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TREINAMENTO DA
FORÇA
- ESPECIAL
Ciclismo: Provas de Sprint na Pista
Ricardo de Barros
(Riccardo Rambo)
Londrina – PR
2021
FICHA CATALOGRÁFICA
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Dados Internacionais de Catalogação
(Even3 Publicações, na Publicação (CIP)
PE, Brasil)
(Even3 Publicações, PE, Brasil)
DOI: 10.29327/532752
ISBN: 978-65-594-1225-9
CDD 796
CDU 796.6
Sobre o Autor
PROJETO:
Conselho Editorial
Os originais da presente obra foram
submetidos à comissão consultiva editorial,
tendo sido aprovados pelos consultores
ad hoc responsáveis, e recomendada
a sua publicação na forma atual.
Comissão Editorial
Prof. Dr. Abdallah Achour Junior (UEL)
Prof. Dr. Antonio Carlos Gomes (Sport Training)
Prof. Ms. Clovis Alberto Franciscon (UNCF-ET – Rússia)
Prof. Dr. Edson M. G. Palomares (UNCFR)
Prof. Dr. Hélcio Rossi Gonçalves (UEL)
Prof. Dr. João Paulo Borin (Unicamp)
Prof. Dr. Paulo Roberto de Oliveira (Unicamp)
Prof. Dr. Pedro Lanaro Filho (UEL)
Prof. Dr. Roberto Paes (Unicamp)
Prof. Dr. Sérgio Gregório da Silva (UFPR)
Prof. Dra. Tatiana G. Fomitchenko (Rússia)
Prof. Dr. Wagner de Campos (UFPR)
Prof. Dr. Waldomiro de Oliveira (UFPR)
Edmund Burke
Agradecimentos
O autor
Prefácio
Sumário
CAPÍTULO 1
Fundamentos Metodológicos do Treinamento de Força Especial (TFE) ............. 21
1.1. Processo de obtenção da maestria esportiva ................................................. 24
1.2. Gestão do processo de treinamento ............................................................... 25
1.3. Papel do TFE no processo de treinamento ..................................................... 26
1.4. Melhorando a estrutura biodinâmica do exercício de competição ................. 27
1.5. Movimento-chave do exercício competitivo ..................................................... 28
1.6. Aumentando o efeito de trabalho dos movimentos-chave do exercício
de competição .................................................................................................. 28
1.7. Princípios do treinamento de força especial ................................................... 30
1.7.1. Princípio da prioridade principal do treinamento de força especial
no sistema de treinamento .................................................................... 30
1.7.2. Princípio da concentração das cargas de treinamento de força
especial durante um estágio limitado do sistema de treinamento ........ 30
1.7.3. Princípio da separação cronológica da carga de treino de força
e do trabalho voltado para a melhoria da velocidade,
endurance e técnica do exercício de competição ................................ 31
1.7.4. Princípio da superposição das cargas de força com diferentes
ênfases de treino ................................................................................... 31
CAPÍTULO 2
Capacidades de Força ............................................................................................... 33
2.1. Capacidades de força no ciclismo de pista ..................................................... 37
2.2. Metodologia dos meios de treinamento de diferentes capacidades de força ..... 38
CAPÍTULO 3
Meios de Treinamento ............................................................................................... 39
3.1. Princípio da correspondência dinâmica .............................................................. 42
3.2. Modos de tensão muscular e métodos de desenvolvimento ............................ 43
3.3. Princípio de integração dos meios de treinamento em um sistema .................. 44
3.4. Características gerais dos meios de TFE ............................................................ 44
3.5. Regras de aplicação dos meios de TFE em um processo de treinamento ....... 45
3.6. Meios de TFE para trabalhar o movimento-chave e o movimento
secundário no ciclismo de pista .......................................................................... 46
3.6.1. Exercícios contra resistência ................................................................. 48
3.6.2. Exercícios especiais para a intensificação do trabalho muscular
no regime específico ............................................................................. 50
3.6.3. Exercícios especiais no ciclismo .......................................................... 51
CAPÍTULO 4
Treinamento de Saltos ............................................................................................... 53
4.1. Salto de impulso único ......................................................................................... 56
4.2. Saltos múltiplos .................................................................................................... 56
4.3. Saltos múltiplos com deslocamento .................................................................... 58
4.4. Saltos com sobrecarga ........................................................................................ 60
4.5. Salto em profundidade ......................................................................................... 62
CAPÍTULO 5
Métodos de Treinamento ........................................................................................... 65
5.1. Aspectos metodológicos gerais .......................................................................... 68
5.2. Método do esforço máximo ................................................................................. 69
5.3. Método do esforço repetido ................................................................................. 70
5.4. Método do intervalo .............................................................................................. 73
5.5. Método isométrico ................................................................................................ 74
5.6. Método estático-dinâmico .................................................................................... 75
5.7. Método Pletnev ..................................................................................................... 75
5.8. Método complexo ................................................................................................. 76
5.9. Método da estimulação ........................................................................................ 77
5.10. Método circular ................................................................................................... 80
5.11. Orientação geral dos métodos de treinamento. ................................................ 81
CAPÍTULO 6
Sistema de Treinamento em Blocos (STB) ............................................................. 83
6.1. Carga concentrada e efeito posterior duradouro de treinamento (EPDT) ......... 85
6.2. Princípio da superposição .................................................................................... 88
6.3. Princípio da Prioridade Temporal ......................................................................... 88
6.4. Modelos de organização de diferentes tipos de cargas ..................................... 88
6.4.1. Complexo paralelo ................................................................................. 88
6.4.2. Sequência conjugada ............................................................................ 89
6.5. Modelo padrão do STB ......................................................................................... 90
6.6. Modelo do STB para esportes de força e velocidade ......................................... 92
6.7. Modelo para esportes de endurance ................................................................... 94
CAPÍTULO 7
Preparação em Longo Prazo (muitos anos) para Ciclismo de Pista ..................... 95
7.1. Faixa etária em que os atletas costumam apresentar conquistas
na modalidade ciclismo de pista ......................................................................... 98
7.2. Duração das etapas de treinamento e idade mínima de admissão
nas etapas de preparação de muitos anos de ciclismo de pista ....................... 98
7.3. Volume do processo de treinamento pelo tipo de preparação
nas etapas de preparação de muitos anos de ciclismo de pista ....................... 99
7.4. Volume máximo de carga de treinamento para ciclismo de pista ..................... 99
7.5. Testes e índices de treinamento físico geral e especial para admissão
ao grupo na etapa preliminar de preparação no ciclismo de pista ................. 100
7.6. Testes e índices de treinamento físico geral e especial para admissão
ao grupo na etapa de especialização inicial no ciclismo de pista ................... 101
7.7. Testes e índices de treinamento físico geral e especial para admissão
ao grupo na etapa de especialização profunda no ciclismo de pista ............. 102
7.8. Testes e índices gerais e especiais de treinamento físico para admissão
ao grupo na etapa de resultados superiores no ciclismo de pista .................. 103
CAPÍTULO 8
Teste Experimental .................................................................................................. 105
8.1. Características do atleta ..................................................................................... 107
8.2. Modelo de ciclismo de pista sprint .................................................................... 107
8.3. Esquema geral do plano .................................................................................... 108
8.4. Macrociclo ........................................................................................................... 109
8.5. Testes e resultados ............................................................................................. 110
Introdução
Ricardo de Barros
(Riccardo Rambo)
CAPÍTULO
1
Fundamentos Metodológicos do
Treinamento de Força Especial
(TFE)
Yuri Verkhoshansky e
Natalia Verkhoshansky, 2011
Fundamentos Metodológicos
do Treinamento de Força Especial (TFE)
PROCESSO DE TREINAMENTO
Especificidade Individualização do
das Modalidades Treinamento
Resultado Desportivo
Velocidade do Movimento
Potência dos
Habilidade de
Potencial de Trabalho Sistemas de
Utilização do do Sistema Motor Abastecimento
Potencial Motor Energético
Preparação Psicológica
Preparação Física
Preparação Especial
Tecnico-Tática
CAPÍTULO
2
Capacidades de Força
Capacidades de Força
A força humana, uma das qualidades físicas dos atletas, é a capaci-
dade de superar a resistência externa ou combatê-la através de esforços
musculares. A força é necessária em todos os tipos de ciclismo, mas em di-
ferentes proporções. Manifestações de força às vezes não detectam cone-
xões entre si ou mesmo se relacionam negativamente entre si, o que leva
à necessidade de diferenciar capacidades de força (Verkhoshansky, 1970;
Zatsiorsky, 1995).
As capacidades de força do atleta baseiam-se nas qualidades funcio-
nais do corpo que garantem a capacidade de superar a resistência externa
com a maior velocidade possível (Figura 3).
Po
F máx
tg α 2
f P
tg α 1
t
t máx
CAPÍTULO
3
Meios de Treinamento de Força
Tônica Força máxima. Elementos da ginástica, luta livre, Método com progressivo
Resistência de força. tiro, patinação de velocidade, aumento da resistência.
patinação artística, powerlifting. Método isométrico.
25°
0°
315° 45°
Glúteo Máximo
Reto Femoral
POWER STROKE
Vasto Medial
Vasto Lateral
270° 90°
Tibial Anterior
Gastrocnêmio
Bíceps Femoral
Semitendinoso
225° 135°
180°
160°
Agachamento
Subida no banco
Afundo
Figura 7
Panturrilha.
Figura 8
Levantamento terra.
RA
R0
RR Fonte: adaptado de
Y
Verkhoshansky (1996); Kovylin
et al. (2011); Fonda & Sarabon
(2012).
Força/potência:
Partidas em pé.
3 séries x 75 metros, 1 série x 125 metros.
Grupos de séries: 3.
Intervalo entre as séries: 1 a 2 minutos.
Intervalo entre os grupos de séries: 15 a 20 minutos.
Partida com giro em cadência muito baixa ou com a utilização de par-
tida no portão com a contagem de 5 segundos.
Recuperação ativa (giro com baixa velocidade) nos intervalos.
Alternar a perna de saída em cada série.
Acelerações:
2 séries x 125 metros.
Grupos de séries: 3.
Alternar a partida na posição em pé e sentado.
Intervalo entre as séries: 5 minutos.
Intervalo entre os grupos de séries: 15 a 20 minutos.
Velocidade:
100 metros lançado.
Séries: 4.
O objetivo é chegar ao início dos 100m na velocidade mais alta possível.
Sprints lançados:
Um sprint a cada 8 minutos.
Séries: 4.
Intervalo entre as séries: 8 minutos com giro em baixa velocidade.
Resistência de velocidade:
Giro de 500 metros.
Séries: 4.
Intervalo entre as séries: 20 minutos.
300 metros lançado.
Séries: 3 a 4.
O objetivo é chegar ao início da linha de 200 metros na maior velo-
cidade possível e continuar por mais 300 metros, mantendo a velocidade
mais alta possível.
Intervalo entre as séries: 20 minutos.
CAPÍTULO
4
Treinamento de Salto
Treinamento de Salto
Exercícios de saltos ou “exercícios pliométricos” e “pliometria” (como
passou a ser conhecido mundialmente), são exercícios que obtém a maior
potência na fase de superação de um movimento graças a pré-estimulação
do músculo durante a fase cedente, excêntrica ou pliométrica. É um meio
potente de adaptações neuromusculares e necessita uma metodologia cor-
reta para que estas ocorram. Os exercícios de saltos estimulam o sistema
nervoso central, o reflexo miotático e a ação de retorno elástica (energia
cinética) para produzir uma grande força explosiva (Figura 12).
Figura 12 – Sistema de sequência conjugada dos exercícios de salto.
Neste exercício:
– Os braços não estão envolvidos no movimento porque estão blo-
queadas pelo peso;
– O atleta usa os músculos do core para manter a posição vertical
diminuindo o impacto na coluna lombar.
Salto vertical com barra é um excelente meio de desenvolver força
explosiva contra uma grande resistência externa e devem ser realizados de
forma diferente, como se fosse uma série de saltos individuais. A fase de
agachamento deve ser realizada o mais rápido possível e saltar explosiva-
mente o mais alto.
O relaxamento muscular entre cada repetição deve ser realizado.
Deve-se começar de 2-3 séries de 10-15 saltos múltiplos com barra
(20-25 kg). Depois, esses saltos devem ser substituídos por 2-3 séries de 6-
8 saltos múltiplos com kettlebell (usar primeiro 16kg e aumentar até 32 kg).
Depois, os saltos com kettlebell podem ser substituídos pelo salto
vertical com barra, sobrecarga de 40-60%. 4-6 saltos são executados com
esforço máximo e com relaxamento muscular entre cada salto (a barra é
apoiada no suporte, sacuda as pernas relaxadas e imediatamente colocar a
barra nos ombros novamente para executar o salto subsequente).
série e ele tem dificuldade na fase excêntrica do salto, isso significa que o
atleta não está pronto para o uso do método de choque. É necessário prepa-
rar melhor os membros inferiores através de saltos múltiplos e aumente sua
força explosiva através de saltos de sobrecarga.
6. O salto em profundidade unilateral é um exercício muito específico
para atletas de alto nível.
CAPÍTULO
5
Métodos de
Treinamento de Força
1 RM
25
20
15
10
Alto Meio Baixa Muito Baixo Alto, Meio, Baixo e Muito Baixo
1 RM
30
20
10
0
Estático Dinâmico
Concêntrico Ecêntrico
Isométrico Concêntrico. ecêntrico, isométrico
Variante 1: Principal.
2-3 repetições com sobrecarga de 90-95% de 1RM (com relaxamento
muscular obrigatório entre repetições).
2-4 sets.
Intervalos de 4-6 minutos.
Uma vez a cada 2-3 semanas durante o período preparatório, uma
vez a cada 1-2 semanas durante o período competitivo.
Variante 2: Alternativa.
7 repetições: 3 x 90%, 1 x 95%, 1 x 97%, 1 x 100%, 1 x 100% + 1 a 4kg
Intervalo de 4-5 minutos.
Se o atleta sentir que não conseguirá fazer a última repetição com
100% + 1 a 4kg, realizar o intervalo de 6 a 8 minutos e repetir as repetições
com 90%, 95%, 97% e 100%.
Variante 3: Cedente.
Trabalho no regime cedente com a sobrecarga de 120 a 130% do
peso máximo.
4-5 repetições.
3 séries.
Intervalo de 3 a 4 minutos.
O peso é levantado na fase de superação com a ajuda de companheiros.
Variante 2: Velocidade.
Um conjunto de séries inclui: 2-3 séries de 3-4 repetições com peso
de 50-75% 1RM e 2-3 séries de 6-8 repetições com peso de 30% 1RM, re-
alizados em velocidade máxima e relaxamento muscular entre repetições;
Intervalo de descanso entre os séries: 4-6 minutos;
Intervalos de descanso entre os conjuntos: 8-10 minutos.
Considerações metodológicas:
1. No primeiro exercício devem ser trabalhados os principais grupos
musculares de alta intensidade. No segundo exercício, a estrutura motora
deverá aproximar-se do exercício de competição o mais próximo possível e
ser conduzida com extremo esforço explosivo.
até 100
Força máxima. 1-3 2-5 2-5 Lento Arbitrário
e mais
Método
de esforço Força máxima
máximo com um ligeiro
90-95 5-6 2-5 2-5 Lento Arbitrário
aumento da
massa muscular.
Aumento
simultâneo de
85-90 5-6 3-6 2-3 Média Médio
força e massa
muscular.
Aumento
predominante da
Método
massa muscular
de esforço 80-85 8-10 3-6 2-3 Média Médio
repetido com um aumento
simultâneo da
força máxima.
Alto a
EML 50-70 15-30 3-6 3-6 Média
máximo
Antes da
Método redução
Velocidade dos Recuper.
de esforço 15-35 1-3 de Máximo Alto
movimentos. incompleta
dinâmico. veloci-
dade
Antes da
Força explosiva, redução
Método de Recuper.
habilidade 15-35 5-8 de Máximo Arbitrário
choque. incompleta
reativa. veloci-
dade
CAPÍTULO
6
Sistema de
Treinamento de Blocos
(STB)
Natalia Verkhoshansky e
Yuri Verkhoshansky, 2007
Resultados
B (contemporâneo)
A (tradicional)
Tempo
Formas de Adaptação
f2
f1
B
t
t1 t2
f3
I
C EA
B
A
II EA
A B C
Modelo Padrão
W2
W1 ΔW
W f2
f1 Δf
A B C Vol
t
Bloco B
O objetivo principal é aumentar a força explosiva e força inicial.
Usados aqui são exercícios de resistência com vários pesos e exercí-
cios isométricos realizados com um alto nível de esforço explosivo. Poderia
ser usado também o método complexo de SST. Isso garante volume suficien-
te e uma forte influência de treinamento no corpo como um todo, e espe-
cialmente no sistema esquelético-muscular, que causa profundas alterações
adaptativas.
Para jumpers T&F deve ser usado os saltos sobrecarregados (Saltos
de agachamento com barra, Saltos de Agachamento de Kettlebell) e saltos
“curtos” intensivos (saltos triplos e saltos quíntuplos).
Os exercícios de corrida de intensidade devem ser gradualmente au-
mentados neste período. Poderia ser usado também 50m delimitando cor-
ridas.
Bloco C
O objetivo principal é a capacidade reativa e potência de esforço de
trabalho.
Meios específicos de alta intensidade, incluindo exercícios no regime
de choque do trabalho muscular e os elementos do exercício de competição
são utilizados. Isso significa criar condições de trabalho para o sistema mus-
cular que mais aproxima os competitivos A tarefa de tais meios reside na
perfeição da capacidade do atleta de exibir um esforço explosivo altamente
concentrado a fim de alcançar novos, nunca antes acessíveis, níveis de po-
der de tensão muscular em regime de trabalho específico.
Atletas utilizam nesta etapa o exercício de corrida de sprint, saltos
e saltos específicos, os elementos dos exercícios de competição realizados
com o controle da técnica de execução e esforço máximo de poder e o traba-
lho técnico em toda a competição exerce a execução.
O aumento da força explosiva tende a ocorrer rapidamente nas pri-
meiras semanas de treinamento, mas não de forma contínua à medida que o
V1
ΔV
VO
V f1
Δf
fO
I
A B C
t
f
Frequência cardíaca
Volume cardíaco
II
Potência de trabalho específico
CAPÍTULO
7
Preparação em Longo Prazo
(muitos anos) para Ciclismo
de Pista
Treinamento
física especial 24-35 28-35 10-30 16-35 32-48 24-50
(%).
Treinamento
15-24 20-30 30-41 30-41 13-26 16-32
técnico (%).
Treinamento
tático,
1-2 2-3 2-3 2-3 2-4 1-2
teórico e
psicológico (%).
Participação
em competições ––– 0,5-1 3-5 3-5 8-10 7-12
(%).
Fonte: Barros e Romeo (2016); adaptado de Ministério do Esporte da Rússia (2013).
Horas de treinamento
6 9 12 16-20 24-28 32
por semana
Treinamento por
3-4 3-5 6 7-12 9-14 9-14
semana
Horas de treinamento
312 468 624 832-1040 1248-1456 1664
por ano
Volume total de
156-208 156-260 312 364-624 468-728 468-728
treinamento por ano
CAPÍTULO
8
Teste Experimental
Teste Experimental
O teste experimental foi realizado na preparação do atleta Davi Ro-
meo para o Campeonato Estadual do Paraná em 2018. Neste campeonato o
atleta se sagrou campeão.
1200 –
1000 –
Potência (W)
800 –
600 –
400 –
0 5 10 15 20 25
Tempo (seg)
Potência máxima: 1020W.
Potência média: 752W.
Potência no final de 200m: 568W (44% de queda).
Velocidade máxima: 63,5 km/hora.
Pico de cadência: 150 rpm.
Cadência média: 142 rpm.
2000 –
1750 –
1500 –
Potência (W)
1250 –
1000 –
750 –
500 –
250 –
0–
0 10 20 30 40 50 60
Tempo (seg)
Potência máxima:1799W.
Potência média: 757W.
Potência no final de 200m: 399W (78% de queda).
Velocidade máxima: 63,5 km/hora
Pico de cadência: 150 rpm.
Cadência média: 127 rpm.
A correlação entre a primeira volta e a última vez para os oito melho-
res ciclistas dos 1000m no Campeonato Mundial de 1998, entretanto, não
houve relação entre a volta final e o tempo final.
8.4. Macrociclo
Bloco A1 A2 A3 B
(%)
50 60 65 65 60 55 20 15 10 ––
Exercício especial
(%)
15 20 25 30 35 40 50 60 70 80
Exercício competitivo
Testes + + + +
(%) Redução do
5 10 12
parâmetro funcional
Fonte: do autor (2020).
120 115
110
110
105
100
100
90
Pré Meio Pós 95
200m 90
85
Pré Meio Categoria 3
Fonte: do autor (2020).
Salto em Distância Agachamento
Sessão de Treino B
Saltos Os exercícios devem ser executados com esforço submáximo e com os intervalos de
descanso que garantam a recuperação completa.
Saltos múltiplos de passada longa (perna a perna).
Série: 3 a 4.
Distância: 30 a 60 metros.
Saltos múltiplos verticais (agachamento com salto).
Séries: 4.
Repetições: 5 a 10.
Saltos múltiplo “ziguezague” avançando sobre um banco (com altura de 30 a 50 cm).
Séries: 2 a 3.
Repetições 8 a 12.
Saltos múltiplos sobre barreiras (1 metro).
Séries: 2 a 3.
Repetições: 5 a 10.
Sessão de Treino B
Saltos 6 saltos de passada longa (1 na perna direita e 1 na perna esquerda; ou, 2 na perna direita e 2
na perna esquerda).
Repetições: 6 a 8.
Série: 3 a 4.
Intervalo entre as repetições: livre.
intervalo entre as séries: 8 a 10 minutos.
Esforço máximo.
Saltos múltiplos horizontais (sobre barreiras/obstáculos).
Repetições: 8/10 repetições
Série: 3.
Grupo de séries: 2.
Intervalo entre as repetições: 1 minuto.
intervalo entre as séries: 4 a 6 minutos.
Esforço máximo.
Sessão de Treino C
Saltos com Saltos múltiplos com barra.
sobrecarga Repetições: 10 segundos.
Série: 3 a 4.
intervalo entre as séries: 3 a 5 minutos.
Esforço máximo.
ANEXOS
Anexo 1
Estado psicoemocional e carga de treinamento.
Carga de
Estado Psicoemocional do Atleta Decisões do Treinador
Treinamento
Calma, alguma inércia (atividade moderada),
Aumentar a intensidade e
1 baixa ansiedade, baixa agressividade, apetite Baixa
o volume da carga.
e sono satisfatório.
Alta atividade, calma, bom humor e baixa Aumentar a intensidade
2 Média
agressividade. da carga.
Anexo 2
Heterocronismo da recuperação das capacidades motoras.
Recuperação (horas)
Capacidade motoramotora
Carga Média Carga Considerável Grande Pesada
Coordenação 6 – 12 12 – 24 24 – 48
Flexibilidade 6 – 12 12 – 24 24 – 48
Velocidade 12 – 24 24 – 48 48 – 72
Força explosiva 24 – 36 36 – 48 48 – 60
Força máxima 36 – 48 48 – 60 60 – 90
Resistência anaeróbica submáxima 12 – 24 24 – 48 48 – 60
Resistência anaeróbica máxima 36 – 48 48 – 60 60 – 72
Resistência aeróbica submáxima 36 – 48 48 – 60 60 – 72
Resistência aeróbica máxima 48 – 60 60 – 72 72 – 96
Fonte: adaptado de Platonov (2008).
Anexo 3
Sintomas de fadiga após cargas variadas.
Carga excessiva
Período após
Indicador Carga média Carga Pesada (alterações
carga excessiva
diretas)
Coloração da Levemente Fortemente Muito fortemente Palidez mantida
pele avermelhada. avermelhada. avermelhada ou por alguns dias.
excessivamente
pálida.
Movimento Realização Aumento dos Forte Perturbação dos
confiante. erros, diminuição perturbação da movimentos e
da precisão, coordenação, falta de força na
insegurança. fraco realização das
desempenho tarefas.
nos movimentos,
erros evidentes.
Concentração Normal, Falta de atenção Diminuição Falta de atenção,
suficiente na explicação, significativa da incapacidade
para. realizar diminuição da concentração, de correção dos
as correções, disposição. grande exercícios após
atenção nervosismo, 24 ou 48 horas
totalmente diminuição da de descanso,
voltada para a rapidez das incapacidade de
explicação e reações concentrar-se em
demonstração trabalho mental.
dos exercícios.
Estado geral Sem Fraqueza Sensação –––
reclamações, muscular, de peso nos
todos os dificuldade para músculos,
trabalhos de respirar, perda da tontura, náusea.
carga são força, diminuição
executados. da capacidade de
trabalho.
Vontade aos Desejo Atividade Desejo de Falta de vontade
movimentos persistente reduzida, interromper o para reinar,
de continuar tendência a fazer treinamento e indiferença,
treinando. pausas longas, descansar. oposição as
diminuição exigências do
da vontade treinador.
de continuar
treinando.
Humor Elevado, Um pouco Surgimento Depressão,
alegre, “silenciado”, mas de dúvidas dúvidas
entusiasmado. alegre quando em relação constantes a
os resultados ao significado respeito do
do treinamento e razão do significado do
correspondem treinamento, treinamento,
ao esperado, medo diante do busca de motivos
satisfação diante treinamento a ser para faltar ao
do treinamento a realizado. treino.
ser realizado.
Fonte: adaptado de Platonov (2008).
AHMAIDI S.; GRANIER P.; TAOUTAOU Z.; MERCIER J.; DUBOUCHAUD H.; PREFAUT C.
Effects of active recovery on plasma lactate and anaerobic power following repeated
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