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“Fonte de Belém”
PEDAGOGIA
PEDAGOGIA
INTRODUÇÃO:
Muitas pessoas nas igrejas sofrem a inquietude de um educador que não foi
preparado para a sua missão. A tarefa do Educador Cristão é bastante difícil.
Exige reflexão, dedicação, ponderação e sobretudo personalidade, porque o
educador deve, primeiro de tudo, ser um modelo daquilo que apregoa.
Ensinar é uma ciência e, como tal, exige técnica. Mas a maioria dos lideres de
nossas igrejas não estão convencidos disto. Estamos na era da tecnologia e as
mudanças tem que seguir este compasso.
Outra grande dificuldade que teremos no relacionamento entre Educador e
Educando é a falta de senso psicológico. Se não tivermos alguns
conhecimentos de Psicologia Educacional, negligenciaremos em muito a
função do ensinador.
O maior dos psicólogos é sem dúvida Jesus Cristo. Ele demonstrou isso para
com a mulher adultera, ensinando aqueles que queriam apedrejá-la de que eles
não estavam em melhor situação que aquela mulher. Na conversa com a
mulher Samaritana, ao pagar seus impostos, entre outros.
Ele mostrou solução para os problemas do homem e, por conseguinte, também
para àqueles da sociedade. Conhecendo perfeitamente as potencialidades e
limitações humanas, usou uma pedagogia simples e aberta, pois declarava que
as leis haviam sido feitas para o homem, não o homem para a lei...Preferindo
promover a condenar. Jesus é o Psicólogo inconteste, o árbitro sem erros, seu
julgamento não excede, não omite, não perde em coerência, não esquece em
misericórdia. Sua filosofia é atual para nossos dias, não omitiu nem aos
comerciantes, nem governantes, nem o cidadão, nem a sofrida dona-de-casa,
tampouco às crianças, as quais declarou ser o reino dos céus.
Se alguém quiser um modelo a ser seguido, o maior e melhor de todos eles é o
MESTRE, Jesus Cristo.
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1. O PROFESSOR / MESTRE
“ Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho
também vós, porque esta é a lei e os profetas” ( Mt 7.12)
1.1 – Conhecer
Só poderemos amar alguém, se o conhecermos. E como conhece-lo se não
escutar sua história, nem analisar seu temperamento. Precisamos entender que
para cada tipo de aluno, há uma forma ou estratégia a ser usada. Vejamos
alguns tipos de alunos que você pode ter em uma sala de aula:
1.1.1 – O Perguntador
“ Faz perguntas sem muito nexo, muitas vezes fora do assunto em pauta,
tirando o professor da ordem lógica a ser seguida.”
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1.1.2 – O Indeciso
“ Não convicção do que sabe, e quando é ensinado fica em dúvida se a linha a
ser seguida é realmente convincente”
1.1.3 – O mau humorado
“ Não aceita brincadeira, não aceita críticas, não se entrosa com a turma”
1.1.4 – O falante
“Não perde a oportunidade de fazer gracejos, é bem humorado, porém precisa
ser moldado pelo professor, do contrário toma a aula para si. Tem a tendência
de ser exibicionista”
1.1.5 – O tímido
“Pessoa introvertida, precisa de ajuda do próprio professor para envolver-se
com os demais alunos, principalmente quando chega em turma já formada.
Tem dificuldades para apresentar trabalhos oral, porém é bem aplicado em
suas tarefas.”
1.1.6 – O sabe tudo
“Tem facilidade de discordância, aparenta ter conhecimento de assunto,
mesmo sendo muito superficial, é importante observar bem as colocações
verbais e ter cuidado para que não tome posse da aula. Tem a tendência de
ensinar mesmo não sabendo ao certo.”
1.1.7 – O distraído
“ Está sempre em outra sintonia; presta atenção nas tarefas dos outros menos
em suas tarefas.”
1.1.8 – O indiferente
“ É desatencioso, relaxado nas tarefas, não tem pontualidade na entrega de
suas tarefas e nem nos horários a cumprir.”
1.1.9 – O preguiçoso
“Não faz as anotações propostas pelo professor, não passa a limpo suas
tarefas, não estuda a matéria”
1.1.10 – O ativo
“Participante tanto individual como em grupo, cumpridor de suas obrigações,
de fácil relacionamento com amigos e professores”
1.2 – Aceitar
É preciso considerar ainda que toda pessoa herda de seus genitores caracteres
de saúde e de temperamento, nem pedidos , nem escolhidos. Então não deixa
de ser tarefa também dos educadores aceitar a maneira, muitas vezes até difícil
de ser, de cada indivíduo. Esta atitude de aceitação é não só inteligente, mas
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uma atitude de verdadeiro amor. Nem sempre as pessoas são o que
gostaríamos que fossem, portanto aceitá-las é um dever cristão. ( 1 Co 13.7)
1.3 – Respeitar
É importante lembrar que respeito gera respeito, e quem tem vergonha não faz
vergonha. O respeito entre Mestre e discípulo, não é apenas uma questão de
ética, mais também um ato de duplicada honra, para ambos. (Professor X
Aluno).
1.3.1- O Educador não deve mentir nunca
1.3.2- O Educador não deve fazer promessas que não possa cumprir
1.3.3- O Educador não ofender verbalmente, não deve mandar calar, mais ter
senso crítico suficiente para ouvir, e se necessário, reconhecer os erros e
acertos tanto de si como de seu aluno.
1.4 – Exigir
Os professores são formadores de opinião, por isso devem entender que seus
alunos precisam aprender a defender suas teses, para que isso seja avaliado
pelo mestre, é necessário que faça exigências. A liderança do professor precisa
estar bem evidente entre os alunos. Sem exigências não haverão evolução,
desempenho, crescimento, amadurecimento, desenvolvimento no
conhecimento e na fé.
1.5 – Incentivar
Compete ao Mestre/ Professor, produzir incentivo aos seus alunos, afim de
que eles tenham crescimento no conhecimento, portanto o bom mestre é
aquele que incentiva seus discípulos a se desenvolverem e a crescerem.
1.6 - Paciência
A paciência é uma das maiores e nobres qualidades de um ensinador; já dizia
determinado Pedagogo suíço que “o educador que precisa de paciência é um
pobre mendigo” – Ensinar é um dom divino e é importante que isso seja feito
com graça e amor, lembrando que não somente instruímos, mas formamos
opinião e caráter Cristão.
Veja como o ensino faz diferença na forma como seja ensinado. Observe a
ilustração através de uma historinha com ares irreverentes e que nos faz uma
grande admoestação:
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Um garotinho foi com a mãe à igreja católica, numa sexta-feira santa, e ao
observar tudo e todos, perguntou:
- Mãe, por que todos falam baixo e vestem roupas escuras?
- É porque Papai do céu morreu, meu filho.
Então o menino comentou aliviado:
- Graças a Deus, morreu aquele chato!
Talvez esta criança tenha ouvido tanto falar que Deus castiga, que Deus
ferimento, que Deus não gosta disso ou daquilo, que a impressão que passou a
ter de Deus era de uma pessoa chata, e má. Pois sob ameaças e temores não se
enxerga beleza, nem a do próprio Deus, que é cheio de Amor e Bondade.
2. PSICOLOGIA EDUCACIONAL
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modificado pelo treinamento recebido durante a infância, pela educação, pelas
atitudes básicas, pelas crenças, pelos princípios e pelas motivações.
A Personalidade: é a nossa expressão exterior (é a “face” que mostramos aos
outros). Reconhecemos a personalidade de uma pessoa pelo seu
comportamento relacionado com a maneira que ela reage ao ambiente.
Encontrar um aspecto comum entre duas ou mais coisas para lembrar mais
facilmente, a propaganda usa muito isso. São idéias que vão justas em termos
de função como causa e efeito.
Ex: quando ensinar algo do VT, deverá fazer uma associação de como o
mesmo conceito aparece no NT ou nos ensinos de Jesus.
Ex 12.7 – a relação desse episódio no Novo Testamento é que Jesus foi o
perfeito cordeiro sacrificado por nós, para que não morrêssemos. Jesus nos
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resgatou com seu sangue, nos dando redenção, liberdade e salvação.
É ótimo estudar por 20-25 minutos. Logo após, o indivíduo deve mudar de
atividade a fim de deixar a mente absorver o que foi ensinado ou estudado.
Depois de um intervalo pode voltar a se concentrar no estudo. (Há pessoas
excepcionais que podem se concentrar bem por uma hora ou mais. No entanto,
a habilidade de se concentrar nem sempre aumenta na mesma proporção do
que a pessoa pode lembrar).
- Da associação vem a compreensão. Comparando vossa mente com
um computador, nós, como Ele, guardamos informações em algum
“lugar”. Esse lugar é a memória. É essencial que a informação que
entrar em “nosso computador” seja correta e clara.
Aprendizagem visual
Modalidades Aprendizagem auditiva
Aprendizagem pelo tato
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aprendizado é bem maior quando você faz a lição de forma manual.
Até 90% do que se fala – Exemplo: leitura, recitativo de memória,
perguntas, reconstituição da lição, temas desenvolvidos, discussão orientada,
mesa redonda, exposição ou preleção. Um antigo provérbio chinês diz: “o que
ouço, esqueço; o que vejo lembro; o que faço, aprendo”.
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Estudando o ensino do Mestre Jesus, vemos que, ADEQUAR o ensino com o
intuito de repassar conhecimento foi sempre uma constante no ministério de
Jesus.
3.1.1.PESQUISA
PESQUISAR o seu público – alvo. Esta pesquisa pode ser por amostragem,
sem necessariamente envolver 100% dos indivíduos, e poderá ser
desenvolvida em duas (02) modalidades.
1º - QUANTITATIVA: Onde o principal enfoque é a quantidade (número) de
famílias que são alcançadas.
2º - QUALITATIVA: Diz-se de um enfoque na qualidade (como vivem, grau
de escolaridade, quanto tempo de fé, onde moram) além de enfocar também o
grau de formação cristã.
Somente agora, após repensar esses pontos, pode se partir para
discussão de alternativas de ensino, pois a pesquisa irá apontar com clareza
parâmetros para definição de uma linha de ação a ser seguida.
3.1.2.PLANEJAMENTO
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PARA QUE?
(São os objetivos que você pretende alcançar com essas ações)
COMO?
(É a metodologia, ou seja, a maneira ou fórmula para se alcançar os
objetivos)
COM QUEM?
(São os recursos humanos que serão utilizados: professores,
dirigentes, pastores, coordenadores etc.)
COM O QUE?
(São todos os recursos financeiros e materiais que serão utilizados)
A QUEM?
(É a clientela: família , alunos, seminaristas ou a quem se destina o
plano de adequação do ensino)
Um plano para se constituir um instrumento de ação precisa ser muito bem
redigido, isso significa apresentação de diretrizes claras, práticas e objetivas.
“Como exemplo de bom planejador temos Deus, que foi o primeiro a
fazer planos. E porei inimizade entre a tua semente e a sua semente, esta te
ferirá a cabeça. Gn.3.15”
O próprio Jesus diz que é néscio o homem que antes de fazer algo não
planeja. Lc. 14.28.31.
3.2.1. Ensino Bíblico – para exercer com êxito este ministério, o ensinador
cristão deve ter em mente os 04 pontos básicos do Ensino Bíblico:
1.1- O que ensinar?
a) A bíblia, ela “é a única regra de fé e conduta do cristão”, todo o
ensino cristão deve se basear na bíblia.
1.2- Por que ensinar?
a) Para cumprir um mandado do Senhor Jesus (Mt 28.19,20).
b) Se não ensinarmos a verdade aos homens, eles aprenderão a
mentira.
c) Para ganhar almas (Mt 28.19,20).
d) Desenvolver e fortalecer espiritualmente os crentes em Jesus (2 Pe
3.18).
e) Preparar novos ensinadores (2 Tm 2.2).
1.3- A quem ensinar?
a) Homens e mulheres, de todas as idades.
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b) Crentes e não-crentes.
c) A todos os que querem aprender.
1.4- Como ensinar?
a) Conhecendo bem a Cristo como Salvador e Senhor.
b) Conhecendo bem o conteúdo do ensino, isto é, a Bíblia.
c) Conhecendo bem os alunos.
d) Conhecendo vários métodos de ensino.
e) Fazendo pesquisas, consultas e com convicção de seu
conhecimento.
O ARTISTA DO ENSINO
O professor.
As relações entre estética e pedagogia.
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Uma aula artística.
Virtudes do professor-artista.
Recursos teatrais.
Literatura, arte e ensino.
A Difícil Arte de Ensinar
Aquele professor não tem didática! Esta frase é constante entre os alunos
secundaristas e também universitários quando comentam sobre a aula de
algum professor que pode até ser um excelente pesquisador e que com certeza
tem domínio de alguma disciplina, mas que não consegue fazer uma ponte
entre o que sabe e o aluno. Isto é comum e mostra realmente que para ser um
bom professor não basta apenas saber, tem que saber ensinar, o que envolve
outros requisitos além de um conhecimento profundo do conteúdo.
O ensinar não envolve apenas as práticas que o professor possui, mas também
as maneiras pelas quais ele irá dispor desses conhecimentos em sala de aula. A
tão comentada didática, já vem desde os tempos imemoriais dos gregos e
significa um modo de facilitar o ensino e a aprendizagem do aluno de modos e
de condutas desejáveis. Isso requer um determinado esforço por parte do
educador, uma prática pedagógica bem construída, planejamento de suas aulas
levando em consideração as necessidades do aluno e seus conhecimentos
prévios. A preparação de quem deseja ensinar envolve conhecimentos
teóricos, não apenas de aulas práticas (que é muito importante), mas também
de teorias de aprendizagem, história e filosofia da ciência que contribuem
claramente para desenvolver uma capacidade mais profunda e crítica. Além
disso, o professor não deve fazer de sua prática educacional um ato
burocrático, que apenas ensina o que está nos livros, ou no currículo por ele
desenvolvido, simplesmente despejando conteúdo na cabeça dos alunos,
tratando-os como baldes mentais (teoria do balde mental, que só joga
informações), sem ter uma preocupação real se de fato a aprendizagem está
sendo construída.
Como pode-se perceber, são muitos os requisitos que fazem a diferença entre
o professor que sabe e o que sabe ensinar. Infelizmente, hoje criou-se a
imagem de que qualquer um pode ensinar, basta se munir de algumas bíblias
de estudo, ter participado de 1 ou 2 seminários para estar ensinando, sem
nenhum conhecimento pedagógico, psicológico e nem metodologia
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educacional. Reafirmando o que disse anteriormente, a formação de um
educador não requer somente as aprendizagens cognitivas sobre o diverso
campus do conhecimento, que sem dúvida é importante (porque deve-se saber
para ensinar), mas também deve haver uma preparação filosófica, técnica e até
afetiva para o ofício de ensinar.
Os conhecimentos auxiliam o professor a detectar dificuldades e obstáculos
que estejam impedindo a aprendizagem do aluno. As dificuldades são
diferentes de obstáculo, enquanto a primeira é técnica (não saber usar alguma
ferramenta matemática, por exemplo), a segunda por sua vez já se trata
daquelas concepções que os alunos trazem (as chamadas concepções
alternativas), que não lhes permitem apreender o significado correto de
alguma teoria.
E, apesar de tudo isso que tenho colocado, é importante salientar que um
educador nunca estará definitivamente pronto, formado, pois a sua preparação
e maturação se fará no dia-a-dia, na reflexão constante da sua prática.
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Para nos fundamentar melhor e refletirmos sobre como estamos educando e
sobre como poderemos fazer diferente, no sentido de melhorarmos nossa
prática como educadores cristãos, temos que buscar na cultura existente sobre
a educação algumas orientações que decididamente, contribuirão em muitos
aspectos para concretizarmos os desígnio divino em nossas vidas: educar.
Toda educação tem um propósito instrutivo, uma missão intencionada e,
portanto, precisa ser pensada, refletida cotidianamente, e em certa medida
planejada, para o que nos propomos ensinar seja realmente aprendido.
Para ensinarmos não basta sabermos o que vamos ensinar, o conhecimento
bíblico em si, temos que ter clareza de como cada ser humano pode e
consegue aprender. Até mesmo no seio familiar, na educação cristã que temos
o papel e responsabilidade de realizar. Para organizar o ensino (compartilhar
conhecimentos) precisamos entender como cada ser humano aprende, o que já
se sabe, o que não sabe e o que tem possibilidade de aprender a partir do nosso
ensino.
Leis do ensino e da aprendizagem
O aluno psicologicamente normal aprende quando motivado, estimulado
no seu psique, sendo despertando para a realidade, todo individuo aprende
quando gosta, quando necessita, quando vê fazer, (casos de visual) e
aprende quando faz. Para que haja um aprendizado é necessário que o
Mestre de ensino procure usar os métodos certos de ensino. Observando :
Idade do público alvo, Instalações escolares, Material didático e o objetivo
a ser alcançado. Aprende-se muito, quando se investiga e pesquisa
independentemente, quando está interessado pelo assunto, (o professor
pode ajudar nesse interesse) e principalmente quando confia ( em si
mesmo, na idoneidade , competência e preparo de seus mestres).
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formação consistente e sólida, firme nos princípios bíblicos, para que as
pressões do mundo dominado pelas armadilhas do inimigo não venham abalar
o povo escolhido por Deus.
Deste modo, podemos buscar na Psicologia uma contribuição importante de
Jean Piaget, estudioso da Psicologia Infantil, o qual nos ajuda a compreender
melhor, quais são as características básicas do ser humano ao longo do seu
desenvolvimento, e assim podemos ter uma visão de como podemos educá-lo,
nas relações que estabelecemos uns com os outros, seja na família, seja na
igreja ou ainda em outros espaços sociais.
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Do ponto de vista afetivo, a criança nutre um respeito pelos indivíduos que ela
própria julga superiores a ela: pais, professores e etc. É um misto de amor e
temor. A moral da obediência se dá pelo temor aos adultos.
3º Período das operações concretas (a infância propriamente dita – 7 a 11
ou 12 anos):
O egocentrismo da fase anterior entra em processo de superação. Inicia-se o
processo da construção lógica, ou seja, a criança consegue coordenar pontos
de vistas diferentes e integrá-los de modo lógico e coerente. Já é capaz de
cooperar com os outros, de trabalhar em grupos e, ao mesmo tempo de ter
autonomia pessoal. Em síntese já consegue: estabelecer relações entre as
coisas (causa e efeito); seqüência bem idéias ou eventos. Do ponto de vista
afetivo, ocorre o aparecimento da vontade como qualidade superior. A criança
adquiri uma autonomia crescente em relação ao adulto, passando a organizar
seus próprios valores morais. O sentimento de pertencer ao grupo de colegas
torna-se cada vez mais forte. A cooperação é uma capacidade que vai se
desenvolvendo ao longo deste período e pode ser um facilitador do trabalho
em grupo. Elas passam a questionar as regras dos adultos e a construir suas
próprias regras.
4º Período das Operações Formais (a adolescência – 11 ou 12 anos em
diante): Ocorre a constituição do pensamento abstrato, ou seja, o adolescente
realiza as operações no plano das idéias. É capaz de lidar com conceitos como
liberdade, justiça etc. Ele cria teorias sobre o mundo, dotado de uma
capacidade de reflexão espontânea, de acordo com o que pensa ser certo. E
então, tenta submeter tudo à sua forma de pensar. Passa por uma fase de
interiorização, em que aparentemente é anti-social, se afastando da família,
não aceita conselhos dos adultos. Do ponto de vista afetivo, sofre inúmeros
conflitos. Deseja libertar-se do adulto, mas ainda depende dele. Deseja ser
aceito pelos amigos e pelos adultos. O grupo de amigos é um importante
referencial para o jovem, determinando o vocabulário, as vestimentas e outros
aspectos de seu comportamento. Começa a estabelecer sua moral individual,
referenciada à moral do grupo de amigos.
Juventude e idade adulta: é nas fases anteriores que a personalidade já se
formou, nesta fase só irá consolidar-se. Não surge nenhuma nova estruturação
mental, o indivíduo caminha então para um aumento gradual do
desenvolvimento cognitivo, em profundidade, em uma maior compreensão
dos problemas e das realidades significativas que o atinge.
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Portanto, para realizarmos uma educação de qualidade que permita com que
os valores e princípios bíblicos e divinos sejam realmente aprendidos por
nossas crianças, adolescentes, jovens e adultos,
faz-se necessário entender como pode ocorrer a aprendizagem em cada estágio
do desenvolvimento, de acordo com a possibilidade de cada faixa etária. O
processo educativo na família pode ser salvaguardado, quando o realizamos,
dentro do que biblicamente Deus nos ordenou, o seu ensino, através do
testemunho de cristão que temos que apresentar aos que temos a
responsabilidade de educar.
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4.4.3. ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
a) Histórico da EBD
O que é a EBD? O termo "Escola Dominical" foi primeiramente usado pelo
jornalista evangélico Robert Raikes, na Inglaterra, a partir de (20/07) 1780,
quando começou a oferecer instrução rudimentar para crianças pobres em seu
único dia livre da semana: domingo, pela manhã e à tarde, pois a maioria
mesmo tendo pouca idade já trabalhava durante a semana. A Escola
Dominical nasceu para servir como o ensino público gratuito, orientado pelos
princípios da educação-cristã, vindo posteriormente o governo britânico e de
outros países a oferecer o sistema de educação pública e a se responsabilizar
oficialmente por ele. O movimento iniciado por Raikes é considerado o
precursor desse sistema. Portanto, o modelo da Escola Dominical do nosso
tempo não é o mesmo do britânico inicial, mas o tipo de escola que surgiu na
América do Norte muito tempo depois oferecendo um conteúdo curricular
bíblico não mais objetivando prioritariamente a aprendizagem da leitura e da
escrita de seus alunos e sim o conhecimento bíblico, a edificação espiritual, o
discipulado e a integração e a evangelização. Por isso, a Escola Dominical é o
momento especial da semana para que todos que pertencem a uma igreja local
(crianças, adolescentes, jovens, adultos, incluindo os novos convertidos),
primeiramente, se reúnam para estudar a Palavra de Deus de forma
pedagógica e metódica, e também promovam a comunhão, o discipulado e a
integração de novos crentes e a evangelização, cooperando para o
cumprimento da Grande Comissão de Jesus registrada em Mt. 28.18-20.
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dada recai sobre o professor quando na realidade o culpado é outro. É claro
que o professor tem suas responsabilidades, como veremos adiante.
Seja professor, ou seja aluno, ambos devem fazer tudo para a glória de Deus.
4.4.5. A ESCOLA DOMINICAL E A RESPONSABILIDADE DO
PROFESSOR
O bom professor é aquele que almeja a excelência do ensino e se empenha em
alcançá-la. Tem que ser como o apóstolo Paulo exortou: "...o que ensina,
esmere-se no fazê-lo" (Rm 12.7). Paulo recomenda àquele que ensina a
dedicação total desse ministério. Dedicação que resultará num progresso
constante do professor, quer seja em relação à habilidade no ensino e
crescimento espiritual de seus alunos; quer seja em relação a sua própria vida
cristã.
O professor da escola dominical deve ser o primeiro a viver o que ensina. A
classe nunca deve ser subestimada (muito menos a dos pequeninos). Ela
saberá se o professor está sendo sincero no que diz. Como também saberá se o
professor se preparou adequadamente para a aula. Fazer pesquisas de última
hora e preparar a aula às pressas nunca dá certo. Quando o professor não se
esforça para fazer o melhor, ele não apenas desrespeita seus alunos como peca
contra Deus.
Além de viver o que ensina, o bom professor conhece seus alunos. Ele nunca
deve acreditar que basta, por exemplo, pegar a revista e ensinar o que está ali,
por melhor que seja o seu trabalho de pesquisa. O professor da escola
dominical deve conhecer a sua classe, cada um de seus alunos. É importante
que o professor conheça seus alunos, até mesmo para uma transmissão mais
natural e eficaz de sua aula.
Quanto ao preparo e a exposição da aula propriamente dita, os editores dos
estudos bíblicos apresentam sugestões preciosas que ajudarão em muito os
professores da escola dominical. Com ligeiras adaptações passo a transcrevê-
las:
Utilizar sempre a Bíblia como referencial absoluto.
Elaborar pesquisas e anotações, buscando noutras fontes subsídios para
a complementação das lições.
Planejar a ministração das aulas, relacionando-as entre si para que haja
coerência e se evite a antecipação da matéria.
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Evitar o distanciamento do assunto proposto na lição.
Dinamizar a aula sem monopolizar a palavra oferecendo respostas
prontas.
Relacionar as mensagens ao cotidiano dos alunos, desafiando-os a
praticar as verdades aprendidas.
No final da aula, despertar os alunos quanto ao próximo assunto a ser
estudado, mostrando-lhes a possibilidade de aprenderem coisas novas e
incentivando-os a estudar durante a semana.
Depender sempre da iluminação do Espírito Santo, orando, estudando e
colocando-se diante de Deus como instrumento para a instrução de
outros.
Verificar a transformação na vida dos alunos, a fim de avaliar o êxito de
seu trabalho.
Duas coisas, pelo menos, têm levado muita gente a perder o interesse pela
escola dominical hoje em dia, ou seja, a falta de criatividade do professor e
dinâmica das aulas. Professor: Faça de sua aula algo interessante; seja criativo,
gaste tempo nisso. Criatividade e dinamismo são, em boa parte, o segredo do
sucesso do professor eficaz.
É necessário que o professor da escola dominical veja seu trabalho como o
ministério que Deus lhe deu e que, por isso mesmo, precisa ser realizado da
melhor maneira possível. "...o que ensina, esmere-se no fazê-lo" (Rm 12.7).
4.4.6. ORIENTAÇÕES BÁSICAS AOS PROFESSORES DA EBD.
a) Faça seu resumo de aula.
b) Chegue cedo!
Pelo menos 10 minutos antes de começar a reunião da Escola Dominical
c) No início da aula.
As boas-vindas aos visitantes
Chamada da classe
d) Etapas da lição diante da classe ( 50 minutos)
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1. Introdução da lição..................................3 minutos
Pode ser feito um relacionamento com as demais lições,
procurar prender a atenção do alunos
2. Explanação da lição................................30 minutos
É o esboço da lição já preparado pelo professor
3. Verificação da lição....................................5 minutos
É a recapitulação da lição, em seus pontos básicos, seguidas
de perguntas e respostas
4. Aplicação da lição.......................................7 minutos
Uma das partes mais importantes da lição. Onde o professor
avalia o aprendizado do aluno, colocando em prática o
conhecimento do aluno.
5. Encerramento da lição..................................5 minutos
É a entrega das tarefas e atividades, avisos sobre trabalhos
especiais na igreja, incentivo para a próxima aula, etc.
O respeito ao horário, é importantíssimo, mesmo o
tempo sendo curto, a administração e controle sobre
tema, assunto e também sobre os alunos,
controlando as muitas perguntas e dinâmica da aula.
É de responsabilidade do Mestre/Professor.
Cuidado com assuntos polêmicos, que você não sabe
ou não deve dar seu parecer, por ser pertinente ao
Pastor/ líder Oficial. Ex.: Divórcio, Aborto,
Hermafroditismo, Usos e costumes, Eutanásia, etc.
Use linguagem simples, métodos também
simplificados, procure analisar se está sendo
compreendido, e observe a freqüência das aulas.
Elas serão o seu termômetro de aceitação ou
reprovação de seu estilo de lecionar.
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Cuidado com os vícios de linguagem, gírias,
pegadinhas, brincadeiras com o público adulto.
Cuidado com a vestimenta, pois você estará sendo
visto por muitos olhos.
Professores, que salivam muito, é importante que
tenham o hábito de tomar água na ministração, assim
evitará cuspe nos cantos da boca, ou sobre seus
alunos.
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2. O que seus alunos acham de você ensinando?
Participou de algum seminário, simpósio ou cursos de
aperfeiçoamento?
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PEDAGOGIA
Não principie sua fala em tom demasiadamente alto. É difícil abaixar
o timbre de voz, mesmo quando se percebe que o tom está muito
alto.
Procure abastecer cuidadosamente os pulmões, evitando falar
quando estão vazios, faça pequenos intervalos nas locuções ou
orações, para poder respirar.
Mantenha sempre a cabeça erguida e não permita que nada
(colarinho, gravata, posição do pescoço) oprima sua garganta.
A educação da voz, o timbre e a qualidade da voz faz ajuda na
qualidade de ensino, o emissor deve ter cuidados com a velocidade e
tom em fala.
Procure tomar água durante toda a ministração.
esqueça os seguintes alimentos: leite, sorvete, chocolate, noz, chá,
suco de limão e líquidos em geral. Eles costumam aumentar a
produção de secreção na garganta e dando necessidade de pigarrear.
Fuja de comidas apimentadas e temperadas demais. Digestão lenta
atrapalha a respiração e a fala.
Consuma alimentos ricos em proteínas, que fortalecem as cordas
vocais.
Dispense o café, que resseca a boca.
Coma maçã diariamente, pois ela “limpa” e hidrata a faringe (órgão
que funciona como um alto-falante) deixando a voz mais ressonante.
Use pastilhas com moderação. “como elas tem afeito anestésico, a
pessoa continua a fazer esforço sem perceber” Observações feitas
pelo Otorrinolaringologista da Universidade Federal de São Paulo
( Unifesp) Afirmam: “com o tempo, prejudicam mais do que
ajudam.”
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5. Falar com amor. Lembre-se: a mensagem do Senhor é para dar vida,
este é o desejo maior de Deus.
6. Ser breve – Fale o tempo que lhe foi permitido, o muito falar traz
enfado; Respeite o horário.
CONCLUSÃO:
BIBLIOGRAFIA:
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