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RELAÇÕES
INTERNACIONAIS
DO BRASIL
SOBERANIA, INTERVENCIONISMO
UNIDADE II E PRAGMATISMO (1845-1889)
AMERICANISMO, ATIVISMO E
UNIDADE III FRUSTRAÇÃO (1889-1930)
1. Cada discente escolherá um tópico de interesse no 1o dia de aula e cada Parte deverá apresentar o
panorama geral das RI em determinado período e o contexto do tópico escolhido;
3. Escrever resumo sobre as RI do Brasil no período em questão e mais comentário sobre o tema de interesse;
4. Enviar o resumo da semana por e-mail para registro sempre até 23:59 da quarta (antes da aula);
> Entre 1539 e 1542 chegam os primeiros africanos escravizados para a exploração da mão-de-obra nos engenhos.
> Indígenas também eram escravizados, mas havia conflito entre as intenções dos colonos e os jesuítas.
2.1 BRASIL E PORTUGAL: 300 ANOS DE COLONIZAÇÃO
Povos Rep.
indígenas Colonos Jesuítas Africanos
Coroa
5 milhões (est). Chegam em 1500 e com a Companhia de Jesus, 5 milhões foram trazidos à Administradores
1 mi: Tupi-Guarani no criação das capitanias fundada em 1534 por Inácio força para o Brasil partir de coloniais: governador-
litoral hereditárias. Donatários e de Loyola. 1539 para trabalho nos geral, capitão-mor,
pessoas disposta a virem Catequização e oposição à engenhos. ouvidor-mor, etc.
Outros: na várzea do para o Brasil. escravidão indígena.
Amazonas, Xingu, Destribalização, aldeamento, Do Senegal, de Angola, do
Cerrado. Bandeirantes: expedições reorganização sociocultural. Congo, Costa da Mina e
privadas, homens (SP) em Benin: jejes, nagôs (iorubás),
Guerras, alianças, busca de mão-de-obra tapas (nupés), haussás e
doenças. indígena. grupos sudaneses.
2.1 BRASIL E PORTUGAL: 300 ANOS DE COLONIZAÇÃO
O clima de insatisfação e ideias liberais é influenciado pela Revolução Americana (1776), a Francesa (1789) e a Haitiana
Com a chegada família real e da corte, a capital do Reino de Portugal é transferida para o Rio de Janeiro.
2.1 BRASIL E PORTUGAL: 300 ANOS DE COLONIZAÇÃO
2.2 O CONTEXTO EUROPEU E A FUGA PARA O BRASIL
RS Salvador Belém
PB
PE
NE Recife e
Salvador
Carne
> Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves: não pegava bem o rei morar em uma colônia;
> Política bifronte: voltar para Portugal, já que não havia mais ameaça à família real, ou, continuar no Brasil
para tentar impedir uma emancipação inspirada no que ocorria na América Espanhola?
> A centralização instaurada em 1808 limitava a autonomia local, o que constituía para as capitanias a
permanência da condição colonial;
> Hesitações entre aderir à Lisboa ou Rio de Janeiro durante as guerras de independência:
as províncias do Norte tinham mais vínculo comercial e econômico com Lisboa.
2.4 DESENHANDO UMA INDEPENDÊNCIA
> Vintismo: levante constitucionalista do Porto: liberalismo ibérico, pôr fim ao absolutismo em
Portugal e, na América, restringir a autonomia do Brasil, desfazer os tratados com a Inglaterra e a
volta de Dom João VI a Portugal;
> 1821: as embarcações reais traziam o rei e sua comitiva de volta ao porto de Lisboa;
> Dom Pedro I: o novo príncipe regente.
2.4 DESENHANDO UMA INDEPENDÊNCIA
> Disputa interna direciona para a tensão com Lisboa e Dom Pedro começa a se posicionar a favor
das elites brasileiras, principalmente conservadoras, mas também se aproximando de liberais;
> "Na virada do ano de 1822, o Brasil parecia mais um império do Antigo Regime do que um Estado
liberal da América do Sul", p. 50;
> A Casa de Bragança era ovacionada pela população que acompanha a transição política como
espectadores.
2.5 A POLÍTICA EXTERNA JOANINA
> As relações assimétricas de poder (Inglaterra):
Relação com a Inglaterra: política externa dinástica, desvinculada dos interesses nacionais.
Para a Inglaterra: Portugal assumia o compromisso de acabar com o trato negreiro, as questões
comerciais preferenciais e o direito à extraterritorialidade;
Em 1811, tropas lusitanas tomaram a capital, Montevidéu. Artigas ganha força com sua proposta
federalista, mas em 1817 é feita uma nova intervenção portuguesa que o derrota.
2.4 A RELAÇÃO COM A INGLATERRA
> 1807 Bloqueio continental de Napoleão pressiona Portugal e aproxima a coroa da Inglaterra.
> 1808 Mudança da Coroa portuguesa para o Rio de Janeiro. Reformas e mudanças culturais.
> 1809 Invasão de Caiena em represália às invasões francesas. A ocupação durará até 1817.
> 1821 Retorno de D. João VI a Portugal. Dom Pedro nomeado Príncipe Regente.
> 1822 Dia do Fico. Início do afastamento de Dom Pedro de Portugal. 7 de setembro: Grito do Ipiranga
LEITURA OBRIGATÓRIA: Capítulo 1. P. 7-18. DORATIOTO, Francisco. VIDIGAL, Carlos Eduardo. História das Relações
Internacionais do Brasil . Temas Essenciais em RI. São Paulo: Saraiva, 2014.
LEITURA RECOMENDADA: P. 241-266. GOYENA SOARES, Rodrigo. História do Brasil I: o tempo das monarquias.
Coleção Diplomata. São Paulo: Saraiva, 2016.
3.1 Independência e o Primeiro Reinado (1822-1831)
> Quem casa quer casa: uma Constituição para uma Nação
Nação enquanto uma comunidade política imaginada (Anderson, 1983): nação fraturada
Nacionalismo ganha força no século XIX, impulsionado pelo Iluminismo, Revolução Francesa e Americana
Contrariava princípios básicos das predominantes monarquias absolutistas
Pressões para reformas na organização política dos Estados
Tensões direcionadas para a Assembleia Constituinte de 1823
Guerras de independência até 1824: Cisplatina, BA, MA, PA, PI (mercenários de Dom Pedro I)
Importância de uma Constituição: garantir unidade territorial e dar vozes à soberania de Dom Pedro I
Tensões entre proposta liberal reformista (brasilienses) x conservadores, próximos a D. Pedro I
Debate sobre a separação dos poderes: Bonifácio como mediador dos interesses.
3.2 A CONSTITUIÇÃO DE 1824
O voto seria indireto e censitário, mas o critério de renda era baixo. Ampliaria o eleitorado.
Em 1823, D. Pedro I dissolveu a Constituinte e fechou a assembleia: "noite da agonia", prisões e exílios dos
irmãos Andrada. Justificado pela "união nacional". Descontentamento do Frei Caneca (Joaquim do Amor
Divino Caneca) em Pernambuco.
A Carta Outorgada: Poder Executivo (imperador e ministros por ele nomeados); Poder Legislativo
bicameral (Câmara Baixa e Senado vitalício); Poder Judiciário (Corte Suprema).
3.2 A CONSTITUIÇÃO DE 1824
Aforriados não votavam, a menos que nascidos no Brasil; não participavam também os menos de 25 anos,
exceto os casados e bacharéis em direitos;
Art. 98. O Poder Moderador é a chave de toda a organisação Politica, e é delegado privativamente ao
Imperador, como Chefe Supremo da Nação, e seu Primeiro Representante, para que incessantemente
vele sobre a manutenção da Independencia, equilibrio, e harmonia dos mais Poderes Politicos.
Art. 99. A Pessoa do Imperador é inviolavel, e Sagrada: Elle não está sujeito a responsabilidade alguma.
3.2 A CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR (1824)
> Quadro político interno
Inglaterra: estava disposta a reconhecer, caso os tratados de 1810 fossem prorrogados e desse fim
ao tráfico de escravos, o que não foi atendido por uma conjuntura econômica e política brasileira
que não apoiava a abolição do trato negreiro. Apesar das divergências, as negociações caminhavam
para um reconhecimento implícito. A cisão entre D. Pedro e José Bonifácio alterou a agenda.
3.3 O RECONHECIMENTO DA INDEPENDÊNCIA
1825: México, Argentina, França
Dos 2 milhões, 1,4 milhão referente à transferência da dívida portuguesa que foi utilizada para
financiar a campanha militar contra a própria independência brasileira.
O Tratado de Amizade, Navegação e Comércio de 17 de Agosto de 1827, válido por quinze anos,
era uma adaptação das concessões feitas em 1810 aos novos avanços do capitalismo inglês.
Assim foram atingidos os objetivos de Canning, devendo a economia brasileira procurar outros
mercados para seus produtos, excluídos do mercado inglês, que permanecia reservado aos similares
oriundos das colônias britânicas.
Foi o preço exigido pelos serviços ingleses em prol do reconhecimento da Independência. A dom
Pedro, os tratados trouxeram a antipatia nacional, a revolta do Parlamento e a queda em 1831. (MRE)
O TRATO NEGREIRO
Somente se torna tráfico quando proibido por legislação interna: Lei Feijó, de 1831, "Lei pra inglês ver".
Defesa de ideias liberais contra a escravidão no final do século XVIII. 1807: ilegal o tráfico nas
colônias inglesas.
Bernardino Rivadavia (primeiro Chefe de Estado/presidente das Províncias Unidas) defendia que a
Província Cisplatina pertencia política, cultural e economicamente às PURP.
Extenuadas as partes conflitantes, desgastadas as tropas e sem recursos para mercenários: início
das negociações mediadas pela Inglaterra. Fructuoso Rivera assume a presidência.
CONTATOS COM A AMÉRICA DO SUL
Relação mais distante com os países andinos: incidente de Chiquitos (Alto Peru, atual Bolívia) em 1825
O governador da província oferecia anexação ao Brasil para evitar a independência da Bolívia;
Mato Grosso anexou o território e foi nomeado um governo provisório para a região;
Tensão com o General Sucre (líder da independência): D. Pedro I desaprovou a atitude do Mato
Grosso, impedido de atuar em duas frentes.
O incidente reforçou o posicionamento do Império na região:
contrário às ideias republicanas e ligado ainda à Santa Aliança.
Julgarmos propícia esta ocasião para afirmar, como um princípio que afeta os direitos e interesses dos
Estados Unidos, que os continentes americanos, em virtude da condição livre e independente que
adquiriram e conservam, não podem mais ser considerados, no futuro, como suscetíveis de colonização por
nenhuma potência europeia […] (Mensagem do Presidente James Monroe ao Congresso dos EUA, 1823)
Fatores externos: a Guerra Cisplatina (exauria tropas nacionais e mercenários, gatos do tesouro
nacional, já debilitado); com o fim da guerra, ocorre um distanciamento do Exército Imperial
(pagamento de soldos e buscava-se enfraquecer o prestígio dos oficiais de alta patente (portugueses).
Imperador mais virado para a Europa (Ma. da Glória forçada a casar com o tio Dom Miguel)
Crise política em Portugal; mudanças no cenário europeu (fim do reino absolutista na França)
1830 no Brasil: assassinato do jornalista liberal Libero Badarò, D. Pedro demitia seu gabinete.
3.6 CRISE POLÍTICA E ECONÔMICA
1831: no retorno de uma viagem a Minas Gerais, D. Pedro I é recebido com frieza, enquanto os
restauradores carregavam lampiões para saudá-lo, os liberais começaram a atirar tudo possível
enquanto foram retaliados com os lampiões.
"A noite das garrafadas": acirramento da oposição entre portugueses restauradores e brasileiros liberais.
7 de abril de 1831: sem apoio interno e enxergando sua redenção na ascensão ao trono português,
D. Pedro I abdica ao trono no Brasil. Deixando seus filhos no Brasil.
D. Pedro I entrega a carta ao Major Frias
> Guerra Cisplatina e a dívida pública: os títulos do tesouro somavam 21,5 mil contos de réis, quando o
orçamento imperial era de 12 mil;
> Pouco ouro da Coroa nos cofres públicos: maior parte foi retirada por D. João VI em 1821.
Banco do Brasil sem respaldo em barras de ouro; aumento do índice geral de preços, inércia inflacionária
de ano a ano.
3.6 CRISE POLÍTICA E ECONÔMICA
D. Pedro I ordenou a emissão de mais papel-moeda, o que causou a desvalorização da moeda e a elevação
dos preços. De 1829 em diante circularia apenas papel-moeda.
"O agravamento da crise - que deu origem até a falsificações de moedas de cobre - atingia especialmente a
população urbana que, intranqüila, dirigia seus protestos contra os comerciantes que controlavam a maior
parte do comércio varejista. Uma parte destas reclamações vinha das elites que viam encarecer inúmeros
bens de consumo, oriundos das nações "civilizadas" européias, devido às sucessivas desvalorizações da
moeda brasileira frente à libra inglesa na década de 1820." Multirio
O Império estava atado pelos tratados com a Inglaterra e as condições de expansão das concessões
aos demais Estados Europeus (1826: França, Áustria, Prússia e cidades Hanseáticas).
Garantia de aliança política com a Europa, mas perda do controle das finanças públicas;
"Quase vinte e três anos após a transmigração da Coroa portuguesa para o Rio de Janeiro, retornava D.
Pedro I a Portugal, deixando a economia brasileira em condição mais vulnerável do que a encontra seu
pai, D. João VI, em 1808" Goyena Soares, p. 62.
RESUMO SINTÉTICO: AULA 03
> 1823 Assembleia constituinte e divisão entre liberais (grupo brasiliense) e conservadores
"Noite da Agonia": rompimento com os Andrada
> 1824 Carta de 1824: monarquia constitucional hereditária. Quatro poderes: Executivo, Legislativo, Ju
e Moderador. Religião católica é a religião do Império. Direito Políticos e individuais.
> 1824 Confederação do Equador (PE, CE, RN, PB): separatismo, abolição da escravidão, república
federalista.
Reconhecimento da independência: Províncias Unidas do Rio da Prata, EUA, Benin e Onin.
RESUMO SINTÉTICO: AULA 03
> 1827 Renovação dos privilégios alfandegários com a Inglaterra e promessa de fim do trato negreiro
> 1830 Intensificação da crise política: "noite das garrafadas" e dissolução do gabinete.
07 de abril de 1831 - Regência Trina Provisório: Sen. Vergueiro, sen. Carneiro, brig. Francisco de Lima e Silva.
> Destituição do ministério de marqueses e a readmissão daquele demitido por Dom Pedro I; anistia dos presos
políticos e suspensão temporária do Poder Moderador (a Câmara de Deputados não poderia ser dissolvida);
07 de junho de 1831 - Regência Trina Permanente: Brig. Francisco de Lima e Silva, João Bráulio Muniz e José
da Costa Silva. Avanço liberal até 1837.
> 18 províncias desproporcionais (demográfica, espacial e economicamente). População: 5,3 milhões, 30% em
situação de escravidão;
> Muitos viram como a chance de se afastar da presença dos portugueses nos comércios, na administração civil
e militar (dominados normalmente por portugueses).
4.1.1 A nova ordem política
18 de agosto de 1831: Criação da Guarda Nacional - reorganizar o equilíbrio de forças no seio do Exército,
no qual as formações de base eram compostas por negros, mulatos, homens pobres e pouco qualificados.
A cúpula do comando do Exército era de formação portuguesa, sendo vista como ameaça ao avanço liberal.
Regimentos da Guarda Nacional: compostos por cidadãos eleitores fortemente politizados. Renda de 100 mil
réis: proprietários brasileiros interessados na defesa de suas posses, de suas localidades e de suas regiões.
1832: Criação do Código de Processo Criminal (habeas corpus e Juiz de Paz), formação local e ligado à GN;
1834: Ato Adicional votado pela Câmara, avanço liberal e descentralização: Assembleias Legislativas
Provinciais; Município neutro do Rio de Janeiro; suspensão do Poder Moderador e o Conselho de Estado;
Substituição da Regência Trina pela Regência Una (apoio das ALP, 4 anos; e os Presidentes das Províncias
seriam nomeados pelo governo central). Descentralização sem federalismo.
4.2 SEDIÇÕES POPULARES E FORÇAS CENTRÍFUGAS
A mudança de posicionamento de políticos liberais anos após o Ato de 1834: mudanças como o
Juiz de Paz e o Código de Processo Criminal fomentaram poder nos municípios e dissensos entre as
esferas de poder. Juiz de Paz eleito popularmente: lidava com as questões municipais como pessoais.
Raymundo Faoro: berço do coronelismo brasileiro.
O Ato Adicional abria uma brecha na estrutura do poder organizado entre governo central e províncias
subordinadas: anseios de maior autonomia, separação e instituição de repúblicas;
Protestos populares contra as más condições sociais; já os elititistas assumiram feições federalistas,
republicanas e separatistas. Todas foram reprimidas.
CABANADA, GUERRA DOS CABANOS (1832-1836)
PERNAMBUCO E ALAGOAS (ZONA DA MATA E AGRESTE)
COMPOSIÇÃO: pequenos proprietários, indígenas, homens pobres sem terras e negros escravizados foragidos.
CAUSAS: Dificuldades financeiras advindas da crise econômica e do comércio exterior; alterações nas
estruturas de poder com a instituição do Juiz de Paz.
COMPOSIÇÃO: homens e mulheres de baixa renda, negros, mulatos, indígenas. Fazendeiros por breve período.
RESULTADO: a mais violenta das repressões legalistas durante o período regencial. 40 mil mortos.
Metade da população dizimada.
CABANAGEM (1835-1840)
Líderes: Batista Campos, Eduardo Angelim (seringueiro e jornalista), Félix
Malcher (fazendeiro), Antônio Vinagre e Francisco Vinagre.
Medidas tomadas pelo Governo Cabano: língua geral (nheengatu), moeda própria.
Apoio francês aos cabanos e apoio inglês à Guarda Nacional.
COMPOSIÇÃO: vaqueiros, sertanejos, negros escravizados, profissionais de renda média e fazendeiros por
breve período.
REIVINDICAÇÃO: rearranjo do poder local, criar prefeitos e alterar o processo de nomeação da Guarda
Nacional; combate à miséria, à escravidão e à opressão.
RESULTADO: derrota e vinculação do Barão de Caxias, futuro Duque, à imagem do pacificador das revoltas.
FORÇAS CENTRÍFUGAS
Rebeliões de caráter elitistas, composição mais homogênea.
Ideário republicano, expressividade da oposição ao Rio de Janeiro.
A FARROUPILHA (1835-1845): Rio Grande do Sul.
COMPOSIÇÃO: estancieiros, homens livres e escravos aos quais se lhe prometia alforria.
CAUSAS: barreiras alfandegárias, concorrência do gado e do charque platino, livre circulação de rebanhos,
impostos sobre o Rio Grande do Sul.
RESULTADO: Derrota militar temperada por acordo de paz. Anistia e reequilíbrio alfandegário.
Aumento da tensão na região do Prata.
FORÇAS CENTRÍFUGAS
Rebeliões de caráter elitistas, composição mais homogênea.
Ideário republicano, expressividade da oposição ao Rio de Janeiro.
COMPOSIÇÃO: lideranças urbanas, escravos nascidos no Brasil que seriam alforriados, os nascidos na África
permaneceriam em condição de escravidão.
CAUSAS: oposição à Regência. Contra o recrutamento forçado de tropas para lutar no RS contra a Farroupilha.
RESULTADO: Perda de apoio dos barões de açúcar na Bahia. Insurretos reprimidos. Escravos nascidos no
Brasil não foram alforriados.
4.3 O REGRESSO CONSERVADOR E O GOLPE DA MAIORIDADE
Regente Uno, Padre Diogo Antônio Feijó (1835-1837)
Restauradores: caramurus x Liberais moderados: chimangos
Acusações ao avanço liberal e a relação com as agitações populares
Revoltosos (exaltados, jururubas e farroupilhas) alvo de ambos.
As revoltas e o movimento contrário à descentralização;
Renuncia de Feijó.
Araújo Lima questionado por liberais; debelação das rebeliões provinciais, desenvolvimento econômico com a
entrada em cena do café;
A lei de 1827 renovou por quinze anos, sem reciprocidade, a validade dos tratados.
4.4 A DIMENSÃO EXTERNA
Lei de 1830: prestação de contas ministeriais por questões de política externa, estabelecendo-se
a obrigatoriedade de elaborar o relatório de repartição dos Negócios Estrangeiros, o que ampliava
as prerrogativas parlamentares quanto ao orçamento destinado à política exterior;
Lei de 1831: todos os tratados deviam ser submetidos à consideração da Assembleia Geral do
Império, que ganhava o direito de ratificação.
Comércio e a questão do tráfico negreiro: entre 1831 e 1850 influxo de 500 mil escravizados;
Presença naval britânica combatendo e afundando navios negreiros.
Com o resto da Europa: as relações não estavam melhores - POR e ESP associadas à restauração
e ao absolutismo;
Portugal: relação amargada pelas indenizações;
Espanha: até 1834 não se tinham relações diplomáticas, Brasil não era reconhecido.
4.4 A DIMENSÃO EXTERNA
Atritos do Império e a Igreja de Roma devido à manutenção do padroado;
França: desconfiança pela construção de um forte militar na margem setentrional do rio Oiapoque (levaria
mais de 80 anos para ser solucionada);
Preocupação com o expansionismo de Rosas: o caudilho portenho fechara os rios argentinos à navegação, o
que cerceava o acesso ao Mato Grosso;
No Uruguai: nem Oribe (Partido Blanco), nem Rivera (Partido Colorado) eram favoráveis ao Império;
Paraguai: José Rodriguez de Francia - autoproclamado ditador perpétuo da República - isolacionista.
AO NORTE: EXPANSÃO
AMAZÔNIA E FRANÇA
AMAZÔNIA E GRÃ-BRETANHA
A questão do Pirara
> 1834 Ato Adicional: Juiz de Paz, suspensão do Poder Moderador, Regência Una.
> 1840 Golpe da maioridade: D. Pedro II declarado imperador aos 14 anos com apoio liberal
PRÓXIMA AULA...
UNIDADE II – SOBERANIA, INTERVENCIONISMO E PRAGMATISMO (1845-1889)
- O segundo reinado (1840-1889)