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Teremos uma longa, mas prazerosa, jornada no processo de aprendizagem desta disciplina tão
importante, sobretudo, para a atividade prática do futuro Sargento da Polícia Militar de Minas
Gerias.
O nosso trabalho consistirá em um estudo dirigido por meio de questionário que será publicado
no próprio Ambiente Virtual, onde vocês terão a oportunidade de revisar a matéria enquanto
respondem as questões que serão apresentadas.
PROCESSO PENAL COMUM E MILITAR
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A nossa avaliação consistirá em 01 (uma) prova escrita, de múltipla escolha – a qual contemplará todo o
conteúdo ministrado. A prova será COM CONSULTA - valor de 7,0 pontos.
Durante o curso, o discente será avaliado sobre vários aspectos, dentre eles, o desenvolvimento
e/ou aprimoramento dos atributos militares. No caso da disciplina de Processo Penal Comum e
Militar, espera-se que o discente desenvolva:
Durante o período do curso no modo EaD, a interação com o tutor ocorrerá por meio de fóruns
de conteúdo. Desta forma, as eventuais dúvidas e considerações relacionadas à matéria serão
discutidas de forma multidisciplinar, a fim de se alcançar os objetivos aqui propostos.
A disciplina será dividida em 6 (seis) módulos, pelos quais serão tratados diversos temas
relacionados com o processo penal, comum e militar, conforme disposto no Programa de
Componente Curricular.
Fraternal abraço.
Coordenação
PROCESSO PENAL COMUM E MILITAR
DOS OBJETIVOS DA DISCIPLINA
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
a) Entender o Direito Processual Penal como ramo do Direito Público, relacionando-o com o direito material e
identificando suas fontes e os princípios que o regem;
b) Identificar os órgãos e sujeitos aos quais incumbem atribuições e competências na prestação jurisdicional;
c) Compreender o Inquérito Policial (IP/IPM), sua finalidade, peculiaridades quando se tratar de crime militar e
saber relacionar a atividade operacional da PMMG aos atos subsequentes desempenhados pela Polícia
Judiciária;
d) Utilizar de forma técnica a linguagem jurídica afeta à Ação Penal quando da redação do Registro de Evento de
Defesa Social e da orientação aos envolvidos em ocorrências policiais, distinguindo o instituto no âmbito da
Justiça Militar e da Justiça Comum;
e) Conhecer as espécies de prisão, o instituto da liberdade provisória atrelando o conhecimento jurídico à
prática policial militar;
f) Conhecer o regramento afeto à produção de provas e das medidas assecuratórias da prova em matéria
criminal, com o fim de assegurar que a atuação policial militar encontre guarida no ordenamento jurídico, em
especial no que se refere à preservação do local de crime, da perseguição policial e da busca e apreensão.
PROCESSO PENAL COMUM E MILITAR
SUMÁRIO
1. Unidade I - Do processo penal
4. Unidade IV - Da prisão
Quanto falamos em democracia, estrutura de Estado, bem como das disposições que regulam a
aplicação da lei, importante fazer abrir a nossa Carta Magna (Constituição Federal de 1988), e fazer uma
leitura detida, especialmente, nos dispositivos a seguir:
o Fundamentos da República Federativa do Brasil (art. 1º) - dentre tais fundamentos, temos a
dignidade da pessoa humana - qualidade própria e distintiva reconhecida em cada ser humano que
o faz merecedor do mesmo respeito e consideração por parte do Estado e da sociedade, implicando
em direitos e deveres.
o Objetivos fundamentais (art. 3º, IV) - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça,
sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
o Direitos fundamentais – tendo em vista a sua relevância quando falamos em garantia de direitos, o
art. 5º da CF/88 nos diz que somos todos iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida,
à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. Neste contexto, importante fazer uma leitura
detida de todos os incisos para fixação do conteúdo.
PROCESSO PENAL COMUM E MILITAR - UNIDADE I - DO PROCESSO PENAL
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De acordo com Frederico Marques, na sua obra Elementos de Direito Processual Penal (1998, p. 3),
direito de punir é “o direito que tem o Estado de aplicar a pena cominada no preceito secundário da
norma penal incriminadora, contra quem praticou a ação ou omissão descrita no preceito primário
causando um dano ou lesão jurídica, de maneira reprovável”.
Em síntese, é o poder/dever do Estado de processar e julgar aquele que praticou um fato descrito
como uma infração penal (preceito primário), aplicando-lhe, por conta disso, uma pena (preceito
secundário).
Por conta disso, há alguns limitadores legais do poder estatal, a fim de impedir eventuais abusos,
dentre os quais podemos destacar alguns preceitos contidos no art. 5º da CF/88:
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla
defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
PROCESSO PENAL COMUM E MILITAR - UNIDADE I - DO PROCESSO PENAL
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As fontes são o nascedouro do Direito Processual Penal. É por onde ele flui. Neste
caso, podemos ter:
o União: art. 22, I CR/88 – via de regra, nossas leis são criadas pelo membros do
Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal).
As fontes são o nascedouro do Direito Processual Penal. É por onde ele flui. Neste
caso, podemos ter:
As fontes são o nascedouro do Direito Processual Penal. É por onde ele flui. Neste
caso, podemos ter:
As fontes são o nascedouro do Direito Processual Penal. É por onde ele flui. Neste
caso, podemos ter:
*Obs.: o CPPM, ainda, admite a aplicação subsidiária de regras do Processo Penal Comum, sem prejuízo às particularidades do processo militar.
PROCESSO PENAL COMUM E MILITAR - UNIDADE I - DO PROCESSO PENAL
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[...]
[...]
Princípios Gerais do Direito: premissas éticas extraídas do ordenamento jurídico. O CPP e o CPPM, no seu
art. 3º, dispõe que os casos omissos podem ser supridos pelos princípios gerais do direito.
- Art. 3º do e do CPP - A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos
princípios gerais de direito.
- Art. 3º do CPPM - Art. 3º Os casos omissos neste Código serão supridos:
[...]
d) pelos princípios gerais de Direito;
PROCESSO PENAL COMUM E MILITAR - UNIDADE I - DO PROCESSO PENAL
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[...]
Doutrina: Opinião dos estudiosos do Direito sobre temas jurídicos. Mesmo não possuindo força vinculativa, a
doutrina exerce forte influência tanto no processo legislativo, quanto na aplicação da lei.
PROCESSO PENAL COMUM E MILITAR - UNIDADE I - DO PROCESSO PENAL
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[...]
O CPPM traz uma particularidade, pois admite a aplicação de regras do Processo Penal Comum, quando não prevista no diploma
processual penal militar. (Ex.: Flagrante eficiente aplicado ao APF militar – art. 10 - Instrução Conjunta de Corregedorias PM/BM 02).
ICC PM/BM nº 02 - Art. 10. O flagrante eficiente, previsto na lei processual comum, por meio do qual as pessoas são inquiridas
separadamente em termos próprios e destacados entre si, compondo, ao final, um todo de natureza modular unido pelo auto de prisão
em flagrante delito, deve ser empregado para a lavratura do flagrante de crime militar, por força do disposto no art. 3º, alínea “a”, do
CPPM.
PROCESSO PENAL COMUM E MILITAR - UNIDADE I - DO PROCESSO PENAL
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[...]
o Devido Processo Legal (art. 5º, LIV, CR/88) - Plenitude de defesa - Direito de ser
ouvido, informado dos atos processuais, acesso à defesa técnica, manifestar
depois da acusação, julgado perante juízo competente, duplo grau de jurisdição,
imutabilidade da sentença transitada em julgado;
o Ampla Defesa(art. 5º, XXXVIII, LV, LXXIV, CR/88): - Defesa técnica e autodefesa
(interrogatório);
o Inadmissibilidade das provas obtidas por meios ilícitos (art. 5º, LVI, CR/88, art. 157
CPP):
Conforme Capez (1998), as provas ilícitas constituem-se uma violação ao direito material e ocorrem no
instante de sua colheita.
As provas ilegítimas, por sua vez, infringem normas de direito processual e a violação se dá no exato
momento em que são introduzidas ao processo.
Provas ilícitas por derivação aquelas provas adquiridas em conformidade com o ordenamento jurídico
e de forma lícita, porém a sua origem derivou de uma informação obtida de prova ilicitamente colhida;
com isso, a prova lícita acaba se tornando imprópria e inadequada para ser utilizada no processo.
PROCESSO PENAL COMUM E MILITAR - UNIDADE I - DO PROCESSO PENAL
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o Imparcialidade do Juiz (art. 95 CR/88; arts. 112, 252, 253, 254 CPP; art. 37 a 41
CPPM);
o Não autoincriminação (art. 5º, LXIII, CR/88; art. 296, § 2º e 308 CPPM; arts. 186 e
198 do CPP): - direito ao silêncio e não produzir prova contrária ao seu interesse.
PROCESSO PENAL COMUM E MILITAR
Unidade II – SUJEITOS E ÓRGAÕS DA RELAÇÃO JURÍDICA