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PROJETO TEA: INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E

ESPAÇO PARA AUTISMO.

GRUPO: MUNDO AZUL


I INTRODUÇÃO:
O projeto tem por objetivo a criação de um espaço adequado para tratamento de
crianças com TEA e encontro de pais, além de ser um direito fundamental, está
prevista na Lei 13.146/2015 (Lei Brasileira de Inclusão), Lei 12.764/2012 (Institui a
Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro
Autista) e Lei 13.257/2016 (Marco Legal da Primeira Infância).
No Brasil, a partir da edição da Lei 12.764/2012, que institui a "Política Nacional de
Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista", a pessoa com
autismo passou a ser definida também como pessoa com deficiência e em decorrência
da novel legislação foi possível estender às pessoas com autismo os mesmos direitos já
garantidos às demais pessoas com deficiência. Para isto, é de fundamental importância
discutir o porquê da desigualdade entre as crianças especiais que possuí o seu espaço
“Apae” e das crianças com Tea que não tem o seu local apropriado para atendimento e
reunião de apoio para família. Vale salientar que gozam dos mesmos direitos! É visível
o defect na falta de estrutura, planejamento, tratamento médico adequado no
munícipio de Mallet.
Diante deste cenário e considerando a necessidade latente de estrutura/local
adequado para atendimento, na formação de profissionais nas esferas da educação,
saúde, assistência social, e no fornecimento de informações/apoio para as famílias de
pessoas com autismo, o Grupo Mundo Azul, formado por pais e familiares de crianças
diagnosticado com TEA, apresenta ao município de Mallet o projeto social: “Projeto
TEA: inclusão, desenvolvimento e espaço para autismo”.

II JUSTIFICATIVA:
O projeto surge objetivando suprir a necessidade de capacitar profissionais da área da
gestão pública e famílias, e instituir um espaço/local apropriado para atendimento,
para que promovem um processo inclusivo e a estruturação de uma rede adaptada
para apoio. A inclusão de profissionais, famílias e estrutura atendem aos critérios
estabelecidos na Lei 13.146/2015 que prevê em seu art.8ª2 a competência de
proteção e promoção de direitos e garantias.
Dar-se-á ênfase a compreensão ética, jurídica e técnico-científica da inclusão, do
desenvolvimento infantil e do autismo, enfatizando o uso de metodologias, tecnologias
e estratégias de ensino e aprendizagem aplicadas aos profissionais e as famílias da
rede de inclusão
O ponto de partida para o desenvolvimento deste projeto será na prática na instalação
de um espaço/local para atendimento médico, incluindo a tecnologia, brincadeiras,
terapias, estímulos, para o avanço e melhorias no diagnóstico. Posteriormente,
reuniões com pais e familiares da criança TEA, com apoio, palestras, buscando
conteúdo sobre o conceito de desenvolvimento infantil e o autismo, como lidar com o
diagnóstico, cuidados com os cuidadores, garantias de direitos no âmbito das políticas
púbicas e a importância da inclusão, e a importância da estimulação precoce e o papel
da sociedade nesse processo. E por fim, realizações de atividades extras, reforço,
passeios, terapia ocupacional, entre outras atividades de estimulo.

III BASE JURÍDICA:


Para garantir a efetividade dos objetivos mencionados, apresentamos base jurídica
visando garantir os direitos positivados e a prestação estatal. São eles:

a) CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 (especialmente os


artigos relacionados às pessoas com deficiências: arts. 7º, XXXI; 23, II; 24, XIV; 37, VIII;
40, §4º, I; 201, §1º; 203, IV, V; 208, III; 227, 1º, II, §2º; e 244);
b)LEI nº 8.069/90, que "Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá
outras providências";
c) LEI nº 9.394, de 20/12/96 (que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação
Nacional – LDB);
d)LEI nº 10.048/00, que "Dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e dá
outras providências" - Regulamentada pelo Decreto nº 5.296/04;
e) DECRETO Nº 3.956, DE 8 DE OUTUBRO DE 2001 - Promulga a Convenção
Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as
Pessoas Portadoras de Deficiência. (convenção da Guatemala)
f) DECRETO LEGISLATIVO Nº 186, DE 09 DE JULHO DE 2008 - Aprova o texto da
Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e de seu Protocolo
Facultativo, assinados em Nova Iorque, em 30 de março de 2007.
g) DECRETO Nº 6.949, DE 25 DE AGOSTO DE 2009 - Promulga a Convenção
Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo
Facultativo, assinados em Nova York, em 30 de março de 2007.
h)LEI n° 12.764/12, que "Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa
com o Transtorno do Espectro Autista"
i) LEI 13.005 de 25 de junho de 2014, estipula objetivos, diretrizes e metas para a
educação até 2024.
j) DECRETO 8.368/14: regulamenta a política de proteção dos direitos das pessoas
com autismo m) LEI nº 13.146, de 6 de julho de 2015: Institui a Lei Brasileira de
Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência).

A proposta para um atendimento dos serviços públicos em um espaço adequado para


crianças com que possuem condições referentes ao Transtorno do Espectro do
Autismo (TEA) atende à garantia de acesso, permanência ao serviço de qualidade,
lazer, espaço/local apropriado, direito a igualdade e direito a inclusão.
IV CRONOGRAMA:
Exemplo de cronograma semanal:

SEGUNDA-FEIRA

PSICÓLOGA (TERAPIA ABA)

TERÇA-FEIRA

FONOAUDIOLOGA

QUARTA-FEIRA

ATIVIDADES-EXTRAS (aulas de reforço)

QUINTA-FEIRA
TERAPIA OCUPACIONAL-Equoterapia Cavalos
MUSICOTERAPIA
BRINCADEIRAS PARA ESTIMULOS
SEXTA-FEIRA
NUTRICIONISTA
SÁBADO
REUNIÃO PAIS / PALESTRAS

V METODOLOGIA/OBJETIVO:

PSICÓLOGA: A presença do psicólogo é extremamente importante no diagnóstico e


tratamento do Transtorno do Espectro Autista, com o objetivo no desenvolvendo de
metodologias e técnicas específicas que vão ao encontro das necessidades de cada
paciente. O papel do psicólogo se faz importante também no apoio familiar, ajudando
a entender e discutir o diagnóstico apresentado, além de lidar com os sentimentos
presentes em todos aqueles que tem filhos autistas; também ajuda a envolver os pais
no tratamento do paciente, colocando-os como auxiliares do desenvolvimento dos
filhos, realizando atividades domiciliares, em escolas e grupos, tornando-os
responsáveis também pelo sucesso no tratamento.
Aplicação da Terapia ABA: A Análise do Comportamento Aplicada – ABA, é uma
abordagem da psicologia que é usada para a compreensão do comportamento
humano. A técnica vem sendo amplamente utilizada e ganhou força no atendimento
para pessoas com autismo, cujo resultado é bastante eficaz. O objetivo da terapia é
ampliar o comportamento e aumentar a autonomia das crianças e dos adultos com
autismo, a fim de melhorar a interação familiar, social e aprimorar o desenvolvimento
das atividades do dia a dia.

FONOAUDIOLOGA: são terapeutas especializados no tratamento de problemas de


linguagem e distúrbios da fala, sendo parte fundamental da equipe multidisciplinar no
tratamento do autismo. A fala é uma característica muito forte presente na vida do
autista. A presente do fonoaudiólogo tem por objetivo avaliar as melhores maneiras de
melhorar a comunicação e a qualidade de vida da criança com autismo. Ao longo do
tratamento, o fonoaudiólogo trabalha em estreita colaboração com a família, a escola
e outros profissionais. Quando se trata de uma criança não verbal ou com grande
comprometimento com a fala, o objetivo da fonoterapia é apresentar alternativas de
comunicação.

ATIVIDADE-EXTRA: A importância do reforço escolar se vale para aquelas crianças que


não conseguem acompanhar a cadência do ensino formal ou para aquelas crianças
avançadas, que se divide entre o aprendizado na escola e os deveres de casa. A Lei de
Diretrizes e Bases da Educação nº 9.394 estabelece a "obrigatoriedade de estudos de
recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo
rendimento escolar, ou avançada a serem disciplinados pelas instituições de ensino em
seus regimentos".

TERAPIA OCUPACIONAL/EQUOTERAPIA CAVALOS: A atividade emprega o cavalo


dentro de uma abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação,
onde os praticantes de equoterapia são protagonistas no seu processo de reeducação
e reabilitação física e mental, possibilitando melhorias nos aspectos físico, psicológico
e social. Portanto, tornou-se uma alternativa como tratamento terapêutico diferente
do atendimento em consultório. A equoterapia pode ser definida como “um método
terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem
interdisciplinar, nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o
desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência ou com necessidades
especiais.

MUSICOTERAPIA: Experiências com musicoterapia expandem comunicação e


desenvolvem novas habilidades. Estudos mostram que o uso da música auxilia no
desenvolvimento da aprendizagem de crianças autistas. A música contribui para um
acréscimo de competências e desenvolvimento de habilidades. Além disso, ocorre a
expansão da comunicação e das relações sociais, a música também favorece o
desenvolvimento intelectual e emocional da criança com TEA.

BRINCADEIRAS PARA ESTIMULOS: Brincar como objetivo de estimulação e intervenção


lúdica traz inúmeros benefícios para as crianças com TEA como: favorece a formação
de vínculos afetivos; o estabelecimento e aprofundamento das relações; amplia sua
comunicação e compreensão; melhora expressão de sentimentos e alegria.
Exemplo:
Motor: As habilidades motoras são aquelas relacionadas aos movimentos do
corpo. 
QUEBRA CABEÇAS
ENCAIXE AS FORMAS
COLORIR
Sensorial: Ouvir, tocar, ver, cheirar, sentir sabores...
NOTAS E CORES MÚSICAIS
Social: Tudo fica mais divertido quando aprendemos a compartilhar nossos
sentimentos e experiências.
FALA: Fantoches.

NUTRICIONISTA: Umas das características fortes TEA é a seletividade alimentar. A


alimentação adequada na infância é fundamental para manter uma boa qualidade de
vida da criança, pois este pilar auxilia diretamente no crescimento e desenvolvimento
infantil. O fato é que crianças com o diagnóstico de autismo possuem uma maior
seletividade, pois tendem a preferir alimento com cor e consistências específicos, o
que limita a variedade de alimentos no momento da refeição podendo haver carência
nutricional principalmente de ferro e zinco. Algumas crianças com autismo também
são diagnosticadas com transtorno déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), cujos
sintomas podem piorar com uma dieta rica em açúcares, corantes e conservantes,
sendo importante nestes casos específicos fazer a exclusão desses itens da dieta, por
isso os familiares precisamos estar sempre atentos e orientados.

REUNIÃO PAIS E PALESTRAS COM PROFISSIONAIS: Através do grupo, incentivamos a


troca de experiência e apoio emocional entre os familiares com histórias e rotinas
semelhantes. Grupo oferece tratamentos, individuais e para pequenos grupos,
baseados nos principais modelos de intervenção que utilizam a psicologia
desenvolvimentista e a análise do comportamento aplicada como base teórica e
prática. Talvez a grande deficiência hoje, no Brasil, sejam os espaços sociais de apoio às
mães de autistas, assim como às famílias de pessoas com outros transtornos.

PAULA BRANDÃO.
ASSINATURAS DE PAIS E COMUNIDADE EM APOIO DO PROJETO:

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