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CONVENÇÃO INTERAMERICANA

PARA PREVENIR E PUNIR A TORTURA


DECRETO Nº 98.386, DE 9 DE DEZEMBRO DE 1989
DEFINIÇÃO DE TORTURA
Para os efeitos desta Convenção, entender-se-á por tortura todo ato pelo qual são infligidos intencionalmente a uma pessoa
penas ou sofrimentos físicos ou mentais,

COM FINS DE
NENHUMA DECLARAÇÃO que se comprove haver sido obtida
investigação criminal, mediante tortura poderá se admitida como prova num processo,
como meio de intimidação,
como castigo pessoal, SALVO EM PROCESSO instaurado conta a pessoa ou pessoas
acusadas de havê-la obtido mediante atos de tortura
como medida preventiva,
como pena unicamente como prova de que, POR ESSE MEIO, o acusado obteve
ou com qualquer outro fim. tal declaração.

ENTENDER-SE-Á TAMBÉM COMO TORTURA


a aplicação, sobre uma pessoa, de métodos tendentes a anular a personalidade da vítima, ou a diminuir sua capacidade física ou
mental, embora não causem dor física ou angústia psíquica.

NÃO SERÁ COMPREENDIDO COMO TORTURA


Não estarão compreendidos no conceito de tortura as penas ou sofrimentos físicos ou mentais que sejam unicamente consequência
de medidas legais ou inerentes a elas, contato que não incluam a realização dos atos ou aplicação dos métodos a que se refere o
conceito acima.
RESPONSÁVEIS PELO DELITO DE TORTURA

A) Os EMPREGADOS OU FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS que, atuando nesse caráter,


ordenem sua comissão
ou instiguem
ou induzam a ela,
O ESTADO DEVE TOMAR MEDIDAS PARA:
cometam-no diretamente
ou, podendo impedi-lo, não o façam; que o TREINAMENTO DE AGENTES DE POLÍCIA E DE OUTROS
FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS
responsáveis pela custódia de pessoas privadas de liberdade,
provisória ou definitivamente, e nos interrogatórios, detenção ou
B) AS PESSOAS que, prisões,
SE RESSALTE DE MANEIRA ESPECIAL A PROIBIÇÃO
por instigação dos funcionários ou empregados públicos do emprego da tortura, tratamentos ou penas cruéis, desumanos e
ordenem sua comissão ou degradantes
ou instiguem
ou induzam a ela,

cometam-no diretamente
ou nela sejam cúmplices.
PONTOS IMPORTANTES
➢ ORDENS SUPERIORES

O fato de haver agido por ORDENS SUPERIORES não eximirá da responsabilidade penal correspondente.

➢ NÃO HÁ CIRCUNSTÂNCIAS EXCEPCIONAIS PARA JUSTIFICAR UMA TORTURA


TAIS COMO: NEM MESMO:

✓ o estado de guerra, ✓ a periculosidade do detido ou condenado,

✓ a ameaça de guerra, ✓ a insegurança do estabelecimento carcerário ou


penitenciário
✓ o estado de sítio ou emergência,

✓ a comoção ou conflito interno,

✓ a suspensão das garantias constitucionais,

✓ a instabilidade política interna,

✓ ou outras emergências ou calamidades públicas.


OBRIGAÇÕES DOS ESTADOS
Os Estados Partes obrigam-se a prevenir e a punir a tortura, nos termos desta Convenção

TOMAR MEDIDAS EFETIVAS a fim de prevenir e punir a TOMAR MEDIDAS NECESSÁRIAS para conceder a
TORTURA e outros tratamentos ou penas cruéis, EXTRADIÇÃO de toda pessoa acusada de delito de tortura
desumanos ou degradantes, no âmbito de sua jurisdição. ou condenada por esse delito

GARANTIR investigação de ofício e imparcial. NÃO SE CONHECERÁ A EXTRADIÇÃO NEM SE PROCEDERÁ


À DEVOLUÇÃO DA PESSOA REQUERIDA quando houver
suspeita fundada
ASSEGURAR que todos os ATOS DE TORTURA E AS
TENTATIVAS de praticar atos dessa natureza sejam ✓ de que corre perigo sua vida,
considerados DELITOS em seu direito penal, estabelecendo
PENAS SEVERAS para sua punição, que levem em conta sua ✓ de que será submetida à tortura, tratamento cruel,
gravidade. desumano ou degradante, ou

ESTABELECER NORMAS que garantam compensação ✓ de que será julgada por tribunais de exceção ou
adequada para as VÍTIMAS do delito de tortura. adhoc, no estado requerente.

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