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Disfunções Sexuais

● Ejaculação Retardada
● Transtorno Erétil
● Transtorno do Orgasmo Feminino
● Transtorno do Interesse/Excitação Sexual Feminino
● Transtorno da Dor Gênito-Pélvica/Penetração
● Transtorno do Desejo Sexual Masculino Hipoativo
● Ejaculação Prematura (Precoce)
● Disfunção Sexual Induzida por Substância/Medicamento
● Outra Disfunção Sexual Especificada
● Disfunção Sexual Não Especificada

Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais [recurso eletrônico] : DSM-5 / [American Psychiatric Association ; tradução: Maria Inês Corrêa
Nascimento ... et al.] ; revisão técnica: Aristides Volpato Cordioli ... [et al.]. – 5. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Artmed, 2014.
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Disfunções Sexuais
Transtorno da Dor Gênito-pélvica/Penetração

Prevalência
● A prevalência do transtorno da dor gênito-pélvica/penetração é desconhecida.
● No entanto, aproximadamente 15% das mulheres norte-americanas relatam a presença de dor recorrente durante a relação sexual.
● Dificuldades com a relação sexual parecem ser motivo frequente de encaminhamento para clínicas de disfunção sexual e médicos
especialistas.

Questões Diagnósticas Relativas à Cultura


● No passado, a educação sexual inadequada e a ortodoxia religiosa foram frequentemente consideradas fatores predisponentes
relacionados à cultura para o diagnóstico de vaginismo do DSM-IV.
● Essa percepção parece ter sido confirmada por relatos recentes na Turquia, país predominantemente muçulmano, indicando uma
prevalência visivelmente alta para o transtorno.
● No entanto, a maior parte das pesquisas disponíveis, embora com escopo limitado, não dá apoio a essa ideia (Lahaie et al., 2010).

Questões Diagnósticas Relativas ao Gênero


● Por definição, o diagnóstico de transtorno da dor gênito-pélvica/penetração somente se aplica às mulheres.
● Existem pesquisas relativamente recentes sobre a síndrome de dor pélvica urológica crônica em homens, sugerindo que o sexo masculino
pode experimentar problemas semelhantes.
● A pesquisa e a experiência clínica ainda não estão suficientemente desenvolvidas para justificar a aplicação desse tipo de diagnóstico em
homens.
● Outra disfunção sexual especificada ou disfunção sexual não especificada podem ser diagnosticadas em homens que parecem se encaixar
nesse padrão sintomático.
DSM-5
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Disfunções Sexuais
Transtorno da Dor Gênito-pélvica/Penetração

Fatores de Risco e Prognóstico

● Ambientais
● A violência sexual e/ou física foi frequentemente mencionada como preditora dos transtornos dolorosos sexuais dispareunia e
vaginismo definidos pelo DSM-IV.
● Há controvérsias sobre esse tema na literatura atual.

● Genéticos e fisiológicos
● As mulheres que experimentam dor superficial durante a relação sexual muitas vezes relatam o início da dor depois de uma
história de infecções vaginais.
● A dor persiste mesmo após a resolução das infecções e na ausência de achados físicos residuais conhecidos.
● A dor durante a inserção de absorvente interno ou a incapacidade de inseri-los antes de tentativas de contato sexual são
fatores de risco importantes para o transtorno da dor gênito-pélvica/penetração.

DSM-5
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Transtorno da Dor Gênito-pélvica/Penetração

Desenvolvimento e curso

● O desenvolvimento e o curso do transtorno da dor gênito-pélvica/penetração não são claros.


● Como, em geral, as mulheres não procuram tratamento até que tenham algum problema no funcionamento sexual, pode ser difícil
caracterizar o transtorno como ao longo da vida (primário) ou adquirido (secundário).
● Embora as mulheres geralmente busquem atendimento clínico depois do início da vida sexual, há, muitas vezes, alguns sinais
precoces. Por exemplo, ter dificuldade com ou evitar o uso de absorventes internos é preditor importante de problemas futuros.
● As dificuldades com a penetração vaginal (incapacidade, medo ou dor) podem não ser óbvias até as tentativas de relação sexual.
Mesmo após essas tentativas, sua frequência pode não ser significativa ou regular.
● Nos casos em que é difícil definir se os sintomas são ao longo da vida ou adquiridos, é útil determinar a presença de qualquer
período de relações sexuais bem-sucedidas, sem dor, sem medo e sem estresse. Se é possível estabelecer esse período, o
transtorno da dor gênito-pélvica/penetração pode ser classificado como adquirido.
● Depois que a sintomatologia está bem estabelecida por um período de aproximadamente seis meses, parece haver queda na
probabilidade de remissão sintomática espontânea e significativa.
● As queixas relacionadas à dor gênito-pélvica atingem o ponto máximo durante a fase inicial da vida adulta e no período
pós-menopáusico.
● As mulheres com queixas sobre a dificuldade de terem relação sexual parecem estar principalmente na fase pré-menopáusica.
● Pode ocorrer também intensificação dos sintomas relacionados à dor gênito-pélvica no período pós-parto.
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Transtorno da Dor Gênito-pélvica/Penetração

Consequências Funcionais

● As dificuldades funcionais do transtorno da dor gênito-pélvica/penetração estão frequentemente associadas a interferências na


satisfação quanto ao relacionamento e, às vezes, na capacidade de conceber por meio da relação sexual peniana/vaginal.

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Transtorno da Dor Gênito-pélvica/Penetração

Critérios diagnósticos - 302.76 (F52.6)

A. Dificuldades persistentes ou recorrentes com um (ou mais) dos seguintes:


1. Penetração vaginal durante a relação sexual.
2. Dor vulvovaginal ou pélvica intensa durante a relação sexual vaginal ou nas tentativas de penetração.
3. Medo ou ansiedade intensa de dor vulvovaginal ou pélvica em antecipação a, durante ou como resultado de penetração vaginal.
4. Tensão ou contração acentuada dos músculos do assoalho pélvico durante tentativas de penetração vaginal.

B. Os sintomas do Critério A persistem por um período mínimo de aproximadamente seis meses.

C. Os sintomas do Critério A causam sofrimento clinicamente significativo para a mulher.

D. A disfunção sexual não é mais bem explicada por um transtorno mental não sexual ou como consequência de uma perturbação grave
do relacionamento (p. ex., violência do parceiro) ou de outros estressores importantes e não é atribuível aos efeitos de alguma
substância ou medicamento ou a outra condição médica.

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Determinar os subtipo:

● Ao longo da vida: A perturbação esteve presente desde que o indivíduo se tornou sexualmente ativa.
● Adquirido: A perturbação iniciou depois de um período de função sexual relativamente normal.

Especificar a gravidade atual:

● Leve: Evidência de sofrimento leve em relação aos sintomas do Critério A.


● Moderada: Evidência de sofrimento moderado em relação aos sintomas do Critério A.
● Grave: Evidência de sofrimento grave ou extremo em relação aos sintomas do Critério A.

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Diagnóstico diferencial

Outra condição médica


● Em muitas circunstâncias, mulheres com o transtorno da dor gênito-pélvica/penetração também serão diagnosticadas com outra
condição médica (p. ex., líquen escleroso, endometriose, doença inflamatória pélvica, atrofia vulvovaginal).
● Em alguns casos, o tratamento da condição médica pode aliviar o transtorno da dor gênito-pélvica/penetração. Na maioria das
vezes, esse não é o caso.
● Não há instrumentos ou métodos diagnósticos confiáveis que permitam aos clínicos concluir se a condição médica ou o transtorno
da dor gênito-pélvica/penetração é primário.
● Com frequência, o diagnóstico e o tratamento das condições médicas associadas são difíceis.
● Por exemplo, o aumento na incidência de dor durante a relação sexual pós-menopáusica pode, às vezes, ser atribuível à secura
vaginal ou à atrofia vulvovaginal associadas ao declínio nos níveis de estrogênio. Entretanto, não se conhece muito bem a relação
entre secura/atrofia vulvovaginal, nível de estrogênio e dor.

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Diagnóstico diferencial

Transtorno de sintomas somáticos e transtornos relacionados


● Algumas mulheres com o transtorno da dor gênito-pélvica/penetração podem também ser diagnosticadas com transtorno de
sintomas somáticos.
● Considerando que tanto o transtorno da dor gênito-pélvica/penetração como o transtorno de sintomas somáticos e transtornos
relacionados são diagnósticos recentes, não está suficientemente claro se podem ser diferenciados de maneira confiável.
● Algumas mulheres diagnosticadas com o transtorno da dor gênito-pélvica/penetração podem também ser diagnosticadas com
uma fobia específica.

Estímulos sexuais inadequados


● É importante que o clínico, ao considerar diagnósticos diferenciais, avalie a adequação dos estímulos sexuais à luz da experiência
sexual da mulher.
● Situações sexuais em que as preliminares ou a excitação não são adequadas podem criar dificuldades de penetração, dor ou
evitação.
● A disfunção erétil ou ejaculação prematura no parceiro masculino pode resultar em dificuldades de penetração. Essas condições
devem ser avaliadas cuidadosamente.
● Em algumas situações, o diagnóstico de transtorno da dor gênito-pélvica/penetração pode não ser apropriado.

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Transtorno da Dor Gênito-pélvica/Penetração

Comorbidades

● A comorbidade entre transtorno da dor gênito-pélvica/penetração e outras dificuldades sexuais parece ser comum.

● A comorbidade com perturbação do relacionamento também é comum.

● Esse fato não chega a causar surpresa, visto que, nas culturas orientais, a incapacidade de consumar a relação sexual (sem dor)
com um parceiro desejado e a evitação de oportunidades sexuais podem ser tanto um fator contribuinte para outros problemas
sexuais ou de relacionamento como resultado de tais problemas.

● Como os sintomas do assoalho pélvico estão implicados no diagnóstico de transtorno da dor gênito-pélvica/penetração, é
provável que ocorra uma prevalência maior de outros transtornos relacionados ao assoalho pélvico ou aos órgãos reprodutivos (p.
ex., cistite intersticial, constipação, infecção vaginal, endometriose, síndrome do colo irritável).

DSM-5

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