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Cópula vaginal completa com penetração.

Em tribunal que se julga são os factos cometidos


por pessoas. Ipsi verbis ( sonorizaram)

*O casamento em Angola nos termos do artigo 20 do Código de família não é contrato,


casamento é uma união de facto, homem e mulher, em Angola o casamento não é contrato
porque a ele não está subjacente as normas do direito contratual, ao casamento aplica-se às
normas do código de família, e nunca as normas das obrigações próprias do código civil por
um lado, mas, o casamento tem relações patrimoniais, mas a finalidade do casamento, o fim
último do casamento não é a resolução das questões do foro patrimonial, o fim último do
casamento é a plena comunhão de vida.*

Jurista não bebe bebidas alcoólicas, faz uso de bebidas psicotropicas

Edgar Ernesto

Ética e Deontologia

27-10-2021
Sumário: Ética e a moral
Deontologia e os códigos deontológicos

O direito foi feito mesmo para regular os comportamentos em sede da sociedade, entretanto
existe aí o direito para regular a sociedade, o direito é aplicado pelo homem, o homem para
aplicar o direito tem de estar investido de algum conhecimento. Entretanto, para o direito
regular a sociedade é necessário que o direito exista e que depois seja aplicado, aí então se
pergunta quem vai aplicar o direito? R: o homem com conhecimento técnico para tal, vai ser
na verdade o jurista, o jurista é aquela pessoa que recebe conhecimento técnico para estudar,
aplicar e analisar as normas jurídicas.

O direito a sociedade é aplicado por pessoas de especializadas, e essas pessoas especializadas


aplicam o direito de várias formas: numas vezes aparecem como legislador (AN), outras vezes
aparecem no exercício de algumas profissões, aqui vamos vamos chamar os juizes,
procuradores e advogados ou outras. O trabalho do jurista é um trabalho árduo.

Actividade do jurista é uma actividade de extrema importância, porque enquanto juristas


trabalhamos com bens jurídicos importantes, quando terminar-se a formação vamos decidir
sobre situações complicadas da vida de outrem. Vai nos remeter sobre alguns casos da
liberdade de certa pessoa, outros casos para questão da vida, questões que tem a ver com o
património, ou seja trabalharemos com aquilo que são os princípios fundamentais do direito
civil por um lado, em princípios fundamentais do direito civil, vamos trabalhar com a
propriedade, com a vida, com à família e com outras situações, para tal, mas do que
conhecimento do que conhecimento técnico jurídico que tenhamos, devemos ter também uma
componente interna. A componente interna que se pede ao jurista é exercer a profissão
com alguma lisura, exercer a profissão baseando-se a profissão, baseando-se nos ditames
da ética e deontologia. Se formos um juiz que tem que decidir sobre a liberdade de outrem e
no final do dia está receber algo em troca, já não está ser um juiz imparcial, está violar aquilo
que são os princípios éticos e deontológico da sua profissão. Esta disciplina vai aparecer
aqui para nos munir de algum conhecimento deontológico sobre o exercício das distintas
profissões jurídicas que afinal decidamos escolher.
Se quisermos ser advogados, juiz, procurador, devemos pautar as nossas vidas devemos pautar
sobre este e naqueles ditames.

(Pauta deontológica do serviço público, decreto 33/91, Lei 10/94) enquanto funcionários
públicos devemos conhecer tudo isso. Para nós os juristas Magistrados vamos ter a nossa
componente durante o INEJ alguns conceitos deontológicos para a melhor aplicar no exercício
da nossa profissão.

Existem dois aspectos que estão directamente ligado a nós, que é: a ética e a moral: a ética vai
ser aquele conjunto de valores e princípios que vão reger a conduta duma pessoa
enquanto ser social. Por exemplo, não cumprimentar conjunto de valores que vão reger a
minha vida enquanto um ser social, se a pessoa não gosta de cumprimentar já está ferir normas
de cariz ético, isso já tem a ver consigo.

Outra questão que pode ferir questão ética, é facto de aceitar uma gorjeta no exercício das
suas funções, isso também é ferir as normas éticas.

A ética surge para nos moldar e nos levar aquilo que é sentimento de justiça,, a ética aparece
para moldar a nossa conduta e nos fazer com que andemos na sociedade todos bem.
Imaginamos uma sociedade que nos comportássemos de forma ética, aí atingiríamos à justiça e
a paz social. A ética serve para regular a nossa conduta na sociedade para chegarmos naquilo
que é a justiça, então em dada altura a ética começa a ser confundida com o direito. Ética e
Direito têm como finalidade última a realização da justiça, por isso primeiro surge a lei depois
surge o direito e fim último é à justiça tudo isso concorre para realização da justiça.

A lei contém normas éticas. A lei quando diz que devemos nos devemos comportar de certa
maneira, está de uma forma implícita a nos transmitir ditames de comportamento ético. Por
exemplo não matar outro. Quando proíbe a morte está directamente a concordar com ética,
não podemos tirar a vida dos nossos semelhante. A dada altura a ética começa a se confundir
com o direito. Mas há aspecto que distingue um do outro:

Primeiro que ninguém pode ser esforçado a cumprir normas ( cumprimentos são dados e não
cobrados) é claro normas não podem ser obrigatório a serem cumpridas, diferente do direito, o
direito acaba por exigir que devem ser cumpridos;

Outro aspecto é aquele que diz quando a pessoa não cumpre numas ética não lhe vai acontecer
nada, em contrapartida o que não cumprir o direito é provável que se lhe vai aplicar uma
sanção.

A ética muitas das vezes está ligado ao nosso carácter. A lei da proabidade pública nos diz que
devemos agir em determinado sentido, um deles é não usar os valores públicos para o uso
pessoal, nós intrinsecamente já devemos saber, nós só devemos usar aquilo que é nosso subtrair
o bem de outrem não é correcto do ponto de vista ético, mas também o direito aproveitou para
sancionar esse comportamento no crime de furto. Todas as normas que existem na sociedade,
têm um fim último realização da justiça, com à justiça consegue-se a paz social. Ética é igual a
comportamento social.

MORAL: vai ser conjunto de preceitos que são mais ou menos absolutos e altamente
obrigatório para a nossa consciência.

A moral leva o homem para o reconhecimento daquilo que é recto, daquilo que é bom, é a
moral que vai nos obrigar a distinguir o bem do mal, porque como dizia Cícero A República,
existe uma lei e essa lei é eterna, essa lei nos foi colocada pela razão na nossa consciência,
essa lei vai nos fazer discernir o que é bom e o que é mal, E que nenhum jurista ou magistrado
nem ninguém vai conseguir nos fazer abdicar dessa lei ( moral) a moral é que vai nos ditar a
forma como devemos andar e nos comportar de forma interna, saindo da forma interna para
externa vai dar lugar ao comportamento éticos. Jean Jack Rosseau o homem nasce bom, a
sociedade é que o corrompe. As normas da moral, estão gravadas nas nossas consciências, e ela
que nos atiram para ver aquilo que é correcto é aquilo que é mal.

Amor também se distingue do direito. Enquanto a moral é nossa interna e autónoma, o direito
vai ser heterónimo, vem de fora.

Enquanto a moral é unilateral porque só diz respeito a pessoa, o direito vai ser bilateral.
Enquanto que na moral não há coerção já no direito as coisas vão se passar diametralmente
diferente, haverá sempre uma medida coerciva.

Depois de termos visto a ética e a moral, vamos chegar na dignidade da pessoa humana, a ética
tem como finalidade a resolução da justiça é a ética que nos faz reconhecer e tratar as pessoas
com dignidade, e a dignidade é dos primeiros princípios fundamentais do direito. Ética tratar
bem as pessoas; tratar bem bem as pessoas reconhecemos dignidade da pessoa humana,
dignidade da pessoa é igual a todo o direito.

Porque quando nós reconhecemos a dignidade a outrem, sabemos que sobre está pessoa não
devemos ter comportamentos xenófobos; não devemos ter comportamento de inveja, não
devemos maltratar, nem devemos matar a outra pessoa. Porque a dignidade vai nos obrigar a
reconhecer essa pessoa como nosso semelhante, e como um sendo de direito e obrigações. Os
Estados reconhecem a dignidade em primeira instância. Art 1.º CRA o art 31.º CRA. Quando
você respeita a dignidade da pessoa humana, você não tem o direito no cerne das coisas, você
coloca o ser humano no cerne das coisas.

DEONTOLOGIA: Deontologia é também conhecida como a ciência dos deveres. Ela é na


verdade a ciência que vai estudar os deveres especiais no exercício de uma profissão.

Ou seja, toda e qualquer profissão tem normas que vão lhe regular, essas normas vai ser
chamadas de deontologia de certas profissão. As normas deontológica vão servir na verdade
para corrigir determinados comportamentos dia especialistas em certas matérias. Porque não
poucas vezes no exercício das nossas profissões somos influenciados ou pelas nossas questão
intrínseca ou pela sociedade.

Em sede da deontologia a maior parte das normas deontológica vamos encontrar nos códigos,
então por vezes surgem a pergunta de procurar saber se as normas deontológica são aquelas que
surgem unicamente nos código?

Há autores que dizem sim, outras dizem que não, não obstante a existência de códigos
deontológico, na verdade existem normas Deontológica muita das vezes confundidas com
preceito legais olharemos para lei da proabidade pública, temos a pauta deontológico do
funcionário, se olharmos para lei 10, vamos encontrar normas de cariz deontológico, nem todas
normas deontológica vamos encontrar compilada nos códigos deontológico
.
Característica dos códigos deontológico:

Característica positiva ou promocional: Que em regra visa promover determinadas


condutas, essa aqui nos diz que não devemos adoptar certos comportamentos. Existe uma
norma que diz que juiz não deve tomar parte de partidos políticos. Esta aqui é uma norma
promocional.
Carácter flexível ou rígido: Está norma tem a ver com aqueles tipo de código que por um
lado podem ser flexível a alterações que ocorrem na sociedade ou por outro lado vetarem esse
tipo de flexibilidade. O código de ética e odontologia profissional dos advogados diz que a
correspondência entre esses profissionais deve ser por carta registrada, se eventualmente
estivermos em m presença fim código flexível este poderá aceitar correspondidos via
electrónico se o código for rígido ele em momento algum deverá aceitar com que a
correspondência se faça deforma diferente daquela que está prescrito nos códigos

Carácter público ou do social: Se o código decorre duma instituição público ela tem carácter
público, se decorre de uma instituição de instituição de profissionais liberais ou de colégio
profissional ela tem carácter social.

Tipologia de códigos deontológicos:


Quanto a finalidade: códigos promocionais; educativos, e códigos prescritivos
Quanto aos sujeitos destinatários: códigos gerais; códigos particulares oi específicos e
códigos interprofissionais ( Estatuto do magistrados judiciais e do ministério público lei 7/94 de
29 de Abril)

Quanto ao seu conteúdo: códigos extensos e códigos concretos e breves.

Obrigatoriedade das normas deontológica: Na doutrina existe uma disputa se pode


considerar se as normas deontológica são de cumprimento obrigatório ou não, porque existe
normas deontológica que são emanadas por ente-público, mas outras que são emanada por
entidades profissionais imaginemos por exemplo: a ordem dos médicos, a ordem dos
advogados, a ordem dos engenheiros, têm norma deontológica, e maior questão que se coloca é
se está norma que são emanadas por ente não públicos devem ser cumprido de forma
obrigatório ou não? Uma parte da doutrina entende que não, que essas normas em momento
algum devem ser cumpridas até porque nós que somos formados recentemente em direito,
vamos para ordem dos advogados e nos apresentam um código deontológico que não demos o
nosso consentimento nas normas legais, então não é justo que é essas normas nos sejam
aplicadas. Mas há outra parte, e a parte que prevalece é de que, as normas deontológica devem
ser obrigatoriamente cumpridas, quanto aquelas que decorrem do exercício dos entes-público
não há questão que se levanta, mas já as outras que emanam de associações privadas devem ser
cumpridas por conta do art 49º da CRA. Este artigo estabelece uma forma de organização aquilo
que chamamos de administração autónoma do Estado que sobre a qual o Estado exerce a tutela
única e simplesmente de legalidade, corrobora este art 49º da CRA com o n2 do preâmbulo do
código da ordem dos advogados, que diz que a partir do momento em que os ilustres se
inscrevem na ordem dos advogados, está sujeito implicitamente as normas do código de ética e
deontologia profissional da ordem dos advogados.

Daí que, a par das da questão da ordem dos advogados, por força dos artigos supra citados, as
normas de cariz deontológica são obrigatórias no nosso país.
Data 03 de Novembro de 2021

Sumário: DEONTOLÓGICA E OS SEUS SÍMBOLOS E PRINCÍPIOS


DEONTOLOGIA DAS PROFISSÕES JURÍDICAS ( DEONTOLOGIA DO
MAGISTRADO JUDICIAL)

Na aula passada falamos de deontologia, vimos que eram conjuntos de normas que regiam o
exercício de certa profissão, hoje por hoje, vamos ver que se deontologia rege as normas de
determinada profissão, a deontologia que é jurídicas vai ser a ciência que na verdade que vai
cuidar dos direitos e deveres próprios das profissões jurídicas. “ A ciência que cuida dos
direitos e deveres das profissões jurídicas, chamar-se deontologia jurídica”.

Esta deontologia jurídica não é única e simplesmente para os advogados, ou seja, a ela estará
incluída todas as profissões jurídicas ( procuradores, juizes, advogados, escrivão, etc). Todos
aqueles que são operadores do direito devem se rever na deontologia jurídica.

Alguns países africano, e para alguns países europeus verificaremos que a terminologia
continua, deontologia jurídica, isto é normal, salvo com raras excepções nos países de matriz
romano-germano, já nos países de origem anglo-saxonica usam a terminologia ética-
profissional para determinar o mesmo ramo “ deontologia jurídica”, a deontologia jurídica,
está subdividida em vários ramos, temos a deontologia do juiz, do procurador, dos advogados a
do provedor de justiça e muito mais (...).

A deontologia jurídica jurídica em sede do ministério público é muito importante, diferente dos
juizes os magistrados do ministério operam em todas as alas, tudo que é tribunal o ministério se
faz presente nos termos do art. 185.º e 186.ºda CRA.

Em todos os processos o MPº tem a sua intervenção, ou para colocar vista, ou para verificar se
os actos praticados estão em conformidade com a lei ou não-, daí que, sempre e sempre o MPº
no exercício dessas profissões deve se pautar pelo uso escrupuloso das normas deontológica.
Depois também a deontologia vai se aplicar aos advogados, e ao se aplicar aos advogados é um
pouco mais difícil, advocacia é uma profissão liberal e em regra nas “ profissões liberais
tende-se a pensar que há uma liberdade total”, mas não, o código de ética e deontologia dos
advogados é muito rígido relativamente algumas questões. É que os advogados não podem
praticar determinado actos.

OS SÍMBOLOS DA DEONTOLOGIA JURÍDICA:

1. Deusa da justiça; ( a nossa linha é romano germano, a Deusa da justiça é a


IUSTITIA, esta deusa é do direito romano, e na Grécia no princípio deus da justiça era
Zeus, só depois passar os tempos Zeus deu lugar a deusa Themis, ela era segunda
esposa de Themis, mas tarde Themis deu lugar a Dike, Dike era consequência do
pecado, era filha de Zeus e Themis passou a ser a deusa justiça) para nós a Deusa da
justiça é aquela de olhos vendados segurando a espada na mão directa e a balança na
mão directa.
2. Balança: A balança é um símbolo de justiça antigo, ela representava a igualdade, ou
seja, a balança servia para medir os pecados e transformado no direito eram medidas “
coisas boas e as coisas má”, quando houvesse igualdade entre as coisas boas as coisas
má dizia-se então que fez-se justiça.
3. Espada Serve para dizer que a lei a aqui é dura ( dura lex sede lex)
4. Olhos vendados: serve para mostrar imparcialidade.
5. Martelo: serve para conferir autoridade constitucional ao juiz, quando ele usa para
encerrar uma sessão de julgamento, pode se considerar como aquela decisão definitiva.
6. Tribunal: o tribunal é local usado para se fazer à justiça. Na antiguidade os tribunais
funcionavam nos templos
7. Beca e toga: Estes são as vestes tradicionais dos operadores de justiça, a beca é
usado pelos magistrados, (para os juizes o cordão é preto e para os procuradores o
cordão é vermelho); a toga é usada pelos advogados que também tem o seu cordão
vermelho.

É o cordão é preto dos juizes é preto para representar imparcialidade, o ministério público usa o
cordão de cor vermelha para representar o rigor na aplicação da lei, o MPº é o defensor da
legalidade do Estado. O Estado tem determinados bens jurídicos que ninguém lhe pede favor,
ele é obrigado a tutelar e a proteger. Os bens jurídicos tutelados pelo Estado constam do código
penal, o Código penal não é um diploma que vem em primeira sancionar, não, o código penal
vem em primeira instância tutelar os bens jurídicos fundamentais. Sempre que um dos bens
jurídicos fundamentais é violado o MINISTÉRIO PÚBLICO EX OFFICIO, deve abrir o
competente processo, por exemplo: encontramos alguém sem vida na rua 5, O MINISTÉRIO
PÚBLICO DA ÁREA DE JURISDIÇÃO É OBRIGADO, NINGUÉM LHE ESTÁ PEDIR UM
FAVOR, É OBRIGADO ABRIR UM PROCESSO CONTRA PESSOAS
INDETERMINADAS, PROCESSO DE AVERIGUAÇÃO CONTRA INCERTOS, o MPº é
obrigado averiguar as causas da morte daquele bem jurídico tutelado pelo Estado. O SIC é a
mão da execução do MPº.

PRINCÍPIOS DA DEONTOLOGIA JURÍDICA:

a. Agir conforme a ciência e a consciência: ( este princípio tem como pano do fundo que
nós tenhamos competência técnica, ou seja, devemos estar permanentemente a estudar
por um lado; também por outro lado devemos cultivar valores éticos e morais
aceitáveis para que perante determinado caso possamos distinguir o que é bom e o que
é mal. Primeiro competência técnica, depois é, elevado espírito de ética e deontologia
para a partir daí distinguir aquilo que é bom e aquilo que é mal. Nós os juristas em
momento algum devemos nos onerar das nossas responsabilidades, os juristas não deve
ser como outros é conduzidos pelas redes sociais).
b. Integridade e honestidade: O jurista deve ser íntegro e honesto. Íntegro em tudo o que
diz e o que faz; honesto para com as suas acções.
c. Princípio da cidadania: o jurista deve ser o primeiro cumpridor da lei, o jurista deve
ser aquele que mais teme a lei.
d. Princípio dá probidade: Devemos ser cautelosos na administração do património
colocados à nossa administração, respeitar o que é do outro o que é património do outro
e. Princípio das defesas das prerrogativas profissionais: Enquanto operadores de
direito, devemos sempre debater para proteger a qualidade das condições de trabalho.
Está .
Para aplicar estes princípios é importante que estejamos munidos de alguns valores éticos; nós
só temos a sociedade que temos porque nos desligamos da igreja, deixámos de ter a educação
cristã, grande parte dos valores éticos estão na Bíblia.
Deuteronômio Cap.16, vers 19 e 20.
Êxodo Cap. 23 vers 8
Provérbios cap 17 vers. 23
Levítico cap 19 vers 15

DEONTOLOGIA DAS PROFISSÕES JURÍDICAS

DEONTOLOGIA DO MAGISTRADO JUDICIAL (deontologia do juiz)

O poder judicial é o terceiro poder soberano, naquilo que é a nossa organização jurídico-
constitucional, o primeiro poder soberano é o poder político; depois o poder legislativo e depois
o poder judicial.

FONTES DA DEONTOLOGIA JURÍDICA DO MAGISTRADO JUDICIAL

Ela segue em fontes, temos as fontes internacionais e as fontes internas:

As fontes internacionais temos A declaração universal dos direitos do homem; temos o pacto
internacional dos direitos civis e políticos, a Carta africana dos direitos dos homens e dos
povos;

Para aquilo que é interna e que nos interessa, primeiro é a Constituição da República de Angola
nos seus artigos 174.º a 184.º fala do poder judicial, essencialmente do juiz.

Lei 7/97 de 29 de Abril


Lei 5/00 de 25 de Agosto
Lei 14/11 de 18 de Março (lei do conselho superior da magistratura judicial)
A resolução 26/94 de 26 de Agosto ( pauta odontológica do serviço público)
Lei 3/10 de 29 de Março ( lei da probidade pública)
Decreto presidencial 8/15 de 04 de Maio (Estatuto do INEJ)
O código de processo civil e o código de processo penal.

Estes diplomas trazem todos normas que regulam a deontologia do juiz, quando nos for
colocados uma situação prática que tem a ver com os magistrados devemos em conta em
princípio a estás normas.

REQUISITOS PARA SER MAGISTRADO JUDICIAL

Tem de reunir dois requisito,


Primeiro requisitos pessoal:
1. Vocação para ser juiz, para julgar o outro tem de se ter vocação, e não ir à atrás da
profissão por conta de questões financeiras, adoptar uma nova personalidade a pessoa
tem de pender para o justo sempre durante a sua vida.
2. Idoneidade moral e cívica. Tem que se compadecer com as situações das pessoas.
3. Tem que ser honesto, trabalhador, respeitador, íntegro, patriota

REQUISITOS LEGAIS , constam do art 41.º da lei 7/94.

O ingresso para juizes é feito por intermédio do INEJ, daí que trouxemos aqui o decreto
presidencial 84/ 15 de 04 de Maio o art 41º da lei 7/94 vamos remeter para este decreto. O
estatuto do INEJ vai dizer que, está bem você tem aqueles requisitos que estão na lei, mas aqui
no INEJ para ser AUDITOR, tem que passar por três fases.

Uma primeira fase é da entrevista, em que avaliam primeiro a postura, expressão oral, a
dicção, conhecimento técnico jurídico e cultura geral.
Depois o teste psicotécnico ( servem para avaliar como estamos em termos de concentração) no
final vem a prova escrita, no final ficam 200 pessoas, essas pessoas estão aptos a segurem a
formação.

Princípios da deontologia do juiz


O juiz deve ser independente em todas as formas não deve ter intervenção de quem quer que
seja, a independência deve ser relativamente administração da justiça, a nomeação para juiz, a
destituição, o poder disciplinar, isso tudo é independente, deve ser única e simplesmente do juiz,
o político, não pode avaliar do ponto de vista deontológico os aspectos deontológico do juiz,
não tem condições, não conhece a realidade.

Princípio da imparcialidade: o juiz deve ser uma pessoa imparcial sempre, ouviu uma parte,
não tire conclusões Precipitadas, espera também para ouvir a outra parte

DILIGENCIA Deve ser uma pessoa que toma iniciativa da prática de certos hábitos, viu que a
situação está mal explicada, ordene que se faça algo.

Integridade Deve ser uma pessoa respeitadora e tratar sempre os outros com urbanidade
SEGREDO PROFISSIONAL: o juiz deve manter sempre segredo profissional em todos os
cantos que trabalha.

Ligado ao segredo profissional está o Princípio da reserva: não debater assuntos em hasta
pública.

Os DEVERES DOS MAGISTRADOS


CONSTAM DOS ARTIGOS 28 a 30 da lei 7/94. Art 58 n 5 da CRA.

OS DIREITOS REGALIAS E PRERROGATIVA DOS MAGISTRADOS:

Artigos de 31º a 40.º da lei 7/94.

Regimes da incompatibilidade

Devem se abster exercer certas profissões.


Art 26.º remissão com art 122º do código de processo civil e 35ºe 36º do código processo
penal.
Dia 01 de Dezembro de 2021
Sumário: O PROVEDOR DE JUSTIÇA

Hoje falaremos do ente que apesar de ser da Administração pública mas também é na verdade
um operador da justiça.

O provedor de justiça é um órgão do Estado eleito pela Assembleia Nacional, mas


independente, enquanto os magistrados do ministério público e magistrados judiciais os
titulares, os juizes presidente do Tribunal supremo, constitucional, de Contas, são nomeados
pelo presidente da República, o provedor de justiça e seu adjunto são eleitos pela Assembleia
Nacional.

Papel do provedor de justiça: o papel do provedor de justiça é de promover a defesa dos


direitos liberdades e garantias dos cidadãos. É um órgão com dignidade constitucional o que
consta do artigo 212-A da Constituição da República de Angola. Por força da lei 18/21 de 16
de Agosto, na constituição antiga do artigo 192.º.

Na realidade o que faz o provedor de justiça?R O provedor de justiça vai ser o elo de ligação
entre o cidadão e o poder, ele não tem poder decisório, o provedor de justiça não toma decisão,
quando nós os cidadãos nos sentimos lesados com uma decisão da Administração, o provedor
de justiça aquele que ouve as nossas reclamações, é um órgão que quando o Estado qualquer
órgão do Estado praticou determinado acto administrativo e que viole os nossos direitos
liberdades e garantias, nós temos a possibilidade de recorrer aquele órgão para nos queixarmos (
procedência obrigatória do acto administrativo) “ o acto administrativo para ser atacado
tem que ter atacado para nós intentarmos uma acção contra o ente que praticou o acto ele
tem que fazer a TRIPLA DEFINITIVIDADE: Definitividade material no sentido de que
a decisão que se tomou é única; definitividade temporal tomou-se no tempo certo; e
definitividade vertical: o órgão que praticou o acto é o último da Administração, a partir
daí existe aquilo que se chama contencioso administrativo.

Vimos Administração pública na vertente estática e na vertente dinâmica.


Em direito administrativo vimos por um lado: os órgãos da administração e vimos as
pessoas colectivas públicas. Vimos centralização descentralização e concentração
desconcetração vimos o regime da tutela e da devolução dos poderes tudo isto é
Administração pública na vertente estática.

Administração pública na vertente dinâmica é nada mais do que os actos praticados pela
Administração pública. Administração pública prática acção de duas formas: Actos
administrativo regulamento administrativo e contrato administrativo, isso aqui é
Administração pública na vertente dinâmica, porque são os actos que Administração
pública prática para decidir sobre as nossas vidas.

Acto administrativo: vamos para Administração pública para legalizar um terreno toda
aquela tramitação que o processo faz, no final do dia o administrador prática o seguinte
acto: autorizo. Isso é que se chama acto administrativo, é sobre este acto que vamos
impugnar sobre este actos há as garantias graciosas e as garantias contenciosas. As
garantias graciosas vão ser praticadas no seio da Administração pública e as garantias
contenciosas vão ser praticadas em sede do tribunal.

Quando um determinado órgão da administração prática um acto administrativo com a qual


cancela as liberdades e garantias nós temos a possibilidade de antes de fazer tripla
definitividade, para partirmos para as garantias contenciosas devemos esgotar todos os
recursos. O acto administrativo tem que ser definitivo e decisório, mesmo sem ter a necessidade
de partir para aquilo que é garantias contenciosas podemos já lançar mão a está figura jurídica,
apresentando as nossas reclamações nos seguintes termos:

“ O administrador da cidade do kilamba decidiu ordenar que se partisse a minha casa” o


provedor de justiça vai receber esta reclamação vai analisar e encaminhará ao órgão que
praticou o acto para ver se ele se revê ou se retrata, o provedor de justiça ele não é órgão que
toma decisões, ele recebe as reclamações dos particulares de actos e missões, Administração
deveria ter praticado um acto e não faz ele remete para os órgãos.

TUTELA JURISDICIONAL EFECTIVA ART 29.º

O expediente que os advogados lançam mão para fugir da tripla definitividade dos órgãos
Administrativos.

Caso hipotético: há um Sr. Veio duma certa província, transferido para Luanda. Em Luanda
recebeu um imóvel da empresa onde trabalha isso foi nos anos 80. Como estava sozinho
mandou vir da província duas irmãs. Depois dum tempo ele recebeu uma outra casa, e mudou-se
daquela casa, depois recebeu terceira e mudou-se da segunda casa.

Há cerca de 4 anos está instituição do estado entendeu alínea-lo, o Sr. Ao tentar dar entrada do
processo é barrado com fundamentos de quê la dentro já existia outro processo em nome da sua
irmã e como a irmã aparecia como inquilina, a empresa entendeu que deveria dar prioridade
para aquisição do imóvel aquilo gerou problemas familiares, e o irmão entendeu intentar uma
acção contra.

O que se fez: de forma extra contratual contactou-se a administração do condomínio, e


Administração do condomínio estava teimosa em afirmar claramente que o direito era da irmã,
mas os advogados tinham provas concretas de que o direito pertencia ao irmão. Como o
ministério o titular da pasta não tinha respondido no tempo útil de 90 dias, pensava-se que
caminho tomar, os ministros não têm poder decisório próprio, eles são auxiliar do titular do
poder executivo, como tal tínhamos que fazer petição ao superior hierárquico para dizendo que
aquele seu subalterno não foi competente para dirimir a situação. Viu-se que este expediente
seria não teria efeito útil. Assim como quem não quer nada, descobriu-se a tutela jurisdicional
efectiva.

A tutela jurisdicional efectiva, dá-nos a possibilidade de em caso de um violação de um direito


passar por cima da tripla definitividade e ir logo para o tribunal, e lá no final viu-se que o
contrato de arrendamento tinha alguma coisa de não verdade.

Fontes da deontologia do provedor de justiça

1. A constituição da República de Angola (CRA)


2. Lei 4/06 de de 28 de Abril (estatuto orgânico do provedor de justiça)
3. Lei n 5/06 de 28 de Abril

REQUISITOS PARA SER PROVEDOR:

A lei fala de dois dois tipos de requisitos:


Requisitos pessoas:
Honestidade
Sensível
Idoneidade moral

Requisitos legais constam da CRA e da lei 4


Na CRA os requisitos estão no art 212.º -A remissão para o artigo 5º da lei 4/06

Como provedor de justiça assume o cargo?

Toma posse na Assembleia nacional, são eleitos pela AN para um mandato de 5 anos e
renováveis uma única vez e sem pressa de sair. É o que diz o art. 212.º al. A) n2 e 3 da CRA
remeter para o artigo 5.º 6.º e 7° da lei 4/06

O provedor de justiça é eleito pela AN é a este órgão que anualmente o provedor de justiça e
anualmente manda o seu relatório de actividades, o provedor de justiça é eleito pela AN, no
final do ano civil é a ele que ele presta a conta, é o garante dos direitos liberdades e garantias
dos cidadãos é Assembleia nacional, ele presta conta a Assembleia nacional

O provedor de justiça deve ser uma pessoa acessível e de trato fácil, porque recebe muitas
petição dos cidadãos de distinta camada

Celeridade: o provedor de justiça deve tratar as petições que são levadas a sua consideração
com alguma celeridade.

Cordialidade: o provedor deve tratar as pessoas com empatia, com educação

Gratuidade os serviços da provedoria são gratuitos isentos de qualquer taxa e emolumentos art
30. Da lei 4/06

Independência: o provedor da justiça exerce as suas competências com total independência e


livre de qualquer pressão quer seja do órgão que o elegeu ou qualquer outro art 8 da mesma lei.

Informalidade: As petições que são feita em sede do o provedor para notifica são isentas de
qualquer formalismo, diferente das petições iniciais, no provedor não tem formalismo, a lei
obriga no art 22 da lei 4/06 tal procedimento pode ser feito de forma escrita ou por qualquer
outro meio electrónico, mas desde que tenha possibilidade para se tratar ou por telefone ou por
email.

DEVERES DO PROVEDOR DE JUSTIÇA:

Encontrarmos no art 13º da mesma lei.

Sigilo; art 13.º


Diligência e cooperação art 18.º 19.º e 26.º da lei 4/06
Cortesia e urbanidade;
Transparência e celeridade

DIREITOS DO PROVEDOR DE JUSTIÇA

Arts 10º 11.º 14º , 15º 26.º e 37.º da lei em análise.


INCOMPATIBILIDADE E IMPEDIMENTOS

AS INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS VAMOS ENCONTRAR NOS


SEGUINTES ARTIGOS :

Na constituição da República no art 138.º mais nos artigos 11.º e 12.º da lei 4/06

O cargo de provedor de justiça é incompatível com o cargo de magistrados do ministério


público e judicial, também é incompatível com exercício da profissão de advocacia, e também
o exercício de provedor é incompatível com cargo da Administração pública ou sociedades
comerciais.

Não pode exercer cargos na administração directa ou indirecta, ou autónoma ou periféricas dos
Estado ou ainda no exercício de funções dum cargo de uma sociedade comercial. As questões
também de impedimentos de provedor justiça vamos aplicar todos aqueles impedimentos que
analisamos em sede do magistrado judicial e do ministério público, no sentido de que, o
provedor de justiça não pode resolver questões que estejam envolvidos parentes directo.

Passos para o caso prático: identificar a matéria estuda é que se vai se vai aplicar ao caso
prático, e explicar por duas linhas.
Numa folha a parte vai identificar os artigos que se vão aplicar ao caso prático de forma linear
tem que ter uma forma lógica, assim como está a pirâmide da legislação, se tiver uma coisa
um comportamento que tenha respaldo constitucional melhor seria começar pela
constituição, mas deve fazê-lo comportamento por comportamento. O procurador pode ser
sócio de uma empresa

08/12/2021
ÉTICA E DEONTOLOGIA

SUMÁRIO: DEONTOLOGIA DO ADVOGADO

O ADVOGADO é aquele que exerce sua actividade de forma liberal, o advogado não tem
patrão, o juiz tem um patrão que é o Estado, o procurador tem um patrão que é o Estado o
provedor também um patrão que é o Estado, o advogado não, o advogado é um profissional
liberal.

O advogado com o procurador, o juiz e o provedor constituem aquilo que se chama órgãos de
administração da justiça. O juiz julga, o procurador fiscaliza, o provedor postura e faz a
mediação e o advogado aparece muitas das vezes para defender, o advogado para além
daquelas figuras, aparece aí como ponto de equilíbrio entre todos eles, não se faz justiça sem
advogado. O advogado é um jurista, mas nem todo jurista é um advogado, porque para ser
advogado, mais do que passar cinco anos numa academia de direito, deve ainda estar inscrito
na ordem dos advogados fazer o estágio com e no final receber a cédula, quando se ingressa
para ordem recebe-se inicialmente uma cédula provisória, parece um cartão, o estágio tem a
duração de 18 meses ( 1 ano e 6 meses) o advogado é um estudante permanente.

Por ser um um órgão da administração da justiça a advocacia também é um órgão com


dignidade constitucional art. 193.º CRA.
Os advogados servem a justiça em primeiro lugar e só depois o direito. Porque muitas das
vezes o direito, porque muitas das vezes o direito não é justo, à justiça é sempre justa, e a
justiça que o Advogado se propõe a realizar, é a justiça de ULPIANO, “ a cada um o que é seu”,
Justo na vertente do mínimo ético, e não justo na vertente de pensar Não, é justo mexer ou
não no dinheiro.

O advogado prática actos em todo território nacional, e perante qualquer autoridade ou


jurisdição. Isso nem sempre foi assim, advocacia antes de ser uma profissão, era uma carreira
porque no passado as pessoas não lhes davam a oportunidade de se defenderem, à primeira
ideia de que as pessoas tinham que se defender nasceu lá na zona da Mesopotâmia, com rei
Hamurabe, no código de Hamurabe, aí na zona do Iraque, aquilo foi o primeiro exercício que
se fez para conferir alguma dignidade aquele que era acusado da prática de certos crimes,
mais ao lado aí aí na Grécia, existiam algumas pessoas que não tanto chamados advogados,
mas estas pessoas auxiliavam os outros na resolução de questões em que eram acusados, na
Grécia todos os assuntos eram resolvidos na polis na cidade, as pessoas tinham habilidade na
fala, então quando tivessem algum problema, todas aquelas pessoas eram chamada
directamente a se defenderem, essas pessoas que padeciam de alguma vagarosidade na fala
assim como “ Moeses” eram auxiliadas por outras, então aquilo foi ficando de tal maneira
consistente, algumas passaram a dedicar-se única e simplesmente naquilo que é a defesa de
outras pessoas, também foram surgindo algumas leis que impunham normas sobre o exercício
da advocacia na antiga Grécia. Uma delas dizia que só podiam advogar ou defender aquelas
pessoas idónea, não podiam ser pessoas com mácula no seu processo.

Foi no Grécia que surgiu a questão dos honorários, na Grécia as primeiras defesas eram
gratuitas, isso na verdade não se cumpria algumas pessoas cobravam algum valor, depois
Grécia passamos para Roma, Roma como sempre passou a espiar a Grécia, aplicar o sistema
grego de defesa, só que tinham um problema, o problema do conhecimento das leis, as leis em
Roma eram do conhecimento único e exclusivo dos plebeus, as leis das XII tábuas não eram do
conhecimento de todos, uma parte da população chateou-se diziam que a vocação do direito
era sempre injusta, quem te diz o que é certo ou errado é aquele que aplica, mas o povo de
antemão não tinta conhecimento, então surgiu uma revolta, Heráclito entendeu que era
melhor institucionalizar as leis das 12 tábuas, e fixar os 12 tabuleiros na entrada do tribunal
para que as pessoas passassem a conhecer os seus direitos.

Mais tarde então, sobretudo com surgimento da república em Roma, foi em Roma onde
surgiu às escolas de direito, no sentido de obrigarem essas pessoas a terem de estudar que é
para aconselhar outros em matéria jurídica. Nesta altura também já ficou assente que a
actividade dos advogados na altura primeiro era de aconselhar, o advogado devia ser
conselheiro, segundo prestar assistência às partes quer seja em tribunal ou fora deles. Os
advogados naquela tempo não eram bem advogados, eram jurisconsultos porque liam só
muitas matérias de jurisprudência e depois davam aula, o primeiro sabia tudo mas não era
Tecnico, mas foi formando outros técnicos. Depois então foram aperfeiçoando a norma
jurídica e em Roma sobre tudo com CORPO IURIS CIVILIS que é o maior monumento de
Direito privado que nós temos, surge então aquilo que são os advogados.

Em Angola à advocacia data de 1926 mas não como ordem dos advogados de Angola, em
1926 Angola era província ultramarina de Portugal, a ordem dos advogados de Portugal foi
proclamada nesta altura em 1926, então aquilo também estendeu-se, não como polo de
representação, estendeu-se verbalmente no sentido de que todos aqueles que exercem
advocacia devem filiar-se a esta ordem, todos aqueles que exerciam advocacia em Angola,
tinham que primeiramente escrever-se aqui, não estar afiliado à ordem dos advogados de
Portugal, mas tinham que escrever-se no TRIBUNAL DA RELAÇÃO DE LUANDA por um lado, e
por outro lado essas pessoas estavam submetidos ao poder disciplinar dos JUÍZES.

Em 1992 aquilo que é a revisão constitucional alterou-se o modelo de economia, planificada


para economia de mercado, também neste período surge aquilo que é a ordens profissionais,
também deu ASUS para que se criasse a ordem dos advogados de Angola.

A ordem dos advogados de Angola foi proclamada em 20 de Setembro de 1996, o seu primeiro
bastonário foi foi Dr. Manuel Gonçalves, antigo PCA da ENSA.

Relativamente aquilo que são as fontes da DEONTOLOGIA DOS ADVOGADOS TEMOS AS


SEGUINTES:

1. A constituição
2. Lei da advocacia
3. Estatuto da ordem dos advogados
4. Regulamento de acesso à advocacia
5. Código de ética e deontologia profissional dos advogados.

REQUISITOS PARA ADVOCACIA

Requisitos pessoas:

1. Honestidade. O advogado tem que ser uma pessoa honesta;


2. Ter auto sentido de liberdade;
3. Sensibilidade para combater injustiça e violação de direito; ( se encontrarmos uma
pessoa a ser detido porque subtraiu de forma fraudulenta algo, será que nós
intervínhamos?) Constituir advogado à revelia
4. Estudioso e destemido

REQUISITOS LEGAIS

 Art.14.º da lei da advocacia e o arts. 3.º, 4.º e 5.º Regulamento de Acesso à Advocacia

No art 14.º n 2 Defesa do que é seu, segundo aplicação do princípio da reciprocidade.


O estrangeiro só vai ser inscrito aqui em Angola se no país dele o Angolano que for
para lá poder ser advogado naquela terra.

Art. 4.º do Regulamento de Acesso Advocacia...


Art 5.º diz que a para se inscrever na ordem fica a pessoa dependente da aprovação
do exame nacional.

NATUREZA JURÍDICA DA ORDEM DOS ADVOGADOS

A ordem dos advogados faz parte daquele leque de direito administrativo da


Administração autónoma, não é um órgão do Estado. As ordens profissionais, as
Associações públicas e as autarquias locais fazem parte da administração autónoma.
Administração directa do Estado ( o PR, os ministros, director Nacional, Secessão,
Central) na Administração indirecta ( às Empresas públicas e os institutos públicos), na
Administração autónoma encontrarmos as Autarquias locais. A ordem dos advogados
é um órgão que faz parte da Administração autónoma do Estado, é diferente do
Estado, entretanto, o Estado exerce sobre ela o poder de tutela.

Art 1.º e 2.º Estatuto da ordem dos Advogados

Se órgão é independente do Estado e é livre autónoma na sua organização


funcionamento o Estado nunca vai exercer a tutela de mérito, tutela de mérito implica
o Estado aferir se aquela decisão que tomou mais do que legal é conviniente ou
inconveniente. A tutela da legalidade é aquele em que o Estado vai verificar se os
actos praticados pela ordem dos advogados são conforme a lei ou não, a tutela de
mérito é mais profunda vai aferir para além de estar em conformidade com a lei
aqueles actos são conviniente ou não, se podia praticá-los ou não. Na tutela de mérito
aquela pessoa que exerce a tutela tem a prerrogativa de anular alguns actos
praticados, que não acontece na tutela de legalidade.

Quem exerce a tutela de legalidade no caso da ordem dos advogados é o Titular do


poder executivo com fundamento no art. 120.º al. d) da Constituição da República de
Angola.

Sobre os órgão da administração indirectas existe a superintendência.

A COMPOSIÇÃO DA ORDEM DOS ADVOGADOS


Vamos encontrar no art. 7.º do Estatuto da ordem dos advogados, este artigo vai nos
dizer quais são os órgãos da ordem dos advogados, na ordem dos advogados nós
vamos ter uma ASSEMBLEIA GERAL remissão para o art. 24.º dos Estatutos da ordem
dos advogados.

Assembleia geral é órgão constituído por todos advogados de Angola. Depois tem o
Bastonário remissão com art. 30.º dos estatuto da ordem.

Depois tem o conselho nacional, Assembleia províncias, o conselho provincial, são


estes órgãos que fazem parte da ordem dos advogados.

Há um aspecto importante que consta do art. 4.º da lei da Advocacia.

Todo advogado tem que praticar três actos, primeiro é o exercício regular do
mandato, se alguém me conferir para ser seu advogado, temos de praticar o mandato
seja qual for a entidade. E o patrocínio judicial, o mandato pode envolver também
intervenção em tribunal, isto quem faz é um advogado e não outra pessoa.

O advogado deve sempre prestar assistência jurídica, assistência jurídica não é


monopólio essencial do advogado.

Art 20.º actos próprio dos advogados. Só podem praticar estes actos constantes neste
Art somente advogados, todo aquele que praticar esses actos e que não for advogado,
comete crime de exercício ilegal de profissão nos termos do art. 22.º deste mesmo
diploma.

São próprios dos advogados constantes do art. 20.

PRINCÍPIOS DEONTOLÓGICOS

i. Função social do advogado; ( o advogado mais do que ser aquela pessoa que decide
em nome de outrem é um conselheiro, mais vale um mal acordo do que uma boa
demanda, o advogado deve sempre procurar conciliar as partes, sobre tudo nas
questões familiares).
ii. Independência; Principio absoluto do advogado, o advogado tem que ser
independente
iii. Confiança; deve haver confiança entre o advogado e constituinte
iv. Relação com procedimentos e expediente que efeito com base na confiança.

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