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Para Marcus Abraham:

“A Atividade financeira é uma das diversas funções exercidas pelo Estado. Destina-se a prover
o Estado com recursos financeiros suficientes para atender às necessidades públicas. Assim, a
atividade financeira envolve a arrecadação, a gestão e a aplicação desses recursos”.

são elementos essenciais da atividade financeira do Estado: o orçamento público (gestão dos
recursos), a receita pública (obtenção de recursos), o crédito público (criação de recursos) e a
despesa pública (aplicação de recursos para o alcance dos fins do Estado).

O Estado, diferentemente de uma empresa privada, não possui como objetivo a obtenção de
lucro, ao contrário, os objetivos do Estado, no caso do Brasil, estão insculpidos na Constituição
da República Federativa do Brasil, que dentre outros nela insculpidos, destacam-se os
previstos nos incisos do art. 3º, quais sejam: construir uma sociedade livre, justa e solidária;
garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as
desigualdades sociais e regionais; promover o bem de todos, sem preconceitos de origem,
raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Assim, a atividade financeira do Estado é meio e não fim.

PRINCÍPIO DE RESERVA DA LEI;

PRINCÍPIO DA LEGALIDADE ESTRITA (NÃO DISCRICIONARIEDADE ADMINISTRATIVA);

ANUALIDADE ORÇAMENTÁRIA;

UNIDADE;

UNIVERSALIDADE;

PUBLICIDADE ORÇAMENTÁRIA;

PROIBIÇÃO DE ESTORNO;

EQUILÍBRIO ORÇAMENTÁRIO-FINANCEIRO;

TRANSPARÊNCIA;

EXCLUSIVIDADE;

NÃO AFETAÇÃO;

RACIONALIDADE;

CONTINUIDADE;

ADERÊNCIA;

ESPECIFICAÇÃO (DISCRIMINAÇÃO OU ESPECIALIZAÇÃO);

EXATIDÃO;

PROGRAMAÇÃO E

ORÇAMENTO BRUTO.
Fontes do Direito Financeiro

CONSTITUIÇÃO - 70 a 75 E 163-169;

NORMAS GERAIS:

L. 4.320/64

LC 101/00

LEIS ORÇAMENTÁRIAS - ART. 165, I, II E III DA CRFB/88

PLANO PLURIANUAL (PPA);

LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO);

LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA).

Para Cláudio Carneiro “A despesa pública é a soma dos gastos em dinheiro feitos pelo Estado
para a realização do interesse público, incluindo o gasto com a máquina administrativa, obras
e serviços públicos”. (2019, p. 55)

CLASSIFICAÇÃO DAS DESPESAS PÚBLICAS

Quanto à Categoria Econômica:

Despesa Corrente e

Despesa de Capital

Quanto à Natureza:

Orçamentária e

Extraorçamentária

Quanto à Regularidade:

Ordinária e

Extraordinária.

Quanto ao Resultado:

Produtivas;

Reprodutivas e

improdutivas

A regra insculpida na Constituição, no art. 167, II, é a vedação de despesas que excedam os
créditos orçamentários ou adicionais; assim, não pode ser realizada despesa não prevista no
orçamento. Aliás, a realização de despesas sem autorização legal pode ser considerada até
como infração penal, administrativa e eleitoral.
PROCESSAMENTO DA DESPESA PÚBLICA

Segundo Claudio Carneiro “as despesas públicas sofrem um processamento formal em


razão da rigidez apresentada pela Constituição”. (2019, p. 57)

Tais estágios/etapas são compreendidos(as) pela:

1. Fixação da despesa;

2. Programação da despesa;

3. Empenho;

4. Liquidação da despesa;

5. Ordem de pagamento e

6. Pagamento.

PROCESSAMENTO DA DESPESA PÚBLICA

A fixação da despesa. Essa fase se constitui no valor total da despesa previsto na LOA,
ou seja, é a dotação orçamentária inicial.

A programação da despesa, que está prevista pelo art. 8º da Lei de Responsabilidade


Fiscal.

O empenho da despesa, considerado o ato emanado da autoridade administrativa que


confirma a relação jurídica com o contratado, antecedendo a despesa (art. 58 da Lei n.
4.320/64). Cria para o Estado a obrigação de pagamento, com o objetivo de garantir seus
diferentes credores, não podendo, contudo, exceder o limite de créditos concedidos.

A liquidação da despesa, considerada o procedimento através do qual se verifica o


implemento da obrigação. Nesta etapa se observa o direito adquirido pelo credor, tomando
por base os títulos comprobatórios do referido crédito. Esta verificação do direito adquirido
visa apurar a origem e o objeto do que se deve pagar, identificando a quantia exata a ser paga,
bem como o seu beneficiário (art. 63 da Lei n. 4.320/64).

A emissão da ordem de pagamento. Nessa fase o ordenador de despesa autoriza o


pagamento, após a verificação da sua liquidação. É o despacho da autoridade competente
autorizando a quitação do débito.

O pagamento, que é a finalização da obrigação de pagar, que implica a entrega do valor


mediante cheque nominal ou ordem bancária de pagamento, conforme dispõe o art. 74 do
Decreto-Lei n. 200/67.

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