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Memórias

Eu havia sido descoberta, não tenho certeza como, mas os guardas chegaram até o monastério atrás
de Aerin, de alguma forma parecem ter descoberto que a anos atras pegaram a irmã errada. Eu
precisei fugir, passei tempos me esgueirando pela cidade, tentando não ter pega, até ser percebida
por duas pessoas, ambos me ofereceram um meio de fuga se eu os ajuda-se a fugir também. E assim
eu me juntei a aquele pequeno grupo um tanto quanto desafortunado. Minha intenção inicial era
somente usá-los para escapar e então sumir novamente, mas depois de um ataque do que parecia
ser uma... lula? Polvo? Acho que não sei ao certo, mas era gigante, enfim, após esse ataque em que
acabamos lutando juntos e após uma pequena conversa com Hattori e com Taka, eu decidi
permanecer com eles por mais um tempo, naquele momento eu não sabia exatamente onde eu
estava me metendo, mas talvez fosse melhor do que só fugir igual eu sempre fiz.

Culto da Água, esse foi o meu primeiro culto, eu ainda não fazia ideia do que eles estavam fazendo,
mas a forma que falavam parecia ser algo admirável, então eu continuei os seguindo. Lutas,
ferimentos, um dinossauro, um casamento, um dragão tartaruga, uma quase morte, foram algumas
coisas que eu presenciei, até chegarmos mais a fundo, ali enfrentamos um cultista e mais alguns
bichos um pouco mais fortes do que eu estava acostumada, ali eu finalmente comecei a entender o
tamanho das coisas que aquele grupo estava enfrentando, um grande risco, depois de uma luta
árdua, que eu não cheguei a ver até o fim, eu fui salva pelo grandão, Gaston, grande, careca, parecia
gostar muito do bigode agora inexistente e tinha uma grande paixão por lutar de tanga.

Após conseguirmos escapar todos vivos do culto da água, fomos para uma pequena cidade, Red
Larch, ali eu finalmente parei para organizar meus pensamentos um pouco, eu depois de muito
tempo procurei um dos meus antigos contatos e pedi uma “pesquisa” sobre quem pode ter me
entregado para os guardas de Yartar, logo depois voltei para o lugar em que o grupo estava, ali
aconteceram coisas engraçadas, alguns dos homens do grupo chegaram um tanto quanto bêbados,
eu diria que foi um pouco difícil levar o Gaston pro quarto. Ainda em Red Larch a gente acabou tendo
algumas... complicações na jornada, Hattori acabou sendo preso por matar duas pessoas, acabamos
fazendo um plano para libertar ele, sinceramente, ver aquela forca me fez lembrar da minha irmã e
não foi uma boa memória, mas pelo menos até onde eu sei, a história do Hattori acabou melhor do
que a da minha irmã, afinal um grifo o sequestrou, e com isso nos dirigimos até o templo da terra.

No templo da terra foi um pouco mais difícil, eu diria, em determinado momento eu diria que a
minha tentativa de ajuda mais atrapalhou do que ajudou e eu acabei quase matando uma
companheira, devo dizer que isso não ajudou muito na com a minha confiança em mim mesma ali,
depois do culto da água eu comecei a me sentir um pouco deslocada ali, aquelas pessoas na minha
visão eram heróis e eu... Bem, era só uma criminosa covarde. Bem, aquela luta no fim saiu bem,
tivemos um descanso até o momento que chegamos novamente no cultista “chefe” acho que posso
chamar ele assim, foi outra luta árdua, quase perdemos companheiros varias vezes, eu mesma quase
morri algumas vezes, o grande mal que tentávamos impedir até mesmo conseguiu sair por aquele
portal, um elemental, elemental da Terra, uma criatura gigante que me fez tremer na base, não
posso mentir, mas no fim deu certo, conseguimos devolver ela pro lugar dela, mas... Na fuga
perdemos o grandão, Gaston morreu ali. Eu não me interagia muito com o grupo, mas no fundo eu
me apeguei a eles, a força e amizade deles ali, e a morte dele foi... De certa forma dolorosa, a esse
ponto eu deveria ter me acostumado, mas eu não conseguia, fomos até Beliard, todos estávamos
arrasados, carregados o corpo e bem, ainda tínhamos a esperança de tentar trazer ele novamente, e
devo dizer que, no fim conseguimos, por um momento até tivemos outra perca, Vhortis a paladina
parecia ter se sacrificado para trazê-lo de volta, mas ela voltou e naquele momento, tudo estava
bem.

E então temos o culto do fogo, o último, o final da jornada, eu acho, bem, ao entrar ali já começamos
com batalhas árduas, difíceis, muitas batalhas, recuamos para nos recuperar e voltar a luta, durante
esse leve momento de descanso todos aqueles sentimentos de culta, de não ser exatamente digna
voltaram novamente para mim, eu me lembrei de algum momento conversar com Hattori
novamente, algo sobre a minha motivação de seguir com eles ali, e eu pensei um pouco sobre isso,
acho que eu no fim queria me redimir um pouco por todo o sangue inocente que já derramei,
incluindo a culpa pela morte de minha irmã. Bem, durante o descanso eu tive um sonho, agradável
inicialmente, mas depois, foi um grande pesadelo, ali eu vi minha irmã novamente, casada, gravida,
feliz, talvez ela fosse daquela forma se eu tivesse tido coragem e me entregado, mas logo depois eu
basicamente tive que assistir sua morte novamente, agora queimada em um mar de chamas, ao
acordar eu e todos ali já sabíamos, o perigo estava próximo, e teríamos que ser rápidos. Voltamos ao
culto e seguimos adentrando, procurando o local do ritual para impedi-lo, mas já era tarde, quando
chegamos o elemental já estava lá, já estávamos cansados, meu ki se esgotou nas batalhas até ali,
decidimos então ter um pequeno descanso antes daquela batalha, afinal Imix já estava ali, tudo que
restava era enfrenta-lo, mas por um certo descuido acabamos tento que enfrentar não só ele, mas
também um dragão e a cultista “chefe”, foi uma das piores batalhas que eu já tive, eu não me feri
tanto quanto em outras mas, o perigo iminente ali era pior, aquele sonho se mantinha na minha
cabeça, uma pequena esperança de salvar algo que não podia mais ser salvo, e logo o pior
aconteceu, Taka e Gaston acabaram morrendo, tivemos que recuar, Lin pediu ajuda ao seu
conhecido, mas mesmo assim, Imix ainda nos perseguiu, depois de uma curta batalha, com a ajuda
do litch, Imix foi derrotado, mas, eu não conseguia sentir aquela felicidade pela vitória, uma leve
fagulha se acendeu sim, por pensar que minha irmã poderia estar a salvo, mas ver meus
companheiros caídos fez isso se apagar, uma sensação de derrota, é só o que eu consigo sentir agora.
Pós

>> Eru vai procurar a pessoa que a entregou, se for o antigo companheiro dela, talvez possa acabar
em uma morte, afinal se ela se culpa pela morte da irmã, para ela ele também tem uma grande parte
nessa culpa.

>> Assumir sua identidade verdadeira novamente, mesmo que isso signifique a morte, ela é uma
pessoa que sempre seguiu o caminho das sombras e depois de toda essa experiencia pretende
iluminar um pouco as sombras dela.

>> Se depois disso ela não acabar morrendo, ela vai procurar retornar ao monastério, entrar agora
como Aerin, e logo depois talvez se tornar uma aventureira para continuar tentando ajudar as
pessoas e se redimir.

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