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Questão 1 (2,5): A tabela abaixo foi obtida e adaptada do trabalho científico, Eur J Pharm
Sci. 2014 Aug 1;59:94-103. Neste trabalho, os autores avaliam os efeitos da probenecida
(probenecid, 1500 mg por paciente) sobre a concentração plasmática da benzilpenicilina.
Considerando os parâmetros avaliados:
1) AUC0-8 – Área sob a curva da concentração plasmática da benzilpenicilina de 0 a
8 horas após a administração da benzilpenicilina (nM x h)
2) A taxa de depuração renal da benzilpenicilina em relação à concentração
plasmática – Clrenal,p
3
Ligação de [H ]CP55,940
% de incorporação de GTPγS, mudança
em relação ao nível basal
Concentração do ligante
Concentração do ligante
(log da concentração molar)
Questão 1 (2,5): De acordo com a tabela, a área sob a curva da concentração
plasmática da benzilpenicilina ao longo do tempo aumenta na presença de
probenecida, indicando que a probenecida reduz a depuração global da
benzilpenicilina (1,0). A probenecida reduz a taxa de depuração renal, sugerindo
que o mecanismo subjacente ao efeito da probenecida envolve a inibição da excreção
renal da benzilpenicilina (1,0). Considerando que a benzilpenicilina é captada por
um mecanismo dependente do transportador de ácidos orgânicos OAT3, figura B) e
que a probenecida inibe a captação da benzilpenicilina, figura D), podemos sugerir
um mecanismo proposto para a ação da probenecida que envolve a inibição do
transporte ativo renal mediado por OAT3 que contribui para a excreção renal da
benzilpenicilina (0,5).
Questão 2 (2,5): A ativação dos receptores opioides delta promove a
hiperpolarização da membrana neuronal, uma vez que o tratamento com um
análogo estável do GTP prolonga a hiperpolarização neuronal, isto indica que o
receptor opioide delta atua por meio da ativação de um receptor acoplado a proteína
G, pois o análogo estável por não ser hidrolisado permanece ligado à proteína G no
estado ativo, sustentando a sinalização mediada pelo receptor delta. (1,25). O
receptor opioide delta promove a ativação de correntes de saída de potássio, o que
promove a hiperpolarização neuronal por meio da perda de potássio e aumento do
potencial interno negativo da membrana interna (1,25).
Questão 3 (2,5): O propranolol exerce um antagonismo competitivo reversível, pois
aumentos na concentração de isoprenalina são capazes de reestabelecer a resposta
de seus receptores, sem afetar a resposta máxima, isso é demonstrado pela ausência
de redução da inclinação das curvas na presença do propranolol e deslocamento à
direita da curva de resposta em função da concentração da isoprenalina na presença
de concentrações crescentes do propranolol (2,5).
Questão 4 (2,5): Todos os fármacos demonstram ligação aos receptores CB1, a
ligação de todos estes fármacos se dá em um sítio de ligação similar de modo
competitivo (provavelmente o sítio ortostérico), uma vez que todos os compostos
reduzem a ligação do CP55,940, um agonista primário dos receptores CB1 (0,5). De
acordo com a figura B, CP55,940, WIN55,212-2 são agonistas plenos dos receptores
CB1 (0,5), o canabinol é um antagonista competitivo neutro (0,5) e o SR141716A
(0,5) é um agonista inverso. Isso pode ser deduzido pelo fato dos fármacos com ação
agonista promoverem incorporação do GTPgamaS, um análogo de GTP, ao passo
que o agonista inverso SR141716A reduz a ativação constitutiva, e portanto,
incorporação de GTPgamaS pelos receptores CB1. O receptor CB1 é um receptor
acoplado a proteínas G e deste modo, quando ativado, promove a troca de GDP na
subunidade alfa por GTPgamaS (0,5).