Você está na página 1de 1

Transtorno da Dor Gênito-pélvica/Penetração

Critérios Diagnósticos 302.76 (F52.6)


Dificuldades persistentes ou recorrentes com um (ou mais) dos seguintes:
Penetração vaginal durante a relação sexual.
Dor vulvovaginal ou pélvica intensa durante a relação sexual vaginal ou nas tentativas de penetração.
Medo ou ansiedade intensa de dor vulvovaginal ou pélvica em antecipação a, durante ou como resultado de
penetração vaginal.
Tensão ou contração acentuada dos músculos do assoalho pélvico durante tentativas de penetração vaginal.
Os sintomas do Critério A persistem por um período mínimo de aproximadamente seis meses.
Os sintomas do Critério A causam sofrimento clinicamente significativo para a mulher.
A disfunção sexual não é mais bem explicada por um transtorno mental não sexual ou como consequência de uma
perturbação grave do relacionamento (p. ex., violência do parceiro) ou de outros estressores importantes e não é
atribuível aos efeitos de alguma substância ou medica-mento ou a outra condição médica.
Determinar o subtipo:
Ao longo da vida: A perturbação esteve presente desde que a mulher se tornou sexualmente ativa.
Adquirido: A perturbação iniciou depois de um período de função sexual relativamente normal.
Especificar a gravidade atual:
Leve: Evidência de sofrimento leve em relação aos sintomas do Critério A.
Moderada: Evidência de sofrimento moderado em relação aos sintomas do Critério A.
Grave: Evidência de sofrimento grave ou extremo em relação aos sintomas do Critério A.

Características Associadas que Apoiam o Diagnóstico


Transtorno da dor gênito-pélvica/penetração está frequentemente associado a outras disfunções sexuais, particularmente
desejo e interesse sexual reduzidos (transtorno do interesse/excitação sexual feminino). Às vezes, o desejo e o interesse são
preservados em situações sexuais que não são dolorosas e não exigem penetração. Mesmo quando mulheres com o
transtorno relatam interesse ou motivação sexual, com frequência há um comportamento evitativo de situações e de
oportuni-dades sexuais. Evitar exames ginecológicos, a despeito de recomendações médicas, também é uma atitude
frequente. O padrão de evitação é semelhante àquele observado em transtornos fóbicos.
Fatores que contribuem: 1) fatores relacionados ao parceiro (p. ex., problemas sexuais; estado de saúde); 2) fatores
associados ao relacionamento (p. ex., comunicação inadequada; discrepâncias no desejo para atividade sexual); 3) fatores
relacionados a vulnerabilidade individual (p. ex., má imagem corporal; história de abuso sexual ou emocional), comorbidade
psiquiátrica (p. ex., depressão, ansiedade) ou estressores (p. ex., perda de emprego, luto); 4) fatores culturais ou religiosos
(inibições relacionadas a proibições de atividade sexual ou prazer; atitudes em relação à sexualidade); e 5) fatores médicos
relevantes para prognóstico, curso ou tratamento.

Prevalência
A prevalência do transtorno da dor gênito-pélvica/penetração é desconhecida. No entanto, aproximadamente 15% das
mulheres

Diagnóstico Diferencial
Outra condição médica
Transtorno de sintomas somáticos e transtornos relacionados.
Estímulos sexuais inadequados.

Comorbidade
A comorbidade entre transtorno da dor gênito-pélvica/penetração e outras dificuldades sexuais parece ser comum, provável
que ocorra uma prevalência maior de outros transtornos relacionados ao assoalho pélvico ou aos órgãos reprodutivos (p. ex.,
cistite intersticial, constipação, infecção vaginal, endometriose, síndrome do colo irritável).

Você também pode gostar