Você está na página 1de 13

04/09/2020

Transoperatório O que é transoperatório?

Patrícia Treviso

1 2

Transoperatório
• Conceito
Como as cirurgias podem ser
– Período que compreende - a entrada do paciente
no Centro Cirúrgico até sua saída da Sala de classificadas?
Recuperação

SOBECC, 2009. pág 65

3 4

Tipos de cirurgia Complexidade


• A cirurgia pode ser classificada quanto à: • Pequena complexidade – drenagem de
abcesso
– Complexidade
– Urgência
– Internação ou ambulatorial • Média complexidade – ooforectomia,
– Especialidades laparotomia
– Finalidade
– Potencial de contaminação
• Grande complexidade – cirurgia cardíaca,
➢ Nomenclatura – sufixo e prefixo transplante, neurocirurgia

5 6

1
04/09/2020

Urgência Finalidade
• Emergência – cirurgia imediata, risco iminente de • Diagnóstica: biópsia, laparotomia exploratória
vida. Ex.: aneurisma roto.
• Curativa: remoção de tumor, desobstrução de ureter.
• Urgência – cirurgia em 24 horas . Ex.: cálculos renais.
• Paliativa: colostomia provisória
• Eletiva: semanas, meses. Ex.: catarata, hérnia
simples (não encarcerada). • Reparadora ou plástica: reconstituição de alguma região.
Ex.: mamoplastia reparadora após retirada de tumor.
• Opcional: cirurgia por opção do paciente. Ex.:
estética. • Transplante: substituição de órgãos e/ou tecidos

7 8

Potencial de contaminação – exemplos Potencial de contaminação – exemplos

MS. PORTARIA N.° 930, DE 27 DE AGOSTO DE 1992 MS. PORTARIA N.° 930, DE 27 DE AGOSTO DE 1992

9 10

Potencial de contaminação – exemplos Potencial de contaminação – exemplos

MS. PORTARIA N.° 930, DE 27 DE AGOSTO DE 1992 MS. PORTARIA N.° 930, DE 27 DE AGOSTO DE 1992

11 12

2
04/09/2020

Potencial de contaminação – exemplos

MS. PORTARIA N.° 930, DE 27 DE AGOSTO DE 1992

13 14

Tipos de cirurgia Internação ou Ambulatorial


• A cirurgia pode ser classificada quanto à: • Internação
– Prévia – necessita de preparo no hospital
– Complexidade – No dia – interna após a cirurgia
– Geralmente cirurgias maiores, que necessitam cuidados especiais no
– Urgência pós-operatório, ou que houve alguma complicação no trans ou no
– Internação ou ambulatorial pós-op, ou devido necessidade de medicação EV no pós-op.
– Especialidades • Ambulatorial
– Finalidade – Cirurgias simples, pequena complexidade.
– Potencial de contaminação – Pode ser com anestesia local – paciente não passa pela SR ou
– Com outro tipo de anestesia – paciente recupera na SR
➢ Nomenclatura – sufixo e prefixo – CUIDADOS ESPECÍFICOS - antes de liberar da sala de recuperação.

15 16

Especialidade Nomenclatura Cirúrgica


• Traumatologia • Sufixos
• Neurologia
• Prefixos
• Cardiologia
• Ginecologia
• Bucomaxilofacial • Especialidades
• Oftalmologia
• Otorrinolaringologia
• Plástica
O nome composto de raiz (identifica a parte do corpo a ser
• Etc... submetida à cirurgia) + somada ao prefixo ou ao sufixo

17 18

3
04/09/2020

NOMECLATURA CIRUGICA Prefixo


EX (externo, fora)
CIRCUN(ao redor)
CISÃO(separação)

Angio (vasos sangüíneos) Orqui (testículo),


Flebo (veia) Artro (articulação),
Traqueo (traquéia) Gastro (estômago),
Rino (nariz) Entero (intestino), Ex:
Oto (ouvido) Salpinge ( trompas de Exoftalmia (Projeção acentuada do globo Ocular)
Oftalmo (olhos) falópio),
Hister(o) (útero) Mamo ( mamas) Circuncisão ou postectomia (Excisão do prepúcio)
Laparo (parede abdominal), Espleno ( baço),
Nefro ( rin)

19 20

SUFIXOS

Tomia: Incisão, corte


Stomia: Comunicar um orgão
tubular oco, com exterior
através de uma boca
Ectomia: retitada parcial ou Ex:
total de um orgão Laparotomia Posição Cirúrgica
Plastia: reparação plástica Colostomia
Pexia: fixação Esplenectoma
Centese: punção de um orgão Rinoplastia
ou tecido para drenagem ou Nefropexia
coleta de um líquido Laparoscopia
Scopia : visualização de uma
cavidade atravéz de um
aparelho especial

21 22

Posição Cirúrgica Posição Cirúrgica


• Observar:
• Posição em que o paciente é colocado, depois
de anestesiado, para ser submetido à – Compressão dos vasos, órgãos, nervos e/ou
intervenção cirúrgica, com o objetivo de proeminências ósseas;
propiciar melhor acesso/visualização do – Contato direto do paciente com partes metálicas
cirurgião ao campo operatório. da mesa;
– Hiperextensão dos membros
– Fixação incorreta da mesa e do paciente

23 24

4
04/09/2020

Decúbito dorsal ou supina Decúbito ventral ou prona

Cesariana Cirurgia coluna

25 26

Decúbito lateral ou Sims Posição Litotomia ou Ginecológica

Cirurgias renais Histerectomia via vaginal

27 28

Posição Trendelemburg Posição Trendelemburg Reverso

Laparotomia abdome inferior / cirurgia órgãos pélvicos Laparotomia abdome superior / cirurgia craniana

29 30

5
04/09/2020

Posição Fowler Posição de canivete - Kraske

Colocação dreno de tórax Cirurgias região perianal

31 32

Equipamentos

33 34

Carro anestesia Manta térmica

35 36

6
04/09/2020

Colchão térmico
Bota de Retorno Venoso

37 38

Bomba Infusão Oxímetro de dedo

39 40

Monitor multiparâmetro Eletrocautério

• TA (PNI – pressão
não invasiva)
• Temperatura
• Oxímetro
• Capnógrafo
• PAM
• Batimentos
cardíacos
• Análise de gases

41 42

7
04/09/2020

Bisturi ultrassônico
Equipamento de
Bisturi por laser videocirurgia

43 44

Ótica de vídeo Microcâmara Cirúrgica

45 46

Garrote Pneumático Intensificador de imagem

47 48

8
04/09/2020

Mesa cirúrgica Desfibrilador

49 50

Máquina hemodiálise

Complicações

51 52

Complicações Hipertermia Maligna


• Hipotermia • Observar: • Doença muscular hereditária, • Sinais e sintomas – no momento anestesia
ou raramente após.
• Hipertermia maligna – Posicionamento latente, potencialmente grave.
– Hipermetabolismo – aumento de CO2 -
cirúrgico
• PCR • Caracterizada por resposta
acidose láctica e taquipnéia.
– Placa de cautério – Taquicardia, hipertermia (sinal tardio – pode
• Hemorragia – Temperatura
hipermetabólica após exposição a mascarar se infecções), arritmias cardíacas e

• Alteração TA – – Proteção de saliências


anestésico inalatório (halotanos),ou HAS. Contratura muscular.

exposição ao relaxante muscular


influencia cirurgia ósseas
succinilcolina. • Tratamento
• Úlceras de pressão – Interrupção do anestésico e administração

• Queimaduras de dantrolene sódico intravenoso (que


diminui o risco de morte de 70% para 10%).

53 54

9
04/09/2020

Cirurgia
• Cirurgia:
– Aberta
– Por vídeo (laparoscópica)
– NOTES - Natural orifice transluminal endoscopic
surgery - cirurgia endoscópica transluminal por
orifícios naturais – procedimentos minimamente
invasivos.

55 56

Colecistectomia – nas três técnicas...

57 58

Fios Cirúrgicos

Laparotomia Videolaparoscopia NOTES

59 60

10
04/09/2020

Característica dos Fios Cirúrgicos Fio Ideal!!

Marcilio, A; Vianna DS. Disponível em: http://www.sms.rio.rj.gov.br/servidor/media/fiosdesutura.pdf Marcilio, A; Vianna DS. Disponível em: http://www.sms.rio.rj.gov.br/servidor/media/fiosdesutura.pdf

61 62

CLASSIFICADOS
• FIOS CIRÚRGICOS com ou sem agulhas, e sua
numeração varia de 1 a 5 e de 0-0 a 12-0 (doze-zero).
• Fios absorvíveis (Cat gut, • Biológicos (cat gut, seda,
vicryl, monocryl, PDS) algodão)

• Fios não-absorvíveis • Sintéticos (vycril, nylon,


(Prolene, aço, seda, aço)
algodão, nylon, mersilene)

63 64

Fios com ATB Fios com ATB


• Homeostáticos
– Cera de osso (cirurgias ortopédicas)
– Produtos a base de fibrinogênio
• Bisturi elétrico (cautério)
• Fechamento
– Adesivos teciduaais. Ex.: dermabond
– Grampeadores

Marcilio, A; Vianna DS. Disponível em: http://www.sms.rio.rj.gov.br/servidor/media/fiosdesutura.pdf Marcilio, A; Vianna DS. Disponível em: http://www.sms.rio.rj.gov.br/servidor/media/fiosdesutura.pdf

65 66

11
04/09/2020

Risco de Infecção.. Limpeza do setor..

67 68

CENTRO CIRÚRGICO CENTRO CIRÚRGICO


Limpeza e desinfecção de Sala Cirúrgica Limpeza e desinfecção de Sala Cirúrgica

• Limpeza – processo de remoção de sujidade, realizado com


água e sabão ou detergente, de acordo com a padronização • Sala contaminada: a sala se torna contaminada após cirurgias
local. que envolvam presença de fezes, pus, ou líquidos drenados
contaminados.
• Desinfecção – processo de destruição dos microorganismos,
realizado com produtos químicos, entre eles: álcoois, cloro
ativo, etc.

(SOBECC, 2007) (SOBECC, 2007)

69 70

CENTRO CIRÚRGICO CENTRO CIRÚRGICO


Limpeza e desinfecção de Sala Cirúrgica Limpeza e desinfecção de Sala Cirúrgica

• Limpeza concorrente: processo de limpeza de superfícies da • Limpeza operatória: limpeza realizada durante o procedimento
sala cirúrgica entre uma cirurgia e outra. É feita a limpeza do cirúrgico, quando ocorre a contaminação do chão com matéria
chão, mesa cirúrgica, mesas de apoio, bancadas e carro de orgânica, resíduos ou queda de materiais.
anestesia.
• Limpeza terminal: processo de limpeza da sala cirúrgica diária.
• Limpeza preparatória: processo de limpeza da sala cirúrgica É mais criteriosa que a limpeza concorrente, sendo higienizado
antes da primeira cirurgia do dia, ou quando a sala ficou sem todos os equipamentos que compõe a sala, paredes, teto,
uso por mais de 12hs. Remover partículas de poeira de enfim tudo que compõe a sala.
superfícies.

(SOBECC, 2017) (SOBECC, 2007)

71 72

12
04/09/2020

CENTRO CIRÚRGICO Referências Bibliográficas


Limpeza e desinfecção de Sala Cirúrgica • Association of Operating Room Nurses. Standards, recomended practices, guidelines. Denver, 2002.

• Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). NBR 7256. Tratamento de ar em unidades médico-assistenciais. Rio de
Janeiro, 1982.

• BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria 390 de 27 de agosto de 1992. Expede, na forma dos anexos, normas para o controle das
• Cirurgia contaminada: quando a cirurgia é contaminada infecções hospitalares. Brasília, Diário Oficial, Brasília, 4 de setembro de 1992.

realiza-se a limpeza terminal antes de liberar a sala para outra • BRASIL, Ministério da Saúde. RDC 307 de 14 de novembro de 2002. Dispõe sobre o regulamento técnico para planejamento,
programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Diário Oficial, Brasília, 18
cirurgia. Medida de controle de infecções. de novembro de 2002.

• FERNANDES, Antonio T. Infecção Hospitalar e suas interfaces na área da saúde. Ed. Ateneu. São Paulo, 2000.

• Contaminação por aerossóis: antes da cirurgia iniciar, manter • POSSARI, João Francisco. Centro Cirúrgico: Planejamento, Organização e Gestão. Ed. Iátria. São Paulo, 2004.

o mínimo necessário dentro da SO, evitar o aumento de áreas • RODRIGUES, Edwal A. C. et al. Infecções Hospitalares: Prevenção e controle. Ed. Sarvier. São Paulo, 1997.

de acúmulo de microorganismos. Uso de máscara N95 • SOBECC: Sociedade Brasileira de Enfermagem em Centro Cirúrgico. Práticas Recomendadas. Associação Brasileira de
Enfermagem em Centro Cirúrgico. 4ª ed. São Paulo, 2007.
obrigatório.
• SOBECC. Diretrizes de Práticas em Enfermagem Cirúrgica e Processamento de Produtos para a Saúde. Associação Brasileira de
Enfermagem em Centro Cirúrgico. 7ª ed. São Paulo, 2017.

• SANTOS, Nívea C. M. Centro Cirúrgico e os Cuidados de Enfermagem. 2ª ed. Ed. Iátria. São Paulo, 2003.
(SOBECC, 2017)
• Marcilio, A; Vianna DS. Disponível em: http://www.sms.rio.rj.gov.br/servidor/media/fiosdesutura.pdf

73 74

13

Você também pode gostar