O documento discute como a abordagem Taubman impactou positivamente o estudo do piano do aluno, principalmente no que se refere ao agrupamento de notas, movimentos de rotação e in and out.
O documento discute como a abordagem Taubman impactou positivamente o estudo do piano do aluno, principalmente no que se refere ao agrupamento de notas, movimentos de rotação e in and out.
O documento discute como a abordagem Taubman impactou positivamente o estudo do piano do aluno, principalmente no que se refere ao agrupamento de notas, movimentos de rotação e in and out.
Curso: Superior de Instrumento – Piano Disciplina: Didática II Prof.ª Carmen Célia Fregoneze Ano: 4º
Talvez o principal ponto na abordagem Taubman que me lembro de ser trabalhado
desde a primeira aula com a prof.ª Carmen Célia Fregoneze foi a questão do agrupamento. Me lembro que trabalhamos o primeiro estudo de Cramer, em dó maior, e a orientação era não pensar nota a nota, mas agrupar aquelas semicolcheias por impulsos combinados com os movimentos semicirculares do pulso (por cima, por baixo). Essa maneira de pensar me ajudou naquela ocasião e tem me ajudado em todo o repertório trabalhado desde então, pois é comum nos depararmos com passagens que exigem velocidade e precisão de toque e isso quase sempre se torna um grande desafio a ser conquistado. É evidente que são passagens trabalhosas, mas se são abordadas e estudadas com um pensamento focado nos impulsos e movimentos combinados (dedos, pulso, braço, antebraço), elas serão conquistadas de uma maneira muito menos “sofrida”, se posso assim dizer. Os movimentos de rotação também são incríveis se pensarmos, por exemplo, nos grandes saltos intervalares. A nossa tendência é sempre apelar para o estiramento das mãos (ainda mais se o pianista tem a mão grande), o que causa grande tensão e travamento do aparelho pianístico. A rotação (juntamente com o movimento lateral do antebraço) me ajudou a entender que é possível alcançar esses intervalos independentemente do tamanho das nossas mãos com o intuito de evitar essa tensão que trava o movimento. O conceito de in and out (dentro e fora) onde o in seria tocar mais para “dentro” do teclado, ou seja, em direção à tampa do teclado, e o out seria tocar mais para “fora”, em direção ao nosso corpo. Pode parecer até um conceito bem simples, mas que, pelo menos para mim, sempre passou um pouco despercebido. Eu jamais pensaria que mover a mão em direção à diferentes regiões da tecla poderia me ajudar a tocar melhor uma passagem mais difícil, por exemplo. O in and out também me ajudou a perceber alguns problemas de desvio do pulso (ulnar e radial) e a curvatura excessiva dos dedos (quase que formando um gancho) que são bem comuns de acontecer quando tentamos de alguma forma alinhar todos os dedos numa mesma região do teclado. Posicionar alguns dedos mais para dentro e outros para fora, formando diferentes shapes para cada necessidade, ajuda muito a resolver esse tipo de problema. Este meu relato trouxe apenas alguns dos conceitos da Taubman, tendo em vista que esta é uma abordagem muito mais ampla. Levando em conta de que vários dos conceitos estão interligados, é possível que eu tenha esquecido de mencionar alguns deles, porém os que aqui estão são os que mais me vem à mente ao se falar sobre como a técnica da Taubman impactou o meu estudo do piano.