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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL MIGUEL MOFARREJ

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE OURINHOS


CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA NOTURNO

GABRIEL GAINO
ITALO LUIS
LUANA RAMOS
NYCHOLE MEDEIROS

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA


ANÁLISE DE MEL

OURINHOS-SP
2022
LISTA DE IMAGENS

Imagem 01 - Transferência do Ágar do balão de fundo chato para placa de Petri em um raio
de 30cm do Bico de Bunsen ................................................................................... 6
Imagem 02 - Ágar transferido do balão de fundo chato para Placa de Petri ...... 7
Imagem 03 - Transferência da agua peptonada do balão de fundo chato para a proveta
em um raio de 30cm do Bico de Bunsen............................................................ 7
Imagem 04 - Imagem 04 - Mistura da agua peptonada com o mel .................... 8
Imagem 05 - Tubo de ensaio com as amostras ................................................. 8
Imagem 06 - Amostra sendo espalhada na superfície do meio de cultivo na placa de
Petri .................................................................................................................... 9
Imagem 07 - Placa 1 – 1:10 ............................................................................. 10
Imagem 08 - Placa 2 – 1:100 ........................................................................... 10
Imagem 09 - Placa 3 – 1:1000 ......................................................................... 11
Imagem 10 – Tabela de chataway ................................................................... 11
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 4
2 MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................ 5
2.1 Determinação de PH e temperatura .......................................................... 5
2.2 Prova de filtração ...................................................................................... 9
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................... 9
4 CONCLUSÃO ................................................................................................ 12
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 13
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1 INTRODUÇÃO

O mel é considerado um fluido viscoso, aromático e doce elaborado por


abelhas a partir do néctar e/ou exsudatos sacarínicos de plantas, principalmente de
origens florais, os quais, depois de levados para a colmeia por abelhas, são
amadurecidos por elas e estocados no favo para a sua alimentação (BRASIL, 2000).
O mel é proveniente das abelhas e algumas vespas, porém, devido a sua
domesticação antiga e por ser originária dos principais consumidores, a abelha
Apismellifera L. é a espécie considerada como principal produtora de mel
comumente utilizado para o consumo humano, apesar da grande diversidade de
espécies de abelhas existentes e que produzem mel de boa qualidade, como as
abelhas sem ferrão das tribos Meliponini e Trigonini (ALVES etal, 2005).
Dentre os produtos fornecidos pelas abelhas, o mel é sem dúvida o mais
conhecido e difundido (ABREU, 2003). Com sua variedade de cores e sabores é
provavelmente o mais interessante ingrediente e adoçante que pode ser utilizado na
produção de bebidas. (NHB, 2006).
A composição do mel depende, basicamente, da composição do néctar da
espécie vegetal produtora e da espécie de abelha que o produz, conferindo-lhe
características específicas enquanto que as condições edafo-climáticas e o manejo
do apicultor têm menor influência nesta composição (WHITE JÚNIOR, 1978).
O mel é constituído, essencialmente, por diferentes açucares, com
predominância de glicose e frutose. que perfazem cerca de 70% do total de
carboidratos, além de contribuírem na sua doçura (CRANE, 1983; MOREIRA: DE
MARIA, 2001).
Além dos açúcares, o mel é composto por enzimas, vitaminas, aminoácidos,
minerais, substâncias bactericidas e aromáticas, ácidos orgânicos, ácidos
fenólicos, flavonóides e grãos de pólen, bem como outros ingredientes, como a
cera de abelhas procedentes do processo de extração, o que confere ao mel
características como a cor, odor e sabor (KOMATSU; MARCHINI; MORETI, 2002;
SOUZA et al., 2008).
As propriedades do mel são influenciadas por vários fatores, tais como a
composição, a temperatura, além da quantidade e do tamanho dos cristais. A
viscosidade é um parâmetro extremamente importante para caracterizar um
determinado tipo de mel. Essa propriedade é particularmente crítica durante o
armazenamento, manuseio e processamento (ASSIL et al.., 1991; LARA et al.,
1976).
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No Brasil, a produção comercial do mel está ligada à apicultura cuja história


teve início com a inserção das abelhas europeias Apis mellifera no Estado do Rio
de Janeiro em 1839, realizada pelo Padre Antônio Carneiro. No entanto, a
apicultura brasileira avançou a partir da introdução das abelhas africanas
(Apismellifera scutellata) em 1956, que culminou na africanização das demais
subespécies existentes no país. Após o desenvolvimento de técnicas adequadas
de manejo ocorrido na década de 70 a apicultura passou a ser intensamente
praticada em todos os estados brasileiros (SOUZA, 2004).
Sob o ponto de vista nutricional, pode-se afirmar que o mel é um alimento
bastante denso em calorias. Cerca de 100 gramas do produto contêm 78,1g de
glicídios e fornecem 321,5 quilocalorias sendo, portanto, uma boa fonte energética.
Além de seu valor energético o mel possui outros nutrientes como minerais e
vitaminas, sendo considerado um alimento de alta qualidade para utilização na
nutrição humana (FRANCO, 2001).

2 MATERIAIS E MÉTODOS

2.1 Confecção de meio de cultivo para contagem de bolores e leveduras

Abaixo os meios de cultivo que podem ser utilizados:


 Ágar batata Dextrose – 39g / 1L
 Ágar rosa bengala +1% acido tartárico 10%
 Ágar Sabouraud Dextrose 36,4g / 1L

Abaixo os meios de líquidos para diluição decimal:


 Solução NaCl 0,9%
 Solução peptona de carne 0,1%
 Solução peptona de carne 0,1% + NaCl 0,9%

O ágar de escolha para a aula pratica foi o Batata Dextrose, até mesmo
porque é o ágar que favorece o crescimento de bolores e leveduras no mel.
A capacidade das placas de Petri em ml são:
P: 10ml
M: 20-25ml
G: 50-70ml
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Vamos utilizar as placas M para a confecção dos meios de cultivos, partindo


para os cálculos: vamos utilizar 3 placas X 25ml por placa = 75ml, onde
arredondamos para 100ml.
O calculo para saber a quantidade de ágar a ser pesado foi da seguinte forma:
X--------100
39g ---1.000L
Logo X= 3,9g/100ml.
O meio liquido para diluição escolhido para a aula pratica foi o Solução
Peptona de carne 0,1%. Utilizar 225ml de agua deionizada que serve para diluição
de meios sólidos + 9ml para tubo de ensaio para diluição decimal. Para aula pratica
foi utilizado 250ml de agua deionizada, portanto deve-se pesar 0,25g de Solução
Peptona de carne 0,1%.
Após os resultados dos cálculos com suas devidas quantidades definidas
demos inicio a elaboração das placas e ao meio de cultivo.
Com auxilio de uma balança de precisão e um papel que serve como forma
de transferir o ágar de forma solida, foi pesado 3,9g de ágar batata Dextrose e o
mesmo foi colocado em um balão de fundo chato com 100 ml de agua deionizada,
foi tampado o frasco com uma boneca e o ágar foi homogeneizado com a agua
deionizada. Após este procedimento o balão de fundo chato é levado para uma auto
clave onde permanece por 15 minutos a 121 graus celsius.
Passados os 15 minutos do balão na autoclave, fizemos um processo de
resfriamento do frasco com torneira de água e demos ínicio a transferência do ágar
do balão de fundo chato para as 3 placas que serão utilizadas. Este processo deve
ser feito a um raio de 30cm do Bico de Bunsen conforme mostra a imagem 01.

Imagem 01 - Transferência do Ágar do balão de fundo chato para placa de Petri em um raio de 30cm
do Bico de Bunsen.
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A placa fica sobre o balcão, o balão de fundo chato é aberto e flambado sua
boca, sendo feita a transferência do agar para a placa. Os 100ml foi utilizado nas 3
placas de forma igual para todas, conforme mostra a imagem 2:

Imagem 02 - Ágar transferido do balão de fundo chato para Placa de Petri.

Para o preparo da Agua peptonada foi utilizado 250ml de agua deionizado em


um balão de fundo chato e com auxilio de uma balança de precisão e um papel, foi
pesado 0,25g de Solução de peptona de carne 0,1% que foi colocada e
homogeinizada com a agua deionizada.
Logo após este procedimento com auxilio da balança de precisão e um
plástico estéril foi pesado 25g de mel puro. Com auxilio de uma proveta, dosamos
225ml da agua peptonada, em um raio de 30cm do Bico de Bunsen conforme mostra
a imagem 3.

Imagem 03 - Transferência da agua peptonada do balão de fundo chato para a proveta em


um raio de 30cm do Bico de Bunsen.
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Após feita essa transferência, colocar esses 225ml de agua peptonada nos
25g do mel que foi pesado e está no plástico e homogeneizar.a amostra, conforme
mostra a imagem 4.

Imagem 04 - Mistura da agua peptonada com o mel.

No próximo passo foi utilizado 3 tubos de ensaio, onde em 2 tubos foi


colocado 9ml de agua peptonada e no que sobrou foi colocado 10ml da amostra de
agua peptonada com o mel conforme mostra a imagem 5 abaixo.

Imagem 05 - Tubo de ensaio com as amostras.

A amostra com 10ml da agua peptonada com o mel vai ser a amostra 1:10,
desta amostra de 1:10 com auxilio de uma pipetadora automática é retirado 1 ml da
amostra e colocado no tudo 2 onde essa amostra vai ser 1:100 e desta amostra de
1:100 também com auxilio de uma pipetadora automática foi retirado 1ml e
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transferido para o tubo 3 onde esse tubo se tornou a maostra 1:1000.


Novamente em um raio de 30cm do Bico de Bunsen vai ser feita a
transferência dessas amostras dos tubos de ensaio para as placas de Petri. Após
feita a transferência com um auxilio de um rodinho de vidro é feito o espalhamento
da amostra pela superfície do meio de cultivo da placa conforme mostra a imagem 6.

Imagem 06 - Amostra sendo espalhada na superfície do meio de cultivo na placa de Petri.

Após feita a confecção das placas, elas foram identificadas como 1:10, 1:100
e 1:1000 e levadas para uma estufa, onde ficaram por 4 dias.

2.2 teste de percentual de umidade

Com auxilio de um refratômetro Brix e umas gotas do mel, foi realizado a


medida de umidade do mel.

3 RESULTADO E DISCUSSÃO

Passados 4 dias que as placas com as amostras estavam na estufa, fomos


realizar a observação das mesmas para ver se houve crescimento de bolores e
leveduras e os resultados obtidos estão nas imagens abaixo:
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Imagem 07 - Placa 1 – 1:10

Conforme podemos ver na imagem acima teve o crescimento de 3 colônias


de levedura.

Imagem 08 - Placa 2 – 1:100

Conforme podemos ver na imagem acima, teve o crescimento de 4 colonias


de leveduras.
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Imagem 09 - Placa 3 – 1:1000

Conforme podemos ver na imagem acima, não houve crescimento de nenhum


tipo de colônia.
O resultado do teste de percentual de umidade foi de 79%.

Imagem 10 – Tabela de Chataway


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4 CONCLUSÃO

Concluímos que o mel está apto a venda e consumo de acordo com os testes
físico-químico, já em relação a parte microbiológica, não há uma legislação que
cubra valores de referência, com exceção da salmonela. Portanto, de acordo com os
resultados obtidos podemos observar que não houve nenhuma adulteração ou
fraude e consequentemente o mel analisado não compromete a saúde.
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REFERÊNCIAS

1. ABREU, B. X. Avaliação físico-química e microbiológica de méis


não inspecionados comercializados no Estado do Rio de Janeiro. Rio de
Janeiro, 2003. 56f. Monografia (Graduação Medicina Veterinária), Universidade
Estácio de Sá.
2. ALVES, Rogério Marcos de Oliveira; CARVALHO, Carlos Alfredo Lopes
de; SOUZA, Bruno de Almeida; SODRÉ, Geni da Silva; MARCHINI, Luis Carlos.
Características físico-químicas de amostras de mel de
MeliponamandacaiaSmith (Hyme noptera: Apidae). Revista Ciência e Tecnologia
de Alimentos v. 25, n. 4. p. 644- 650. Campinas, 2005.
3. AROUCHA E. M. M.; OLIVEIRA A. J. F.; NUNES, G. H. S.; MARACAJÁ
P. B. Qualidade do mel de abelha produzidos pelos Incubados da iagram e
comercializado no Município de Mossoró/RN. Caatinga, Mossoró, v.21, n.1,
p.211-217, janeiro/março de 2008.

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