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TRABALHO PSICANÁLISE
SILVIA JARA
MÓDULO 1
06/08/21
Link do filme
https://www.youtube.com/watch?v=gmx4NPC6wF8
Jornada da Alma fala sobre o caso de terapia da paciente russa Sabina Spielrein
acompanhada por Carl Jung. Sua internação se deu após a perda da irmã.
A história relatada no filme mostra o envolvimento de Jung com Sabina durante sua
internação. E, posteriormente, após a alta da paciente. Durante a internação Jung
utilizou os conceitos freudianos da psicanálise. O filme da traz dois conceitos
importantes da psicanálise e das terapias de forma geral.
O primeiro é o conceito de transferência que, para a maioria dos autores pode ser
conceituado como “o conjunto de todas as formas pelas quais o paciente vivencia
junto com o psicanalista, na experiência emocional da relação analítica, todas as
representações que ele tem do seu próprio self, as relações objetais que habitam seu
psiquismo e os conteúdos psíquicos que estão organizados como fantasias
inconscientes, com as respectivas distorções perceptivas, de modo a permitir
interpretações do psicanalista, as quais possibilitem a integração do presente e do
passado, o imaginário com o rela, o inconsciente com o consciente.”(Zimermann)
Durante o processo terapêutico, e por ser a primeira vez que Jung o utilizava,
acredito que o desejo de curar a paciente tenha sido tão importante para Jung que
nem mesmo ele percebeu que estava ultrapassando seus próprios limites e
quebrando regras para chegar a cura de Sabina.
Jung começa a perceber o seu envolvimento emocional com Sabina e se afasta por
alguns dias da paciente. Nesse período ela tenta o suicídio. Jung tinha uma ligação
muito forte com a paciente e, talvez por seu envolvimento emocional ou por sua
forte intuição, sente e percebe o que acontece com ela.
Sabina sendo uma mulher inteligente e sensível atua também como a ‘analista’ de
Jung, compreendendo os processos internos dele e utilizando das mesmas técnicas
de Jung para também analisá-lo. E, nesse momento, o processo terapêutico perde
sua função e não seria mais possível que ele ocorresse.
Nesse fenômeno o analista pode projetar no paciente suas questões e buscar através
dele, resolver seus próprios conteúdos, gerando impulsos para que o paciente atue
como ‘seu representante’ na solução dessas questões.
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Jung não foi capaz de atuar dessa forma com Sabina. Ele se apaixonou por ela e
interagiu com a paciente de forma não profissional, criando nela uma dependência
emocional que poderia tê-la levado a um estado emocional ainda pior do que antes,
reforçando a carência e a frustração que ela sentia pelo pai.