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Existe um determinado número de filosofias a ter em conta num armazém que são tidas de

certo modo como linhas de orientação para o desenvolvimento eficaz do layout de um


armazém. O layout escolhido para cada armazém deverá depois ser avaliado tendo em
consideração todos os critérios específicos existentes nas filosofias que se seguem (Tompkins
et al., 1998, p. 250).

Similaridade – A similaridade tem como base de sustentação o facto de permitir que os


produtos que são recepcionados e/ou enviados juntos devem ser armazenados da mesma
forma. Dando como exemplo uma loja de materiais de jardinagem, temos que um potencial
cliente que a ela se dirige para adquirir uma espátula não terá grande interesse em comprar
um serrote, no entanto poderá ter particular interesse em adquirir fertilizantes ou sementes. O
acto de comprar um produto da mesma área pode levar a adquirir um outro, inclusive por
associação de ideias e também, considerando a influência que a colocação de produtos em
prateleiras tem no cliente. Assim o serrote deverá ser arrumado na mesma área onde se
encontram os martelos, pregos, etc. Por vezes, determinados itens são recepcionados
juntamente, provavelmente vindos do mesmo fornecedor; esses itens devem ser armazenados
juntamente. Geralmente eles necessitam de um armazenamento e respectivo método de
tratamento similar, e por isso o seu armazenamento no mesmo local vai resultar numa
manipulação e utilização de espaço mais eficientes. Como em todas as teorias existem
excepções, nesta a excepção tem a ver com a semelhança e com a funcionalidade. Nesta
filosofia de similaridade, um exemplo disso são os interruptores; um interruptor pode ser
semelhante a tantos outros, mas em termos de funcionalidade pode ser diferente como é o
caso dos eléctricos de 2, 3 ou 4 vias. São bastante semelhantes a todos os outros mas
funcionam de forma diferente. Caso o seu armazenamento fosse efectuado perto dos outros,
poderia provocar erros na separação e preparação de pedidos e em todas as operações
posteriores (Tompkins et al., 2003, p. 444).

Tamanho – Acerca do tamanho deve-se considerar como filosofia de armazenamento que os


produtos pesados, volumosos ou de difícil manuseamento devem ser armazenados perto do
seu local de utilização, isto porque os custo de manipulação de produtos pesados ou
volumosos é sempre maior, sendo este um incentivo para minimizar a distância de
manipulação. Nesta filosofia também se devem considerar as variações na altura de tecto, isto
porque de zona para zona, dentro de um armazém existe uma relação directa entre se a altura
do tecto e o produto a ser armazenado, especificamente os produtos pesados e volumosos
devem ser armazenados nas zonas em que o tecto tem uma altura mais baixa, enquanto que
os produtos mais leves e de fácil manuseamento devem ser armazenados em zonas cujo tecto
é mais alto. Se forem consideradas estas parametrizações verificar-se-á uma gestão e um
manuseamento mais correcto e produtivo, o enfoque é feito também tendo em consideração
os metros cúbicos disponíveis no armazém a serem utilizados, respeitando sempre as
restrições existentes a nível da capacidade de carga do piso. Assim, os produtos leves podem
ser armazenados em zonas mais altas do que os produtos pesados e volumosos, dependendo
apenas da capacidade de carga do piso. A filosofia de tamanho afirma também que o tamanho
de um local de armazenamento se deve ajustar ao tamanho do material a ser armazenado, ou
seja, nunca armazenar um produto que ocupa 3 metros cúbicos num local com capacidade
para armazenar um produto que ocupa 9 metros cúbicos. É necessário a existência de uma
larga variedade de tamanhos, a nível de armazenamento, de modo a que produtos diferentes
possam ser armazenados de forma diferente. Não se deve ter em consideração o tamanho
físico de um só produto mas sim a quantidade total a ser armazenada desse mesmo produto,
pois os layouts e métodos de armazenamento variam com a quantidade, e é completamente
diferente armazenar 2 paletes de um determinado produto e armazenar 200 paletes desse
mesmo produto (Tompkins et al., 2003, p. 444).

Características – Os produtos têm todos eles características diferentes o que vai permitir o seu
armazenamento e manipulação de diferentes maneiras, no entanto não podemos ignorar
essas mesmas características ocorrendo numa má gestão de armazenamento. Tem de se ter
em consideração os diversos tipos de produtos:

Produtos perecíveis – quando se fala de produtos perecíveis estamos a falar de matéria com
um prazo de validade curto, porque o seu conteúdo é rápidamente degradado, logo o seu
processo de armazenamento tem de ser controlado de outra maneira e tendo sempre em
linha de conta a sua perda.

Materiais frágeis e de forma estranha – considerando a características de alguns produtos em


que predomina a forma do produto, o seu armazenamento não pode ser efectuado tendo só
em linha de conta o tipo de armazenamento definido anteriormente, alguns produto não se
encaixam nas áreas de armazenamento previamente definidas, mesmo quando diversos
tamanhos de armazém estão disponíveis. Produtos com formas estranhas,levam a problemas
com o seu manuseamento e armazenamento. Quando se é confrontado com produtos com
formas diferentes o armazenamento dos mesmos dever-se-á criar um espaço aberto. Por
outro lado se os produtos a serem armazenados forem produtos frágeis, ou se existirem
elementos externos tal como a humidade for alta devem ser feitas adequações no respectivo
armazém.

Materiais perigosos – Ao efetuar o manuseamento e armazenagem de produtos considerados


perigosos, dando como exemplo, produtos químicos inflamáveis, gás entre muitos outros tem
de se ter em consideração o seu armazenamento num espaço separado e isolado, a juntar a
esse armazenamento tem de ser consideradas as regras de segurança, considerando sempre o
seu isolamento de modo a minimizar o risco de exposição dos trabalhadores.

Itens de segurança – A principal premissa para todos os materiais em armazém leva-nos a dizer
que qualquer produto pode ser alvo de furto. Mas se forem considerados os materiais com
alto valor unitário essa premissa torna-se superior, para minimizar este risco é criada uma
proteção adicional na área onde se efectua o armazenamento.

Compatibilidade – pelas características de alguns produtos devemos considerar o seu


armazenamento em locais distintos. Quando se fala por exemplo de produtos químicos pode-
se considerar alguns que não são perigoso se estiverem sozinhos, mas que em contacto com
outros materiais químicos poder-se-ão tornar perigosos, podendo levar a reacções que podem
colocar em risco o armazém e os respectivos produtos. Consideramos também outro tipo de
produtos para dar o exemplo de que não são só os produtos perigosos como também outros
produtos carecem de espaço físico diferenciado de modo a não serem “contaminados”, como
exemplo, ao termos no mesmo espaço de refrigeração manteiga e peixe a manteiga
rapidamente absorve o odor do peixe. Deste modo ocorríamos num erro de armazenamento.
O facto de ambos precisarem de refrigeração levar-nos-ia a agrupá-los no mesmo espaço no
entanto, tem de se ter sempre em consideração o item da compatibilidade (Tompkins et al.,
2003, p. 444).

Utilização de espaço – Quando se fala em ergonomia de espaço, tem de se considerar todas as


necessidades necessárias e ideais para o armazenamento dos produtos.Para efetuar o
planeamento da armazenagem ou acomodação dos produtos bem como a optimização no seu
manuseamento tem de ser desenvolvido um layout que irá permitir a maximização da
utilização do espaço de armazenamento conjugado com o nível de serviço prestado e também
com o tipo de produto a ser armazenado. A conjugação de todos estes factores vai permitir
uma maior qualidade no serviço prestado bem como, uma maior celeridade dos mesmos.
Quando se fala do layout devem ser considerados vários factores:

Conservação do espaço – o factor de conservação do espaço vai permitir a utilização de maior


quantidade de produto por metro cúbico, minimizando o honeycombing. Existe uma relação
directa entre o aumento da concentração do espaço e a flexibilidade, registando-se também
um aumento da capacidade de manusear grandes encomendas. A utilização do metro cúbico
vai aumentar, armazenando, permitindo armazenar os materiais na altura e profundidade
apropriadas, este factor vai contribuir para minimizar o honeycombing. O honeycombing
ocorre também a partir da movimentação incorrecta de materiais do armazém.

Limitações de espaço – A utilização do espaço será limitada pela construção do armazém


considerando as vigas, os detectores de fumos, os sprinklers, a altura do tecto, capacidade de
carga do piso, postes, colunas. Em consideração deve-se ter também a a altura de segurança
de empilhamento de materiais. Ao efectuar–se a construção ou remodelação de um espaço
para armazenamento tem de se ter presente a capacidade de carga do piso, elemento de
grande importância para uma estrutura com vários pisos, para que não existiam riscos e, não
tenha uma repercussão negativa no armazenamento de materias tem de se considerar o
posicionamento dos postes e colunas de maneira harmonioza de modo a que ao
armazenamento seja feito de uma forma compacta em torno da estrutura. Uma das vertentes
a ter em linha de conta são as alturas de segurança de empilhamento de materiais, estas pode-
se dizer que estão directamente relacionadas com o conteúdo e estabilidade dos mesmos, se o
material a ser armazenado tiver caracteristicas frágeis o tipo de armazenamento terá de ser
diferente, isto é para cada tipo de material tem de existir um adequamento de armazenagem,
não descurando nunca a relação com o espaço envolvente e a sua segurança. Quando se fala
em empilhamento e segurança, focamos os materiais cujas caracteristicas próprias só
permitem o tratamento manual, nessses casos a sua disposuição no armazém deve ser feita de
um modo que os operadores possam manusea-los sem dificuldade, em segurança e de uma
forma célere.

Acessibilidade – a acessibilidade e as limitações de espaço encontram-se relacionadas na


estrutura de um armazém, o enfoque que por vezes é dado a na utilização de espaço origina
nalguns casos uma dificuldade no aos materiais. Na construção de um armazém deve ter
sempre presente o layout do mesmo, devem existir e fazer-se cumprir os objectivos
previamente definidos para uma boa acessibilidade aos produtos que irão estar armazenados
naquele local. Quando se fala em acessibilidade consideram-se os corredores por onde irão
passar pessoas, empilhadores entre outros, para além disso tem de se considerar a localização
de portas, de modo a que o seu acesso por entre os corredores seja directo. Pretende-se com
esta estrutuira ganhar tempo, evitando maiores dificuldades nas movimentações e perdas de
tempo, para além disso os corredores devem sempre ser estruturados tendo em conta a sua
largura, essa largura deve ser criteriosamente definida tendo em consideração espaço e
desperdicio, isto quer dizer que têm de ter duimensões em que seja possivel a movimentação
mas, ao mesmo tempo não devem ter desperdicio de espaço, têm de ser adaptados ao tipo de
equipamento que vai ser utilizado para que todo o processo seja eficaz.

Ordem – O princípio da ordem salienta o facto de que um bom “warehouse keeping” começa
com a ideia de um house keeping. Seguindo o raciocinio que serve de base ao principio da
ordem, os mesmos corredores que devem ser construidos considerndo a boa acssibilidade e as
limitações de espaço tamém devem ser devidamente identificados com uma sinalética
própria(Fita de corredor ou tinta), para que não ocorram situações de intromissão no espaço
definido préviamante como corredor de acesso, o que iria provocar uma maior dificuldade por
parte dos operadores ao seu acesso. Os espaços sem material, espaços vazios deve ser
evitado, logo devem ser corrigidos, isto é, se um espaço é projectado para ter 5 paletes e, no
processo de armazenamento, 1 palete viola o espaço disponibilizado para uma outra palete,
vai resultar daqui um espaço vazio. Devido a isso, apenas 4 paletes podem ser armazenadas na
área previamente projectada para 5 paletes. O espaço perdido da 5ª palete não será
recuperado até toda a área de armazenamento ser esvaziada (Tompkins et al., 2003, p. 445).
Introdução

< Logística | Gestão de armazéns

A armazenagem com a finalidade de obter lucro, é pelo menos tão antiga quanto a história.
Nos primeiros escritos, o homem foi descrito como tendo excesso de alimentos armazenados e
mantendo os animais como excedente para situações de emergência. À medida que a
civilização se foi desenvolvendo, os armazéns locais foram introduzidos (Tompkins, 1998).

As mercadorias encontravam-se armazenadas em ligação com os transportes, comércio e


actividades de produção. Quando o transporte se ramificou para algo muito mais abrangente,
os armazéns tornaram-se mais do que simples armazéns locais.

Quando os principais pontos comerciais se desenvolveram durante a Idade Média, a


armazenagem foi estabelecida para lidar com o armazenamento de itens enviados. O primeiro
grande entreposto comercial foi construído em Veneza, um importante centro de rotas
comerciais. Os armazéns nessa área eram explorados com fins lucrativos por uma fraternidade
de comerciantes conhecidos como Guildas. À medida que a actividade de comércio se
expandiu para além da área do Mediterrâneo, cada cidade portuária desenvolveu o seu
próprio armazém terminal. A armazenagem nos portos das cidades vieram reduzir a
quantidade de tempo que um navio ficava detido no porto, e melhorava consideravelmente o
transporte no exterior (Tompkins, 1998).

As funções básicas da armazenagem são as seguintes (Tompkins et al., 2003, p. 405-406):

recepcionar;

inspeccionar e controlar a qualidade;

reembalar;

guardar a mercadoria;

armazenar;

retirar da armazenagem;

adiar;

separar e agrupar;

embalar e expedir;

cross-docking;

reabastecer.

Na concepção de sistemas de armazenagem é essencial que se maximize a (Tompkins et al.,


2003, p. 431):

utilização do espaço;
utilização dos equipamentos;

utilização da mão-de-obra;

acessibilidade dos materiais;

protecção dos materiais.

Princípios da armazenagem

< Logística | Gestão de armazéns

Ir para: navegação, pesquisa

Existe um determinado número de filosofias a ter em conta num armazém que são tidas de
certo modo como linhas de orientação para o desenvolvimento eficaz do layout de um
armazém. O layout escolhido para cada armazém deverá depois ser avaliado tendo em
consideração todos os critérios específicos existentes nas filosofias que se seguem (Tompkins
et al., 1998, p. 250).

Similaridade – A similaridade tem como base de sustentação o facto de permitir que os


produtos que são recepcionados e/ou enviados juntos devem ser armazenados da mesma
forma. Dando como exemplo uma loja de materiais de jardinagem, temos que um potencial
cliente que a ela se dirige para adquirir uma espátula não terá grande interesse em comprar
um serrote, no entanto poderá ter particular interesse em adquirir fertilizantes ou sementes. O
acto de comprar um produto da mesma área pode levar a adquirir um outro, inclusive por
associação de ideias e também, considerando a influência que a colocação de produtos em
prateleiras tem no cliente. Assim o serrote deverá ser arrumado na mesma área onde se
encontram os martelos, pregos, etc. Por vezes, determinados itens são recepcionados
juntamente, provavelmente vindos do mesmo fornecedor; esses itens devem ser armazenados
juntamente. Geralmente eles necessitam de um armazenamento e respectivo método de
tratamento similar, e por isso o seu armazenamento no mesmo local vai resultar numa
manipulação e utilização de espaço mais eficientes. Como em todas as teorias existem
excepções, nesta a excepção tem a ver com a semelhança e com a funcionalidade. Nesta
filosofia de similaridade, um exemplo disso são os interruptores; um interruptor pode ser
semelhante a tantos outros, mas em termos de funcionalidade pode ser diferente como é o
caso dos eléctricos de 2, 3 ou 4 vias. São bastante semelhantes a todos os outros mas
funcionam de forma diferente. Caso o seu armazenamento fosse efectuado perto dos outros,
poderia provocar erros na separação e preparação de pedidos e em todas as operações
posteriores (Tompkins et al., 2003, p. 444).

Tamanho – Acerca do tamanho deve-se considerar como filosofia de armazenamento que os


produtos pesados, volumosos ou de difícil manuseamento devem ser armazenados perto do
seu local de utilização, isto porque os custo de manipulação de produtos pesados ou
volumosos é sempre maior, sendo este um incentivo para minimizar a distância de
manipulação. Nesta filosofia também se devem considerar as variações na altura de tecto, isto
porque de zona para zona, dentro de um armazém existe uma relação directa entre se a altura
do tecto e o produto a ser armazenado, especificamente os produtos pesados e volumosos
devem ser armazenados nas zonas em que o tecto tem uma altura mais baixa, enquanto que
os produtos mais leves e de fácil manuseamento devem ser armazenados em zonas cujo tecto
é mais alto. Se forem consideradas estas parametrizações verificar-se-á uma gestão e um
manuseamento mais correcto e produtivo, o enfoque é feito também tendo em consideração
os metros cúbicos disponíveis no armazém a serem utilizados, respeitando sempre as
restrições existentes a nível da capacidade de carga do piso. Assim, os produtos leves podem
ser armazenados em zonas mais altas do que os produtos pesados e volumosos, dependendo
apenas da capacidade de carga do piso. A filosofia de tamanho afirma também que o tamanho
de um local de armazenamento se deve ajustar ao tamanho do material a ser armazenado, ou
seja, nunca armazenar um produto que ocupa 3 metros cúbicos num local com capacidade
para armazenar um produto que ocupa 9 metros cúbicos. É necessário a existência de uma
larga variedade de tamanhos, a nível de armazenamento, de modo a que produtos diferentes
possam ser armazenados de forma diferente. Não se deve ter em consideração o tamanho
físico de um só produto mas sim a quantidade total a ser armazenada desse mesmo produto,
pois os layouts e métodos de armazenamento variam com a quantidade, e é completamente
diferente armazenar 2 paletes de um determinado produto e armazenar 200 paletes desse
mesmo produto (Tompkins et al., 2003, p. 444).

Características – Os produtos têm todos eles características diferentes o que vai permitir o seu
armazenamento e manipulação de diferentes maneiras, no entanto não podemos ignorar
essas mesmas características ocorrendo numa má gestão de armazenamento. Tem de se ter
em consideração os diversos tipos de produtos:

Produtos perecíveis – quando se fala de produtos perecíveis estamos a falar de matéria com
um prazo de validade curto, porque o seu conteúdo é rápidamente degradado, logo o seu
processo de armazenamento tem de ser controlado de outra maneira e tendo sempre em
linha de conta a sua perda.

Materiais frágeis e de forma estranha – considerando a características de alguns produtos em


que predomina a forma do produto, o seu armazenamento não pode ser efectuado tendo só
em linha de conta o tipo de armazenamento definido anteriormente, alguns produto não se
encaixam nas áreas de armazenamento previamente definidas, mesmo quando diversos
tamanhos de armazém estão disponíveis. Produtos com formas estranhas,levam a problemas
com o seu manuseamento e armazenamento. Quando se é confrontado com produtos com
formas diferentes o armazenamento dos mesmos dever-se-á criar um espaço aberto. Por
outro lado se os produtos a serem armazenados forem produtos frágeis, ou se existirem
elementos externos tal como a humidade for alta devem ser feitas adequações no respectivo
armazém.

Materiais perigosos – Ao efetuar o manuseamento e armazenagem de produtos considerados


perigosos, dando como exemplo, produtos químicos inflamáveis, gás entre muitos outros tem
de se ter em consideração o seu armazenamento num espaço separado e isolado, a juntar a
esse armazenamento tem de ser consideradas as regras de segurança, considerando sempre o
seu isolamento de modo a minimizar o risco de exposição dos trabalhadores.
Itens de segurança – A principal premissa para todos os materiais em armazém leva-nos a dizer
que qualquer produto pode ser alvo de furto. Mas se forem considerados os materiais com
alto valor unitário essa premissa torna-se superior, para minimizar este risco é criada uma
proteção adicional na área onde se efectua o armazenamento.

Compatibilidade – pelas características de alguns produtos devemos considerar o seu


armazenamento em locais distintos. Quando se fala por exemplo de produtos químicos pode-
se considerar alguns que não são perigoso se estiverem sozinhos, mas que em contacto com
outros materiais químicos poder-se-ão tornar perigosos, podendo levar a reacções que podem
colocar em risco o armazém e os respectivos produtos. Consideramos também outro tipo de
produtos para dar o exemplo de que não são só os produtos perigosos como também outros
produtos carecem de espaço físico diferenciado de modo a não serem “contaminados”, como
exemplo, ao termos no mesmo espaço de refrigeração manteiga e peixe a manteiga
rapidamente absorve o odor do peixe. Deste modo ocorríamos num erro de armazenamento.
O facto de ambos precisarem de refrigeração levar-nos-ia a agrupá-los no mesmo espaço no
entanto, tem de se ter sempre em consideração o item da compatibilidade (Tompkins et al.,
2003, p. 444).

Utilização de espaço – Quando se fala em ergonomia de espaço, tem de se considerar todas as


necessidades necessárias e ideais para o armazenamento dos produtos.Para efetuar o
planeamento da armazenagem ou acomodação dos produtos bem como a optimização no seu
manuseamento tem de ser desenvolvido um layout que irá permitir a maximização da
utilização do espaço de armazenamento conjugado com o nível de serviço prestado e também
com o tipo de produto a ser armazenado. A conjugação de todos estes factores vai permitir
uma maior qualidade no serviço prestado bem como, uma maior celeridade dos mesmos.
Quando se fala do layout devem ser considerados vários factores:

Conservação do espaço – o factor de conservação do espaço vai permitir a utilização de maior


quantidade de produto por metro cúbico, minimizando o honeycombing. Existe uma relação
directa entre o aumento da concentração do espaço e a flexibilidade, registando-se também
um aumento da capacidade de manusear grandes encomendas. A utilização do metro cúbico
vai aumentar, armazenando, permitindo armazenar os materiais na altura e profundidade
apropriadas, este factor vai contribuir para minimizar o honeycombing. O honeycombing
ocorre também a partir da movimentação incorrecta de materiais do armazém.

Limitações de espaço – A utilização do espaço será limitada pela construção do armazém


considerando as vigas, os detectores de fumos, os sprinklers, a altura do tecto, capacidade de
carga do piso, postes, colunas. Em consideração deve-se ter também a a altura de segurança
de empilhamento de materiais. Ao efectuar–se a construção ou remodelação de um espaço
para armazenamento tem de se ter presente a capacidade de carga do piso, elemento de
grande importância para uma estrutura com vários pisos, para que não existiam riscos e, não
tenha uma repercussão negativa no armazenamento de materias tem de se considerar o
posicionamento dos postes e colunas de maneira harmonioza de modo a que ao
armazenamento seja feito de uma forma compacta em torno da estrutura. Uma das vertentes
a ter em linha de conta são as alturas de segurança de empilhamento de materiais, estas pode-
se dizer que estão directamente relacionadas com o conteúdo e estabilidade dos mesmos, se o
material a ser armazenado tiver caracteristicas frágeis o tipo de armazenamento terá de ser
diferente, isto é para cada tipo de material tem de existir um adequamento de armazenagem,
não descurando nunca a relação com o espaço envolvente e a sua segurança. Quando se fala
em empilhamento e segurança, focamos os materiais cujas caracteristicas próprias só
permitem o tratamento manual, nessses casos a sua disposuição no armazém deve ser feita de
um modo que os operadores possam manusea-los sem dificuldade, em segurança e de uma
forma célere.

Acessibilidade – a acessibilidade e as limitações de espaço encontram-se relacionadas na


estrutura de um armazém, o enfoque que por vezes é dado a na utilização de espaço origina
nalguns casos uma dificuldade no aos materiais. Na construção de um armazém deve ter
sempre presente o layout do mesmo, devem existir e fazer-se cumprir os objectivos
previamente definidos para uma boa acessibilidade aos produtos que irão estar armazenados
naquele local. Quando se fala em acessibilidade consideram-se os corredores por onde irão
passar pessoas, empilhadores entre outros, para além disso tem de se considerar a localização
de portas, de modo a que o seu acesso por entre os corredores seja directo. Pretende-se com
esta estrutuira ganhar tempo, evitando maiores dificuldades nas movimentações e perdas de
tempo, para além disso os corredores devem sempre ser estruturados tendo em conta a sua
largura, essa largura deve ser criteriosamente definida tendo em consideração espaço e
desperdicio, isto quer dizer que têm de ter duimensões em que seja possivel a movimentação
mas, ao mesmo tempo não devem ter desperdicio de espaço, têm de ser adaptados ao tipo de
equipamento que vai ser utilizado para que todo o processo seja eficaz.

Ordem – O princípio da ordem salienta o facto de que um bom “warehouse keeping” começa
com a ideia de um house keeping. Seguindo o raciocinio que serve de base ao principio da
ordem, os mesmos corredores que devem ser construidos considerndo a boa acssibilidade e as
limitações de espaço tamém devem ser devidamente identificados com uma sinalética
própria(Fita de corredor ou tinta), para que não ocorram situações de intromissão no espaço
definido préviamante como corredor de acesso, o que iria provocar uma maior dificuldade por
parte dos operadores ao seu acesso. Os espaços sem material, espaços vazios deve ser
evitado, logo devem ser corrigidos, isto é, se um espaço é projectado para ter 5 paletes e, no
processo de armazenamento, 1 palete viola o espaço disponibilizado para uma outra palete,
vai resultar daqui um espaço vazio. Devido a isso, apenas 4 paletes podem ser armazenadas na
área previamente projectada para 5 paletes. O espaço perdido da 5ª palete não será
recuperado até toda a área de armazenamento ser esvaziada (Tompkins et al., 2003, p. 445).
Método de armazenagem

Segundo a profundidade de armazenagem pode-se constituir algumas regras da colocação de


mercadorias: caso as mercadorias entrem e saiam pela mesmo local do armazém então deve-
se colocar as mercadorias com mais procura o mais perto possível deste local. Outro caso será
se as mercadorias entram e saem da zona de armazenamento por diferentes locais e são
recebidos e enviados na mesma quantidade então os produtos de maior popularidade deverão
ser colocados no caminho mais direto entre o local de entrada e partida. Também se os
produtos entram e saem do armazém por locais e diferentes e são recebidos e enviados em
quantidade diferentes, então os artigos mais procurados e com a razão de recepção e
expedição menores deverão ser colocados perto do local de envio do caminho mais direto
entre as zonas de recepção e expedição. Por último, os artigos mais procurados e com a razão
de recepção e expedição maior deverão ser colocados perto da zona de recepção no caminho
mais direto entre as zonas de recepção e expedição

Nesta secção vão ser analisados quatro modelos de armazenagem: por empilhamento, em
profundidade e armazenagem em estantes com profundidade dupla e simples. É usada a
seguinte notação (Tompkins et al., 2003, p. 556-558):

= quantidade média de área no chão necessária durante a permanência de um lote no


armazém;

= quantidade média de área no chão necessária, com empilhamento e sem stock de


segurança;

= tamanho do lote a armazenar, em unidades de carga;

= largura de uma unidade de carga;

= comprimento ou profundidade de uma unidade de carga;

= afastamento lateral entre unidades de carga ou entre uma unidade de carga e uma estante
vertical;

= largura da prumada das estantes;

= largura do corredor de armazenagem;


= profundidade do espaço de ventilação entre as traseiras das estantes de armazenagem;

= profundidade de uma fila de armazenagem, em unidades de carga;

= altura da pilha ou níveis de armazenagem, em unidades de carga;

= número de filas de armazenagem necessárias para conterem unidades de carga com


empilhamento ou menor inteiro, maior ou igual a ;

= número de filas de armazenagem em profundidade necessárias para unidades de carga ou


menor inteiro, maior ou igual a ;

= número médio de filas de armazenagem necessárias durante a permanência de um lote no


armazém, com empilhamento;

= número médio de filas de armazenagem em profundidade necessárias durante a


permanência de um lote no armazém.

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