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ICEx - DEPARTAMENTO DE FÍSICA

FÍSICA EXPERIMENTAL BÁSICA: MECÂNICA

RELATÓRIO
Movimento de um projétil

AUTORES: Vinícius Martins Rocha


Luiz Eduardo Araújo de Medeiros

TURMA: PU4

PROFESSOR: Dr. Leonardo Cristiano Campos

Belo Horizonte
2023
Sumário

1. Objetivos.................................................................................................................................................3
2. Materiais.................................................................................................................................................3
3. Procedimentos........................................................................................................................................3
4. Resultados experimentais..................................................................................................................... 3
5. Conclusão............................................................................................................................................... 3
1. Objetivos.
Registrar e analisar a trajetória de um projétil; determinar o ângulo de
lançamento, a velocidade inicial e o ponto de contato com o chão.

2. Materiais.
- Canaleta para lançamento, anteparo, esfera de aço, trena, transferidor e webcam.

3. Procedimentos.
- Monta-se uma estrutura de acordo com a figura 1:

Figura 1: Montagem da estrutura para a obtenção da trajetória de um projétil.

- Solta-se a esfera de uma determinada altura da canaleta, observando que ela será
lançada para cima com uma velocidade vy0, formando um ângulo Θ com a
horizontal.
- Captura-se o vídeo da trajetória da esfera e a partir do programa ImageJ faz-se a
transformação da trajetória em coordenadas.
- A partir da tabela de coordenadas, pode-se fazer operações de modo que o ponto
(0,0) coincida com a origem da trajetória, subtraindo os valores de x e y da
primeira coordenada tabelada. No eixo y é necessário multiplicar os valores por
-1.

4. Resultados experimentais.
A partir das coordenadas obtidas, foi possível obter um gráfico da posição
vertical em função da posição horizontal da trajetória da bolinha (Gráfico 1).
Gráfico 1: Trajetória do projétil.

Segundo a proposta de Galileu Galilei, o movimento do projétil pode ser analisado separadamente
na direção vertical e na horizontal. Desprezando as forças de atrito, sabe-se que um projétil
se move com velocidade constante na horizontal e com aceleração constante na vertical. Isso
resulta em uma trajetória parabólica.
A aceleração vertical, nesse caso, é a força da gravidade e a velocidade constante pode ser
decomposta e é definida por 𝑣𝑥 = 𝑣0𝑐𝑜𝑠(θ) . Sabe-se, também que a velocidade é a derivada
δ𝑥
da função posição no tempo ( δ𝑡 = 𝑣0𝑐𝑜𝑠(θ) ), portanto integrando a função tem-se que
𝑥(𝑡) = 𝑣0𝑐𝑜𝑠(θ)𝑡.
Analogamente, a velocidade inicial vertical pode ser definida como 𝑣𝑦 = 𝑣0𝑠𝑒𝑛(θ) . Sabe-se
2
δ𝑦
também que a aceleração é a derivada segunda da posição no tempo ( 2 = − 𝑔). A
δ𝑡
aceleração é negativa porque o sentido dela é contrário ao sentido da velocidade inicial.),
δ𝑦
portanto integrando essa função tem-se que δ𝑡
= − 𝑔𝑡 + 𝑐, sendo essa constante a
δ𝑦
velocidade vertical inicial, portanto δ𝑡
= − 𝑔𝑡 + 𝑣0𝑠𝑒𝑛(θ). Integrando a função mais
1 2
uma vez obtém-se 𝑦(𝑡) = − 2
𝑔𝑡 + 𝑣0𝑠𝑒𝑛(θ)𝑡.
𝑥
A partir da equação da posição vertical, tem-se que 𝑡 = 𝑣0𝑐𝑜𝑠(θ)
. Substituindo na equação da
2
𝑔𝑥 𝑠𝑒𝑛(θ)𝑥
posição vertical, obtém-se a relação desejada entre x e y: 𝑦(𝑥) = − 2 2
+ 𝑐𝑜𝑠(θ)
.
2𝑣0 𝑐𝑜𝑠 (θ)
2 𝑔 𝑠𝑒𝑛(θ)
Essa equação é análoga a 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏𝑥 + 𝑐, sendo 𝑎 =− 2 2
,𝑏 = 𝑐𝑜𝑠(θ)
e c uma
2𝑣0 𝑐𝑜𝑠 (θ)

constante desprezível.
Através da análise computacional do gráfico foi possível determinar 𝑎 = (− 2, 51 ± 0, 01) e
𝑏 = ( 1, 38 ± 0, 01) .
𝑔 𝑠𝑒𝑛(θ)
Utilizando as equações 𝑎 =− 2 2
e 𝑏= 𝑐𝑜𝑠(θ)
, podemos afirmar que
2𝑣0 𝑠𝑒𝑛 (θ)

𝑔 −1
𝑣0 = − 2
e θ = 𝑡𝑔 𝑏.
2·𝑎·𝑠𝑒𝑛 (θ)
As respectivas incertezas podem ser calculadas usando as fórmulas
2 2 2
δ𝑣0 δ𝑣0 δ𝑣0
∆𝑣0 = ( δ𝑔
∆𝑔) + ( δθ
∆θ) + ( δ𝑎
∆𝑎) =
2
1 2 𝑠𝑒𝑛 (θ)𝑔 2 𝑔 ∆𝑏
− 2 (∆𝑔) + (− 4 )(∆θ) + (− 3 2 )(∆𝐴), ∆θ = 2 .
8𝐴𝑔𝑐𝑜𝑠 (θ) 2𝐴𝑐𝑜𝑠 (θ) 8𝐴 𝑐𝑜𝑠 (θ) 1+𝑏
Dessa forma obtém-se θ = (0, 944 ± 0, 003) 𝑟𝑎𝑑, 𝑐𝑜𝑠(θ) = 0, 586 e 𝑠𝑒𝑛(θ) = 0, 810.
2
Considerando a gravidade como 𝑔 = 9, 78 ± 0, 05 𝑚/𝑠 e o valor de
−1
𝑎 = (− 2, 51 ± 0, 01) 𝑚 , obtém-se 𝑣0 = 2, 36 ± 0, 02 𝑚/𝑠.
Para descobrir onde a posição em que a esfera baterá no chão, sabendo que a trajetória
iniciará em uma altura hy em relação ao chão, que é a borda da mesa, usa-se
2
− ℎ𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏𝑥 + 𝑐. Conhecendo os valores de a, b e c, bem como a altura da mesa igual
a (0, 800 ± 0, 001) 𝑚, obtém-se 𝑥 = 0, 53 𝑚.

1. Conclusão
A partir desse experimento foi possível determinar a velocidade inicial da esfera e o ângulo
de lançamento a partir da decomposição das forças no lançamento e do gráfico da trajetória
parabólica, obtendo 𝑣0 = 1, 72 ± 0, 02 𝑚/𝑠 e θ = (0, 944 ± 0, 003) 𝑟𝑎𝑑. O ângulo
obtido está bem próximo do medido em sala (1, 15 𝑟𝑎𝑑). Também foi possível determinar a
posição em que a esfera colidir com o chão, se lançada da borda da mesa, que é 𝑥 = 0, 53 𝑚
, próximo do valor obtido experimentalmente de 𝑥 = 0, 49 𝑚.

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