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Tudo que você precisa

saber para trabalhar no


Mercado Financeiro
Introdução 3
Dia a dia no mercado financeiro 6
Principais ramos do mercado financeiro 9
5 participantes de um fundo de investimento 16
Outros modelos de negócios 18
Primeiros passos para iniciar a carreira 24
INTRODUÇÃO
Se você tem o objetivo de construir uma carreira de
sucesso no mercado financeiro e não sabe por onde
começar, esse e-book certamente é para você. Aqui vai
conferir tudo sobre o perfil e o dia a dia das pessoas
que se destacam nesse mercado, além de aprender
sobre as possíveis áreas de atuação, modelos de
negócio, e dicas para iniciar a sua carreira no setor
mais meritocrático que existe – o mercado financeiro.
POR QUE TRABALHAR NO
MERCADO FINANCEIRO?
O mercado financeiro é um ambiente extremamente competitivo,
desafiador e meritocrático. Nele, você vai ser valorizado e reconhecido
pelo seu esforço e, mais do que isso, pelo resultado que você entrega.
Neste segmento não há espaço para quem conta com a sorte, mas,
como qualquer profissão desafiadora, as recompensas para quem se
compromete com a entrega dos resultados são enormes.

E não me refiro apenas a recompensas financeiras, as vezes ser


conhecido pela sua capacidade intelectual, alcançar um status
importante dentro de uma grande companhia ou gerir uma área com
muito funcionários já é considerado uma grande vitória para a maioria
das pessoas. E o mercado financeiro te permite isso.
POR QUE TRABALHAR NO
MERCADO FINANCEIRO?

É importante saber que boa parte das companhias desse mercado possuem
partnership meritocrático, ou seja, além dos famosos bônus semestrais ou anuais
que falaremos mais à frente, esse tipo de cultura costuma premiar os destaques da
empresa com percentuais de suas ações, transformando funcionários em sócios.

O mercado oferece a oportunidade para grandes profissionais se tornarem sócios e


ainda ser muito bem remunerado por isso!

Para concluir, não podemos deixar de mencionar o crescimento exponencial do


setor nos últimos anos. Cada dia surgem mais plataformas de investimentos,
Bancos, Assets, Gestoras, investidores na bolsa e por aí vai. Isso quer dizer que o
tempo inteiro estão surgindo mais e mais oportunidades – em diversos segmentos –
para quem quer trabalhar no mercado financeiro.
PARA QUEM É ESSE TIPO DE TRABALHO?
Trabalhar nesse mercado e se acostumar com as exigências técnicas
e comportamentais que são necessárias para crescer e se desenvolver
no setor não é uma tarefa fácil. O mercado financeiro não admite
procrastinação e pessoas acomodadas.

Se o seu objetivo é construir uma carreira de sucesso nesse ambiente, foque


bastante em desenvolver as suas habilidades técnicas de acordo com a sua
área de atuação e esteja sempre disposto a aprender incansavelmente.
A realidade do mercado financeiro pode parecer
um pouco dura, e é mesmo. Mas não se desespere,
ninguém que se destaca em uma posição nasceu
sabendo (muito menos no mercado financeiro)
como executar a sua função. Todas as skills que

PARA QUEM É você precisa desenvolver estão a sua disposição por


meio de cursos, mentorias e muito esforço.
ESSE TIPO DE
Se, ao ler essa sessão, você ficou animado com
TRABALHO? os desafios que te esperam e ansioso para dar o
seu melhor e mostrar isso através de resultados
concretos, ouso dizer que você se interessou pela
profissão certa. Pessoas que gostam de desafios,
são competitivas e obstinadas costumam crescer
exponencialmente nesse setor.
Dia a Dia no Mercado
Financeiro Financeiro
O dia a dia no mercado financeiro pode
ser o mais variado e dinâmico possível a
depender da sua área de atuação.
Digo isso pelo fato de existirem diversas linhas de atuação no mercado
financeiro. Cada área do mercado vai demandar níveis técnicos, habilidades
comportamentais, e horas trabalhadas diferentes.

Ainda não ficou claro?


Vou te explicar.
O Assessor de Investimentos, ou Agente Autônomo de
Investimentos (AAI), costuma ter algum grau de liberdade
no trabalho. Como a atividade é muito comercial e ligada ao
relacionamento com o cliente, a sua rotina de trabalho não
precisa ser necessariamente executada dentro do escritório e no
horário comercial.

Se por um lado existe esta liberdade, também existe a


necessidade de se adaptar aos horários dos seus clientes.
Agora pense em um trader. Para quem não
sabe, esse é o cara que opera os ativos na
Bolsa de Valores (no Brasil ou exterior).

O horário, naturalmente, é impactado pela


praça em que ele opera. No caso do mercado
brasileiro o seu horário de trabalho costuma
ser durante o pregão, normalmente de 10h
às 17h. Isso sem mencionar o alto nível de
controle emocional demandado para lidar
com as oscilações da bolsa.

Os mais afoitos poderiam pensar:

“Bom, não me parece uma carga de trabalho


tão pesada!.”

Não se engane, este profissional precisa


estudar muito e várias horas do dia são
necessárias para que ele se mantenha
atualizado. Imagine a frieza necessária para
tomar as melhores decisões em um ambiente
de alta volatilidade dos ativos?
Finalmente, vamos olhar para outra linha de negócio do mercado financeiro, o Investment
Banking. Esta é a área onde os profissionais viabilizam a captação de recursos para empresas,
governos e outras entidades, a partir de subscrição de ações, venda de títulos de dívida,
fusões e aquisições, entre outras operações.

A carga horária de trabalho desses profissionais costuma ser


pesada. E não pense ser incomum ter horário para chegar na
instituição e não ter hora para sair.

Por isso, bato tanto na tecla para que as


pessoas conheçam seu perfil profissional
antes de se aventurar em algum cargo
relevante do mercado financeiro.

É tudo uma questão de


autoconhecimento.

Isso com certeza é a chave para evitar


certas frustrações e performar de forma
inteligente o mais cedo possível durante
a sua carreira.
Os bônus... esses costumam ser os principais motivadores
dentro do mercado financeiro. Como mencionei
anteriormente, o mercado possui uma cultura extremamente
meritocrática e costuma premiar os que forem merecedores.

Por isso, além dos salários, aqueles que trabalham


no mercado financeiro costumam receber
bonificações referentes à sua participação nos
lucros da empresa.
BÔNUS
Esses bônus podem ser semestrais ou anuais, dependendo
da companhia, e estão 100% relacionados a produtividade e
entrega de resultados daquele funcionário.

Aqui cabe uma ressalva. Sua definição de carreira não deve ser
pautada apenas pela remuneração. A remuneração virá se você
exercer o seu trabalho de forma exemplar. O ideal é que você
consiga combinar a sua aptidão e gosto com uma função que
você consiga se enxergar no futuro.
Processo seletivo no
Mercado Financeiro
Uma das perguntas mais repetidas que eu recebo dos alunos universitários é:

“Eduardo, como faço para conseguir a minha vaga no mercado financeiro?”

Para começo de conversa, o mercado é muito amplo. Não se trata de entrar no


mercado financeiro, apenas.

Se trata de você escolher a empresa certa no segmento de seu interesse!

EU COSTUMO SUGERIR ESSE RITUAL:

1. Estude o mercado para que você entenda sobre o seu funcionamento;

2. Pesquise sobre quais são os problemas e desafios que as diversas linhas


de negócio do mercado encaram diariamente;

3. Se prepare para propor soluções para estes problemas;

4. Mapeie as funções que mais te interessam;

5. Mapeie as suas lacunas de soft & hard skills;


6. Mapeie se alguma certificação pode oferecer algum diferencial ou é
obrigatória para exercer a função escolhida.
É motivo de muito orgulho saber que a Proseek atua diretamente nos seis
pontos acima.

Descobrir qual é a área de seu interesse e as competências necessárias


para ser um profissional bem-sucedido pode oferecer um tremendo
diferencial.

Quer um exemplo? Imagine que você é o RH de um grande banco de


investimentos e precisa selecionar um estagiário. Quem você contrataria?

CANDIDATO 1

“Tenho 20 anos, sou estudante de Engenharia, estou no quinto


período e o meu CR é 7.5. Tenho fluência no inglês e domino o
excel. Sempre tive interesse pelo mercado financeiro e estou
muito motivado pela oportunidade de trabalhar aqui.”
CANDIDATO 2

“Tenho 21 anos e sou estudante de Economia. Tenho fluência


no inglês, domino o excel e o VBA. Eu tenho muito interesse
em trabalhar no banco, em especial na área de IB. Prova
do meu interesse no mercado financeiro é que, apesar
da minha restrição financeira, eu busquei a Proseek para
entender sobre o funcionamento das linhas de negócio que
o mercado oferece. Lá eu tive a oportunidade de estudar
com excepcionais profissionais e vivenciar a realidade das
empresas nos diversos estudos de casos. Nos cases eu entendi
como funciona a decisão de uma empresa captar recursos via
ações, emitir e/ou renegociar uma dívida e o papel do banco
de investimento como parceiro das empresas. Eu pretendo
começar a estudar para o CFA em breve e a oportunidade
de hoje está completamente alinhada aos meus objetivos
profissionais.”

Note que o segundo candidato sinalizou que domina o VBA. Esta


mensagem é importante tendo em vista que a porta de entrada para um
estagiário, e isso não é nenhum demérito, geralmente é o back-office.
Além disso, ele demonstra que a função exigida está alinhada aos seus
objetivos!
Processo seletivo no
Mercado Financeiro
Agora vamos falar sobre alguns segmentos de atuação que
o profissional que deseja trabalhar no mercado financeiro
pode seguir.

BANCOS

Quando falamos em banco é comum pensar em nomes como Bradesco, Santander ou Itaú
que possuem agências em várias partes do Brasil. Mas, é importante ficar atento à sua
definição e as classificações de cada tipo de banco.

De um modo geral, são instituições, públicas ou privadas pertencentes ao Sistema


Financeiro Nacional, reguladas pelo BACEN, que fazem a intermediação financeira entre
os agentes superavitários, também conhecidos como credores, e os deficitários, também
chamados de tomadores.

Dentre suas classificações, dividiremos em três: bancos comerciais, bancos de


investimento e bancos múltiplos.
Os bancos comerciais são a base do sistema monetário.
Eles são responsáveis por fazer a intermediação
financeira, recebendo recursos dos credores e os
distribuindo através de crédito seletivo, que são as
aplicações, e recursos a quem necessita, sendo, nesse
caso, os empréstimos aos tomadores. Para realizar
esses serviços, os bancos cobram uma taxa chamada
spread criando moeda através do efeito multiplicador de
crédito. Exemplo: Caixa Econômica Federal.

O banco empresta mais dinheiro do que possui com


a expectativa de que as pessoas não retirem de suas
BANCOS contas toda a quantia que foi emprestada, sendo esse
endividamento chamado de alavancagem.
COMERCIAIS Esses bancos também oferecem serviços de
empréstimo, consórcio, cartões de débito e crédito,
seguros, agências bancárias, caixas eletrônicos, acesso
pela internet e aplicativo, investimentos em geral, talão
de cheques, entre muitos outros.

E, é claro que nada disso é de graça. Os serviços fixos


como utilização de cartões e terminais eletrônicos
possuem uma tarifa cobrada pelos bancos e, os serviços
como empréstimos e consórcios são rentabilizados
através de uma taxa de juros cobrada pelo banco ao
cliente que tomará o crédito.
BANCOS DE INVESTIMENTO

Seguindo nossa linha de classificações, falaremos agora sobre os bancos de


investimento, sendo esses, instituições financeiras privadas especializadas em
operações de participação societária de caráter temporário, de financiamento da
atividade produtiva para suprimento de capital fixo (longo prazo) e de giro (médio prazo)
e de administração de recursos de terceiros.

Além disso, não possuem contas correntes e captam recursos via depósitos a prazo,
repasses de recursos externos, internos e venda de cotas de fundos de investimento por
eles administrados.

O papel de um banco de investimentos é de fomentar o investimento em suas mais


variadas formas.

Trata-se de uma instituição financeira que pode trabalhar diretamente com as empresas
para facilitar a emissão de debêntures e até a abertura de seu capital na Bolsa de
Valores.
Os bancos de investimento focam normalmente em duas grandes
áreas: reestruturação e crescimento.

As reestruturações ocorrem quando há compra de empresas próximas da falência,


com potencial de reversão de resultados. O banco assume a gestão da empresa
melhorando sua eficiência e resultados. Na área do crescimento, o banco entra com
injeção de capital na empresa, melhorando eficiência, objetivando rápido crescimento e
valorização.

Suas principais operações ativas são: financiamento de capital de giro e capital fixo,
captação de recursos via equity a partir de IPO, subscrição ou aquisição de títulos e
valores mobiliários, emissão de debêntures, reestruturações financeira e societária,
fusões e aquisições, depósitos interfinanceiros e repasses de empréstimos externos.
Exemplo: BTG Pactual.

Um case de reestruturação extremamente interessante foi o do supermercado Paes


Mendonça, que se encontrava falido em 1994.
O cenário era péssimo. O supermercado tinha operação apenas no estado da Bahia e
contava com 9.000 funcionários até que a GP Investimentos o comprasse. As mudanças
foram bruscas: 3.000 funcionários demitidos e outros 3.000 trocados, gerando um total
de 6.000 demissões.
Na área de gestão, melhorias como renegociação de dívidas, abertura
de novas lojas, fechamentos de lojas antigas e criação de uma
infraestrutura de tecnologia a partir do zero foram implementadas.

O resultado? Tão brusco quanto às melhorias. A eficiência foi


melhorada, os custos reduzidos e os resultados obtiveram grande
evolução. No fim das contas a GP Investimentos vendeu a empresa
dois anos depois por 5x o preço pago.

Outro case muito interessante, dessa vez no âmbito do crescimento


e promovido pela GP Investimentos, foi a criação do site de compras
pela internet Submarino em 1999.

A operação começou totalmente do zero, tendo a GP Investimentos


realizado toda a gestão da empresa. O Submarino foi se consolidando
no mercado como uma forma de compras pela internet forte e segura.
Além disso, o crescimento dos consumidores pela internet acarretou
uma forte valorização da empresa.

E mais uma vez um resultado de sucesso... A operação que custou


como investimento inicial 20 milhões de dólares, em 2006, no
momento da venda, a empresa foi avaliada em 200 milhões de
dólares. Ou seja, 900% de lucro em 6 anos de operação.
BANCOS MÚLTIPLOS

Agora... finalizando nosso ciclo de classificações dos bancos, falaremos sobre os bancos
múltiplos, que surgiram com intuito de racionalizar a administração das instituições
financeiras, reunindo funções dos bancos comerciais, dos bancos de investimento, entre
outras. Um exemplo claro de banco múltiplo é o Itaú.

É importante lembrar que para que um banco seja considerado múltiplo ele deve
seguir algumas regras. Uma delas é que ele deve ter pelo menos duas entre as carteiras
comercial, de investimento, de crédito, imobiliária, aceite, desenvolvimento e leasing,
sendo uma delas obrigatoriamente comercial ou de investimento.

Além disso, deve ser constituído com um CNPJ para cada carteira, podendo publicar
um único balanço.

Estagiário
Costuma trabalhar no backoffice do banco, ou seja, na parte operacional voltada para o
apoio nas funções administrativas como boletagem, atualização de planilhas de ordem
e preços de ativos, entre outras. Além disso, há oportunidade nas áreas comerciais
visando a captação de novos clientes.
Corretoras de Títulos e Valores Mobiliárias

Seguindo adiante, falaremos agora sobre as CTVMs ou DTVMs, como preferirem


chamar, que são as famosas corretoras ou distribuidoras de títulos e valores mobiliários.

Elas atuam no mercado financeiro e de capitais e no mercado cambial como


intermediárias especializadas na execução de ordens e operações por conta
própria e determinadas por seus clientes, oferecendo os serviços de distribuição de
investimentos; assessoria financeira; administração, custódia e subscrição de títulos
e valores mobiliários dos clientes; originação, escrituração, emissão e distribuição de
valores mobiliários.

Para que possam funcionar dependem da autorização da CVM, que é a Comissão de


Valores Mobiliários, entidade ligada ao Ministério da Economia que fiscaliza, normatiza,
disciplina e desenvolve o mercado de valores mobiliários no Brasil.

Desde março de 2009 que DTVMs e CTVMs podem exercer as mesmas atividades e
assim não apresentam diferenças em termos do Mercado Financeiro.
Agora é a hora daquela pergunta importante: e as receitas e os
custos de uma corretora, você sabe como funcionam?

Basicamente, as corretoras vivem de quatro linhas de receita diferentes. A primeira é a


taxa de corretagem, que é uma taxa fixa ou uma porcentagem sobre o volume financeiro
da transação.

A segunda é o spread, onde, por exemplo, a corretora compra um CDI mais sete por
cento ao ano e vende o mesmo como CDI mais cinco por cento ao ano.

A terceira forma de receita é o rebate, quando o fundo paga uma porcentagem da


receita da taxa de administração à corretora.

A quarta e não menos importante é a taxa de custódia, que é uma taxa mensal cobrada
para guarda dos títulos. Porém, essa última pode não ser cobrada.
Os custos principais são dois: distribuição dos produtos
oferecidos e investimento nos sistemas de informação.

À grosso modo, pense nas corretoras como um grande


supermercado que possui variadas prateleiras com
produtos diversificados. É dessa forma que funciona a
distribuição dos produtos financeiros, tendo o cliente
dentro do portal das corretoras a possibilidade de verificar
variados tipos de investimento e escolher investir no que
mais lhe interessar de acordo com seu perfil, como ativos
de renda fixa, fundos de investimentos, debêntures e até
mesmo a compra e venda de ações através do broker da
corretora. Exemplo: XP Investimentos.

Estagiário

Começa a carreira principalmente na área comercial, seja


ela B2B ou B2C. O B2B é o contato direto das empresas
com as empresas. Já o B2C, é o contato da empresa com
os clientes ou futuros clientes.

É importante para quem atuar nessas áreas esteja


diariamente se relacionando com as gestoras, os
escritórios de agente autônomo e as consultorias
de investimentos, além dos clientes, objetivando o
fechamento de parcerias, treinamentos e a venda de
produtos financeiros.
Gestoras ou Assets
E de onde surgem esses produtos e outros vários tipos de investimentos?

Certamente essa é a pergunta que você deve estar se fazendo agora. Falaremos
sobre todos eles mais à frente, mas agora é importante que você saiba sobre uma das
principais instituições do mercado financeiro: as gestoras, também conhecidas como
assets.

São empresas privadas criadas especificamente para gerir recursos de terceiros,


sendo esses, pessoas físicas ou jurídicas. É através delas que são geridos os fundos
de investimentos que ficam disponíveis na plataforma das corretoras para os clientes
investirem seu dinheiro.
Dada sua especialização nessa função, as gestoras são uma alternativa aos bancos
comerciais, pois visam maximizar a relação entre risco e retorno dos seus clientes
através de uma busca imparcial por oportunidades mais rentáveis e necessariamente
alinhadas ao perfil de risco do investidor.
Saindo de receita para custo, você imagina qual seja o
principal fator de custo para uma gestora?
Com certeza não são plantas nem máquinas. As gestoras não precisam desses
mecanismos para funcionar. Também não são os imóveis que mantém o escritório.
Excluindo os custos administrativos ou de equipamentos básicos como computadores, o
principal fator de custo de uma gestora é o CAPITAL HUMANO.

As gestoras têm nas pessoas sua principal fonte de custos. Como buscam profissionais
de excelência, num ambiente meritocrático e intelectualmente desafiador, as
gestoras têm que pagar mais salários, bônus, PLR etc. Por isso, a remuneração de
seus profissionais é o seu maior custo. Um exemplo de gestora famosa é a GAP Asset
Management.
Estagiário
Normalmente começa pelo backoffice, a área operacional
da gestora. Executa tarefas como a modelagem de dados do
excel para que consiga de fato ter tempo de familiarizar com a
gestora e entender o funcionamento do mercado.

Além disso, possui a oportunidade de trabalhar na área de


análise de empresas, o que exige muita leitura e estudo, a fim
de aprender como é a filosofia de investimento da gestora e o
bom desempenho da função.
Fundos de
Investimentos
A definição mais “quadrada” de um Fundo de Investimento é: uma
comunhão de recursos sob a forma de condomínio em que os cotistas
têm os mesmos interesses e objetivos ao investir no mercado
financeiro e de capitais.

Se quisermos falar de um jeito simples, colocaríamos assim: Fundo de Investimento é


um jeito de juntar o dinheiro de várias pessoas interessadas em investir no mercado
financeiro e colocar essa grana na mão de um gestor profissional. É uma prestação de
serviços. Os investidores são os cotistas e o gestor é quem vai cuidar da aplicação para
que os cotistas ganhem dinheiro em cima dela.

Quando falei que o fundo opera sob a forma de condomínio, é porque os cotistas, ao
aplicarem certo valor em um fundo, compram uma quantidade de cotas e pagam uma
taxa ao administrador para que este coordene as tarefas do fundo, entre elas a de gerir
seus recursos no mercado. Ao comprar cotas de um fundo, o cotista está aceitando suas
regras de funcionamento (aplicação mínima, prazo de resgate, horários, custos) e passa
a ter os mesmos direitos dos demais cotistas, independentemente da quantidade de
cotas que cada um possui.
Outros Modelos
de Negócios
Até aqui falamos de bastante coisa, não é mesmo? Vimos sobre os tipos de bancos, as
corretoras, as gestoras e distribuidoras.

Agora veremos outros modelos de negócios que fazem parte e são de fundamental
importância para o mercado financeiro e falaremos um pouco mais sobre o trabalho
das administradoras.

1. Agentes Autônomos de Investimento

Para começar, falaremos sobre os Agentes Autônomos de


Investimento, conhecidos pela sigla AAI. São pessoas de cunho
natural ou jurídico, que tenha como atividade a distribuição e
mediação de títulos, valores mobiliários, quotas de fundos de
investimento e derivativos, como prepostos das instituições
integrantes do sistema de distribuição de valores mobiliários. Não
podem fazer recomendações, somente apresentar os produtos.

Costumam atuar através de uma Corretora de Valores Mobiliários,


dessa forma, oferecem uma maior variedade de investimentos. O
agente costuma ser a ponte entre o investidor e o investimento
final. Um exemplo claro é a MetaStox Investimentos, uma
empresa de Agente Autônomo de Investimento que atua pela XP
Investimentos.
Normalmente os Agentes Autônomos procuram: a prospecção e captação de clientes;
a recepção e registro de 17 ordens e transmissão dessas ordens para sistemas de
negociação, ou registros cabíveis, e a prestação de informações sobre produtos
oferecidos e serviços prestados pela instituição financeira integrante do sistema de
distribuição de valores mobiliários pela qual tenha sido contratado.

São sócios minoritários, ou seja, não possuem CLT. São responsáveis em fazer o
relacionamento comercial com o cliente e são comissionados através de participações
em operações financeiras. Podem conectar-se com várias instituições financeiras,
lembrando que a empresa de Agente Autônomo de Investimento não é uma instituição
financeira, mas sim uma representação comercial.

Resumidamente, fazem a captação de clientes via contato direto a fim de oferecer


os produtos disponíveis nas plataformas da corretora na qual são associados.
Normalmente o agente de investimentos ganha apenas comissão, não podendo ser
remunerado pelo cliente. Essa comissão costuma acompanhar o tamanho de sua
carteira de clientes.

Existem exceções, porém no geral quanto maior o volume sobre administração, maior
tende a ser a receita recorrente do Agente Autônomo de Investimento.

Remuneração do Agente Autônomo de Investimento

Você faz alguma ideia como são classificados os níveis de carreira e como se calcula a
remuneração de um Agente Autônomo? Não? Bem, eu vou te explicar.
A receita do Assessor pode ser pensada como um percentual (ROA) sobre o patrimônio dos
seus clientes. São abatidos os impostos e, posteriormente, é feita divisão com o escritório.
O termo ROA indica o retorno sobre os ativos do cliente. Quanto maior o ROA, maior a
remuneração do assessor.

PL dos clientes: R$ 100 milhões


ROA: 0,4% a.a
Exemplo: Receita bruta: R$ 400 mil/ano
Receita líquida (menos impostos):
aproxim. R$ 320 mil/ano

O valor é apurado mensalmente e dividido entre o assessor e o seu escritório em linha com o
acordo firmado entre as partes.

Estagiário
Auxilia o assessor no atendimento dos clientes tanto automatizando
processos quanto criando conteúdo que agregue valor ao mesmo. Além disso,
atua também na área operacional cuidando das aplicações e resgates dos
clientes do escritório de AAI.
2. Consultoria
Outro modelo de negócios fundamental para o mercado financeiro é a Consultoria.
Ela é responsável por orientar o cliente em suas decisões de investimento, usando
conhecimento técnico para apresentar estratégias, como recomendação de carteira
adequada ao seu perfil.

Seu “grande valor” está no caráter independente de suas recomendações, dando mais
segurança e minimizando os erros das decisões, porém, não podendo executar suas
recomendações.

O primeiro passo é analisar a estrutura patrimonial e do cliente para que posteriormente


seja feita uma proposta de realocação patrimonial e, por fim, o consultor fará
um acompanhamento e efetuar ajustes quando necessário. A remuneração das
consultorias é pautada em preços fixos por avaliações e recomendações, percentual
sobre patrimônio alocado e a performance, sendo a última nem sempre cobrada pelos
consultores.

De uma forma geral, os modelos de Consultoria, também conhecidos como Advisory,


podem ser ligados a bancos ou serem independentes. Os ligados a bancos, antes de
tudo, são formados por consultores funcionários da instituição. Possuem um salário fixo
mais uma remuneração variável a depender das metas, sendo essas estipuladas pelos
próprios bancos.

Os modelos de Advisory sem conflito ou independentes têm sua remuneração oriunda


do cliente. É obtida através de um fee de consultoria em cima do volume financeiro
movimentado pelo cliente. Um exemplo de empresa de Advisory é a Progredir
Investimentos.
Existe também um outro ramo de negócio no mercado em que não
falamos ainda. Você imagina qual seja? Vamos conhece-lo logo
abaixo.

Estagiário
Nas empresas de Advisory, o estagiário basicamente pode seguir
por três ramos. Operacional, comercial e na análise de mercado e
produtos.
Na área operacional ele realiza e processa as movimentações e
cadastros dos clientes e trabalha na conferência dos dados.

O comercial é basicamente o relacionamento com os clientes


existentes e a captação de novos. No campo da análise, o estagiário
aprende e ajuda o consultor na hora de avaliar o cenário do
mercado e os melhores produtos para investimento.

3. Research
São as famosas Empresas de Análises, conhecidas também como
Research. Elas oferecem ao investidor pessoa física algumas
análises independentes e com linguagem de fácil compreensão.
Como por exemplo a Empiricus.
Dessa forma, os investidores conseguem tomar decisões de
investimentos com mais embasamento, podendo alcançar seus
objetivos financeiros.
Falam sobre ações recomendadas, renda fixa, fundos imobiliários, long-short, análises
macroeconômicas, fundos de investimentos e os calls diários dos traders.

Essas empresas cobram mensalidades pela assinatura e envio de diferentes tipos de


relatórios ou análises.

A natureza é a análise independente. Partindo desse princípio, se uma empresa cobrar


um preço médio de R$ 20,00 por assinatura e conseguir captar 4 mil assinantes, sua
receita mensal será de 80 mil reais.

Estagiário
Assim como nas gestoras, um estagiário de research também precisa ter muita
dedicação lendo e estudando se quiser trabalhar com análises. Ele pode iniciar sua
carreira emm qualquer área de análise fornecida pela empresa.

4. Administradora
Por fim, e não menos importante, temos também
o trabalho das empresas de Administração. As
Administradoras. Responsáveis pela compensação,
liquidação, custódia e controle de risco de operações
realizadas em bolsa e mercados de balcão organizado.

Sua receita é proveniente de taxas cobradas como


percentual do que está custodiado. Essas taxas
normalmente são cobradas anualmente. Exemplo de
administradora: BNY Mellon.
Depois de ter visto essas infinitas oportunidades dentro dos principais modelos de
negócios do mercado financeiro você deve estar se perguntando o que fazer para
começar a sua carreira.

E eu te digo que NÃO existe mistério.


O primeiro passo é estar cursando alguma faculdade, independente do que for, é isso
que garantirá a possibilidade de você conseguir uma vaga como estagiário.

Aprender alguma linguagem de programação como VBA é bastante útil e te tornará um


diferencial, mas inglês e excel são duas coisas obrigatórias.

Um ponto importante são as certificações do mercado financeiro. Elas mostrarão ao


entrevistador que você é autoridade em determinado assunto, mas como estamos
falando de início de carreira, a sua obrigação será a de conhecer o mercado.

É importante ressaltar que a faculdade não o prepara para o mercado financeiro. Ainda
que sua graduação seja no ramo de exatas, como por exemplo economia, a grade
curricular não oferece o conteúdo necessário para garantir seu ingresso. Desta forma,
você deve buscar este conhecimento através de cursos que forneçam experiências
teóricas e práticas sobre mercado.

Esses sim devem estar no seu topo de suas prioridades, pois te darão as ferramentas
necessárias para conseguir iniciar a tão sonhada carreira nesse ambiente competitivo e
meritocrático.
E, para encerrar nossa conversa, separei para você 3 cursos que considero boas opções
para quem está buscando aprender sobre mercado financeiro:

Formação de Profissionais em Mercado Financeiro


Visando expor à profissionais do mercado financeiro as operações que são realizadas
nos mercados de ações, derivativos e renda fixa, bem como suas estratégias, a
Brasil Bolsa Balcão, popularmente conhecida como B3, criou o curso de formação de
profissionais em mercado financeiro.

Esse curso é feito obrigatoriamente de forma presencial no estado de São Paulo. A


carga horária é de 63 horas divididas em 6 horas semanais.

Jovens Profissionais – Formação em Finanças (Alumni COPPEAD)


O curso de mercado financeiro da COPPEAD/UFRJ é um curso com
conteúdo prático voltado para a realidade do mercado. Ele tem como
objetivo melhorar a visão do aluno no que tange as melhores práticas
para gerir financeiramente uma instituição.

É feito para formandos e recém-formados que atuam ou desejam atuar


de forma relevante no mercado financeiro.

Possui uma carga horária total de 160h, somatizando um total de 53


aulas de 3 a 4 horas.
Pode também ser aproveitado com o primeiro ano do mestrado profissional
desenvolvido com a Universidade de Bordeaux, na França.

As disciplinas ministradas são dividas em básicas, finanças corporativas, mercado


financeiro e tópicos especiais. Disciplinas básicas são aquelas como contabilidade,
matemática financeira e macroeconomia. Finanças corporativas abrangem conteúdos
como financiamento, avaliação de empresas e administração de capital de giro.

Já no Mercado Financeiro, vemos assuntos como renda fixa, derivativos, risco,


entre muitos outros. Por fim, os tópicos especiais, que são palestras ministradas por
profissionais experientes.

Master In Financial Markets (Proseek)


Com mentores renomados do mercado como Celson Plácido – ex-XP Investimentos,
Márcio Lyra – JGP, Patrick O’Grady – Vectis Partners, entre outros, o Master In
Financial Markets tem como objetivo transformar estudantes e recém-formados, que
desejam entrar no mercado financeiro e querem adquirir conhecimento, em estagiários
e analistas de alto impacto para a atuação no mercado de finanças.

Além de conteúdo teórico e prático, a Proseek busca realizar a ponte entre os alunos e o
mercado de trabalho. Através de incentivando o network e até mesmo indicando alunos
que se destaquem para entrevistas.
O Master In Financial Markets é totalmente pautado nos métodos de estudo de caso.
Seu conteúdo teórico é transmitido via plataforma online. Já o conteúdo prático é dado
em cases de forma presencial por profissionais atuantes e experientes do mercado
financeiro.

A carga horária para a realização dos cases é de 8 horas, tendo um total de 6 encontros
presenciais, sendo 1 a aula magna. Outro ponto importante é a questão da certificação.
Aqueles que conseguirem atingir média maior ou igual a 7 ao final de todos os
processos avaliativos terão o direito de receber um certificado do curso.

Quer saber como ter uma carreira de


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