Este documento discute as diferenças entre direito e moral. A moral deriva da consciência individual e é autônoma, ao contrário do direito que é coercitivo e impõe deveres e direitos. Embora a moral social possa orientar condutas, ela depende da sociedade e época, diferentemente da ética que é universal.
Este documento discute as diferenças entre direito e moral. A moral deriva da consciência individual e é autônoma, ao contrário do direito que é coercitivo e impõe deveres e direitos. Embora a moral social possa orientar condutas, ela depende da sociedade e época, diferentemente da ética que é universal.
Este documento discute as diferenças entre direito e moral. A moral deriva da consciência individual e é autônoma, ao contrário do direito que é coercitivo e impõe deveres e direitos. Embora a moral social possa orientar condutas, ela depende da sociedade e época, diferentemente da ética que é universal.
01)Errado. Segundo Alessandro Groppali, em seu livro “Introdução ao Estudo do Direito”, há a
determinação do direito como um conjunto de regras que definem a conduta exigida ou a maneira de agir, diferentemente da moral, que de acordo com Miguel Reale, é o mundo da conduta espontânea, de comportamento que encontra em si próprio a razão de agir. Assim, como esse autor exemplifica, um filho com grande capacidade econômica, que não tem interesse em ajudar os pais financeiramente (sendo esta, a premissa moral da questão – a ausência de disposição à ceder auxílio monetário aos pais) foi coagido pelo direito a prestar assistência aos pais. Logo, a moral não se assemelha ao direito no caráter de coercibilidade, já que ela é autônoma e fruto da consciência individual. 02)Certo. De acordo com Paulo Nader, na definição das 3 esferas da moral positiva, a moral social constitui um conjunto de princípios e critérios, que ao depender da sociedade (grupo social) e da época, orienta – mesmo que de forma indireta- a conduta dos indivíduos. Dessa forma, acerta-se que a moral não é universal nem absoluta; diferentemente da ética que é universal, ultrapassa o tempo e o espaço como na teoria “A Ética” do filósofo alemão Kant. Assim, a ética dispõe de características que a moral não possui, como a universalidade e o absolutismo (válida para todas as pessoas, independentemente do grupo social). 03)Errado. Não é característica da moral ser imperativa, ou seja, de acordo com Miguel Reale, atributiva (quando o costume se converte em norma jurídica consuetudinária). A partir desse conceito, confirma-se o pensamento de Alessandro Groppali, ao afirmar que o direito é bilateral, quer dizer, ao mesmo tempo que se impõe um dever jurídico a alguém, atribui-se um direito a outrem, em contraposição a moral, que é unilateral, ou seja, deriva da espontaneidade própria do indivíduo. 04)Errado. A começar, deve-se estabelecer qual moral será exemplificada, pois segundo Nader, há quatro tipos de “moral”, sendo essas a autônoma, ética superior aos sistemas religiosos, social e a natural. Quando se diz que é imperativo e exigente que se obtenha respeito às pretensões morais, qual se refere? Porque caso se refira à autônoma, tal afirmação torna-se singularmente inválida, devido ao seu caráter próprio, individual, vontade livre e também sem influências externas. Ou seja, o indivíduo tem liberdade de pensamento e não é sua obrigação seguir convenções sociais. Porém ao se referir a moral social, cabe outra análise; a afirmação questionada na pergunta citada seria confirmada, já que pelo conjunto de exigências morais que a sociedade formula aos seus membros, o indivíduo se sente de certa maneira, forçado a segui- las, assim, não há espontaneidade do “eu”, podendo assim, caso não faça o que é moralmente aceito, a sofrer uma sanção difusa, que é uma coerção implícita e indireta. 05)Errado. A afirmativa citada é de certa forma, possível de discordância até mesmo pelo senso comum. A espontaneidade e a insuscetibilidade à coação são parâmetros da moral – distanciando- se do direito, esse, heterônomo (obrigam os indivíduos independentemente das suas vontades) e notado por sua coercibilidade, ou seja, o monopólio do uso da força e coerção caso haja resistência aos mandamentos legais. De acordo com Paulo Nader, as normas éticas são englobadas pelo Direito, Moral, Religião e Regras de Trato Social e determinam o agir social e a sua vivência caracteriza um fim. Já as normas técnicas indicam maneiras de fazê-las e meios, ou seja, métodos, que capacitam o homem a alcançam um resultado; não são deveres, mas são impostas para obter fins desejados; no Direito, são perceptíveis por intermédio das técnicas jurídicas.