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Mod. 6 - Licenciamento e Direito Imobiliário
Mod. 6 - Licenciamento e Direito Imobiliário
VII
RESUMO DO TÓPICO 3..................................................................................................................... 40
AUTOATIVIDADE............................................................................................................................... 41
VIII
TÓPICO 3 – ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA E CONSÓRCIO PARA A
AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS.......................................................................................... 91
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................................... 91
2 ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE BEM IMÓVEL.......................................................................... 91
3 MODELO DE CONTRATO DE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE BEM IMÓVEL
(CONFORME LEI Nº 9.514/97)......................................................................................................... 92
4 CONSÓRCIO PARA AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS (CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO)............ 98
LEITURA COMPLEMENTAR............................................................................................................. 105
RESUMO DO TÓPICO 3..................................................................................................................... 108
AUTOATIVIDADE............................................................................................................................... 109
REFERÊNCIAS....................................................................................................................................... 155
IX
X
UNIDADE 1
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
• ter uma visão geral da Ciência do Direito, bem como de suas subdivisões;
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos, com um conteúdo que irá
ajudar você a ter uma noção geral de Direito, buscando contextualizar o
Direito Imobiliário como ramo do Direito Civil e especialmente ligado ao
Direito das Coisas. Ao final de cada tópico você encontrará atividades que
contribuirão para uma melhor fixação do conteúdo.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
CONCEPÇÃO DE DIREITO
1 INTRODUÇÃO
Para que possamos estudar o Direito Imobiliário é importante que primeiro
entendamos alguns conceitos ligados à ciência do Direito (afinal, o que é Direito?)
para, então, conhecermos o Direito Civil e, finalmente, o Direito Imobiliário. Por
isso, neste tópico estudaremos este e alguns conceitos importantes ligados à
Introdução ao Estudo do Direito.
2 NOÇÕES DE DIREITO
A palavra “direito” vem do latim directum, “literalmente direto, trazendo
à mente a concepção de que o direito deve ser uma linha direta, isto é, conforme
uma regra” (GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2003, p. 2).
3
UNIDADE 1 | NOÇÕES GERAIS DE DIREITO – DIREITO CIVIL – DIREITO IMOBILIÁRIO
Isto posto, podemos dizer que a lei é a principal fonte do Direito, como
se vê do art. 4º da Lei de Introdução do Código Civil, “Quando a lei for omissa, o
juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais
de Direito”.
5
UNIDADE 1 | NOÇÕES GERAIS DE DIREITO – DIREITO CIVIL – DIREITO IMOBILIÁRIO
6
TÓPICO 1 | CONCEPÇÃO DE DIREITO
O juiz julgará com emprego da analogia quando “um fato não foi regulado
de modo direto ou específico em lei de ser julgado pelo juiz e esse vai buscar a
solução em uma lei prevista para uma hipótese distinta, mas semelhante ao caso não
regulado” (RAPOSO; HEINE, 2004, p. 31).
7
UNIDADE 1 | NOÇÕES GERAIS DE DIREITO – DIREITO CIVIL – DIREITO IMOBILIÁRIO
A relação jurídica pode ser pessoal, quando envolve relação das pessoas
entre si (ex.: contratos) ou real, quando envolve as relações das pessoas com as
coisas, como, por exemplo, no direito de propriedade ou posse sobre um imóvel.
3 DIREITO POSITIVO
Segundo Raposo e Heine (2004, p. 27), “Direito Positivo é o conjunto da
legislação em vigor num determinado país”. Já para Rizzatto Nunes (2003, p.
115), o Direito Positivo “é o conjunto das normas jurídicas escritas e não escritas
(o costume jurídico), vigentes em um determinado território e, também, na órbita
internacional na relação entre os Estados [...]”. Esta noção se opõe ao conceito
de Direito Natural, que é anterior ao Direito Positivo e que se origina da própria
natureza, a exemplo do direito à vida, que independe da vontade humana.
8
TÓPICO 1 | CONCEPÇÃO DE DIREITO
Constitucional
Administrativo
Tributário
Processual
Penal
Eleitoral
Interno Militar
Público
Público
Externo Internacional
Direito Trabalho Privado
Civil
Privado
Comercial
FONTE: A autora
9
UNIDADE 1 | NOÇÕES GERAIS DE DIREITO – DIREITO CIVIL – DIREITO IMOBILIÁRIO
4 DIREITO CIVIL
Para iniciarmos o estudo do Direito Civil, vamos trazer um conceito da
doutrina de Füher e Milaré (2005, p. 224), Direito Civil é visto como “o conjunto
de normas que regulamentam as relações jurídicas dos particulares entre si”.
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RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, caro(a) acadêmico(a), estudamos algumas noções de
Direito, através das quais aprendemos:
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AUTOATIVIDADE
DIREITO
DIREITO OBJETIVO
LEI
COSTUME
JURISPRUDÊNCIA
DOUTRINA
EQUIDADE
ANALOGIA
GRUPO 1
(1) Direito Nacional.
(2) Direito Internacional.
(3) Direito Público.
(4) Direito Privado.
GRUPO 2
( ) .................... é o ramo do Direito Positivo que rege as relações em que o
sujeito é o Estado, tutelando os interesses gerais e visando ao fim social,
quer perante seus membros, quer perante os outros estados.
( ) .................... tem por objetivo a regulamentação das relações dos particulares
entre si, sem que o Estado tome parte nesta relação.
( ) ..................... aquele que rege as relações jurídicas dentro do direito aplicável
ao território do Estado.
( ) ....................... rege as relações entre os Estados soberanos.
12
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Caro(a) acadêmico(a)! Agora que você já aprendeu as noções básicas da
Introdução ao Estudo do Direito, vamos estudar outros conceitos importantes
que vão nos preparar para o estudo específico do Direito Imobiliário. Neste
tópico entenderemos principalmente como se estrutura o Direito Civil, para então
ingressarmos no estudo do Direito Imobiliário, no Tópico 3.
A figura a seguir nos ajudará a ter uma visão melhor desta divisão.
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UNIDADE 1 | NOÇÕES GERAIS DE DIREITO – DIREITO CIVIL – DIREITO IMOBILIÁRIO
DAS PESSOAS
DIREITO DA EMPRESA
DIREITO DAS
SUCESSÕES
FONTE: A autora
DICAS
É importante ressaltar que esta parte geral do Código Civil traz regras que
se aplicam a todos os ramos do Direito, que compõem a parte especial do Código,
e também será aplicável nas transações imobiliárias. Então, vamos em frente?
14
TÓPICO 2 | DIREITO CIVIL – PARTE GERAL E PARTE ESPECIAL
Sujeito de Direito
Passivo Responsável pelo cumprimento
de uma obrigação
FONTE: A autora
ATENCAO
Não são somente as pessoas físicas que são sujeitos de direito. Também
poderão ser sujeitos de direito, por exemplo, as empresas, os condomínios etc.
A capacidade jurídica, por sua vez, é a “aptidão de alguém para exercer por
si os atos da vida civil” (BEVILÁCQUA apud ULHOA, 2006, p. 158). Uma pessoa
física pode ter personalidade jurídica para praticar um determinado ato da vida
civil, porém ser incapaz para praticá-lo por si só, ou “pessoalmente”, conforme
diz o Código Civil. A capacidade é a regra, como nos ensina Coelho (2006, p. 160):
16
TÓPICO 2 | DIREITO CIVIL – PARTE GERAL E PARTE ESPECIAL
UNI
Você já está estudando há mais de uma hora? É bom então levantar, relaxar um
pouco, quem sabe tomar água, para irmos em frente. Que tal?
17
UNIDADE 1 | NOÇÕES GERAIS DE DIREITO – DIREITO CIVIL – DIREITO IMOBILIÁRIO
Apenas a pessoa jurídica responde por suas obrigações como regra geral,
podendo, contudo, ocorrer a desconsideração da pessoa jurídica, nos casos previstos
em lei, tanto no Código Civil como no Código do Consumidor em caso de abuso
por parte dos seus componentes, a exemplo do que ocorre quando usam a pessoa
jurídica para cometer fraudes. Quando houver a desconsideração da pessoa jurídica,
os bens particulares de seus integrantes poderão responder por dívidas da empresa.
Este documento deverá ser redigido de acordo com o que dispõe a lei. Para
que a pessoa jurídica exista juridicamente, passando assim a ser sujeito de direito,
é necessário o registro deste documento no órgão competente (Junta Comercial
ou Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas ou Títulos e Documentos, conforme
18
TÓPICO 2 | DIREITO CIVIL – PARTE GERAL E PARTE ESPECIAL
As sociedades, por sua vez, de acordo com o Código Civil, podem ser
classificadas em empresárias ou simples.
A associação, por sua vez, caracteriza-se como sendo “a pessoa jurídica em que
se reúnem pessoas com objetivos comuns de natureza não econômica” (COELHO,
2006, p. 248). O mesmo professor exemplifica como associações as constituídas
por moradores de um bairro, “Associação de Moradores”, ou uma “Associação de
Lojistas” de uma cidade.
Empresárias lucro
Sociedade atividade econômica
Simples ativ. Intelec.
Pessoas Jurídicas de
Direito Privado Associação atividade não econômica objetivos comuns
FONTE: A autora
O domicílio da pessoa jurídica é o local que for escolhido nos seus atos
constitutivos, ou, em não tendo havido esta escolha, será considerado como
domicílio o local de sua sede, por ser este o local em que deverá cumprir suas
obrigações.
2.4 BENS
Para compreendermos melhor o conceito de bem, precisamos entender
que, para o Direito, “bem” e “coisa” não se confundem. Coisa “é tudo aquilo que
existe, excluído o homem” (RIOS, 1999, p. 31), enquanto Bens “são as coisas úteis
ou com valor econômico” (RIOS, 1999, p.31) e que podem ser apropriadas pelo
homem.
Podemos, pois, chamar de bem “tudo aquilo que satisfaz uma obrigação”
(GONÇALVES, 2007, p. 238), podendo também ser considerados bens as “coisas
materiais, concretas, úteis aos homens e de expressão econômica, suscetíveis de
apreciação, bem como as de existência imaterial economicamente apreciáveis”
(GONÇALVES, 2007, p. 239).
20
TÓPICO 2 | DIREITO CIVIL – PARTE GERAL E PARTE ESPECIAL
Os imóveis, como regra geral, são os bens “que não se pode transportar,
sem destruição, de um para o outro lugar” (BEVILÁCQUA apud GONÇALVES,
2006, p. 246).
21
UNIDADE 1 | NOÇÕES GERAIS DE DIREITO – DIREITO CIVIL – DIREITO IMOBILIÁRIO
Civil, são os móveis, cujo uso importa destruição imediata da própria substância,
sendo também considerados tais os destinados à alienação, e inconsumíveis os
que podem ser utilizados sem que haja destruição de sua substância.
22
TÓPICO 2 | DIREITO CIVIL – PARTE GERAL E PARTE ESPECIAL
E
IMPORTANT
Os bens particulares, por sua vez, salvo as exceções previstas na lei civil,
poderão ser alienados e, assim, transferido o direito de propriedade sobre eles,
quando forem, por exemplo, objeto de contrato de compra e venda, doação e
outras transações imobiliárias.
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UNIDADE 1 | NOÇÕES GERAIS DE DIREITO – DIREITO CIVIL – DIREITO IMOBILIÁRIO
TUROS
ESTUDOS FU
PRINCIPAIS
BENS
PRODUTOS
NATURAIS
ACESSÓRIOS FRUTOS
CIVIS
PERTENÇAS COMERCIAIS
BENFEITORIAS
FONTE: A autora
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TÓPICO 2 | DIREITO CIVIL – PARTE GERAL E PARTE ESPECIAL
Desta forma,
FATOS NATURAIS
(Independem da
vontade)
FATOS JURÍDICOS
LÍCITOS
FATOS HUMANOS
(ATOS HUMANOS)
(Dependem da
vontade) ILÍCITOS
FONTE: A autora
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UNIDADE 1 | NOÇÕES GERAIS DE DIREITO – DIREITO CIVIL – DIREITO IMOBILIÁRIO
E
IMPORTANT
Porém, para que o negócio jurídico seja VÁLIDO, ou seja, para que possa
produzir os efeitos de criar, modificar, transferir ou extinguir direitos, é necessário
que estejam presentes seus requisitos de validade, previstos no art. 104 do Código
Civil:
Para que o agente seja CAPAZ, é preciso que tenha CAPACIDADE CIVIL,
que é a aptidão para praticar por si os atos da vida civil, sendo que em caso
de incapacidade absoluta do agente (por exemplo, menores de 16 anos), ele será
representado e, em caso de incapacidade relativa (por exemplo, maior de 16 e
menor de 18 anos), o agente será assistido. Estes conceitos já foram estudados no
Tópico 1.
26
TÓPICO 2 | DIREITO CIVIL – PARTE GERAL E PARTE ESPECIAL
Desta forma, um contrato, que seja firmado dentro do que dispõe a lei, será
um ato jurídico lícito, pois seu efeito será aquele esperado, ou seja, o pagamento
do preço resultará na transferência da propriedade. Já um acidente de trânsito
será um ato ilícito, pois gerará efeitos não pretendidos pelas partes envolvidas.
De uma forma simplificada, podemos dizer que, no erro, a pessoa não tem
noção da verdade, e, se soubesse, a manifestação da vontade seria diferente. No
dolo, há o emprego de um artifício para induzir alguém para realizar o negócio
em benefício próprio ou de terceiro. Na coação, há um fundado temor de dano
próximo a acontecer (iminente) à pessoa, à família ou aos seus bens. Na fraude
a credores, o devedor se desfaz de seus bens, de forma maliciosa, para escapar
das dívidas. O estado de perigo ficará demonstrado quando alguém se obrigar,
por uma prestação muito onerosa, para salvar a si, pessoa de sua família, ou
outro ente querido de grave dano conhecido da outra parte. Por fim, haverá lesão
quando uma pessoa, em razão de necessidade ou inexperiência, se obriga por
uma prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta,
por exemplo, quando uma pessoa vende um bem por um valor muito inferior ao
que ele realmente vale, por dificuldades financeiras.
27
UNIDADE 1 | NOÇÕES GERAIS DE DIREITO – DIREITO CIVIL – DIREITO IMOBILIÁRIO
O Direito das Coisas, por sua vez, disciplina a relação que “se estabelece
entre as pessoas e os bens, como a propriedade, a posse ou a hipoteca” (FÜHER;
MILARÉ, 2005, p. 224).
Por fim, “o Direito das Sucessões tem por objetivo dispor sobre como
ocorrerá a transmissão dos bens das pessoas falecidas” (FÜHER; MILARÉ, 2005, p.
224).
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RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, caro(a) acadêmico(a), você teve a oportunidade de estudar
os conteúdos apresentados no resumo a seguir:
• A parte geral se divide em três livros: das pessoas, dos bens e dos fatos jurídicos.
29
AUTOATIVIDADE
2 Por isso, podemos dizer que são bens _______________ aqueles “que não se
pode transportar, sem destruição, de um para outro lugar” (BEVILÁCQUA
apud GONÇALVES, 2006, p. 246).
30
12 Um ato jurídico que não tenha os requisitos de validade não produzirá
____________.
31
32
UNIDADE 1
TÓPICO 3
DIREITO IMOBILIÁRIO
1 INTRODUÇÃO
Agora que já conhecemos o Direito Privado, o Direito Civil e suas
subdivisões, vamos iniciar o estudo do Direito Imobiliário, em que se estudam
as várias formas de aquisição e perda da propriedade, o direito de construir e o
direito de vizinhança.
Ramo do direito que regula as relações jurídicas que dizem respeito a bens
imobiliários ou imóveis.
33
UNIDADE 1 | NOÇÕES GERAIS DE DIREITO – DIREITO CIVIL – DIREITO IMOBILIÁRIO
Você lembra o conceito de bem imóvel que vimos no item anterior? Que
tal dar uma relembrada?
São vários os institutos que compõem o Direito das Coisas, tais como:
a posse, a propriedade, a habitação e o usufruto. Estes institutos são chamados
de direitos reais porque tratam de direitos sobre as coisas, que, em latim, são
chamados res. Este é o tema do nosso próximo tópico, mas antes vamos conhecer
outros importantes institutos do Direito das Coisas e das Obrigações que também
se aplicam ao Direito Imobiliário.
34
TÓPICO 3 | DIREITO IMOBILIÁRIO
35
UNIDADE 1 | NOÇÕES GERAIS DE DIREITO – DIREITO CIVIL – DIREITO IMOBILIÁRIO
OBRIGAÇÃO
DAR FAZER
NÃO FAZER
FONTE: A autora
36
TÓPICO 3 | DIREITO IMOBILIÁRIO
37
UNIDADE 1 | NOÇÕES GERAIS DE DIREITO – DIREITO CIVIL – DIREITO IMOBILIÁRIO
Quem deve pagar o próprio devedor, outra pessoa por ele, a não ser que a
obrigação seja personalíssima (que só pode ser cumprida pelo próprio devedor), por
exemplo, a obrigação de pintar um quadro.
A quem se deve pagar a obrigação, como regra geral, deve ser paga ao
próprio credor, ou pessoa por ele autorizada, para ter eficácia.
Local do pagamento a obrigação, como regra geral, deve ser paga no local
que for convencionado. Na omissão, deverá ser cumprida no domicílio do devedor. Se
a prestação for a entrega do imóvel ou prestação relativa a este, o local do pagamento
será o da localização do bem.
A mora tanto pode ser do devedor (que não paga) ou do credor (que se
recusa a receber). O devedor poderá ficar, assim, sujeito ao pagamento de multa,
juros, ou outros encargos previstos no contrato.
38
TÓPICO 3 | DIREITO IMOBILIÁRIO
A cláusula penal, por sua vez, será aplicada quando houver descumprimento
da obrigação, a exemplo do que acontece nos aluguéis, quando o locador ou locatário
quiser terminar antecipadamente o contrato, ficando sujeito ao pagamento de três
meses de aluguel.
Por fim, temos as arras ou sinal de negócio. As arras são uma quantia que
o comprador paga ao vendedor para garantir o negócio (arras compensatórias),
ou como compensação pelo arrependimento (arras penitenciais). Conforme o
Código Civil, quando o comprador desistir do negócio, perderá os valores das
arras em favor do vendedor. Quando for o vendedor o desistente, este deve
devolver o que recebeu em dobro.
TUROS
ESTUDOS FU
39
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, caro(a) acadêmico(a), você teve oportunidade de estudar
alguns itens, como:
• Alguns institutos do Direito das Coisas são utilizados pelo Direito Imobiliário,
tais como a posse e a propriedade.
40
AUTOATIVIDADE
5 Cite três institutos do Direito das Coisas que são estudados pelo Direito
Imobiliário.
41
42
UNIDADE 1
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Como dissemos anteriormente, o direito real “é o direito que afeta a coisa,
direta ou indiretamente, seguindo-a e buscando-a com quem se encontre” (RIOS,
1999, p. 63). É o chamado direito de sequela, que cria um vínculo jurídico entre
a pessoa e o bem e permite, por exemplo, que aquela entre na justiça para pedir
uma reintegração de posse de suas terras invadidas. Além disso, tem efeito erga
omnes, o que significa dizer que, estando devidamente registrado no Registro de
Imóveis, tem validade contra todos, sem que se possa alegar desconhecimento da
titularidade deste direito.
Podem ser objeto de direito real coisas apreciáveis, “de valor ou interesse
econômico” (RIOS, 1999, p. 62). Existem os direitos reais sobre as coisas próprias,
como a propriedade e os direitos reais sobre as coisas alheias, tais como a
hipoteca e o usufruto e o penhor. Como estamos estudando o Direito Imobiliário,
restringiremos nosso estudo à posse e propriedade e aos direitos reais sobre coisas
alheias que têm por objeto os imóveis. Iniciaremos pelo estudo da propriedade,
principal objeto do Direito Imobiliário.
2 PROPRIEDADE
Segundo o art. 1.228 do Código Civil, a propriedade ou domínio é o direito
que seu titular possui de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la de
quem injustamente a possua ou detenha. É garantido pela Constituição Federal
em seu art. 5º, XXII da Carta Magna, que, porém, diz que a propriedade deve
atender à sua função social. Esta limitação também está expressa no parágrafo
primeiro do referido art. 1228 do Código Civil. De forma esquematizada, temos
os direitos e seus conceitos, conforme expõem Raposo e Heine (2004).
43
UNIDADE 1 | NOÇÕES GERAIS DE DIREITO – DIREITO CIVIL – DIREITO IMOBILIÁRIO
DIREITOS DO PROPRIETÁRIO
DIREITO DE SEQUELA
FONTE: Adaptado de Raposo e Heine (2004, p. 84)
UNI
Você já ouviu dizer que quem não registra não é dono? O que é então este
título e este registro? Vamos ver em seguida.
44
TÓPICO 4 | DIREITOS REAIS – PROPRIEDADE E POSSE
ATENCAO
Você viu que, para ser proprietário de um bem imóvel, não basta ter um
contrato ou uma escritura. É preciso que esta escritura esteja registrada no Registro
de Imóveis. Assim, se um imóvel for vendido duas vezes, será considerado
proprietário aquele que primeiro registrar a escritura.
45
UNIDADE 1 | NOÇÕES GERAIS DE DIREITO – DIREITO CIVIL – DIREITO IMOBILIÁRIO
arrancada por força natural violenta) ou pelo álveo abandonado (leito de rio que
secou). A acessão de forma artificial ocorre pelas construções e as plantações, que
segundo art. 1.253 do CC, presumem-se feitas pelo proprietário às suas custas. Já
vimos como se adquire a propriedade. E como se perde?
• abandono do imóvel;
• perecimento da coisa;
3 POSSE
Posse, segundo Raposo e Heine (2004, p. 81), é “a ocupação de uma coisa”.
O Código Civil considera, em seu art. 1196, como possuidor aquele que tem, de
fato ou não, algum dos poderes relativos à propriedade. O locatário pode ser
citado como exemplo de possuidor. Ele tem o poder de usar a coisa e de buscá-la
de alguém que injustamente a possua.
46
TÓPICO 4 | DIREITOS REAIS – PROPRIEDADE E POSSE
FONTE: A autora
• Posse nova e posse velha: diz-se posse nova aquela que é exercida pelo
possuidor há menos de um ano e um dia, enquanto a posse velha é exercida há
mais de um ano e um dia. Esta diferenciação é importante para a determinação
do tipo de ação judicial que deverá ser ajuizada para a defesa da posse.
47
UNIDADE 1 | NOÇÕES GERAIS DE DIREITO – DIREITO CIVIL – DIREITO IMOBILIÁRIO
Estes direitos podem recair sobre coisas móveis, como, por exemplo, o
penhor, ou sobre imóveis, a exemplo da hipoteca. Neste estudo vamos nos limitar
aos direitos reais sobre coisas alheias que têm por objeto imóveis, que podem ser
assim classificados:
FONTE: A autora
48
TÓPICO 4 | DIREITOS REAIS – PROPRIEDADE E POSSE
49
UNIDADE 1 | NOÇÕES GERAIS DE DIREITO – DIREITO CIVIL – DIREITO IMOBILIÁRIO
UNI
Agora que você já conhece os direitos reais sobre coisas alheias de uso e gozo,
vamos partir para os direitos de aquisição?
O art. 147 do CC traz uma lista de bens e direitos que podem ser objeto
de hipoteca, além dos imóveis, tais como as estradas de ferro, os navios e as
aeronaves.
50
TÓPICO 4 | DIREITOS REAIS – PROPRIEDADE E POSSE
LEITURA COMPLEMENTAR
Gisele Leite
52
TÓPICO 4 | DIREITOS REAIS – PROPRIEDADE E POSSE
53
UNIDADE 1 | NOÇÕES GERAIS DE DIREITO – DIREITO CIVIL – DIREITO IMOBILIÁRIO
54
TÓPICO 4 | DIREITOS REAIS – PROPRIEDADE E POSSE
55
UNIDADE 1 | NOÇÕES GERAIS DE DIREITO – DIREITO CIVIL – DIREITO IMOBILIÁRIO
Admite que se exija caução por meio da chamada ação por dano infecto,
pela qual se constitui uma garantia para indenização do dano futuro e eventual.
Porém, se o dano já ocorreu, sendo consumado, o ressarcimento deverá ser
requerido por meio de uma ação indenizatória.
FONTE: LEITE, Gisele. Problemas de vizinhos – direito de propriedade vigora sob ótica da função
social. Revista Consultor Jurídico. 29/01/2007. Disponível em: <http://conjur.estadao.com.br/
static/text/52290,1>. Acesso em: 31 mar. 2008.
56
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, caro(a) acadêmico(a), você estudou:
• Que existem vários direitos reais sobre as coisas alheias, tais como a hipoteca, a
anticrese etc.
57
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Usucapião.
b) ( ) Direito de sequela.
c) ( ) Propriedade.
d) ( ) Habitação.
a) ( ) Usufruto.
b) ( ) Alienação.
c) ( ) Renúncia.
d) ( ) Abandono.
3 Por meio desta ação, o possuidor defende sua posse que foi perdida:
a) ( ) Hipoteca.
b) ( ) Penhor.
c) ( ) Aluvião.
d) ( ) Usufruto.
6 Por este direito real sobre coisa alheia, o proprietário cede o imóvel a outra
pessoa, que poderá usar o mesmo e até receber os aluguéis:
58
a) ( ) Usufruto.
b) ( ) Hipoteca.
c) ( ) Servidão.
d) ( ) Penhor.
a) ( ) Navio.
b) ( ) Aeronave.
c) ( ) Estradas de ferro.
d) ( ) Automóveis.
59
60
UNIDADE 2
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No final de cada tópico, você
encontrará atividades que possibilitarão a apropriação de conhecimentos na
área.
61
62
UNIDADE 2
TÓPICO 1
INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA E
CONDOMÍNIO
1 INTRODUÇÃO
Este tópico é dedicado ao estudo da incorporação imobiliária e do
condomínio que são importantes institutos do Direito Imobiliário. Iniciaremos
pela incorporação. Você está preparado? Então, vamos em frente!
2 INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA
Segundo o parágrafo único do art. 28 da Lei nº 4.591, de 16 de dezembro
de 1964, Incorporação é “atividade exercida com o intuito de promover e realizar
a construção, para alienação total ou parcial, de edificações ou conjunto de
edificações compostas de unidades autônomas” (BRASIL, 1964).
UNI
63
UNIDADE 2 | DIREITO IMOBILIÁRIO – PRINCIPAIS INSTITUTOS
2.1 INCORPORADOR
O incorporador é o responsável pela incorporação, desde sua iniciativa
até a sua conclusão e “nenhuma incorporação poderá ser proposta à venda sem
indicação expressa do incorporador, devendo também seu nome permanecer
indicado ostensivamente no local da construção” (art. 31, § 2º da Lei nº 4.591/64).
64
TÓPICO 1 | INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA E
O registro valerá por 180 dias e, findo este período, terá que ser revalidado
se a incorporação não houver se concretizado e o incorporador somente poderá
voltar a comercializar as unidades quando tomar esta providência.
ATENCAO
65
UNIDADE 2 | DIREITO IMOBILIÁRIO – PRINCIPAIS INSTITUTOS
3 CONDOMÍNIO
Neste tópico, também vamos conhecer este instituto do direito imobiliário,
com o qual, certamente, você vai se deparar no exercício de sua profissão. Após
nosso estudo, você entenderá o que é condomínio, o que é condomínio edilício
e entender quais são as regras jurídicas que se aplicam a cada um deles. Para
entendermos o que é condomínio edilício, vamos iniciar pelo estudo do conceito
de condomínio.
O que é condomínio?
CONDOMÍNIO EDILÍCIO
67
UNIDADE 2 | DIREITO IMOBILIÁRIO – PRINCIPAIS INSTITUTOS
O condomínio edilício era regulamentado pela mesma lei que trata das
incorporações (Lei nº 4.591/64) até a entrada em vigor do Código Civil de 2003,
que passou a dispor sobre as questões condominiais, nos arts. 1.331 a 1.358,
ficando em vigor apenas alguns artigos.
• Esta convenção deve ser subscrita (assinada) por no mínimo 2/3 das frações
ideais e é obrigatória para todos os condôminos, sejam proprietários ou
possuidores.
• Deve conter os seguintes requisitos previstos nos arts. 1332 e 1334 do Código
Civil:
68
TÓPICO 1 | INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA E
h) o regimento interno.
Por outro lado, o art. 1.336 do Código Civil estabelece que são deveres do
condômino:
O condômino que não cumprir com estes deveres poderá ser obrigado,
por decisão da assembleia, a pagar uma multa de até cinco vezes o valor do
condomínio, bem como a indenizar os danos que causar.
3.1.1.3 Síndico
Quem representa o condomínio é o síndico. Ele será escolhido pela
assembleia e não precisa ser um condômino. É muito comum, hoje, haver os
síndicos profissionais, geralmente ligados a uma administradora de condomínios.
69
UNIDADE 2 | DIREITO IMOBILIÁRIO – PRINCIPAIS INSTITUTOS
Caso não cumpra com suas funções, o síndico poderá ser destituído de seu
cargo pela assembleia, nos casos do art. 1.349 do Código Civil, resumidamente:
prática de irregularidades, falta de prestação de contas ou administração não
conveniente.
O condomínio poderá ser extinto por assembleia, caso a edificação seja total
ou consideravelmente destruída, caso não se delibere pela reconstrução ou venda
e ainda desapropriação.
70
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, caro(a) acadêmico(a), você estudou o seguinte:
71
AUTOATIVIDADE
72
UNIDADE 2 TÓPICO 2
FINANCIAMENTOS IMOBILIÁRIOS E
LOTEAMENTOS
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, estudaremos as formas de financiamento imobiliário, ou
seja, as formas de que disporá o adquirente do imóvel para poder pagá-lo a longo
prazo. São várias as formas de financiamento de um imóvel, como veremos a
seguir.
2 FINANCIAMENTOS IMOBILIÁRIOS
Como mencionamos acima, existem várias espécies de financiamentos
imobiliários.
73
UNIDADE 2 | DIREITO IMOBILIÁRIO – PRINCIPAIS INSTITUTOS
Agora que conhecemos quem pode ser agente financeiro, partiremos para
o estudo dos principais sistemas de financiamento imobiliário.
O contrato de financiamento pelo SFH, por exigência legal (art. 9º. da Lei nº
4.380/64 e art.1º. do DL 70/66), trata de contrato de empréstimo (chamado mútuo)
para a aquisição da casa própria e tem como traço marcante a sua finalidade
social.
Para cada fonte de recursos destina-se uma classe social a ser atendida:
o FGTS atende quem ganha até 10 salários mínimos; a poupança financia quem
ganha mais de 10 salários mínimos; e, o FAT é normalmente direcionado a
financiamentos para as classes média e alta. Em geral, os bancos financiam apenas
60% do valor do imóvel (CONSULTOR JURÍDICO, 2004).
74
TÓPICO 2 | FINANCIAMENTOS IMOBILIÁRIOS E
• serão muitos os documentos exigidos, tanto para a pessoa física, como em caso
de incorporação de condomínio;
• será necessário comprovar a renda familiar;
• esta renda deverá ser compatível com o tipo de financiamento escolhido;
• os encargos são variáveis de acordo com o agente financeiro escolhido;
• as despesas de impostos e escrituração correção por conta do adquirente, bem
como as despesas de corretagem.
DICAS
Para entender mais sobre este assunto, aconselhamos a leitura de: Contratos
de crédito bancário. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1999, p. 117.
75
UNIDADE 2 | DIREITO IMOBILIÁRIO – PRINCIPAIS INSTITUTOS
Para adquirir um imóvel por este sistema, o interessado não poderá estar
incluído em nenhum cadastro de inadimplentes e comprovar que as prestações
não comprometerão mais do que 30% dos seus rendimentos.
O SFI não tem sido apontado como um sistema vantajoso, pois, embora os
prazos sejam menores, permite a cobrança de juros maiores. Segundo a ABMH,
isto que faz “com que se pague um imóvel a título de juros, a cada três anos de
financiamento. Quanto maior o prazo, mais juros serão pagos” (ABMH, 2007).
76
TÓPICO 2 | FINANCIAMENTOS IMOBILIÁRIOS E
DICAS
77
UNIDADE 2 | DIREITO IMOBILIÁRIO – PRINCIPAIS INSTITUTOS
DICAS
79
UNIDADE 2 | DIREITO IMOBILIÁRIO – PRINCIPAIS INSTITUTOS
FONTE: Associação dos Mutuários e Moradores das Regiões Sul e Sudeste (AMM).
80
TÓPICO 2 | FINANCIAMENTOS IMOBILIÁRIOS E
Este valor deve ser de 20% do valor do imóvel original, mas deverá
ser pago à vista no final do contrato de locação, que será firmado com
prazo de 10 a 15 anos. Se este VRG for diluído durante as parcelas
do aluguel, a título de antecipação da opção de compra, este último
problema pode ser superado (CONSULTOR JURÍDICO, 2004).
Quem escolher o PAR deve ficar atento para o preço de mercado do imóvel,
bem como as condições do contrato, pois a ideia é ter uma efetiva e possível opção
de compra ao final do prazo de aluguel, pagando um preço justo pela opção de
compra (CONSULTOR JURÍDICO, 2004).
Use todo o saldo que você tiver no FGTS como entrada, diminuindo
o valor financiado. Se possível, poupe por um ano o valor equivalente ao que
pagaria no financiamento.
81
UNIDADE 2 | DIREITO IMOBILIÁRIO – PRINCIPAIS INSTITUTOS
Usando este valor poupado como entrada, você reduz dois anos de
financiamento ou diminui, em muito, o valor das prestações mensais.
A cada dois anos, saque seu FGTS e amortize parte do saldo devedor
para se livrar mais rápido da dívida. Este prazo é o mínimo permitido por lei.
82
TÓPICO 2 | FINANCIAMENTOS IMOBILIÁRIOS E
83
UNIDADE 2 | DIREITO IMOBILIÁRIO – PRINCIPAIS INSTITUTOS
84
TÓPICO 2 | FINANCIAMENTOS IMOBILIÁRIOS E
Localização do imóvel
85
UNIDADE 2 | DIREITO IMOBILIÁRIO – PRINCIPAIS INSTITUTOS
6 LOTEAMENTO
Os loteamentos surgiram em razão do crescimento populacional, que
gerou a necessidade de se parcelar o solo urbano e assim acomodar mais pessoas.
87
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você teve a oportunidade de estudar vários aspectos
importantes referentes aos financiamentos imobiliários e loteamentos,
conforme resumo a seguir:
88
AUTOATIVIDADE
e) Cite três princípios que devem estar presentes nos contratos de financiamento
imobiliário.
89
c) Para que o loteamento seja regular, devem-se seguir os seguintes passos:
1º) ______________________________________________________________
2º) ______________________________________________________________
3º) ______________________________________________________________
4º) ______________________________________________________________
5º) ______________________________________________________________
6º) ______________________________________________________________
90
UNIDADE 2 TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Este tópico trará importantes considerações sobre a alienação fiduciária
em garantia que é muito utilizado no ramo imobiliário, como alternativa aos
financiamentos bancários que estudamos no item anterior.
TUROS
ESTUDOS FU
91
UNIDADE 2 | DIREITO IMOBILIÁRIO – PRINCIPAIS INSTITUTOS
Porém, se não pagar, será notificado para “purgar a mora”, o que significa
“regularizar a situação, pagando o atrasado”. Se não o fizer, a propriedade
volta para o fiduciário, que, após 30 dias, deverá levar o imóvel a leilão público,
conforme exige o art. 27 da Lei nº 9514/97.
92
TÓPICO 3 | ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA E
DO OBJETO DO CONTRATO
94
TÓPICO 3 | ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA E
DA INADIMPLÊNCIA E DA MORA
95
UNIDADE 2 | DIREITO IMOBILIÁRIO – PRINCIPAIS INSTITUTOS
DA QUITAÇÃO ANTECIPADA
DOS AVALISTAS
DA RESCISÃO
DISPOSIÇÕES GERAIS
DO FORO
96
TÓPICO 3 | ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA E
NOTA
DICAS
Como sugestão, que tal dar uma olhada no modelo de contrato de alienação
fiduciária que segue a seguir?
97
UNIDADE 2 | DIREITO IMOBILIÁRIO – PRINCIPAIS INSTITUTOS
DICAS
Caso queira uma obra sobre a matéria, veja: DANTZGER, Afrânio Carlos
Camargo. Alienação fiduciária de bens imóveis. São Paulo: Método, 2005.
DICAS
Associação dos Mutuários e Moradores das Regiões Sul e Sudeste do Brasil. Disponível em:
<http://www.ammrs.com.br/>. Acesso em: 16 mar. 2013.
98
TÓPICO 3 | ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA E
Cartas de Crédito com valores entre R$ 30 mil e R$ 700 mil, sendo que
de R$ 30 mil a 60 mil as cotas estão disponíveis para grupos em andamento.
Valores de parcelas sob consulta.
99
UNIDADE 2 | DIREITO IMOBILIÁRIO – PRINCIPAIS INSTITUTOS
VANTAGENS
E
IMPORTANT
É preciso ter muito cuidado na escolha da administradora, pois é ela que garantirá
a segurança do consórcio!
Para que uma administradora possa atuar no mercado, ela tem de ser
devidamente registrada e aprovada pelo Banco Central (BC).
Além de verificar a idoneidade da administradora junto ao BC,
vale a pena checar nos órgãos de defesa do consumidor se constam
reclamações contra a empresa. “Reclamações com relação a prazo de
entrega da carta de crédito podem sinalizar a falta de saúde financeira
do consórcio”, alerta Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da
ProTeste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor).
Deve-se ter em mente que a administradora também escolhe seus
cotistas. Isso acontece com base em avaliações do perfil de quem se
inscreve para participar.
“É preciso assinar uma proposta de adesão e se a administradora
aprovar o cadastro, o consumidor estará apto para participar das
assembleias, dar lances e realizar os pagamentos”, explica Rossi“
(RUIC, 2011).
101
UNIDADE 2 | DIREITO IMOBILIÁRIO – PRINCIPAIS INSTITUTOS
Processo
AgRg no REsp 1115965 / RS
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL
2009/0005613-7
Relator(a)
Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA (1147)
Órgão Julgador
T3 - TERCEIRA TURMA
Data do Julgamento
11/04/2013
Data da Publicação/Fonte
DJe 16/04/2013
Ementa
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. CONSÓRCIO.
TAXA DE ADMINISTRAÇÃO. FIXAÇÃO. LIMITE SUPERIOR A 10% (DEZ
POR CENTO).
AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE E ABUSIVIDADE. LIVRE
PACTUAÇÃO PELAS ADMINISTRADORAS. POSSIBILIDADE.
As administradoras de consórcio têm liberdade para fixar a respectiva
taxa de administração, nos termos do art. 33 da Lei nº 8.177/91 e da Circular nº
2.766/97 do Banco Central, não havendo falar em ilegalidade ou abusividade
da taxa contratada superior a 10% (dez por cento), na linha dos precedentes
desta Corte Superior de Justiça [...] 2. Agravo regimental não provido. [...] "É
devida a restituição de valores vertidos por consorciado desistente ao grupo
de consórcio, mas não de imediato, e sim em até trinta dias a contar do prazo
previsto contratualmente para o encerramento do plano" (Resp. n. 1.119.300/
RS, Relator Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado
em 14/4/2010, DJe 27/8/2010).
102
TÓPICO 3 | ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA E
DICAS
Banco Central do Brasil - no site <www.bcb.gov.br>. ou tel. 0800 979 2345 (horário
bancário). Disponível em: <http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/imoveis/noticias/os-
pros-e-contras-dos-consorcios-de-imoveis?>.
103
UNIDADE 2 | DIREITO IMOBILIÁRIO – PRINCIPAIS INSTITUTOS
DICAS
104
TÓPICO 3 | ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA E
LEITURA COMPLEMENTAR
105
UNIDADE 2 | DIREITO IMOBILIÁRIO – PRINCIPAIS INSTITUTOS
106
TÓPICO 3 | ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA E
do solo, que há de reger-se pelas leis federais sobre loteamento e pelas leis
municipais sobre a matéria urbanística, aplicáveis a esse tipo de urbanificação”
(in: “Direito Urbanístico Brasileiro, 3ª edição, p. 337-338).
FONTE: Adaptado de: OLIVEIRA, Gustavo Burgos de. Loteamento, desmembramento, desdobro,
loteamento fechado. Condomínio geral, condomínio edilício, condomínio horizontal de lotes e
condomínio urbanístico. Noções básicas. Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.
asp?id=10943>. Acesso em: 20 maio 2013.
107
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
108
AUTOATIVIDADE
Coluna 1 Coluna 2
Partes do contrato na alienação fiduciária.
109
110
UNIDADE 3
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No final de cada um deles, você
encontrará atividades que reforçarão seu aprendizado.
111
112
UNIDADE 3
TÓPICO 1
REGISTRO IMOBILIÁRIO
1 INTRODUÇÃO
Trataremos neste tópico de um instituto muito importante para o estudo
do Direito Imobiliário, que é o registro imobiliário.
Por fim, no último item vamos conhecer os cuidados que se deve tomar
quando da aquisição de um imóvel.
2 REGISTRO IMOBILIÁRIO
Conforme já mencionamos anteriormente, somente é dono “quem registra
o imóvel”. Este conhecido ditado popular reflete a legislação, mais especificamente
os artigos 1.227 e 1.245 do Código Civil:
113
UNIDADE 3 | REGISTRO IMOBILIÁRIO - CUIDADOS NA AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS - LEGISLAÇÃO IMOBILIÁRIA
2.1 FUNÇÃO
A função do registro imobiliário é dar publicidade, pois ele existe para dar
“autenticidade, segurança e eficácia aos atos jurídicos. A escritura de compra e
venda de um imóvel sem registro não produz a transferência da propriedade”
(RIOS, 1999, p. 105, grifo nosso).
2.2 LEGISLAÇÃO
O registro de imóveis é regulamentado pela Lei nº 6.015/73, que é a
chamada “Lei de Registros Públicos”, em seu art. 167 e seguintes:
114
TÓPICO 1 | REGISTRO IMOBILIÁRIO
TÍTULO V
Do Registro de Imóveis
CAPÍTULO I
Das Atribuições
I – o registro:
115
UNIDADE 3 | REGISTRO IMOBILIÁRIO - CUIDADOS NA AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS - LEGISLAÇÃO IMOBILIÁRIA
23) dos julgados e atos jurídicos entre vivos que dividirem imóveis ou os
demarcarem inclusive nos casos de incorporação que resultarem em
constituição de condomínio e atribuírem uma ou mais unidades aos
incorporadores;
24) das sentenças que nos inventários, arrolamentos e partilhas, adjudicarem
bens de raiz em pagamento das dívidas da herança;
25) dos atos de entrega de legados de imóveis, dos formais de partilha e das
sentenças de adjudicação em inventário ou arrolamento quando não houver
partilha;
26) da arrematação e da adjudicação em hasta pública;
27) do dote;
28) das sentenças declaratórias de usucapião; (Redação dada pela Medida
Provisória nº 2.220, de 2001)
29) da compra e venda pura e da condicional;
30) da permuta;
31) da dação em pagamento;
32) da transferência, de imóvel a sociedade, quando integrar quota social;
33) da doação entre vivos;
34) da desapropriação amigável e das sentenças que, em processo de
desapropriação, fixarem o valor da indenização;
35) da alienação fiduciária em garantia de coisa imóvel. (Incluído pela Lei nº
9.514, de 1997)
36) da imissão provisória na posse, quando concedida à União, aos Estados, ao
Distrito Federal, aos Municípios ou às suas entidades delegadas, e respectiva
cessão e promessa de cessão; (Redação dada pela Lei nº 12.424, de 2011)
37) dos termos administrativos ou das sentenças declaratórias da concessão de
uso especial para fins de moradia; (Redação dada pela Medida Provisória
nº 2.220, de 2001)
38) (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.257, de 2001)
39) da constituição do direito de superfície de imóvel urbano; (Incluído pela
Lei nº 10.257, de 2001)
40) contrato de concessão de direito real de uso de imóvel público. (Redação
dada pela Medida Provisória nº 2.220, de 2001)
41) da legitimação de posse; (Incluído pela Lei nº 11.977, de 2009)
42) da conversão da legitimação de posse em propriedade, prevista no art. 60
da Lei no 11.977, de 7 de julho de 2009; (Incluído pela Lei nº 12.424, de 2011)
II – a averbação: (Redação dada pela Lei nº 6.216, de 1975)
116
TÓPICO 1 | REGISTRO IMOBILIÁRIO
Lei;
4) da mudança de denominação e de numeração dos prédios, da edificação,
da reconstrução, da demolição, do desmembramento e do loteamento de
imóveis;
5) da alteração do nome por casamento ou por desquite, ou, ainda, de outras
circunstâncias que, de qualquer modo, tenham influência no registro ou nas
pessoas nele interessadas;
6) dos atos pertinentes a unidades autônomas condominiais a que alude a
Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964, quando a incorporação tiver sido
formalizada anteriormente à vigência desta Lei;
7) das cédulas hipotecárias;
8) da caução e da cessão fiduciária de direitos relativos a imóveis;
9) das sentenças de separação de dote;
10) do restabelecimento da sociedade conjugal;
11) das cláusulas de inalienabilidade, impenhorabilidade e incomunicabilidade
impostas a imóveis, bem como da constituição de fideicomisso;
12) das decisões, recursos e seus efeitos, que tenham por objeto atos ou títulos
registrados ou averbados;
13) "ex offício", dos nomes dos logradouros, decretados pelo poder público.
14) das sentenças de separação judicial, de divórcio e de nulidade ou anulação
de casamento, quando nas respectivas partilhas existirem imóveis ou
direitos reais sujeitos a registro. (Incluído pela Lei nº 6.850, de 1980)
15) da re-ratificação do contrato de mútuo com pacto adjeto de hipoteca em
favor de entidade integrante do Sistema Financeiro da Habitação, ainda
que importando elevação da dívida, desde que mantidas as mesmas partes
e que inexista outra hipoteca registrada em favor de terceiros. (Incluído
pela Lei nº 6.941, de 1981)
16) do contrato de locação, para os fins de exercício de direito de preferência.
(Incluído pela Lei nº 8.245, de 1991)
17) do Termo de Securitização de créditos imobiliários, quando submetidos a
regime fiduciário. (Incluído pela Lei nº 9.514, de 1997)
18) da notificação para parcelamento, edificação ou utilização compulsórios de
imóvel urbano; (Incluído pela Lei nº 10.257, de 2001):
19) da extinção da concessão de uso especial para fins de moradia; (Incluído
pela Lei nº 10.257, de 2001);
20) da extinção do direito de superfície do imóvel urbano. (Incluído pela Lei nº
10.257, de 2001);
21) da cessão de crédito imobiliário. (Incluído pela Lei nº 10.931, de 2004)
22) da reserva legal; (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)
23) da servidão ambiental. (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)
24) do destaque de imóvel de gleba pública originária. (Incluído pela Lei nº
11.952, de 2009)
26) do auto de demarcação urbanística. (Incluído pela Lei nº 11.977, de 2009)
27) da extinção da legitimação de posse; (Redação dada pela Lei nº 12.424, de
2011),
117
UNIDADE 3 | REGISTRO IMOBILIÁRIO - CUIDADOS NA AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS - LEGISLAÇÃO IMOBILIÁRIA
118
TÓPICO 1 | REGISTRO IMOBILIÁRIO
UNI
Caso queira saber mais, visite o site do Instituto de Registro Imobiliário do Brasil
em: <http://www.irib.org.br/html/institucional/quem-somos.php>.
119
RESUMO DO TÓPICO 1
• A função do registro imobiliário, que é dar publicidade, pois ele existe para
dar autenticidade, segurança e eficácia aos atos jurídicos.
120
AUTOATIVIDADE
Grupo 1
1- Matrícula.
2 - Certidão da matrícula.
3 - Escritura Pública.
4 - Função do registro imobiliário.
5 - Publicidade.
6 - Oficial.
7 - Registro Imobiliário.
8 - Prenotação.
9 - Registro.
10 - Averbação.
( ) Vem a ser a aparelhagem criada por lei para fixar a situação da propriedade
imobiliária e acompanhar-lhe as subsequentes mutações, inclusive
constituição de ônus reais.
( ) Responsável pelo registro imobiliário.
( ) Documento que atesta a situação atual do imóvel.
( ) Dar autenticidade, segurança e eficácia aos atos jurídicos.
( ) É a qualificação do imóvel, ou seja, seu primeiro registro.
( ) Lançamento efetuado sobre a matrícula do imóvel, dos atos geradores de
transferência do domínio (ex.: compra e venda) ou ônus reais (ex.: hipoteca).
( ) Qualquer ato que altere o registro, sem se enquadrar naqueles que devam ser
registrados.
( ) Característica do registro imobiliário. Todos devem ter acesso ao seu conteúdo.
( ) É a anotação realizada no protocolo, do número de ordem, de acordo com
a apresentação do título e que determina a prioridade dos registros a serem
realizados.
( ) Necessária para a transferência de um imóvel, mas não transfere a propriedade.
121
122
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Neste item vamos analisar os cuidados que devem ser tomados na
aquisição de um imóvel, a fim de garantir a regularidade e a segurança da
transação imobiliária.
E
IMPORTANT
123
UNIDADE 3 | REGISTRO IMOBILIÁRIO - CUIDADOS NA AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS - LEGISLAÇÃO IMOBILIÁRIA
Todavia, com o advento da Lei nº 12.344 de 2010, a idade foi alterada para
70 anos, conforme Código Civil:
124
TÓPICO 2 | CUIDADOS NA AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS
• Participação Final nos Aquestos: foi instituído pelo Código Civil atual. Neste
regime, cada um dos cônjuges manterá seu patrimônio, mesmo o adquirido
durante o casamento.
Estes bens chamam-se aquestos. Neste regime, “os bens imóveis serão
considerados de propriedade do cônjuge, cujo nome constar no registro [...]
mas em caso de dissolução da sociedade conjugal serão divididos meio a meio”
(RAPOSO; HEINE, 2004, p. 109).
DICAS
Você quer conhecer mais profundamente estes regimes? Então, acesse o texto
“Casamento e Regime de Bens”, de Giselda Hironaka. Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/
doutrina/texto.asp?id=4095>.
125
UNIDADE 3 | REGISTRO IMOBILIÁRIO - CUIDADOS NA AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS - LEGISLAÇÃO IMOBILIÁRIA
126
TÓPICO 2 | CUIDADOS NA AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS
E
IMPORTANT
128
TÓPICO 2 | CUIDADOS NA AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS
129
UNIDADE 3 | REGISTRO IMOBILIÁRIO - CUIDADOS NA AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS - LEGISLAÇÃO IMOBILIÁRIA
• Penalidades para quem vende: a Lei nº 6.766/79, art. 50, parágrafo único,
que dispõe sobre o assunto, determina que a venda ou mesmo a simples
intenção de venda de loteamento ou desmembramento sem registro sujeita
o infrator a pena de reclusão de um (01) a cinco (05) anos ou multa de dez
(10) a 50 vezes o maior salário mínimo vigente no país.
• Onde reclamar: a Lei 6.766/79 prevê que as denúncias deverão ser feitas
junto às autoridades competentes (Prefeitura Municipal; Fórum; Procon)
em que estiver localizado o loteamento ou desmembramento, para que as
providências sejam tomadas junto ao infrator.
ATENCAO
3.7 DESPESAS
Para escriturar um imóvel e registrá-lo perante o cartório, serão devidas
taxas e ainda o imposto de transmissão. Estas despesas de escrituração e
registro nos contratos imobiliários são de responsabilidade do adquirente (ex.:
comprador), salvo se o contrato previr alguma coisa diferente. É o que diz o art.
490 do Código Civil.
130
TÓPICO 2 | CUIDADOS NA AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS
131
UNIDADE 3 | REGISTRO IMOBILIÁRIO - CUIDADOS NA AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS - LEGISLAÇÃO IMOBILIÁRIA
Remanescente
a) O requerimento deverá estar assinado por todos os proprietários do imóvel
e estarem reconhecidas as referidas firmas.
b) Tratando-se de requerimento formalizado por pessoa jurídica, deverá
ser feita prova da capacidade do signatário em representar a empresa,
juntada cópia autêntica de seu contrato social e respectivo instrumento de
procuração quando for o caso.
c) Juntar projeto e memoriais descritivos contendo descrição do imóvel
originário, desmembramento efetuado e seu remanescente, devendo
estarem assinados por todos os proprietários e responsável técnico com
respectivas firmas reconhecidas.
d) Apresentar CCIR do exercício devidamente quitado, quando tratar-se de
imóvel rural.
Desdobro
a) O requerimento deverá estar assinado por todos os proprietários do imóvel
e estarem reconhecidas as referidas firmas.
b) Tratando-se de requerimento formalizado por pessoa jurídica, deverá
ser feita prova da capacidade do signatário em representar a empresa,
juntada cópia autêntica de seu contrato social e respectivo instrumento de
procuração quando for o caso.
c) Juntar projeto e memoriais descritivos devidamente aprovados pela
municipalidade, referente ao desdobro pretendido.
d) Apresentar licença para implantação do parcelamento a ser fornecida pela
CETESB.
ATENCAO
Documentos do imóvel:
1) Título de Propriedade: título devidamente registrado no Cartório de
Registro de Imóveis da circunscrição competente (matrícula do imóvel).
2) Certidão vintenária e atualizada da propriedade.
3) Informação no Departamento Urbanístico da Prefeitura sobre a situação
geográfica do mesmo, em relação às obrigações e posturas municipais,
zoneamento da cidade, projetos de urbanização e restrições à sua utilização.
133
UNIDADE 3 | REGISTRO IMOBILIÁRIO - CUIDADOS NA AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS - LEGISLAÇÃO IMOBILIÁRIA
Se pessoa jurídica:
1) Cartão do CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica).
2) Certidão Negativa de Débito do INSS e Certidão de Quitação de Tributos
Federais administrados pela Receita Federal.
3) Contrato social, se a sociedade Comercial for limitada (Ltda.), devidamente
registrado na Junta Comercial ou em Registro de Títulos e Documentos se a
sociedade for civil.
4) Estatuto Social se for uma Sociedade por Ações - S/A e a ata da Assembleia
Geral que elegeu a atual diretoria e a ata que autorizou a alienação.
5) Verificar a capacidade jurídica da pessoa para vender.
6) Certidões atualizadas dos Distribuidores Forenses estadual, federal e
trabalhista.
7) Certidão Negativa de Protestos.
FONTE: Disponível em: <http://www.sitedoscorretores.com.br/facilidades/cuidadoimovel.php>.
Acesso em: 29 jul. 2013.
UNI
Agora que você já sabe as cautelas que devem ser tomadas na aquisição de um
imóvel, é importante não esquecer que, realizado o pagamento total, deverá ser lavrada uma
escritura pública (geralmente no Tabelionato) e que esta escritura deverá obrigatoriamente
ser registrada no Registro de Imóveis.
UNI
134
TÓPICO 2 | CUIDADOS NA AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS
Vamos iniciar pelo conceito de terras de marinha, que é dado pelos artigos
1º e 2º do Decreto-Lei nº 9.760/46. Veja abaixo:
136
TÓPICO 2 | CUIDADOS NA AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS
Por que a SPU não utiliza um método científico que possibilite a demarcação
correta dos terrenos de marinha?
R.: Por que não poderia cobrar as taxas e foros dos proprietários da grande
maioria dos terrenos de marinha. A SPU não se interessa pela adequação
técnica para proceder corretamente tais demarcações. A União perderia um
grande percentual da atual arrecadação sobre os terrenos de marinha.
137
UNIDADE 3 | REGISTRO IMOBILIÁRIO - CUIDADOS NA AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS - LEGISLAÇÃO IMOBILIÁRIA
LEITURA COMPLEMENTAR
RESUMO: Este trabalho tem por finalidade discorrer sobre a importância
do Sistema Registral Imobiliário, ou seja, do serviço prestado pelos Cartórios de
Registro de Imóveis, na vida do cidadão brasileiro, apresentando noções sobre a
atividade registral, sua natureza jurídica, os princípios que norteiam a atividade
registral imobiliária, e o modo prático de realização de suas prerrogativas, quais
sejam, a publicidade, a autenticidade e a eficácia aos atos jurídicos constituintes
dos direitos de propriedade, ou a este relativo. Objetivou-se demonstrar a trajetória
do serviço prestado, bem como as dificuldades encontradas para a realização do
serviço, a partir do ponto de vista prático experimentado pelo dia a dia de um
Cartório de Registro de Imóveis, e através de pesquisa bibliográfica. Por tratar-se
de matéria ampla, discutida de maneira subjetiva e direta, não há neste trabalho
a pretensão de esgotar o assunto, até mesmo pela certeza da impossibilidade de
tal feito.
Palavras-chave: Direito Registral. Direito Imobiliário. Registro de Imóveis.
Princípios do Direito Registral.
1 INTRODUÇÃO
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TÓPICO 2 | CUIDADOS NA AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS
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UNIDADE 3 | REGISTRO IMOBILIÁRIO - CUIDADOS NA AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS - LEGISLAÇÃO IMOBILIÁRIA
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TÓPICO 2 | CUIDADOS NA AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS
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TÓPICO 2 | CUIDADOS NA AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS
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UNIDADE 3 | REGISTRO IMOBILIÁRIO - CUIDADOS NA AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS - LEGISLAÇÃO IMOBILIÁRIA
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TÓPICO 2 | CUIDADOS NA AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS
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TÓPICO 2 | CUIDADOS NA AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS
respeito dos livros onde são escriturados os atos, registros e averbações, sendo que
a escrituração é “o processo sistemático, definido legalmente, pelo qual, em livros
próprios serão feitos, no Registro de Imóveis, segundo uma ordem cronológica, a
matrícula, o registro e a averbação dos títulos...” (DINIZ, 2007, p. 581).
Livro 4 ou Indicador Real – é o livro que permite a busca dos registros pela
localização do imóvel, uma vez que trata-se do repositório de todos os imóveis
que encontram-se nos demais livros.
São estes os principais livros, sendo que além desses há ainda o Livro de
Registro de Indisponibilidade e o Livro de Cadastro de Estrangeiros. Atualmente
a maioria dos Registros de Imóveis está trabalhando com o sistema informatizado,
sendo que a Escrituração, neste caso, não se dá na forma de livro, mas sim de
fichas que deverão ser devidamente arquivadas seguindo o estabelecido pela lei
e normas da Corregedoria Geral de Justiça.
O que observamos com pesar, ainda nos dias atuais, é que a população
desconhece em grande parte a importância do sistema registral imobiliário. Muito
embora tenhamos avançado de modo geral no que diz respeito ao conhecimento
dos direitos inerentes a cada indivíduo, ainda enfrentamos grandes dificuldades
que ocasionam transtornos não apenas para o titular de direitos, mas também
para aqueles que dele dependem e, por que não dizer, também para o poder
público.
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UNIDADE 3 | REGISTRO IMOBILIÁRIO - CUIDADOS NA AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS - LEGISLAÇÃO IMOBILIÁRIA
5 CONCLUSÃO
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RESUMO DO TÓPICO 2
• Os dados do registro do imóvel são públicos e qualquer pessoa pode ter acesso
a eles.
• Nos contratos imobiliários não devem existir cláusulas com letras pequenas
ou que tenham cláusulas abusivas, por exemplo, que privilegiem somente
uma das partes.
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AUTOATIVIDADE
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UNIDADE 3
TÓPICO 3
LEGISLAÇÃO IMOBILIÁRIA
1 INTRODUÇÃO
Neste último tópico do nosso caderno, indicamos as principais leis que
regulamentam os institutos do Direito Imobiliário. Assim, dependendo do tipo
de transação imobiliária, incidirá uma legislação específica, as quais, além da
Constituição Federal, lhe auxiliarão no exercício da sua futura profissão.
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UNIDADE 3 | REGISTRO IMOBILIÁRIO - CUIDADOS NA AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS - LEGISLAÇÃO IMOBILIÁRIA
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RESUMO DO TÓPICO 3
153
AUTOATIVIDADE
1 De acordo com o que estudamos até aqui, complete a tabela com a lei que será
aplicável em cada uma das situações abaixo quanto à aquisição de imóveis.
154
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE MUTUÁRIOS DA HABITAÇÃO – ABMH.
Disponível em: <http://www.abmh.org.br>. Acesso em: 16 mar. 2007.
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil. São Paulo: Saraiva, 2006.
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: direito das coisas. São
Paulo: Saraiva, 2007.
155
______. Curso de Direito Civil Brasileiro: teoria geral do direito civil. São
Paulo: Saraiva, 2003.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro: direito das coisas. São
Paulo: Saraiva, 2007.
156
RUIC, Gabriela. Os prós e contras dos consórcios de imóveis. 2011. Disponível
em: <http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/imoveis/noticias/os-pros-e-contras-
dos-consorcios-de-imoveis>. Acesso em: 20 jul. 2013.
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