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Esta compilação procura orientar o aluno nas diferentes etapas do desenvolvimento infantil
no modelo psicanalítico, enunciando os conflitos normativos (e sua tarefa de elaboração) e os
desafios/riscos que colocam à criança.
EXPERIÊNCIA DA ANALIDADE
Oposições fundamentais que sustentam os processos de Coincide com a elaboração da posição depressiva,
individuação, estabelecendo a diferenciação entre o dentro e podendo reactivar angústia de separação e de perda do
o fora, continente e conteúdo, condição necessária para o objecto. Se encontrar uma falha no meio (real ou
acesso ao simbolismo. fantasmática) o risco de catástrofe depressiva pode
Ordena os conflitos psíquicos, apelando para mecanismos de tornar-se maciço.
controlo. Dinâmica expulsar-reter: remete para a As expressões têm um carácter mais cru e bruto assente
possibilidade de possuir um continente capaz de gerir o na provocação (defesas hipomaníacas).
sistema de abertura e fecho de Ego – coesão identitária. Mobiliza defesas como a anulação e a denegação.
Mobiliza mecanismos como a formação reactiva e o
isolamento.
EXPERIÊNCIA DA LATÊNCIA
Saída da crise edipiana e tempo de experiências elaboradoras O risco está associado quer à ausência da latência, como a
– período de transição entre a sexualidade infantil e o início uma latência demasiado maciça.
da puberdade. A criança refém da excitação sexual (masturbação
Função de adaptação: investimentos escolares, sociais e compulsiva…) assinala a fragilidade do seu Ego, a
intelectuais; integração das leis do mundo, do princípio da incapacidade de criar defesas sólidas capazes de a
realidade, da frustração ultrapassável. protegerem e de lhe permitirem outras formas de
As relações de objecto diversificam-se. A relação com o pais investimento (repressão, deslocação, racionalização,
dessexualiza-se. Os sentimentos hostis atenuam-se e a sublimação).
ternura manifesta-se sem culpabilidade. Por outro lado, a existência de conflitos não elaborados
pode constituir uma fonte de inibição: a carência
fantasmática durante a latência é a expressão do
envasamento defensivo de neuroses infantis graves – há
algo que castra o desejo de conhecer das crianças.
3. EIXOS DE ANÁLISE PARA A AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA E FORMULAÇÃO PSICANALÍTICA
DE CASOS