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SÉRIE GRANDES NOMES

Interacionismo

Piaget Vigotski Wallon

• Preponderância dos • Relevância dos • Valoriza tanto aspectos


Aspectos Biológicos frente aspectos interacionais orgânicos (biológicos),
aos Aspectos Sociais; com o meio social quanto a influência do
• Entende que o (mediações com o meio (social), agindo
desenvolvimento infantil outro); em ação dialética
se dá em um processo • Entende o indivíduo (Marx) para o alcance
distinto do indivíduo concreto (Marx), que se do desenvolvimento;
adulto; desenvolve ativamente • Compreende que
• Desenvolvimento frente aos aspectos a necessidade de
marcado por etapas: que constituem sua compreender o
- Fixas; realidade; desenvolvimento como
- Universais; • O desenvolvimento um processo integral
- Imutáveis; necessita de mediações que engloba aspectos
- Movidas pela para ocorrer . afetivos, motores e
maturação. cognitivos.

Jean Piaget
• Jean William Fritz Piaget
• (Neuchâtel, 9 de agosto de 1896 - Genebra, 16 de setembro de 1980);
• Biólogo ePsicólogo;
• Influências: J.J. Rousseau; René Descartes; John Dewey
• Teoria: Epistemologia Genética (Interacionismo de Base Biológica);
• Essa teoria tem como primícias que o ser humano possui etapas na construção da
inteligência e é através da interação, com o meio em que vive, que vai construindo a
aprendizagem, dando origem, desta forma, à teoria da construção do conhecimento,
conhecida como Epistemologia Genética.
• Assim, a interação com o meio é muito importante, pois o conhecimento é construído
pela interação da criança com o meio, uma vez que existe a necessidade de se adaptar
ao meio;
• Cada nova estrutura é decorrente de estruturas anteriormente já constituídas na mente
dos indivíduos.
• Aprendizagem depende e está diretamente condicionada ao do desenvolvimento
do indivíduo;
• O processo de construção de novos conhecimentos se dá a partir dos conhecimentos
anteriores, biologicamente explicados, que são analisados em um processo de
equilibração sucessiva.
• O processo de conhecer promove um desequilíbrio com aquilo que já possuímos/
sabemos, e já está estabelecido entre sujeito e objeto, desencadeando primeiramente
um processo de assimilação e posteriormente acomodação, ou seja, as modificações
sofridas pelo sujeito em função da assimilação desencadeada.
• Resultando em um equilíbrio, ou conhecimento novamente, sendo esse processo
vivenciado por toda a vida da pessoa
• Para Piaget, a sequência na construção da inteligência é representada por processos
graduais do conhecimento, sendo que, necessariamente, a criança deverá passar por uma
fase para depois atingir a outra e assim sucessivamente, dentro desta sequência, vejamos:

Estágio: Operatório Operatório


Pré-operatório
sensório-motor concreto formal

• Faixa-etária: 0 • Faixa-etária: 2 - 7
• Faixa-etária:
- 2 anos; anos;
• Faixa-etária: engloba anos;
• A partir • Nesse momento
7 - 11 os 12 anos em
de reflexos que conseguimos
• Nessa fase diante;
neurológicos dominar a
o pensamento • Já se observa
(chorar, sugar linguagem oral e
lógico objetivo o raciocínio
o peito da a representação,
é reversível, ou hipotético
mãe, etc) o temos como
seja, admite a dedutivo, ou seja,
bebê começa destaque a função
possibilidade a formulação
a construir simbólica, a imitação
do inverso, é de hipóteses,
esquemas retardada (mesmo
nesse momento a partir dos 12
de ação para sem a presença
que a criança anos a criança
assimilação do que imita), jogo
consegue fazer começa a pensar
mental do meio simbólico (faz de
essa ligação, do logicamente, a
transição entre conta), linguagem
contrário. personalidade é
o orgânico e o (monossilábica até a
consolidada.
intelectual. linguagem total).
Vigotski
• Lev Semionovitch Vigotski
• Orsha, 17 de novembro de 1896 — Moscou, 11 de junho de 1934);
• Advogado, Médico, Psicólogo...
• Influências: Karl Marx; Baruch Spinoza
• Teoria: Psicologia Histórico Cultural;
• O psiquismo é unidade material/ideal que se desenvolve socialmente, à base da qual se
forma a imagem subjetiva da realidade objetiva – o reflexo consciente da realidade, por
ação de um sistema interfuncional.
• O psiquismo condensa os mecanismos e processos orgânicos, próprios ao sistema
nervoso central, e os conteúdos ideativos, que outra coisa não são, senão, a imagem, a
representação consciente do real;
• Ou seja: o que não é garantido pela natureza tem que ser produzido historicamente
pelos homens, e aí se incluem os próprios homens.
• Podemos, pois, dizer que a natureza humana não é dada ao homem, mas é por ele
produzida sobre a base da natureza biofísica”;
• O que institui o psiquismo humano são as funções psíquicas e elas, por sua vez,
transformam-se, requalificam-se, num processo de superação do legado da natureza em
face da apropriação da cultura e da linguagem;
• Funções elementares compreendem os dispositivos naturais, biológicos, que sustentam
um tipo de relação do ser com a natureza calcado no padrão estímulo – resposta, donde
deriva o caráter imediato e reflexo da resposta elementar;
• Funções superiores compreendem, pois, os atributos e propriedades do psiquismo
cuja origem radica na vida social, na produção e apropriação da cultura.
• Abarcam os processos que, suplantando a fusão estímulo/resposta, possibilitam a
existência de comportamentos voluntários, não reflexos, dirigidos pelos aspectos culturais
que os estímulos comportam e não por suas manifestações sensoriais aparentes e
imediatas. Por isso, são próprias apenas aos seres humanos
• Zona de Desenvolvimento Iminente:
» a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar
através da solução independente de problemas e o nível de desenvolvimento potencial,
determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto (...);
» Ou seja, essa zona de desenvolvimento é aquela em que a criança consegue
aprender alguma coisa com o auxílio de um adulto, então o professor, nesse sentido,
atua nessa área, possibilitando que o aluno possa passar da zona de desenvolvimento
iminente para a zona de desenvolvimento real, onde conseguirá realizar a atividade
proposta sozinho;
» Aquilo que é zona de desenvolvimento proximal hoje, será o nível de desenvolvimento
real amanhã – ou seja, aquilo que uma criança pode fazer com assistência hoje, ela será
capaz de fazer sozinha amanhã.

Piaget Vigotski

• Preponderância do social frente ao


• Preponderância do biológico frente ao
biológico;
social;
• O conhecimento resulta das ediações
• A construção conhecimento
que o individuo realiza com seus
depende diretamente do estágio de
pares e com o meio cultural, social e
desenvolvimento no qual a criança se
histórico que o permeia (Ser concreto=
encontra;
Realidade);
• Desenvolvimento => Aprendizagem;
• Aprendizagem => Desenvolvimento;
• Desenvolvimento se dá do
• Desenvolvimento se dá do
Intrapsíquico para o Interpsíquico;
Interpsíquico para o Intrapsíquico;
• Henri Paul Hyacinthe Wallon
• (França, 15 de junho de 1879 - 1 de dezembro de 1962);
• Filósofo, Médico, Psicólogo e Político.
• Influências: Karl Marx; Baruch Spinoza
• Teoria: Psicogenética/Psicogênese da pessoa total
• A psicologia genética estuda as origens, isto é, a gênese dos processos psíquicos.
• Wallon admite o organismo como condição primeira do pensamento, afinal toda função
psíquica supõe um equipamento orgânico.
• Adverte, contudo, que não lhe constitui uma razão suficiente, já que o objeto da ação
mental vem do exterior, isto é, do grupo ou ambiente no qual o indivíduo se insere.
• Entre os fatores de natureza orgânica e os de natureza social as fronteiras são tênues, é
uma complexa relação de determinação recíproca.
• O homem é determinado fisiológica e socialmente, sujeito, portanto, a uma dupla
história, a de suas disposições internas e a das situações exteriores que encontra ao longo
de sua existência. \
• Recusando-se a selecionar um único aspecto do ser humano e isolá-lo do conjunto,
Wallon propõe o estudo integrado do desenvolvimento, ou seja, que este abarque os vários
campos funcionais nos quais se distribui a atividade infantil (afetividade, motricidade,
inteligência);
• Podemos definir o projeto teórico de Wallon como a elaboração de uma psicogênese
da pessoa completa.
• Wallon vê o desenvolvimento da pessoa como uma construção progressiva em que se
sucedem fases com predominância alternadamente afetiva e cognitiva.
• Cada fase tem um colorido próprio, uma unidade solidária, que é dada pelo predomínio
de um tipo de atividade. As atividades predominantes correspondem aos recursos que a
criança dispõe, no momento, para interagir com o ambiente.
• 1. Impulsivo-emocional: que abrange o primeiro ano de vida, o colorido peculiar é dado
pela emoção, instrumento privilegiado de interação da criança com o meio. Resposta ao
seu estado de imperícia, a predominância da afetividade orienta as primeiras reações do
bebê às pessoas, as quais intermediam sua relação com o mundo físico;
• 2. Sensório-motor e projetivo: vai até o terceiro ano, o interesse da criança se volta
para a exploração sensório-motora do mundo físico. A aquisição da marcha e da preensão
possibilitam-lhe maior autonomia na manipulação de objetos e na exploração de espaços.
Outro marco fundamental deste estágio é o desenvolvimento da função simbólica e da
linguagem.
• 3. Personalismo: cobre a faixa dos três aos seis anos, a tarefa central é o processo de
formação da personalidade. A construção da consciência de si, que se dá por meio das
interações sociais, re-orienta o interesse da criança para as pessoas, definindo o retomo
da predominância das relações afetivas.
• 4. Categorial: inicia-se aos 6 anos e graças à consolidação da função simbólica e à
diferenciação da personalidade realizadas no estágio anterior, traz importantes avanços
no plano da inteligência. Os progressos intelectuais dirigem o interesse da criança para as
coisas, para o conhecimento e conquista do mundo exterior, imprimindo às suas relações
com o meio preponderância do aspecto cognitivo.
• 5. Adolescência: a crise pubertária rompe a “tranqüilidade” afetiva que caracterizou
o estágio categorial e impõe a necessidade de uma nova definição dos contornos da
personalidade, desestruturados devido às modificações corporais resultantes da ação
hormonal. Este processo traz à tona questões pessoais, morais e existenciais, numa
retomada da predominância da afetividade.

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