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Universidade Gregório Semedo

Faculdade de Ciências Jurídicas e Políticas


Licenciatura em Direito

Trabalho de conclusão de curso

Relatório do estágio realizado no comando municipal do kilamba


kiaxi na 36ª esquadra do Nova Vida.

Elaborado pelo: 2º grupo da turma 41 M


Orientado por: Dr. Osvaldo Malanga

Luanda 2021/2022
Universidade Gregório Semedo
Faculdade de Ciências Jurídicas e Políticas
Licenciatura em Direito

Integrantes do 2º grupo da Turma-41 M


Integrantes do grupo

Dirce da Silva Exata Nº 90287


Noémia de Almeida Francisco Nº 101378
Augusta Fernandes Nº 122757
Cândida Neves Damião Nº222365
Índice
I. Introdução........................................................................................................................4
1.1. Objetivos gerais...............................................................................................................7
1.2. Objetivos específicos.......................................................................................................7
II. Desenvolvimento.............................................................................................................8
2.1. Das actividades realizadas...............................................................................................9
2.1.1. Visita realizada no comando municipal do kilamba kiaxi e na 36ª esquadra policial do
nova vida......................................................................................................................................9
2.1.2. Da visita realizada na comarca de viana – estabelecimento peniténciario.....................19
2.1.2.1. Sala da psicoterapia......................................................................................................19
3. Considerações final……………………………………………………………………21
I. INTRODUÇÃO

Levando-se em consideração que o presente trabalho integra-se no


processo de avaliação da cadeira do trabalho de conclusão de curso (TCC) do 4º ano de
licenciatura em direito na faculdade de ciências jurídicas e politicas da Universidade
Gregório Semedo, ministrada pelo docente Dr. Osvaldo Malanga que nos proporcionou
a oportunidade de observar e/ou experimentar na pratica o exercício judicial como
assistentes e como defensoras oficiosas.
Tendo em vista que o 2º grupo da turma 41-M do período da manhã realizou o
estagio no comando municipal do kilamba kiaxi (instrução preparatória) e em uma das
esquadras pertencentes ao mesmo município, que está situado na urbanização Nova
Vida ao sul do município do kilamba kiaxi, rua 54, em que caracterização está ao Norte
do município de luanda e Cazenga, ao Sul pelo município do Talatona, ao Este pelo
município de viana e ao Oeste pelo palanca até aos quarteis, o comando municipal esta
estruturado com os seguintes integrantes: O 2º comandante municipal do kilamba kiaxi,
a secção do serviço de investigação criminal (SIC), as operações e informações, a
administração e apoio a inspeção , a educação patriótica e o transito. Bem como os
serviços penitenciários (estabelecimento prisional da comarca de viana), obedeceu o
programa de visitas colocadas a disposição e a estreita colaboração do docente da
cadeira de TCC Dr. Osvaldo Malanga, dos dignos magistrados do ministério público,
excelentíssimos procuradores, dos funcionários da procuradoria e dos efetivos da polícia
nacional nas esquadras e nos penitenciários.
Como se sabe, a prisão aparece um instrumento para transformar criminosos em
indivíduos ressocializados, de bom caracter e bons princípios para que consiga retornar
à sociedade, e estabelecer uma convivência saudável com os outros. Para isso é
importante que durante o processo de transformação do criminoso em não criminoso, se
leve em consideração os mecanismos certos e concretos dentro dos estabelecimentos
prisionais, que se considere os: direitos fundamentais dos cidadãos, as condições para o
trabalho socialmente útil, educação, saúde, cursos profissionais dentro das prisões. Por
outro lado, considera-se importante a intervenção rigorosa de especialistas de diversas
áreas do conhecimento tais como: psicólogos, sociólogos, criminólogos e juristas dentro
dos estabelecimentos prisionais nos termos da lei nº 08/2008 de 29 de agosto que é a lei
penitenciária.
A dignidade da pessoa humana é princípio fundamental da constituição da
República de Angola, como previsto nos termos do seu artigo 1º e 2º nº2 pela qual
precisa ser garantida de maneira incondicional a todas as pessoas.
A execução das medidas privativas de liberdade deve orientar-se também na
defesa da sociedade e do estado, bem como evitar que o recluso volte as práticas de
crimes, e a execução dessas medidas preventivas deve orientar-se de forma a reintegrar
os reclusos na sociedade, prepara-lo para no futuro conduzirem a sua vida de modo
socialmente responsável.

Os direitos e garantias do detido e do preso consagrados pela constituição da


República de Angola.
Quando se retira a liberdade à um individuo ou qualquer que seja a pena
aplicada a este, deverá obrigatoriamente observar-se os direitos constitucionais sob pena
de ferir os preceitos do estado democrático de direito; basilar desta abordagem é a
certeza jurídica de que as pessoas detidas e presas também têm direitos, e estes devem
ser respeitados, independentemente do suposto facto ilícito praticado. Pois, o único
direito que se restringe com a aplicação de uma pena privativa de liberdade e a própria
liberdade apenas, contendo-se os demais direitos, pois esta visa assegurar o principio da
dignidade da pessoa humana, consagrado na constituição da República de Angola
(CRA) artigo1º sob pena de incorrer ao crime de denegação de justiça, a distrito
magistrado judicial ou do ministério público que no âmbito das respetivas
competências, dolosamente se negar a administrar a justiça ou a aplicar o direito ou que
retardar administração da justiça ou a aplicação do direito, encontra a sua penalidade
estabelecida no Código Penal (CP), nos crimes contra a realização da justiça (artigo
348º e seguintes).
Processo judicial é a única via pela qual um estado realiza a justiça fundada no
direito positivo, elencando os princípios nullum crime sine lege, nulla poena sine lege e
nulla poena sine jurídico processum.
O ministério publico exerce uma atividade fiscalizadora velando para que a
função jurisdicional exerce em conformidade com a constituição e as leis.
A atividade do ministério publico é orientada pelo principio da legalidade artigo
48º CPP, obedecendo nem todas as intervenções processuais a critérios de escrita,
objetividade, bem como ao principio da lealdade do comportamento do ministério
publico do processo penal tendo sempre em vista as finalidades indicadas nos termos
dos artigos 11º,12º,13º,14º,15º,16º da lei das medidas cautelares em processo penal,
portanto o ministério publico promove o processo penal, dirige e realiza a instrução
preparatória (artigo 48º CPP) no entanto na instrução preparatória o ministério publico
conduz as diligencias que levam a prova da culpabilidade do arguido e apurar se de
facto foi praticada uma infração penal ou se não nos termos do artigo 302º CPP e se
eventualmente houve ou ocorreu alguma irregularidade na detenção do arguido. Nos
termos do artigo 17º da lei das medidas cautelares em processo penal o princípio da
legalidade, índice sobre as medidas de coação pessoal em que são exclusivamente as
previstas na presente lei e só elas e a detenção podem em função das exigências
processuais de natureza cautelar limitar a liberdade das pessoas.
A detenção pressupõe a exigência de fortes indícios de que a pessoa praticou
uma infração com pena privativa de liberdade e determina a sua constituição como
arguido nos termos do artigo 2º da lei das medidas cautelares em processo penal e se o
arguido detido que não deva ser julgado em processo sumário é interrogado pelo
magistrado do ministério público no prazo máximo de 48 horas.
O interrogatório de arguido detido é feito na presença do advogado constituído
de forma verbal ou escrita. O arguido é interrogado em auto apropriado e de acordo com
as disposições da legislação processual nos termos do artigo 12º e 13º da lei das
medidas cautelares em processo penal, no entanto ficam presentes no interrogatório o
magistrado do ministério publico que efetua o interrogatório, o arguido, o advogado, o
técnico de justiça da procuradoria geral da república. Se o arguido não tiver advogado
constituído poderá estar presente o defensor oficioso.
I.1. OBJETIVOS GERAIS

 Apresentar de maneira simples e lógica a aplicação dos conhecimentos obtidos


na cadeira de TCC, bem como do curso de Direito em geral.

I.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Participar nos autos dos interrogatórios concretizados no comando e nas


esquadras policiais em sede da instrução preparatória;
 Visitar estabelecimentos penitenciários;
 estagiar na área de defensória oficiosa, como parte da prática da cadeira de TCC.
II. DESENVOLVIMENTO

No período entre 02 de maio e 23 de junho de 2022, iniciaram-se as atividades do


estágio no comando e nas esquadras e visita nos estabelecimentos penitenciários onde
objetivou-se verificar, como o conjunto das normas jurídicas orientam e efetivamente
disciplinam o processo penal bem como o curso de direito em geral, constar na prática a
interação das partes processuais. Os princípios que regem as legislações penais inerentes
a iniciativa processual em busca de provas, se manifestam os princípios da oficiosidade
do acusatório necessário ao princípio do contraditório com os direitos de audiência,
contestação e diligências de provas.
Em processo penal, em regra, os casos só chegam a julgamento pela decisão de
uma entidade pública MP ou pela decisão de um juiz de instrução criminal. Um
particular não pode levar alguém à julgamento, pode sim desencadear o processo, mas
não depende só de o particular levar o caso à julgamento. Isto explica-se por não se
querer que o processo penal se transforme num instrumento de perseguição nem de
vingança privada.
Sendo um ramo de direito público também se tornam diminutos os casos em que
o particular pode levar alguém à julgamento penal mesmo quando isso pode acontecer,
muitas vezes a acusação particular não passa de uma acusação subsidiaria a acusação do
ministério público.
Direito processual penal é o ramo do direito público que organiza normas,
pressupostos e procedimentos imprescindíveis sobre a responsabilidade criminal do
agente. O procedimento de legitimação do direito de punir é chamado de processo
penal. O processo penal distingue-se em três fases, importa realçar duas fazes, a
primeira denomina-se Inquérito, e visa investigar se foi praticado um crime e na
afirmativa quem foi o seu autor. Tal fase é conduzida pelo ministério publico que pode
ser coadjuvado por órgão de polícia criminal como a policia judiciaria, a policia de
segurança publica. O Ministério Público conclui pela existência de indícios suficientes
de crime cometido por determinada pessoa, deduz acusação contra a mesma, esta
designa como arguido. O objetivo é sujeitar o arguido à julgamento perante o tribunal
para aplicação de uma pena, na situação contraria o Ministério Público profere despacho
de arquivamento. A finalidade é que o processo seja encerrado.
A segunda fase é a fase intermedia, designa-se instrução, e tem lugar quando o
arguido não se conforma com a acusação e pretende evitar a realização do julgamento
ou pelo menos requerer que lhe seja imputada a prática de crime diverso, daquela que
segura na acusação assim requer ao juiz de instrução criminal que todo o processo seja
reapreciado. Também pode haver instrução quando a vítima do crime se constitua
assistente no processo. No caso de ter havido arquivamento, solicita ao juiz de instrução
que reexamina o processo e leve o arguido julgamento. Se tiver havido acusação, pede
que seja imputada ao arguido a prática do crime. A instrução é dirigida por um juiz que,
no final profere um despacho. Se decidir levar o arguido à julgamento, será a pronuncia.
Caso optar por liberar o arguido tratar-se-á de despacho de não pronuncia, durante a
instrução, o arguido é forçosamente interrogado se assim o requerer pode haver lugar a
produção de prova como inquirição de testemunha ou exames periciais.
II.1. DAS ACTIVIDADES REALIZADAS

As atividades apresentadas no presente trabalho, tiveram lugar no comando


municipal do kilamba kiaxi na 36ª esquadra do nova vida e na Comarca de Viana.

II.1.1. VISITA REALIZADA NO COMANDO MUNICIPAL DO KILAMBA


KIAXI E NA 36ª ESQUADRA POLICIAL DO NOVA VIDA.

DOS FACTOS

No dia 19 de junho de 2022, houve uma participação que resultou no processo


Nº 3704/22, por volta das 12 horas o cidadão que atende pelo nome SC, solteiro de 27
anos de idade, vendedor ambulante, filho de Cardoso Congo e de Marcelina Leitão,
natural do Uíge e residente em luanda município do quilamba kiaxi, bairro golfe
subzona 10, rua 55, casa sem número, utente do terminal telefónico 948 70 39 40.
Trazendo sob custódia o compatriota sob o auxílio da Polícia Nacional o cidadão
António Domingos, tcp Toy, solteiro de 28 anos de idade, filho de Domingos da Costa e
de Luzia ventura, residente em luanda município do Cazenga, bairro Tala hady, rua e
casa sem número.
A detenção deste ocorreu no dia 19 do mesmo mês e ano em curso por volta das
17 horas, num local não-preciso, em que cometeu o homicídio do menor André Augusto
Ngunza de 14 anos de idade, sofreu uma pancada.
O facto ocorreu quando este se encontrava a recolher material de plástico e
alumínio para pesar. em seguida foi prontamente socorrido para o hospital geral de
luanda onde veio a conhecer a morte.

DE INTERROGATÓRIO DO ARGUIDO.
Do processo Nº 3698/22

No dia 21 do mês de junho de 2022, nesta cidade de luanda, no gabinete do


digno magistrado do ministério publico, onde se achava a Excelentíssima Senhora Dra.
Vivalda Machado Teófilo Chende Pacavira, e a sua defensora oficiosa Augusta
Fernandes, estudante do 4º ano de direito da Universidade Gregório Semedo, utente dos
terminais telefónicos nº 928 39 22 13/ 914 57 50 25, e comigo Rene Dias Bartolomeu,
técnico de justiça da PGR-SIC Kiamba Kiaxi. Aqui foi presente o arguido preso que
depois de ser advertido de que a falta de resposta a perguntas sobre a sua identidade e
antecedentes criminais, o fará incorrer na pratica de crime de desobediência e a sua
falsidade na pratica de crime de falsas declarações, disse chamar-se JB, tcp Loy,
solteiro, declara ter 34 anos de idade, nascido aos 22 de Setembro de 1986, Natural de
luanda, filho de Zito Domingos e de Teresa Barroso, residente no município do
quilamba kiaxi, bairro Titanic, rua cujo nome desconhece, 2ª travessa, casa sem número,
nas instalações da Macom, podendo ser contactado pelo terminal telefónico 924 13 02
78, não exibiu o bilhete de identidade.
Perguntando se já esteve preso, quando e porque, se foi ou não condenado,
quando e porque, interrogado seguidamente pelos factos que lhe são imputados, que
acabam de ser expostos, depois de esclarecidos de que não é obrigada a responder as
perguntas que lhe vão ser feitas sobre estes factos ou sobre as declarações que acerca
delas prestar, respondeu: que nunca esteve detido, e nem respondeu em juízo, que tem
como habilitação literária a 12º classe, que trabalha como motorista particular e
relações publicas e tem um salario mensal de kz 120.000.00(cento e vinte mil kwanzas)
vive com a mulher, que não consume bebida alcoólica nem fuma, que não padece de
doenças infecto contagiosa e mental.
À matéria dos factos responde: Que se encontra detido desde o dia 17 de Junho
de 2022, por volta das 10 horas, deteção efetuada por agentes da policia nacional.
À matéria da culpa responde: responde que nega categoricamente o teor da
participação inicial e passa a narrar o seguinte, que conhece o queixoso nos autos e para
ele prestar serviço de relações publicas e motorista há 14 anos. Estando declarou, que
como é habitual no dia 16 de junho do ano em curso, o chefe pediu-lhe para ir
rapidamente ao bairro mártires para pegar a chave do carro e o dinheiro ao seu amigo.
Deu as chaves, bem como o saco com o dinheiro que estava escondido por trás do banco
do condutor, segundo informações prestadas à ele pelo Malaique o assaltante
comunicou que deixaria a chave do carro atirada em qualquer sitio. Questionando disse
que na data e hora do assalto a rua estava escura, isolada e apenas viu 2 seguranças das
casas ao lado, um dos quais a mexer no telemóvel. Que a pessoa com quem fez a troca
do dinheiro ao senhor Gibril é alguém com o qual o chefe faz esse tipo de negócio, apos
comunicou de imediato ao patrão sobre o assalto e este no dia seguinte levou-os à
esquadra onde foi agredido e detido mesmo sendo inocente. E na mesma noite ele e o
companheiro procuraram a chave sem sucesso, mas no dia seguinte o Malaique disse ter
encontrado na rua Nº 08 ao lado do centro de formação dos pilotos. Nada mais disse
nem lhe foi perguntado, lido as suas declarações achou-as conforme ratifica e vai
assinar, bem como o defensor oficioso.

AUTO DE INTERROGATÓRIO DO ARGUIDO.


Do processo Nº 3429/22
No dia 8 do mês de junho de 2022, nesta cidade de luanda, no gabinete do digno
magistrado do ministério publico, onde se achava a Excelentíssima Senhora Dra.
Vivalda Machado Teófilo Chende Pacavira, e a sua defensora oficiosa Augusta
Fernandes, estudante do 4º ano de direito da Universidade Gregório Semedo, utente dos
terminais telefónicos nº 928 39 22 13/ 914 57 50 25, e comigo Rene Dias Bartolomeu,
técnico de justiça da PGR-SIC Kiamba Kiaxi. Aqui foi presente o arguido preso que
depois de ser advertido de que a falta de resposta a perguntas sobre a sua identidade e
antecedentes criminais, o fará incorrer na pratica de crime de desobediência e a sua
falsidade na pratica de crime de falsas declarações, disse chamar-se MK, solteiro, de
profissão agente policial, declara ter 30 anos de idade, nascido aos 7 de Dezembro de
1991, Natural de luanda, município do Kilamba Kiaxi filho de Lauriano Manuel e de
Juliana Sunde Manuel, residente no bairro vitória certa, casa sem número, ao lado do
colégio futuro aberto, não exibe terminal telefónico , não exibiu o bilhete de identidade.
Perguntando se já esteve preso, quando e porque, se foi ou não condenado, quando e
porque, interrogado seguidamente pelos factos que lhe são imputados, que acabam de
ser expostos, depois de esclarecidos de que não é obrigada a responder as perguntas que
lhe vão ser feitas sobre estes factos ou sobre as declarações que acerca delas prestar,
respondeu: que nunca esteve detido, respondeu que vive com a sua esposa com quem
tem 5 filhos, que tem como habilitação literária a 12ª classe o curso de ciências físicas e
biológicas, que faz o consumo de bebida alcoólica, não fuma e que não padece de
doença contagiosa ou mental.
AUTO DE INTERROGATÓRIO DO ARGUIDO.
Do processo Nº 3722/22
No dia 8 do mês de junho de 2022, nesta cidade de luanda, no gabinete do digno
magistrado do ministério publico, onde se achava a Excelentíssima Senhora Dra.
Vivalda Machado Teófilo Chende Pacavira, e a sua defensora oficiosa Augusta
Fernandes, estudante do 4º ano de direito da Universidade Gregório Semedo, utente dos
terminais telefónicos nº 928 39 22 13/ 914 57 50 25, e comigo Rene Dias Bartolomeu,
técnico de justiça da PGR-SIC Kiamba Kiaxi. Aqui foi presente o arguido preso que
depois de ser advertido de que a falta de resposta a perguntas sobre a sua identidade e
antecedentes criminais, o fará incorrer na pratica de crime de desobediência e a sua
falsidade na pratica de crime de falsas declarações, disse chamar-se A S, solteiro,
declara ter 28 anos de idade, nascido aos 3 de junho de 1993, Natural de luanda,
município do Kilamba Kiaxi filho de António Sebastião e de Minga Madalena,
residente no golf 1, subzona 20, casa Nº 92, rua da praça bengawé, não exibe terminal
telefónico , não exibiu o bilhete de identidade.
Perguntando se já esteve preso, quando e porque, se foi ou não condenado,
quando e porque, interrogado seguidamente pelos factos que lhe são imputados, que
acabam de ser expostos, depois de esclarecidos de que não é obrigada a responder as
perguntas que lhe vão ser feitas sobre estes factos ou sobre as declarações que acerca
delas prestar, respondeu: Que nunca esteve detido, vive com o seu bem como a sua
irmã, que tem como habilitação literária 5º ano do ensino superior no curso de
Informática no Instituto Politécnico alvorecer da Juventude (ISPAJ), que faz consumo
de bebida alcoólica, mas não faz uso de cigarros, que não sofre de nenhuma doença
contagiosa nem mental.
À matéria dos factos responde: que está detido desde o dia 19 do mês transato
e ano em curso às 19 horas por agentes da polícia do comando policial da nova vida,
kilamba kiaxi.
À matéria da culpa responde: que aceita parcialmente o teor da participação
inicial, esclarecendo os factos da seguinte forma, que no dia 19 de junho do corrente
ano por volta das 14 horas ele arguido estava à bordo de uma motorizada de marca
Lingken de cor preta com a chapa de matricula GPL 800-735, perguntando respondeu
que estava em companhia de um amigo de nome B numa altura que saiam do bairro golf
2 em direção ao bairro avó Kumbe subzona 20, disse ao chegarem na biblioteca do avó
kumbe deparam-se com o menor que estava a atravessar a estrada, acabando assim por
embater na mesma, referiu que do acidente apenas resultou em alguns ferimentos no pé
direito, que ele arguido bem como o seu amigo de nome BA levaram o menor ao
hospital geral de luanda onde foi assistido e posteriormente lhe foi dado alta.

AUTO DE INTERROGATÓRIO DO ARGUIDO.


Do processo Nº 2770/22
No dia 3 do mês de maio de 2022, nesta cidade de luanda, no gabinete do digno
magistrado do ministério publico, onde se achava a Excelentíssima Senhora Dra.
Vivalda Machado Teófilo Chende Pacavira, e a sua defensora oficiosa Noémia
Margareth de Almeida Francisco, estudante do 4º ano de direito da Universidade
Gregório Semedo, utente dos terminais telefónicos nº 936 57 82 57, e comigo Rene Dias
Bartolomeu, técnico de justiça da PGR-SIC Kiamba Kiaxi. Aqui foi presente o arguido
preso que depois de ser advertido de que a falta de resposta a perguntas sobre a sua
identidade e antecedentes criminais, o fará incorrer na pratica de crime de desobediência
e a sua falsidade na pratica de crime de falsas declarações, disse chamar-se Z N,
solteiro, declara ter 18 anos de idade, nascido aos 2 de setembro de 2004, Natural de
luanda, município do Kilamba Kiaxi, filho de António Jorge e de Mariquinha Laurinda
Bemato , residente no golfe 2, bairro Talamato, rua Jado 23, casa sem número, próximo
da residência tem o colégio arvore do saber, não exibe terminal telefónico , não exibiu o
bilhete de identidade.
Perguntando se já esteve preso, quando e porque, se foi ou não condenado,
quando e porque, interrogado seguidamente pelos factos que lhe são imputados, que
acabam de ser expostos, depois de esclarecidos de que não é obrigada a responder as
perguntas que lhe vão ser feitas sobre estes factos ou sobre as declarações que acerca
delas prestar, respondeu: já esteve detido uma vez por roubo, em que nunca chegou de
ser ouvido pela PGR, não estuda, vive com o irmão, é desempregado, consome bebida
alcoólica, faz uso de cigarro e não padece de nenhuma doença contagiosa e mental.
À matéria dos factos responde: que está detido desde o dia 1 de maio do ano
em curso, por volta das 13 horas, por agentes da polícia do comando policial da nova
vida Kilamba Kiaxi, em que se encontrava na barraca.
À matéria de culpa responde: que nega categoricamente o teor da participação
inicial e passa a narrar o seguinte, que não conhece a farmácia que foi furtada os
seguintes meios, máquina de medir pressão arterial, máquina de medir a glicemia e
diversos medicamentos, o mesmo também alega que não conhece o co-arguido, JR, tcp
Lili, o mesmo alega que se encontrava em casa na noite do dia 26 de abril e na
madrugada do dia 27 de abril do ano em curso.
DESPACHO: O MP recomendou a continuação do processo para produção da
melhor prova orientando:
 Ouvir em acareação,
 Ficar sob termo de identidade e residência
 Deve o arguido apresentar-se num período quinzenal às autoridades

AUTO DE INTERROGATÓRIO DO CO-ARGUIDO.


Do processo Nº 2770/22
No dia 3 do mês de maio de 2022, nesta cidade de luanda, no gabinete do digno
magistrado do ministério publico, onde se achava a Excelentíssima Senhora Dra.
Vivalda Machado Teófilo Chende Pacavira, e a sua defensora oficiosa Noémia
Margareth de Almeida Francisco, estudante do 4º ano de direito da Universidade
Gregório Semedo, utente dos terminais telefónicos nº 936 57 82 57, e comigo Rene Dias
Bartolomeu, técnico de justiça da PGR-SIC Kiamba Kiaxi. Aqui foi presente o co-
arguido preso que depois de ser advertido de que a falta de resposta a perguntas sobre a
sua identidade e antecedentes criminais, o fará incorrer na pratica de crime de
desobediência e a sua falsidade na pratica de crime de falsas declarações, disse chamar-
se J R, tcp Lili solteiro, declara ter 18 anos de idade, nascido aos 12 de Abril de 2004,
Natural de luanda, município do Kilamba Kiaxi, filho de Paulo Raimundo e Rita João ,
residente no bairro 28 de Agosto ,rua 11, casa nº 1, próximo do comité do MPLA,
podendo ser contactado pelo terminal telefónico 922 27 45 24 mãe do co-arguido, 925
14 70 25 irmão do co-arguido, não exibiu o bilhete de identidade.
Perguntando se já esteve preso, quando e porque, se foi ou não condenado,
quando e porque, interrogado seguidamente pelos factos que lhe são imputados, que
acabam de ser expostos, depois de esclarecidos de que não é obrigada a responder as
perguntas que lhe vão ser feitas sobre estes factos ou sobre as declarações que acerca
delas prestar, respondeu: já esteve detido por três vezes seguintes anos, 2017, 2018,
2019 por roubo de telemóvel, estudou a 4ª classe, vive com a mãe e os irmãos, é
desempregado, consome bebida alcoólica, faz uso de cigarro e não padece de nenhuma
doença contagiosa e mental.
À matéria dos factos responde: respondeu que está detido desde o dia 1 de
maio do ano em curso desde às 17 horas por agentes da polícia do comando policial da
nova vida Kilamba Kiaxi.
À matéria da culpa responde: não aceita a prática dos factos imputados e
esclarece que se considera inocente, que no dia em que ocorreu o crime encontrava-se
em casa.
DESPACHO: O MP recomendou a continuação do processo para produção da melhor
prova orientando:
 Ouvir em acareação,
 Ficar sob termo de identidade e residência
 Deve o arguido apresentar-se num período quinzenal às autoridades

AUTO DE INTERROGATÓRIO DO ARGUIDO.


Do processo Nº 2904/22
No dia 3 do mês de maio de 2022, nesta cidade de luanda, no gabinete do digno
magistrado do ministério publico, onde se achava a Excelentíssima Senhora Dra.
Vivalda Machado Teófilo Chende Pacavira, e a sua defensora oficiosa Noémia
Margareth de Almeida Francisco, estudante do 4º ano de direito da Universidade
Gregório Semedo, utente dos terminais telefónicos nº 936 57 82 57, e comigo Rene Dias
Bartolomeu, técnico de justiça da PGR-SIC Kiamba Kiaxi. Aqui foi presente o arguido
preso que depois de ser advertido de que a falta de resposta a perguntas sobre a sua
identidade e antecedentes criminais, o fará incorrer na pratica de crime de desobediência
e a sua falsidade na pratica de crime de falsas declarações, disse chamar-se E A,
solteiro, declara ter 19 anos de idade, nascido aos 17 de Dezembro de 2002, Natural de
luanda, município do Kilamba Kiaxi, filho de António Araújo e de Maria Figueira ,
residente no bairro catinton, rua 28 de Agosto, casa sem número, próximo da Igreja
Maranatá, não exibe terminal telefónico , não exibiu o bilhete de identidade.
Perguntando se já esteve preso, quando e porque, se foi ou não condenado,
quando e porque, interrogado seguidamente pelos factos que lhe são imputados, que
acabam de ser expostos, depois de esclarecidos de que não é obrigada a responder as
perguntas que lhe vão ser feitas sobre estes factos ou sobre as declarações que acerca
delas prestar, respondeu: já esteve detido por duas vezes, a ultima soltura foi em outubro
de 2021, vive com o irmão mais velho, desempregado, não bebe, mas faz o uso de
estupefaciente, não padece de nenhuma doença contagiosa ou mental.
À matéria dos factos responde: respondeu que está detido desde o dia 1 de
maio do ano em curso, por volta das 16 horas, levado pelo seu irmão de nome Buch até
a polícia após ter apanhado uma carga de surra.
À matéria da culpa responde: que aceita parcialmente o teor da participação
inicial, esclarecendo os factos da seguinte forma, que no dia 30 de Abril do ano em
curso, desmontou a viatura de marca Toyota modelo Rav4 pertencente ao seu pai,
levando consigo os seguintes meios, motor de arranque, bateria, radiador e três jantes e
que vendeu em uma casa de ferro, no senhor conhecido por Alex, em que as jantes
ficaram no valor de Kz 6.000,00 (seis mil kwanzas), motor de arranque no valor de Kz
2.000,00 (dois mil kwanzas), radiador Kz 2.000,00 (dois mil kwanzas) e a bateria à Kz
2.000,00 (dois mil kwanzas) Kz, totalizando assim o valor de Kz 12.000,00 (doze mil
kwanzas), o mesmo declara que praticou este acto pelo facto de os pais não lhe
prestarem atenção e que sentia a necessidade de comprar roupa, chinelo, alimentação e
estupefaciente (Liamba).
DESPACHO: O MP recomendou a continuação do processo para produção da
melhor prova orientando:
 Ouvir em acareação;
 Ficar sob termo de identidade e residência;
 Deve o arguido apresentar-se num período quinzenal às autoridades;
A não comparência do arguido levará o magistrado ministério público a substituir a
medida.

DOS FACTOS
No dia 13 de maio de 2022, houve uma participação que resultou no processo Nº
2557/22, por volta das 19 horas o cidadão que atende pelo nome MC, solteiro de 41
anos de idade, vendedor ambulante, filho de Cardoso Congo e de Marcelina Leitão,
natural do Uíge e residente em luanda município do quilamba kiaxi, bairro golfe
subzona 10, rua 55, casa sem número, utente do terminal telefónico 948 70 39 40.
Trazendo sob custódia o compatriota sob o auxílio da Polícia Nacional o cidadão
António Domingos, tcp Toy, solteiro de 28 anos de idade, filho de Domingos da Costa e
de Luzia ventura, residente em luanda município do Cazenga, bairro Tala hady, rua e
casa sem número.
A detenção deste ocorreu no dia 19 do mesmo mês e ano em curso por volta das
17 horas, num local não-preciso, em que cometeu o homicídio do menor André Augusto
Ngunza de 14 anos de idade, sofreu uma pancada.
O facto ocorreu quando este se encontrava a recolher material de plástico e
alumínio para pesar. em seguida foi prontamente socorrido para o hospital geral de
luanda onde veio a conhecer a morte.

DOS FACTOS
No dia 13 de maio de 2022, houve uma participação que resultou no processo Nº
2557/22-KK, por volta das 19 horas pelo cidadão que atende pelo Manuel Baptista
Carvalho, solteiro de 41 anos de idade, vendedor ambulante, filho de Baptista de
Carvalho, natural e residente nesta província de luanda, no município do kilamba kiaxi,
bairro golf 2, rua 5, casa nº 176, sem terminal telefónico. Trazendo sob custódia ora o
seu pai com o auxílio da Polícia Nacional o cidadão BC, solteiro de 27 anos de idade,
filho de Manuel Baptista de carvalho, residente em luanda município do Cazenga, bairro
Tala hady, rua e casa sem número.
A sua detenção ocorreu no dia 13 do mesmo e do mesmo ano, por volta das 19
horas no interior da sua residência no golf 2, rua 5 que foiu alvo de furto de um
telemóvel de marca wiko de cor preta, o facto ocorreu quando o lesado se encontrava a
dormir na calada da noite.

AUTO DE INTERROGATÓRIO DO ARGUIDO.


Do processo Nº 2557/22 -MP/SIC-KK
No dia 17 do mês de maio de 2022, nesta cidade de luanda, no gabinete do digno
magistrado do ministério publico, onde se achava a Excelentíssima Senhora Dra. Ana
Esmeralda José, procuradora da república junto da esquadra 36ª do kilamba Kiaxi e a
sua defensora oficiosa nos autos a senhora Cândida Neves Damião, estudante do 4º ano
de direito da Universidade Gregório Semedo, utente dos terminais telefónicos nº 936 11
93 90, e comigo Gilda da Cruz, funcionaria da PGR. Aqui foi presente o arguido preso
que depois de ser advertido de que a falta de resposta a perguntas sobre a sua
identidade e antecedentes criminais, o fará incorrer na pratica de crime de desobediência
e a sua falsidade na pratica de crime de falsas declarações, disse chamar-se LC, tcp
Tintin, solteiro, estudante, 26 anos de idade, nascido aos 22 de julho de 1995, Natural de
luanda, filho de Manuel Baptista de Carvalho e de Ana Valente, residente no golfe 2,
rua 5, casa 176, município do kilamba kiaxi, não exibe terminal telefónico, não exibiu o
bilhete de identidade.
Perguntando se já esteve preso, quando e porque, se foi ou não condenado,
quando e porque, interrogado seguidamente pelos factos que lhe são imputados, que
acabam de ser expostos, depois de esclarecidos de que não é obrigada a responder as
perguntas que lhe vão ser feitas sobre estes factos ou sobre as declarações que acerca
delas prestar, respondeu: que já esteve detido na mesma esquadra pelo crime com
número de processo 207/22 pelo crime de furto qualificado, mas nunca respondeu em
juiz, que não trabalha, estudou até o 2º ano da faculdade pelo CIS, no curso de relações
internacionais, que consome bebida alcoólica não fuma, que não padece de doenças
infecto contagiosa e mental.
À matéria dos factos responde: respondeu que está detido desde o dia 13 de
maio do ano em curso por volta das 19 horas, detenção efetuada com o auxilio do seu
pai e da Policia Nacional.
À matéria da culpa responde: que não aceita a pratica do crime que vem
acusado, os factos que lhe são imputados e descrevendo-se da seguinte forma que por
volta das 6 horas do corrente dia (13 de maio do ano em curso) o respondente se
encontrava a dormir, foi acordado com pontapés do seu pai alegando que ele subtraído o
telemóvel da ofendida, perguntando se conhece a mesma pois efetivamente respondeu
que conhece a ofendida e a sua irmã mais nova que vive na mesma casa tanto o
participante como a ofendida apenas foi dizer ao seu pai que o seu telemóvel
desapareceu e este foi ao quarto do respondente que tirou o telemóvel e o mesmo
respondeu que não tirou o telemóvel, e acredita que o seu pai está a acusa-lo porque no
mês passado aproximadamente 4 meses atras o respondente subtraia o dinheiro do pai
para gastar com os seus amigos mais que desta vez não mexeu no telemóvel da irmã
acredita que o seu pai alega que foi ele o respondente que subtraiu o telemóvel da sua
irmã porque desde o momento não se defendeu porque se encontra-se doente porque
padece de hemorroide.
DESPACHO
Compulsando aos autos verifica-se que no dia 13 do corrente mês do ano em
curso, cuja a hora não consta de participação no interior da residência do participante, o
arguido Leandro Valente Baptista de Carvalho, tcp Tintim, introduziu-se no interior do
quarto do lesado, subtraiu um telemóvel de marca já referida nos altos. De realçar que o
participante é pai da lesada e do arguido.
Há fracos indícios nos autos de que o arguido LC, tcp Tintim, incorreu na prática
do crime de furto pelo artigo 392º CP, são elementos de prova a participação e
declarações, e auto de interrogatório a detenção mostra-se invalidada por quanto foi não
efetuada mediante flagrante delito, nem competente mandado de detenção nos termos
dos artigo 252º e 254º CPP, mas obedeceu o prazo a que se estabelece no nº 1 do artigo
250º da mesma lei, atendendo a natureza reparável o ilícito, ordeno que o arguido LC,
tcp Tintim, seja destituído em liberdade mediante nos termos do artigo 269º CPP.
Passe competentes mandados de soltura junta copias.
 Junte aos autos.
 Boletim de registro policial e criminal do arguido.
 Avaliação mercantil do bem subtraído.
 Notificar a lesada para ser ouvida em autos de declaração.
 Ouvir em declarações

AUTO DE INTERROGATÓRIO DO ARGUIDO.


Do processo Nº 2545/22 -MP/SIC-KK
No dia 3 do mês de maio de 2022, nesta cidade de luanda, no gabinete do digno
magistrado do ministério publico, onde se achava a Excelentíssimo Senhor Dr. Aniceto
Emanuel Cavanga, procurador da republica junto da esquadra 36ª do kilamba Kiaxi e a
sua defensora oficiosa nos autos a senhora Cândida Neves Damião, estudante do 4º ano
de direito da Universidade Gregório Semedo, utente dos terminais telefónicos nº 936 11
93 90, e comigo Loureço Cadete, funcionário da PGR. Aqui foi presente o arguido
preso que depois de ser advertido de que a falta de resposta a perguntas sobre a sua
identidade e antecedentes criminais, o fará incorrer na pratica de crime de desobediência
e a sua falsidade na pratica de crime de falsas declarações, disse chamar-se AM, tpc
Adão, solteiro, 29 anos de idade, segurança de profissão, nascido aos 3 de maio de
1993, Natural de luanda, filho de Raimundo Manuel Muxicota e de Ana Paula Custódio,
residente no Cazenga, Quinta R, avenida B Antenor, rua da pracinha no imbondeiro,
casa nº 16, terminal telefónico 948 72 08 97 irmã, não exibiu o bilhete de identidade.
Perguntando se já esteve preso, quando e porque, se foi ou não condenado,
quando e porque, interrogado seguidamente pelos factos que lhe são imputados, que
acabam de ser expostos, depois de esclarecidos de que não é obrigada a responder as
perguntas que lhe vão ser feitas sobre estes factos ou sobre as declarações que acerca
delas prestar, respondeu: que nunca esteve preso, nunca respondeu em tribunal, vive
com a sua esposa e 4 filhos menores, trabalha como segurança na empresa Acrau
Postura auferindo um rendimento mensal de Kz 40.000,00 (quarenta mil kwanzas) que
consume bebida alcoólica, não fuma, que não padece de doenças infecto contagiosa e
mental.
À matéria dos factos responde: encontrava-se detido dia 30 de abril do ano em
curso, detenção efetuada pelos agentes da polícia, afeto à 32ª esquadra por volta das 19
horas.
À matéria da culpa responde: respondeu que não o teor da participação inicial
e esclarece os factos da seguinte maneira: que ele respondente é funcionário da empresa
Acrau Postura onde exerce a função de segurança há cerca de 11 meses, confirma que
está colocado no posto citado, nos autos acerca de 4 meses e na data dos factos se
encontrava no local, mas nega ter retirado da empresa qualquer meio pela qual vem
acusado estando respondeu que em algum momento vê nas câmaras de segurança a
retirar do interior do armazém algum bidão de óleo, afirma que apenas escalou o muro
para receber uma garrafa de agua que foi entregue pelo seu colega e co-arguido dos
autos. Declarou que do tempo em que trabalhou nesta empresa ou posto nunca foi alvo
de nenhuma acusação do género e sempre executou o seu trabalho com zelo e bastante
responsabilidade.
perguntado, respondeu que na data dos factos não houve desaparecimento de
qualquer produto do armazém, visto que esteve sempre atento, conta ainda que a
referida empresa devia fazer constar no processo vídeos onde mostra o momento do
assalto visto que notou na altura da detenção as camaras da data dos factos ligadas e
com total visão do posto de acesso ao armazém, perguntado respondeu que não foi
encontrado com qualquer meio que o ligam a este crime que vem sendo acusado e nada
mais deste, lida as suas respostas, os achou nos conformes ratificado e havia assinado
como seu defensor oficioso Cândida Neves Damião.
DESFECHO
 Em data não concreta determinada nos autos os arguidos que por sinal vigilantes
da empresa Acrau Postura, tirando proveito desta circunstância introduziram-se
empresa à dentro, uma vez no interior subtraíram os produtos.
 O que determinou a detenção dos arguidos com a conduta acima descrita,
incorreram o arguido na prática de crime de furto P e P pelo artigo 392º do CP.
 Tais indícios apuram-se na participação inicial do interrogatório ora concluído.
 A detenção mostra-se valida por quanto efetuada em flagrante delito e nos
termos do artigo 251º e 252º ambos do CPP, não tendo sido exigido o prazo a
que reporto o nº 1 do artigo 250º da mesma, ao abrigo do artigo 272º o já citado
diploma legal ordena que o arguido aguarde os termos do processo em liberdade,
sujeita a prestação de uma caução que fixa em Kz 50.000,00 (cinquenta mil
kwanzas) o arguido acumulando com a apresentação periódicas de caracter
quinzenal nos termos do nº 3 do artigo 270 da lei supracitada.
 Trago aos autos o lesado para detalhar valores jurados dos surrupiadores.
 Junto aos autos.
 Boletim de registro policial do arguido.
 Fotografia do local do crime.
 Valor jurado dos bens surripiados.
II.1.2. DA VISITA REALIZADA NA COMARCA DE VIANA –
ESTABELECIMENTO PENITÉNCIARIO

No pretérito dia 24 de junho de 2022, se realizou a visita na comarca de viana. A


visita foi guiada pelo inspetor-chefe Gonçalo Ventura e o subinspetor Mário Bernardo
da Silva, chefe da secção de reabilitação penitenciária.
Ao entrar, passou-se pela revista e deixou-se os pertences (telemóvel e pastas,
etc.) pela caminhada passou-se por varias secções como: a secção dos recursos humanos
que é a área que responde pelos efetivos do estabelecimento penitenciário de viana,
passou-se pelo 1º cordão de segurança penitenciaria, de salientar que mesmo dentro do
estabelecimento penitenciário de viana encontram-se vários órgãos e um deles é a
procuradoria geral da república que é um órgão da legalidade ou então por acelerar ou
tornar mais célere a transmitação processual dos reclusos. Existe ainda uma secção de
reabilitação dos reclusos que é constituída por 102 (cento e dois) reabilitadores que têm
a incumbência de reabilitar os reclusos, que no momento da visita estavam a ser
reabilitados cerca de 3200 (três mil e duzentos) reclusos.
Dentro os reclusos há uma diferenciação que consiste no recluso detido e no
recluso preso que consiste no seguinte recurso: o recluso detido ainda não foi julgado
enquanto que o recluso preso já passou pela fase de julgamento e está a cumprir a sua
pena, no internamento dentro dos estabelecimentos penitenciários para melhor
identificação os reclusos detidos utilizam os uniformes castanhos enquanto que os
reclusos presos utilizam os uniformes azuis. Isso porque a prisão para cumprimento da
pena ocorre apos uma condenação contra a qual já não é uma vez possível interpor
recurso ordinário após dito final. Enquanto que a prisão preventiva por contraste ocorre
durante o processo num momento em que o arguido não foi condenado nem é certo que
venha a sê-lo.
Os reclusos já condenados beneficiam-se de liberdade condicional que serve
como um incentivo ao recluso, eles podem sair para ir ao casamento do filho ou visitar o
filho recém-nascido e mediante a observância de determinados requisitos previstos na
lei existe a possibilidade de o condenado sair em liberdade antes de cumprir a pena na
totalidade. Isto quando recluso já cumpriu a metade da pena nos termos do artigo 78º da
lei 08 de 29 de agosto.

II.1.2.1. SALA DA PSICOTERAPIA

A área que cuida da reabilitação social dos reclusos é chamada de sala da


psicoterapia, e é encabeçada pela Dra. Lucinda Lisboa psicóloga, está área tem como
objetivo ouvir as inquietações dos reclusos, então mediante os recursos da psicologia
fazer o devido acompanhamento e tratamento que dependendo das condições
psicológicas do recluso, para uns leva menos tempo de recuperação e para outros não,
porque para além da condição do recluso ser nova pelo facto que deve encarar todos os
dias que é se estar privado de liberdade para um individuo que estava habituado a ser
livre não tem sido fácil, e ainda por vezes receber noticias tristes do falecimento de
membros da família ou de abandono pelos familiares ou cônjuge, falência da sua
empresa como também dos momentos felizes como nascimento de um filho ou outorga
de uma família ou amigo, todos estes aspetos mexem com as condições psicológicas do
individuo e levam até mesmo a tentar o suicídio. Entre tanto o individuo nessa condição
passa por algumas fazes que são:

 O individuo não aceita a sua condição de recluso e muitas das vezes vem a
desencadear problemas psíquicos e físico.
 O individuo passa para a fase de rejeição, fica com ira e raiva. Nesta fase o
individuo não aceita nenhum apoio que lhe é dado e fica triste e agressivo com
os outros e até consigo mesmo.
 O individuo passa a fase de negociação, essa é a fase em que os psicólogos
conseguem entrar em um bom entendimento com ele no sentido de ele ficar
calmo e colaborar para ter uma estadia menos difícil.
 A fase da depressão, o individuo fica constantemente deprimido, chegando a
ficar até vários dias sem se alimentar.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O direito processual penal possui um caracter fundamental no país, constituindo
o meio de fazer atuar o direito material penal através do processo, e se tratando de um
conflito penal através do processo penal, é desta forma que o estado impõe a sua
vontade no interesse de resolução de conflitos, através dos órgãos próprios da
administração da justiça entretanto é finalidade do direito processual, tutelar direitos e
garantias dos cidadãos e repor a paz jurídica aos cidadãos.
Ao longo do curso de direito, a cadeira de TCC foi a mais esperada e temida, e
hoje podemos viver esta experiencia e consolidar os conhecimentos absorvidos por
teoria ao longo do curso e das praticas adquiridas por meio do estagio que nos foi
proporcionado, dando-nos a noção de como o exercício de nossas futuras profissões
neste ramo.
Ao meritíssimo juiz e professor Dr. Osvaldo Malanga, os nossos mais profundos
agradecimentos pela paciência e dedicação, pela orientação incansável, e a confiança
que demonstrou em nós que ajudaram a tornar possível este sonho, agradecemos a
direcção da Universidade Gregório Semedo, em especial à Faculdade de Direito.
Aos magistrados do Ministério Público e funcionários da procuradoria, a nossa
mais alta estima e consideração e pelo sentido de humanismo nas destintas vertentes em
que se apresentaram, arguidos e seus familiares, sociedade em geral e estudantes com
esclarecimentos quanto a aplicação da lei e formas de processo que exigiram
explicações e palavras de ordem, educativas e sensibilização à todos os intervenientes
que se tratem ou não de partes processuais.
Afirmativamente aprendemos a nos posicionar em diferentes momentos do
exercício judicial.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RAMOS, Vasco Grandão, Direito Processual Penal – Noções fundamentais, 2º
Edição, Escola Editora, Luanda 2015.
Constituição da República de Angola
Código Penal Angolano
Código Processual Angolano
Lei das medidas cautelares em processo penal revogado.
Lei 08/2008 de 29 de agosto – Lei penitenciária.

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