PENITENCIÁRIA INDUSTRIAL REGIONAL DO CARIRI – PIRC

AV. PAIZINHO SABIA, SN, VILA PRESÍDIO, SITIO TOURO.

CEP 63020-760 – JUAZEIRO DO NORTE–CE
FONE-FAX: (88) 3102-1129

PASSO-A-PASSO: PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

1. DO REGISTRO / RELATÓRIO DA OCORRÊNCIA

Deverá ser feito pelo Chefe da Equipe plantonista do dia da ocorrência em conjunto com o servidor ou terceiro que
presenciou o fato classificado como falta. O relatório deverá conter a narrativa pormenorizada do episódio, bem como a individualização
da conduta, as testemunhas, as circunstâncias, a qualificação do interno e a sua lotação.

2. DA APURAÇÃO PRELIMINAR / COMUNICAÇÃO INTERNA

Se o fato for caracterizado como falta disciplinar de natureza média ou leve, poderão ser realizadas diligências preliminares
que não impliquem maiores formalidades, como entrevistas, as quais serão consignadas em relatório circunstanciado.
Caso o fato não acarretar repercussão no ambiente prisional, nem comprometer a ordem, a disciplina ou o controle
carcerário, e sendo o isolamento preventivo, eventualmente aplicado, for reputado suficiente como medida pedagógica e disciplinadora,
e ainda, os antecedentes indicarem favoravelmente, o procedimento preliminar poderá ser arquivado mediante decisão motivada do
Diretor do Estabelecimento.
De toda sorte, o Chefe de Segurança e Disciplina – CSD remeterá uma Comunicação Interna ao Diretor da Unidade dando
ciência dos acontecimentos.
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3. INSTAURAÇÃO DO PAD / ARQUIVAMENTO DO PAD

Dar-se-á por meio de portaria editada pelo Diretor da Unidade Prisional, após apreciar a Comunicação Interna enviada pelo
CSD, determinando a instauração ou o arquivamento do PAD, contendo identificação do interno, local, data, horário e circunstâncias da
ocorrência (ANEXO II);

4. COMUNICAÇÃO AO JUIZ / NOTIFICAÇÃO DE INSTAURAÇÃO OU INTIMAÇÃO PARA INTERROGATÓRIO DO ACUSADO E SUA RESPECTIVA DEFESA TÉCNICA, ALÉM DE INTIMAÇÃO
DAS TESTEMUNHAS.

Deverá ser encaminhado ofício ao juízo das execuções penais cientificando-o acerca da instauração do procedimento,
devidamente acompanhado de cópia da portaria que o deflagrou, remeter Notificação de abertura de PAD e/ou intimação para
interrogatório ao acusado e seu respectivo defensor jurídico, além das intimações para oitivas das testemunhas do fato apurado.(ANEXO
III).
Ao defensor do preso, será oportunizado presenciar o interrogatório, sendo-lhe vedado intervir no ato, podendo arrolar
testemunhas e requerer diligências necessárias ao esclarecimento do fato.
As testemunhas prestarão depoimento oral, separadamente, de modo que umas não saibam nem ouçam os depoimentos das
outras.

5. DA INSTRUÇÃO / DA DEFESA ESCRITA / DA CONCLUSÃO

Serão encaminhadas para o PAD as provas admitidas em direito e necessárias ao esclarecimento dos fatos, assegurando-se ao
preso as garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa, com os meios e recursos a elas inerentes, acompanhar o
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procedimento pessoalmente ou por intermédio de procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas e
formular quesitos, quando se tratar de prova pericial.
Encerradas as demais diligências necessárias à instrução, o preso, na pessoa do advogado constituído ou de defensor público
nomeado ou lotado na unidade, será notificado, a apresentar defesa escrita no prazo de 15 (quinze) dias, sendo-lhe entregue cópia integral
dos autos.Havendo dois ou mais indiciados, e sendo idêntico o(s) defensores (s), o prazo será comum e de 20 (vinte) dias, salvo a
Defensoria Pública que gozará de prazo em dobro.
Consumada a averiguação, o Presidente do Conselho de Disciplina ou relator por ele designado fará relatório detalhado sobre
o que foi verificado, recomendando o arquivamento ou a aplicação da sanção disciplinar cabível ao preso, indicando o dispositivo legal ou
regulamentar infringido, remetendo os autos ao Diretor da Unidade que deliberou a instauração.
O relatório necessita estar lastreado do histórico do fato, análise das diligências realizadas com indicação dos indícios de
autoria e/ou participação, da materialidade e das circunstâncias da falta disciplinar.

6. DO JULGAMENTO / DO RECURSO
Cabe ao Diretor do Estabelecimento Penal proferir julgamento, aplicar sanção disciplinar ou determinar o arquivamento do
feito, mencionando as razões do seu convencimento.
O ato punitivo será editado em ordem de serviço contendo referência à autoridade que proferiu a decisão, o dispositivo legal
ou regulamentar que dará suporte ao ato sancionador, o nome, filiação, e número do prontuário do preso, a sanção aplicada, breve relato
do fato censurável, a norma infringida, bem como a data e assinatura do subscritor. Art. 28 Após o julgamento será encaminhada cópia do
procedimento Disciplinar à Vara de Execuções Penais, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas.
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Cabe pedido de reconsideração, em até 30 (trinta) dias da ciência da decisão que aplicar sanção disciplinar, à autoridade
responsável pela instauração e aplicação da penalidade disciplinar, não podendo ser renovado. Recurso este que terá de ser avaliado
dentro de 30 (trinta) dias.

7. DOS PRAZOS / DO SOBRESTAMENTO / DA PRESCRIÇÃO

O prazo para conclusão do procedimento disciplinar é de 90 (noventa) dias, prorrogáveis por mais 30 (trinta) dias, mediante
decisão do Diretor do Estabelecimento Penitenciário instaurador, incluindo-se o prazo para defesa escrita e relatório.
Os prazos contar-se-ão por dias corridos, não se computando o dia inicial, prorrogando-se o vencimento que cair em
domingo, sábado, feriado ou ponto facultativo, para o primeiro dia útil subsequente, ressalvado os casos especiais previstos na legislação.
Acontecendo motivo que obste o progresso dos trabalhos, o procedimento poderá ser sobrestado, reivindicado pelo
Presidente do Conselho de Disciplina, pelo prazo necessário, e autorizado mediante despacho fundamentado do diretor do
Estabelecimento que determinou sua instauração.