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Societária
Material Teórico
Investimentos: Conceitos Gerais
Revisão Textual:
Prof. Ms. Claudio Brites
Investimentos: Conceitos Gerais
• Contextualização
• Investimentos Temporários
• Investimentos Permanentes
• Participações Societárias em Coligadas, Controladas
e Empreendimentos Controlados em Conjunto
• Mensuração dos Investimentos
• Participações Direta e Indireta
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Trazer os conceitos elementares de investimentos sob o prisma con-
tábil. O termo “investimento”, isoladamente, remete a um conceito
muito amplo. A unidade, no entanto, afunilará este conceito, clarifi-
cando os tipos de investimentos existentes, a forma que eles devem
ser apresentados no balanço patrimonial da empresa e por qual valor
devem ser registrados (mensuração).
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão,
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
UNIDADE Investimentos: Conceitos Gerais
Contextualização
O termo “investimento” é extremamente amplo, podendo significar diversos
tipos de aplicações de recursos em contrapartida de um retorno sobre o capital
investido. São exemplos de possíveis investimentos: aplicação de dinheiro em uma
conta poupança; aquisição de imóvel para valorização e venda futura; compra de
uma máquina para fabricar produtos a serem comercializados etc.
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Investimentos Temporários
Os investimentos temporários são aqueles nos quais o investidor efetua uma
aplicação de seus recursos por meio da compra de um papel (também chamado de
título), geralmente por intermédio de uma instituição financeira. São caracterizados
por prazos pré-estabelecidos para resgate ou por serem meramente especulativos.
Nesse tipo de investimento, há a promessa de entrega de uma recompensa ao
investidor em troca do valor investido, conhecida como “juros sobre aplicações
financeiras”, “rentabilidade de aplicações financeiras” ou “ganho por valorização de
instrumentos financeiros”. São exemplos de investimentos temporários (usualmente
chamados de aplicações financeiras ou títulos e valores mobiliários): os
investimentos em CDB (Certificado de Depósitos Bancários); Títulos do Tesouro
Nacional (LTN, LTNF, entre outros); ou mesmo investimentos especulativos em
ações de empresas listadas em bolsa de valores.
Tabela 1
Ativo Passivo
Circulante Circulante
· Aplicações financeiras;
· Títulos e Valores
Mobiliários
Investimentos
Imobilizado
Intangível
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UNIDADE Investimentos: Conceitos Gerais
Investimentos Permanentes
Ao contrário dos investimentos temporários, caracterizados por terem data de
vencimento ou serem meramente especulativos, nos investimentos permanentes
há característica de que o investidor pretende manter os recursos investidos por um
longo período de tempo. Os investimentos permanentes devem ser classificados no
subgrupo Investimentos, dentro do ativo não circulante. Esse subgrupo é bastante
restrito e abaixo são relacionados os tipos de investimentos que se enquadram nele:
• Participações societárias em coligadas, controladas e empreendimentos
controlados em conjunto;
• Propriedades para investimentos (edifícios ou terrenos mantidos para locação
a terceiros ou valorização de capital);
• Outros investimentos permanentes (por exemplo, obras de arte ou investimen-
tos em outras sociedades que não tenham preço de cotação em mercado e seu
valor justo não possa ser mensurado com confiabilidade).
Tabela 2
Ativo Passivo
Circulante Circulante
Imobilizado
Intangível
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No tópico a seguir, trataremos com mais detalhes das participações societárias
em coligadas, controladas e empreendimentos controlados em conjunto.
Ações são frações do capital social de Sociedades Anônimas – S/A, enquanto quotas
Explor
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UNIDADE Investimentos: Conceitos Gerais
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c) operações materiais entre o investidor e a investida;
d) intercâmbio de diretores ou gerentes;
e) fornecimento de informação técnica essencial.
Por fim, caso não haja controle ou influência significativa por parte do investidor
sobre a empresa investida, deve-se tratar o investimento como temporário.
Imaginemos, em um exemplo hipotético prático, que Magazine Luiza S/A, uma
empresa atuante no ramo de comércio de móveis e eletrodomésticos no Brasil,
decida comprar ações negociadas na BM&FBOVESPA da Vale S/A, uma empresa
atuante no ramo de mineração. Suponha-se, ainda, que o percentual adquirido
seja de 5% e não haverá qualquer influência significativa da Magazine Luiza sobre a
Vale S/A. Nesse caso, o investimento é meramente especulativo, portanto deve ser
classificado como um investimento temporário, registrado em uma conta contábil
conhecida como Títulos e Valores Mobiliários no subgrupo Ativo Realizável a
Longo Prazo (como nesse tipo de investimento não há data de vencimento pré-
definida, o investimento é classificado dentro do grupo do Ativo não Circulante).
responsável por editar as normas de contabilidade no Brasil desde que o país convergiu às
normas internacionais, a partir de 2008. Saiba mais: https://goo.gl/3cokzZ
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UNIDADE Investimentos: Conceitos Gerais
Tabela 3
Tipo do investimento e
Classificação Mensuração
principais características
·· Custo amortizado
(de acordo com as taxas contratuais); ou
·· Valor justo (de acordo com o valor
Aplicações financeiras em
Investimentos temporários de mercado dos títulos).
CDB, títulos do tesouro,
(com data de vencimento ou especulativos) A mensuração por custo amortizado ou valor
ações etc
justo depende do enquadramento do ativo
financeiro, assunto esse tratado pelas normas
do CPC sobre instrumentos financeiros.
Coligadas, controladas
e empreendimentos Método da equivalência patrimonial.
controlados em conjunto
Investimentos permanentes ·· Custo; ou
(sem intenção de liquidação em prazo Propriedades para ·· Valor justo.
pré-determinado ou não especulativos) investimento À escolha da empresa, de acordo com o CPC 28
– Propriedade para Investimento (CPC, 2009).
Outros investimentos ·· Custo
permanentes
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Empresa
X
Empresa
Y
Figura 1
• Participação indireta: é a participação que uma empresa X possui indire-
tamente sobre uma empresa Z, por intermédio de uma participação direta
sobre uma empresa intermediária Y. Exemplo: suponhamos que a empresa X
tenha adquirido 60% de participação societária da empresa Y; a empresa Y,
por sua vez, detém 20% de participação societária sobre a empresa Z. Esque-
maticamente, temos:
Empresa
X
Empresa
12% = Participação indireta de X em Z
Y
Empresa
Z
Figura 2
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UNIDADE Investimentos: Conceitos Gerais
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Para Entender a Diferença entre Controlada, Coligada e Subsidiária
FOLHA DE SÃO PAULO. Para entender a diferença entre controlada, coligada e
subsidiária. São Paulo: Blog Para Entender Direito, 2012.
https://goo.gl/qejG5G
Livros
Contabilidade Internacional para Graduação
CARVALHO, L. N.; LEMES, S. Contabilidade Internacional para graduação.
1. ed. São Paulo: Atlas, 2010. Capítulo 11, especificamente itens 11.1, 11.2, 11.3
e 11.4, que tratam de coligadas. (Livro impresso).
Leitura
Manual de Contabilidade Societária
GELBCKE, E. R. et al. Manual de contabilidade societária. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
Capítulo 10, especificamente itens 10.1 e 10.2 (e seus subitens 10.2.1, 10.2.2, 10.2.3 e
10.2.4), que tratam das contas do subgrupo Investimentos.
https://goo.gl/Hku28A
Contabilidade Avançada: Aspectos Societários e Tributários
FERNANDES, L. A.; SANTOS, J. L.; SCHMIDT, P. Contabilidade avançada: aspectos
societários e tributários. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2015. Capítulo 1, especificamente itens 1.4.2
e 1.4.3, que tratam de coligadas e controladas.
https://goo.gl/Gpmd4c
Fundamentos da Contabilidade
MALACRIDA, M. J. C.; PACCEZ, J. D.; YAMAMOTO, M. M. Fundamentos da contabilidade.
1 ed. São Paulo: Atlas, 2011. Capítulo 2, especificamente itens 2.1, 2.2 e 2.3, que tratam da
estrutura do balanço patrimonial.
https://goo.gl/3GoPg9
Contabilidade Avançada: Textos, Exemplos e Exercícios Resolvidos
ALMEIDA, M. C. Contabilidade avançada: textos, exemplos e exercícios resolvidos. 3. ed.
São Paulo: Atlas, 2013. Capítulo 2, especificamente itens 2.1, 2.2, 2.3 e 2.4, que tratam de
coligadas, controladas e empreendimentos controlados em conjunto.
https://goo.gl/k4wH4B
Contabilidade Avançada: Textos, e Testes com as Respostas
PEREZ JUNIOR, J. H.; OLIVEIRA, L. M. Contabilidade avançada: texto e testes com as
respostas. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2012. Capítulo 1, especificamente itens 1.1 e 1.2, que
tratam de considerações iniciais e conceitos básicos de aplicações em títulos e valores mobiliários,
e capítulo 2, especificamente itens 2.2 e 2.3, que tratam de conceitos básicos, definições e
classificações de participações societárias
https://goo.gl/AeXKSM
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Referências
BRASIL. Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009. Altera a legislação tributária
federal relativa ao parcelamento ordinário de débitos tributários; concede remissão
nos casos em que especifica; institui regime tributário de transição, alterando o
Decreto no 70.235, de 6 de março de 1972, as Leis nos 8.212, de 24 de julho de
1991, 8.213, de 24 de julho de 1991, 8.218, de 29 de agosto de 1991, 9.249,
de 26 de dezembro de 1995, 9.430, de 27 de dezembro de 1996, 9.469, de 10
de julho de 1997, 9.532, de 10 de dezembro de 1997, 10.426, de 24 de abril de
2002, 10.480, de 2 de julho de 2002, 10.522, de 19 de julho de 2002, 10.887,
de 18 de junho de 2004, e 6.404, de 15 de dezembro de 1976, o Decreto-Lei no
1.598, de 26 de dezembro de 1977, e as Leis nos 8.981, de 20 de janeiro de 1995,
10.925, de 23 de julho de 2004, 10.637, de 30 de dezembro de 2002, 10.833,
de 29 de dezembro de 2003, 11.116, de 18 de maio de 2005, 11.732, de 30
de junho de 2008, 10.260, de 12 de julho de 2001, 9.873, de 23 de novembro
de 1999, 11.171, de 2 de setembro de 2005, 11.345, de 14 de setembro de
2006; prorroga a vigência da Lei no 8.989, de 24 de fevereiro de 1995; revoga
dispositivos das Leis nos 8.383, de 30 de dezembro de 1991, e 8.620, de 5 de
janeiro de 1993, do Decreto-Lei no 73, de 21 de novembro de 1966, das Leis
nos 10.190, de 14 de fevereiro de 2001, 9.718, de 27 de novembro de 1998,
e 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.964, de 10 de abril de 2000, e, a partir
da instalação do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, os Decretos nos
83.304, de 28 de março de 1979, e 89.892, de 2 de julho de 1984, e o art. 112
da Lei no 11.196, de 21 de novembro de 2005; e dá outras providências. Brasília,
DF: Casa Civil. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2009/lei/l11941.htm>. Acesso em 10 jul. 2017.
______. CPC 28: propriedade para investimento. Brasília, jul. 2009. Disponível
em: <http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/320_CPC_28_rev%20
08.pdf>. Acesso em 10 jul. 2017.
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