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Outro fator que fornece base para uma análise socioeconômica é o Trabalho
e Rendimento, que dá uma visão geral sobre o mercado de trabalho e a
distribuição dos rendimentos. Através do gráfico (Página 110 do Anuário do IBGE
2021), pode-se observar que, dentro de ramo que contém a agropecuária, pesca e
aquicultura como atividade principal, as maiores porcentagens, no caso 45,6 % e
38,9%, correspondem a “trabalhador por conta própria” e “empregado”,
respectivamente. Isso revela que há mais pessoas trabalhando nessa área por
conta própria, sem nenhum ou pouco auxílio por parte de uma empresa
pública ou privada, ou do próprio Estado. Além disso, nas demais atividades,
predomina-se a condição de “empregado”, com 69,7%, seguido de “trabalhador por
conta própria”, com 24,8%. Com relação a carteira de trabalho, tem-se na área de
agricultura, pecuária, pesca e aquicultura mais da metade das pessoas sem
carteira assinada. Em suma, tem-se 55,6% de indivíduos na irregularidade
laboral: são pessoas que podem não ter seus direitos trabalhistas
assegurados, como férias remuneradas, jornadas de 8h e descanso semanal.
Isso impacta diretamente nos direitos sociais das pessoas que, sem carteira de
trabalho, podem estar sob algum regime de trabalho análogo à escravidão, ou em
situações insalubres e degradantes.
A partir da análise da seção 06, faça uma análise sobre como a distribuição
salarial pode impactar nos projetos de vida e oportunidades. Justifique.
Portanto, indivíduos que sobrevivem com esse valor ou menos, terão menos
acesso ao lazer, cultura e educação e habitação de qualidade. Diminuindo assim, as
oportunidades de se qualificar, trabalhar em local minimamente digno e conseguir
sustento. O que, por sua vez, implica no futuro dessas pessoas, que viverão, por
vezes, nas periferias, consumindo apenas o básico ou nem isso. Talvez tenham
acesso a uma educação de baixa qualidade, sem conseguir acesso a um curso
superior ou técnico. Todas essas situações corroboram para que alguns brasileiros
estejam na informalidade, visto que não é um profissional qualificado, o que ratifica
os índices vistos em “Trabalho e Rendimento”, que expôs a quantidade de pessoas
“trabalhando por conta própria” e “sem carteira assinada”.
Ademais, tal situação, de ausência de itens básicos, acaba por diminuir, por
vezes, o horizonte de objetivos e metas dos indivíduos, uma vez que, o objetivo
imediato e mais importante é apenas um: sobreviver. Logo, há impacto direto sobre
o projeto de vida das pessoas e como elas veem o futuro, a médio e longo prazo.