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8 de novembro de 2020
A execução penal é regulamentada atualmente no Brasil pela Lei nº 7.210, de 1984, que
trata sobre o direito do preso no cárcere e de sua reintegração social, existindo uma
equipe multidisciplinar de pro ssionais que lidam diretamente e indiretamente com a
vida do preso. Dentro da equipe multidisciplinar irá existir a presença do advogado, que é
o sujeito escolhido pelo próprio preso para lhe defender, e o representar. Por isso, é
extremamente importante tratar o preso de forma humanizada, respeitando-o como ser
humano detentor de uma vida com base na dignidade da pessoa humana e de uma
história, não apenas como mais um cliente.
Ressalva-se que a empatia signi ca a capacidade de se colocar no lugar do outro, ou seja, tentar entender o sentimento do outro para
compreender a realidade de quem se encontra com sua liberdade suspensa, ou em alguns casos com seus direitos restritos.
Na execução não se deve adentrar no que o sujeito fez, com apontamentos preconceituosos e com julgamento moral, pois o momento
de valorização do ato/fato se ndou; na execução não se deve discutir o delito, mas sim quais são as frações e possibilidades de
benefício que o sujeito faz jus para garantir sua dignidade.
A humanização é um processo que atua nos princípios de relacionamento pessoal, interpessoal e institucional. Observando-se a letra
da Lei de Execuções Penais, vamos perceber que a norma traz essa ideia de humanização quando assegura assistências e diretos que
respeitam ao princípio da dignidade da pessoa humana.
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08/11/2020 Humanização e execução penal | Canal Ciências Criminais
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A legislação é toda cuidadosa com a assistência à alimentação, vestimenta e higienização das instalações prisionais, bem como a
saúde do preso, que tem caráter preventivo e curativo, além da assistência educacional, ser obrigatório, por exemplo, o estudo para o
preso que não cursou o ensino fundamental.
A lei preocupa-se também com a relação interpessoal do detento, inclusive com a seus familiares. A legislação alega que é necessário
existir relacionamentos sociais, como a nalidades de ressocialização, que não é menos importante. A lei também traz garantias ao
preso como assistência jurídica para os que não dispõem de recursos para a contratação de um advogado.
A gura do advogado é de suma importância e deverá, sempre que possível e de forma humanizada, contribuir para a ressocialização
do preso, que poderá perceber que o fato dele estar preso não retira sua condição de ser humano e gozar de direitos.
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A humanização no tratamento entre cliente e advogado deve ser estendida a todos, desde os servidores que estão exercendo seu
labor, até a família, que é possuidora de necessidades, sentimentos e queixas.
Conclui-se que a humanização no tratamento dos clientes do cárcere é efetivação da letra da Lei nº 7.210/84, que, em sua grande
realidade, não é respeitada de forma e caz devido às precárias condições dos presídios, seja pela superlotação, seja pela falta de
recursos ou preconceito com os “excluídos da sociedade”. Deste modo como operador do direito, garantidor e scal da lei, cabe ao
advogado o ônus de humanizar seu exercício pro ssional.
Mikaely Cardoso
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