CPC, tendo em vista que a CLT é omissa. No procedimento sumaríssimo, à
luz do art. 852-H, § 1º, sobre os documentos apresentados por uma das partes, manifestar-
-se-á imediatamente a parte contrária, sem interrupção da audiência, salvo absoluta impos-
sibilidade, a critério do juiz.
A audiência seguirá com o depoimento das partes (art. 848, CLT), oitiva de testemunhas,
peritos e técnicos (art. 848, caput e § 2º, CLT). Segundo o art. 775, § 2º, da CLT, ao juízo com-
pete alterar a ordem de produção dos meios de prova, adequando-os às necessidades do
conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito. O juiz deverá levar em conta a
distribuição do ônus da prova no processo para determinar a ordem da produção das provas.
Nos termos do art. 850 da CLT, “terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões
finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma...”. Após as razões finais,
o juiz renovará a proposta de conciliação e proferirá sentença (art. 850, CLT).

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Aryanna Linhares.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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