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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

NORTE DE MINAS GERAIS - CAMPUS MONTES CLAROS

Nome: LAURA STÉFANE SOUZA SOARES Curso: BEQ/BEE


Disciplina: LABORATÓRIO DE MECÂNICA Professor: SEBASTIÃO AMORIM
Conteúdo: EXPERIMENTO FINAL - LANÇAMENTO DE PROJÉTEIS

LANÇAMENTO DE PROJÉTEIS

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Estudos sobre os fenômenos físicos decorrentes do lançamento de projétil são


estudados desde as eventuais guerras que ocorreram no decorrer dos séculos. Físicos
demonstram desde então a ação da gravidade num corpo solto e questões importantes são
questionadas: porque o corpo tende a cair? porque o corpo não cai de modo vertical e sim
em forma de curva?
Ao lançar um projétil, percebe-se que ao ser lançado horizontalmente de uma certa
altura em relação à superfície, este percorre um movimento inclinado, em forma de parábola
concluído por Galileu Galilei, pois a relação entre o Movimento Retilíneo Uniforme (MRU) na
horizontal junto aos fenômenos do Movimento Retilíneo Uniformemente Acelerado (MRUA)
na vertical, compõe o estudo semelhante á queda livre tomando a resistência do ar
desprezível.
Desse modo, um projétil posto na superfície da Terra e tornando-o como ponto de
origem, é possível desenhar eixos x e y. Soltando o projétil do seu repouso a partir da
origem, o projétil abandona o canhão no ponto x0 e y0 com uma velocidade v0, percorrendo
uma distância Δx, posição da queda. Assim, o projétil percorre uma trajetória semelhante a
uma parábola, alcançando uma determinada altura y máximo num tempo t.

Figura 1: Lançamento de um projétil no plano xy

Movimento Horizontal

Nesta etapa, o projétil descreve um Movimento Retilíneo Uniforme (MRU) que, de


acordo com Newton tem como equação de posição em função do tempo x(t):

𝑥 = 𝑥0 + 𝑣𝑥0 * 𝑡 (1)

Onde x0 é a distância horizontal inicial do projétil e vx0 é a velocidade inicial horizontal


resultando em x, o alcance do projétil. Assumindo x0 = 0 e vx0 = v0cosθ, a Equação 1,
torna-se: 𝑥 = 𝑣0 * 𝑐𝑜𝑠(θ) * 𝑡.
Isolando o tempo, obtém-se a equação:

𝑥
𝑡= 𝑣0*𝑐𝑜𝑠(θ)
(2)

Movimento Vertical

Nesta etapa, o projétil descreve um Movimento Retilíneo Uniformemente Acelerado


(MRUA), cuja equação da posição vertical y(t) em função do tempo t, é:
2
𝑦 = 𝑦0 + 𝑣𝑦0 * 𝑡 + 1/2 * 𝑎𝑦 * 𝑡 (3)
Onde y0 é a altura inicial do projétil, vy0 é a velocidade inicial vertical e ay é a aceleração
vertical que, em módulo, é igual a aceleração da gravidade g. Assumindo y0 = 0, vy0 =
v0*senθ e ay = −g, a Eq.3, torna-se:
2
𝑦 = 𝑣0 * 𝑠𝑒𝑛(θ) * 𝑡 − 1/2 * 𝑔 * 𝑡 (4)

Substituindo a Equação 2 na Equação 4, obtém-se:


𝑥 𝑥 2
𝑦 = 𝑣0 * 𝑠𝑒𝑛(θ) * ( 𝑣0*𝑐𝑜𝑠(θ) ) − 1/2 * 𝑔 * ( 𝑣0*𝑐𝑜𝑠(θ) )

Aplicando identidade trigonométrica, a equação se resume a:


𝑔 2
𝑦 = 𝑡𝑔(θ) * 𝑥 − 2 2 *𝑥 (5)
2*𝑣0 *𝑐𝑜𝑠 (θ)

Sabendo que o alcance é determinado pela ∆𝑥 = 𝑥 − 𝑥𝑜 , tem-se y = 0. Substituindo


esses valores na Equação 5:
𝑔 2 𝑔 2
𝑦 = 𝑡𝑔(θ) * ∆𝑥 − 2 2 * ∆𝑥 = 0 ⇒ 𝑡𝑔(θ) * ∆𝑥 = 2 2 * ∆𝑥 ⇒
2*𝑣0 *𝑐𝑜𝑠 (θ) 2*𝑣0 *𝑐𝑜𝑠 (θ)

𝑠𝑒𝑛(θ) 𝑔 𝑠𝑒𝑛(θ) 2 2
𝑐𝑜𝑠(θ)
= 2 2 * ∆𝑥 ⇒ 𝑐𝑜𝑠(θ)
* 2 * 𝑣0 * 𝑐𝑜𝑠 (θ) = 𝑔 * ∆𝑥 ⇒
2*𝑣0 *𝑐𝑜𝑠 (θ)
2 2
2 * 𝑣0 * 𝑐𝑜𝑠(θ) * 𝑠𝑒𝑛(θ) = 𝑔 * ∆𝑥 ⇒ 𝑣0 * 𝑠𝑒𝑛(2θ) = 𝑔 * ∆𝑥

Deste modo, é possível obter duas equações, sendo elas a velocidade inicial e o
alcance:

2
2 𝑔*∆𝑥 𝑔*∆𝑥 𝑣0 *𝑠𝑒𝑛(2θ)
𝑣0 = 𝑠𝑒𝑛(2θ)
𝑣0 = 𝑠𝑒𝑛(2θ)
𝑜𝑢 ∆𝑥 = 𝑔

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