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Alessandra Ludwig Costa

Trabalho Teórico II

1) As afirmações que seguem fazem parte do entendimento teórico dos Estudos


Culturais. Comente e exemplifique sua aplicação na comunicação contemporânea.

- A sociedade não é harmônica e sim conflitiva – que existe sim um processo e


disputa, não como algo dado, plasmado, imutável.

- Análise de que o campo da cultura e da comunicação se constitui numa arena


decisiva para a luta social e política na sociedade contemporânea.

- Os Estudos Culturais reconhecem que existem intencionalidades de dominação por


parte da indústria cultural. No entanto, partem de uma visão de que existem muitos
elementos intervenientes que fazem com que estas intencionalidades se realizem ou
não em partes ou integralmente.

Os estudos culturais possibilitam que nós enxerguemos o quanto as culturas são


importantes e influentes no mundo hoje. Podemos perceber também que todos estão
sujeitos a passar por conflitos que talvez façam-nos questionar-se sobre nossos valores e
princípios. Atualmente somos bombardeados de informações das comunicações o tempo
todo, de todos os lados, ficando em posição de vulnerabilidade, pois às vezes não sabemos
em quem acreditar.

Hoje, os formadores de opinião, ou melhor, influenciadores, são grandes responsáveis por


esses acontecimentos, pois, muitas vezes, eles trazem informações errôneas para os
telespectadores, gerando conflitos entre as comunidades. Dessa forma, pode-se dizer que
eles fazem parte da indústria cultural que tem intencionalidade de dominar o público ao seu
favor, para que muitas vezes comprem o que eles divulgam, ou acreditem naquilo que estão
expondo (muitas vezes uma vida de "milhões", totalmente falsa".

2) A partir das mediações sociais, as pessoas se relacionam com a comunicação de


massa, estabelecendo negociações simbólicas a partir da proposta ofertada pelos
veículos, mas também de sua visão de mundo, de seus hábitos e crenças, ou seja, de
sua cultura.

- Cite mediações sociais que você identifica nos contextos de comunicação onde vive
e justifique a escolha das mesmas.

Hoje, um dos grandes mediadores sociais são os influenciadores, que recebem e repassam
informações, que muitas vezes não são aceitas pela a comunidade, justamente por ela ter
crenças, princípios e valores diferentes daquela pessoa. Em ano de eleições é possível
perceber uma grande tendência de divergências de opiniões e uma grande polarização
entre esquerda e direita. Essas divisões estão totalmente ligadas aos nossos valores e
crenças. Nesse caso, aqueles que comunicam, como por exemplos emissoras de rádio, que
debatem sobre política, são os mediadores. Ou seja, estão entre os políticos que falaram e
nós que estamos ouvindo, colocando no meio também suas opiniões, sendo muitas vezes
imparciais.
3) Uma cultura não acaba, não mata as outras; a recepção não é passiva; é, antes de
tudo, ativa, no que diz respeito à reorganização simbólica de suas práticas sociais,
culturais e comunicativas.

- Relacione a afirmação acima com o encontro que se dá entre a cultura de massa e a


cultura popular.

A cultura de massa é o termo empregado para designar o processo de produção de livros,


cinema, teatro, música ou qualquer outra manifestação artística pela indústria de
entretenimento ou indústria cultural, com a finalidade de satisfazer as demandas capitalistas
pela arte e cultura.

Já a cultura popular é um conjunto de saberes determinados pela interação dos indivíduos.


Ela reúne elementos e tradições culturais que estão associados à linguagem popular e oral.

Assim, a cultura popular inclui o folclore, o artesanato, as músicas, as danças, as festas,


dentre outros.

Dessa forma, podemos chegar a conclusão que a cultura não acaba pois é algo que muitas
vezes já está enraizado nas comunidades. Por serem de grande dispersão entre as massas,
é impossível que ela se "perca", pois sempre terá alguém que irá disseminá-la. Entendemos
também que uma não anula a outra ou não mata a outra pois existem pessoas o suficiente
com pensamentos diferentes que sempre irão aderir a uma ou outra, a mantendo viva.

4) Desenvolva um comentário sobre a mensagem e a recepção, considerando as


afirmações abaixo:

- Nem todas as partes da mensagem entram em consonância com o receptor: há


expressões mais familiares e outras inesperadas.

- O receptor nunca assimila passivamente a mensagem: reage à significação em


função de suas preocupações, de seu sistema de referências.

- Seleciona, guarda “detalhes” conforme seu ponto de vista, não com o mesmo grau
do colocado pela mensagem original. Pode acentuar aspectos diferentes.

Nem sempre o que falamos é entendido da mesma forma por quem escuta. Um exemplo
claro disso nos dias atuais é quando você recebe uma mensagem em CAPS LOCK por
exemplo, não parece que alguém está gritando com você? Talvez essa não seja a intenção
da mensagem, mas pode ser sim entendida dessa maneira pelo receptor.

E quando falamos da comunicação contemporânea, é imprescindível citarmos a onda do


cancelamento, que nada mais é que uma mensagem sendo recebida pela receptor e
gerando uma reação adversa daquilo que o emissor queria. Essas reações são sempre
incertas, pois vivemos em um mundo onde existem culturas e crenças distintas.

5) Segundo a visão de Santaella, o que é Semiótica e qual sua a importância para a


compreensão da comunicação contemporânea?
Para Santaella (1983), a Semiótica pode ser entendida como a ciência de todas as
linguagens possíveis, pois, diferentemente da Linguística, que se dedica ao estudo do
sistema sígnico da linguagem verbal, a Semiótica considera qualquer fenômeno como um
sistema sígnico de produção de sentido. Sendo assim, ela é a prova de que a lógica é uma
ciência, e conhecimento dos signos (objeto de estudo da semiótica) é de extrema
importância para criar ilustrações que sejam capazes de informar o que o criador da
imagem realmente quer passar, diminuindo o risco de novas interpretações ou
mal-entendidos. Para a comunicação contemporânea é de extrema importância que
olhemos para isso, pois A semiótica pode acelerar o entendimento de uma mensagem,
facilitando a vida da sua equipe de vendas para não somente ofertar da maneira correta,
mas também tornar os clientes verdadeiros evangelizadores da marca

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