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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATO

GROSSO
CAMPUS CUIABÁ - BELA VISTA
DEPARTAMENTO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

GABRIELA GARUTI GREGORIO

DISTORÇÃO DA IMAGEM CORPORAL NA ANOREXIA E NA BULIMIA

Cuiabá
2021
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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATO


GROSSO
CAMPUS CUIABÁ - BELA VISTA
QUIMICA INTEGRADO

GABRIELA GARUTI GREGORIO

DISTORÇÃO DA IMAGEM CORPORAL NA ANOREXIA E NA BULIMIA

Síntese apresentada ao curso de química


integrado do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia do Estado de Mato
Campus Cuiabá Bela Vista.

Orientador: Professora Aparecida Sofia

Cuiabá
2021
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1. INTRODUÇÃO

Ao longo dos anos, o conceito de beleza foi sofrendo diversas mudanças e


variações, a busca por esse padrão de perfeição se tornou uma luta árdua e sem
fim, que geraram diversos problemas e compulsões. Pessoas buscam resultados
rápidos e acabam caindo nas mais diferentes enganações.
É o caso da bulimia e da anorexia, dois dos chamados transtornos alimentares,
compulsões alimentares em busca de um corpo “perfeito”. Na anorexia, a pessoa
passa a ter comportamentos restritivos em relação a comida, chegando a parar de
comer. Já a bulimia, trata-se de uma compulsão alimentar onde a pessoa passa
longos períodos de “dietas” e depois, acaba tento surtos e comendo tudo que vê pela
frente, ocasionando a culpa e a indução do vomito ou uso de laxantes.
Ambos transtornos tem um fator em comum, os dois geram uma visão diferente
do corpo entre as pessoas de fora e quem realmente vive a doença. Muitas delas se
enxergam muito mais gordas do que realmente estão, é sobre essa distorção de
imagem que será feito essa síntese.

2. DESENVOLVIMENTO

Na bulimia e na anorexia é usado como forma de resultados a visão do corpo,


como ele é visto pelos outros; quando essa visão se mostra deturbada para a
própria dona no corpo, o problema é mais complicado de se tratar.

Como inicio do tratamento, não é necessário apenas voltar a comer, mas sim
todo um acompanhamento psicológico sobre como a mente da pessoa estava e está
sobre toda essa busca por padrões.

Bruch (1962) foi o primeiro a apontar que a distorção da imagem corporal é


um dos três fatores necessários ao desenvolvimento da anorexia, e com certeza o
mais importante, Bruch ainda analisa que essa distorção se torna mais alarmante
quando a pessoa mesmo já tendo atingindo um nível de magreza assustador, ainda
continua se vendo como gorda e mantendo a compulsão.

Conclui Bruch (1973) que, nessa visão do corpo, está relacionado a


consciência cognitiva e sensorial do próprio corpo, o controle corporal e as relações
afetivas que se relacionam com a realidade corporal.

Segundo Cash e Deagle (1997), a distorção é o ponto chave dos transtornos,


e muda completamente a experiencia da pessoa com seus próprio peso e imagem.
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Essa deformação visual do corpo ainda ocasiona: pensamento dicotômico –


uma crítica exacerbada ao próprio corpo e a busca por grandes extremos, ao invés
do equilíbrio, comparação injusta – a constante comparação com corpos de
anatomia diferente e fatores genéticos também diferentes e atenção seletiva – foco
apenas em uma coisa, o corpo, ignorando outras conquistas.

É nos transtornos alimentares que o prognostico sobre distorção corporal é o


mais importante

3. CONCLUSÃO

Conclui-se então que a distorção do corpo nesses dois transtornos


alimentares é a chave para entender o que leva alguém á compulsão e á tantos
“exageros”, além de auxiliar num bom tratamento da doença.

4. REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA

Jabur Saikali, Carolina; Saliba Soubhia, Camila; Messina Scalfaro, Bianca;


Athanássios Cordás, Táki; Imagem corporal nos transtornos alimentares; Rev.
psiquiatr. clín. vol.31 no.4 São Paulo 2004
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Resumo sobre:

DISTORÇÃO DA IMAGEM CORPORAL NA ANOREXIA E NA BULIMIA

Gabriela Garuti Gregorio

A bulimia e anorexia são transtornos alimentares onde o comportamento


alimentar é completamente restrito ou exagerado, há um grande controle da
aparência e o grande problema, a distorção da imagem do corpo, um grande medo
de se tornar obeso e a visão do corpo como aquilo que mais teme gera ainda mais
compulsão e sentimento de culpa.

Na bulimia, há uma necessidade estrondosa de comer, acompanhada depois,


de culpa e medo de se tornar gordo; a partir dessa culpa surge os problemas, como
a indução ao vomito, uso de laxantes ou exercícios físicos ao extremo. Já na
anorexia, o medo de ser obeso ocasiona uma alimentação restritiva até chegar no
ponto chave, onde se para de comer totalmente.

A distorção de imagem se torna o maior estopim para a compulsão, como foi


apontado pela primeira vez por Bruch (1962), porém também pode ser o primeiro
passo a se dar para um tratamento. Bruch ainda aponta que o risco com essa
deturpação corporal é maior ainda quando a pessoa já atingiu o limite da magreza,
mas ainda se vê longe do seu “padrão”.

A distorção corporal ainda gera: pensamento dicotômico – uma crítica


exacerbada ao próprio corpo e a busca por grandes extremos, ao invés do equilíbrio,
comparação injusta – a constante comparação com corpos de anatomia diferente e
fatores genéticos também diferentes e atenção seletiva – foco apenas em uma
coisa, o corpo, ignorando outras conquistas.
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Resumo x Síntese
Na síntese, o trabalho é apresentado com capa, contracapa, introdução,
desenvolvimento, conclusão e referencias, diferente do resumo, onde isso
não é necessário.
No resumo, a ideia é apresentar o tema principal do texto e apontar os
pontos mais importantes dele, sem perder a ideia do autor. Já na síntese,
o ponto principal é identificar a ideia central do texto e escrever sobre ela,
sem críticas.
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Texto base:

Distorção da imagem corporal na anorexia nervosa e bulimia


nervosa

A anorexia nervosa e a bulimia nervosa são transtornos alimentares caracterizados por


um padrão de comportamento alimentar gravemente perturbado, um controle patológico
do peso corporal e por distúrbios da percepção do formato corporal. Está presente, na
anorexia nervosa, um inexplicável medo de ganhar peso ou de tornar-se obeso, mesmo
estando abaixo do peso, ou mais intensamente, uma supervalorização da forma corporal
como um todo ou de suas partes, classicamente descrito como distorção da imagem
corporal.

Russell (2002) descreveu a bulimia nervosa como uma urgência poderosa e irresistível de
comer demais, comportamentos compensatórios conseqüentes, tais como vômitos, uso
inadequado de laxantes e diuréticos e exercícios físicos abusivos acompanhados de um
medo mórbido de tornar-se obeso.

Bruch (1962) desenvolveu a primeira teoria sistemática a respeito de problemas de


imagem corporal nos transtornos alimentares, sendo que esta distorção da imagem
corporal é um dos três fatores necessários ao desenvolvimento da anorexia. Mais ainda,
afirma que este era o aspecto mais importante do transtorno e também notou que a
melhora dos sintomas da anorexia poderia ser temporária se não houvesse uma
mudança corretiva na imagem corporal.

De acordo com Bruch (1962), mais alarmante do que a má nutrição em si na anorexia


nervosa é sua associação com a distorção da imagem corporal que, entre outros fatores,
apresenta-se como uma ausência de preocupação com a magreza, mesmo quando esta
já está em um estágio bem avançado.

Conclui Bruch (1973) que, nesta distorção, incluem-se os seguintes distúrbios: da


consciência cognitiva do próprio corpo, consciência das sensações corporais, senso de
controle sobre as funções corporais e razões afetivas para a realidade da configuração
corporal.

Segundo Cash e Deagle (1997), o distúrbio da imagem corporal é um sintoma nuclear


dos transtornos alimentares, caracterizado por uma auto-avaliação dos indivíduos que
sofrem desse transtorno, influenciada pela experiência com seu peso e forma corporal.

Distorções cognitivas relacionadas à avaliação do corpo, comuns em indivíduos com


transtornos alimentares, incluem: pensamento dicotômico — o indivíduo pensa em
extremos com relação à sua aparência ou é muito crítico em relação a ela; comparação
injusta — quando o indivíduo compara sua aparência com padrões extremos; atenção
seletiva — focaliza um aspecto da aparência e erro cognitivo, o indivíduo acredita que os
outros pensam como ele em relação à sua aparência.

Dentre os vários instrumentos para avaliação da imagem corporal, um dos mais


utilizados é o Body Shape Questionnaire (BSQ), de amplo uso em estudos com
populações clínicas e não-clínicas (Cooper et al., 1987).

Embora uma insatisfação ou distorção da imagem corporal possa estar presente em


outros quadros psiquiátricos como transtorno dismórfico corporal, delírios somáticos,
transexualismo, depressão, esquizofrenia e obesidade, é nos transtornos alimentares que
seu papel sintomatológico e prognóstico é mais relevante.
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Acesso em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-


60832004000400006

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